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Desde o inicio dos anos 90, a Cracolândia reúne viciados em drogas pelas suas mediações. A prefeitura em parceria com o Estado e outros órgãos teve a iniciativa de “higienizar” aquela área. Porém, a operação foi mal liderada, não atingindo o que deveria ser sua principal intenção: a reabilitação dos dependentes químicos.
Evidenciando o direito do usuário, é de extrema importância que tenhamos consciência de que o mesmo pode utilizar os espaços públicos desde que não danifique a importância do contexto local. A Cracolândia além de usada para fins do tráfico, também é alvo de inúmeros assaltos, furtos e etc. O cenário daquela zona é insatisfatório para os moradores e transeuntes, onde muitas pessoas tentam evitar a passagem durante seus trajetos.
Observando o assunto pela perspectiva pública, a Prefeitura deve sim interceder, mas considerando a questão das drogas como um problema que tenha a necessidade de ser resolvido por profissionais capacitados para tal ação. A questão é mais sensível do que aparenta e a imposição não é uma forma de exterminar o problema. Esse proibicionismo é um erro que vem sendo repetido, mas não deveria.
É necessário que os órgãos públicos adotem medidas socioeducativas, onde os usuários possam ter tratamento médico e acompanhamento durante o período de reabilitação. Sendo assim, a Prefeitura tem sim o dever de intervir, buscando melhores condições para aquele centro urbano e dando o suporte necessário para todos. Não é possível conviver com uma cidade aterrorizante onde há prostituição a céu aberto, “zumbis humanos” afundados no crack e gente sofrida e abandonada.
Referência Bibliográfica: 
https://jornalggn.com.br/noticia/o-prefeito-a-cracolandia-e-a-policia-cronica-de-um-erro-repetido-por-romulo-de-andrade-moreira