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Cap 17 Hutz Entrevista com pais e demais fontes de informacoes pdf

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17 
ENTREVISTA COM PAIS E DEMAIS 
FONTES DE INFORMAÇÃO 
Claudia Hofheinz Giacomoni 
Cláudia de Moraes Bandeira 
 
No processo psicodiagnóstico de crianças ou adolescentes, a coleta de 
informações divide-se em duas modalidades principais: autorrelato e heterorrelato. Cada 
metodologia tem vantagens e desvantagens. O autorrelato ocorre quando a própria criança 
fornece as informações. Para isso, pode-se utilizar entrevistas, desenhos, questionários, 
escalas ou narrativas (Cohen, Swerdlik, & Sturman, 2014). O uso de testes, como o 
WISC, e de técnicas, como o Teste da Casa-Árvore-Pessoa (HTP), o Teste de Desenho 
da Figura Humana (DFH) e o Teste de Apercepção Infantil – figuras de animais (CAT-
A), tem sido adotado por psicólogos brasileiros (Noronha, Beraldo, & Oliveira, 2003) no 
processo de investigação do psicodiagnóstico. A vantagem de coletar informações das 
próprias crianças é a possibilidade de acessar diretamente a sua percepção sobre o que 
está acontecendo. As desvantagens encontram-se na possível limitação de dados 
decorrentes da falta de conhecimento que a criança tem sobre sua condição. Já no 
heterorrelato, a coleta das informações ocorre principalmente por meio dos pais e de 
outros membros da família, professores, médicos, fonoaudiólogos, etc. Assim como no 
autorrelato, as informações decorrentes do heterorrelato podem ser imprecisas, ou até 
mesmo parciais. Por isso, é importante considerar a possibilidade de se obter e integrar 
informações de diversas fontes. O uso de múltiplos respondentes pode resultar em um 
conhecimento mais completo da criança ou do adolescente. Diferentes informantes 
podem contribuir com informações únicas (Klimusová, Burešová, & Čermák, 2014). 
Enquanto algumas informações serão confirmadas no relato obtido a partir das diferentes 
fontes, outras poderão ser contraditórias, necessitando maior esclarecimento (Cunha, 
2005; Wechsler, Nakano, Nunes, & Minervino, 2010). Os pais podem não ter 
conhecimento de sintomas ou de problemas de comportamento, e sua percepção sobre o 
que ocorre com a criança pode ser limitada em diferentes aspectos. Além disso, o 
comportamento da criança varia em diferentes contextos, com diferentes pessoas. Alguns 
problemas podem não se manifestar em determinadas situações, ocorrendo apenas em 
casa, ou apenas na escola (Achenbach, McConaughy, & Howell, 1997; Klimusová et al., 
2014). Assim, coletar dados de uma única fonte não garante as informações necessárias 
para a realização de uma avaliação completa e consistente. 
Os relatos de diversas fontes diferem, pois alguns informantes podem fornecer 
dados melhores do que outros no que se refere a aspectos específicos do comportamento 
ou aos sintomas apresentados pela criança. O índice de correlação encontrado entre 
diferentes informantes tem sido de baixo a moderado (Achenbach et al., 1987; Borsa & 
Nunes, 2008; Schneider & Byrne, 1989), o que contribui para a busca de informações em 
fontes variadas. 
De maneira geral, os pais podem fornecer informações sobre o desenvolvimento 
físico, emocional e social da criança, e sobre os sintomas apresentados quanto ao início, 
à duração e aos prejuízos decorrentes. É possível que os pais tenham uma percepção 
exagerada em relação aos sintomas dos filhos, ou que tentem minimizar o problema. Os 
professores podem fornecer informações obtidas a partir das observações da criança em 
ambiente escolar, como seu padrão de relacionamento e de interação com outras crianças. 
Os professores geralmente são mais objetivos em seus relatos. Já os médicos auxiliam 
com informações de história médica nas diferentes fases do desenvolvimento. 
Nos processos de avaliação psicológica clínica de crianças e adolescentes, a 
entrevista com os pais é etapa fundamental. Neste capítulo, serão exploradas questões 
inerentes à entrevista com os pais e outras possíveis fontes de informação, com destaque 
para professores e membros da equipe escolar e outros profissionais da área da saúde, em 
especial, fonoaudiólogos, pediatras e neurologistas. 
 
ENTREVISTANDO OS PAIS 
 
Independentemente da fonte, o rapport é uma etapa importante no processo de 
avaliação psicológica. O seu bom estabelecimento permite que tanto a criança quanto a 
família percebam o psicólogo como um cuidador, uma pessoa interessada, competente e 
confiável. O psicólogo, por sua vez, demonstra respeito positivo, sinceridade e empatia 
(Otero, 2001). O rapport combina componentes emocionais e intelectuais, e pode ser 
entendido como um sentimento de confiança mútua e de harmonia, caracterizando um 
bom relacionamento. É uma relação harmoniosa, tranquila e serena, determinada e 
significada pela empatia. Trata-se de uma relação cordial, afetuosa, de confiança, de 
apreço e de respeito mútuo, ou seja, uma relação eminentemente humana. É condição 
necessária para o sucesso do processo psicodiagnóstico. 
O psicodiagnóstico pode gerar ansiedade, principalmente para os pais. O fato de 
ter o filho avaliado pode remeter à investigação, à intrusão e a um possível diagnóstico. 
A possibilidade de lidar com as dificuldades do filho pode gerar nos pais a sensação de 
não terem cumprido a sua tarefa da melhor maneira. Assim, é de se esperar que eles 
cheguem à primeira consulta com muitas fantasias. Por isso, é tão importante que a 
entrevista seja um momento em que também possam esclarecer suas dúvidas em relação 
ao que a criança fará ao longo do processo. É necessário que fiquem claros os objetivos, 
os procedimentos, as vantagens e as limitações, para que suas expectativas sejam as mais 
realistas possíveis. Quando sabem o que esperar, os pais tornam-se mais participativos e 
colaborativos. 
Na entrevista com os pais, é importante coletar dados relativos ao 
desenvolvimento físico, emocional e social da criança e do adolescente. Sugerimos 
recorrer ao uso da anamnese, uma entrevista mais estruturada que possibilita a in-
vestigação de aspectos importantes do desenvolvimento (ver Cap. 7 para mais 
informações). Nela, objetiva-se o maior número de informações possível, a fim de auxiliar 
o processo. Na história do problema atual, busca-se a descrição de como os pais percebem 
o problema atual de seu filho, o início e a duração dos sintomas, as intervenções 
realizadas, as avaliações prévias e sua percepção sobre os efeitos do problema para o 
filho. Devem ser investigados aspectos relativos ao período pré-gestacional, como os 
motivos e desejos de ter filhos, a escolha ou não de engravidar, as dificuldades 
encontradas na concepção, os sonhos e as expectativas em relação à gravidez e aos filhos 
e a reação do casal e da família diante da notícia da gravidez. É importante investigar 
como se desenvolveu a gravidez, informando os medos, os sintomas físicos e emocionais, 
e as possíveis mudanças que ocorreram com o casal nesse período. Em relação ao parto, 
é pertinente verificar como foi o processo de nascimento – se parto normal ou cesariana 
–, qual foi o Apgar, e possíveis complicações após o nascimento. Do período pós-parto, 
cabe investigar como foram os primeiros momentos da família com o novo membro. 
Nas diferentes fases do desenvolvimento da criança, é importante investigar a 
percepção dos pais quanto à história médica, como acidentes e machucados, infecções de 
ouvido e garganta, doenças mais graves, condições neurológicas, condições congênitas e 
genéticas, visão e audição, que posteriormente podem ser checadas com o pediatra. É 
necessário investigar a aquisição dos marcos relacionados à idade, como desenvolvi-
mento motor, linguagem e treinamento dos esfincteres. Quanto à história escolar, deve-
se investigar as experiências pré-escolares até o presente, o rendimento escolar, o nívelgeral de conhecimento, pontos fortes e fracos. 
Ao investigar a história social e emocional, o comportamento e a personalidade, é 
importante averiguar como era o temperamento do paciente quando bebê e criança 
pequena, como foi o desenvolvimento das brincadeiras e jogos, as amizades, o 
relacionamento com os familiares e a agressividade na infância. Já sobre a adolescência, 
é importante verificar o desenvolvimento do interesse sexual, namoro e sexualidade, 
principais atividades, uso de drogas e álcool, relacionamentos familiares, autoconceito, 
objetivos e aspirações. 
Da história familiar, é relevante a coleta de informações como história do casal, 
casamentos anteriores, número de filhos, idade, educação e ocupação. Em relação aos 
irmãos, cabe verificar as idades, possíveis problemas de comportamento e as histórias 
escolar, médica, genética, desenvolvimental e psicológica. Para finalizar, deve-se 
investigar as expectativas da família em relação ao processo de avaliação. 
Uma sugestão de como coletar informações significativas sobre o período atual da 
criança é solicitar aos pais que relatem um dia da semana do filho, de forma minuciosa, 
desde o despertar até o adormecer. Além disso, relatos de um fim de semana e do dia de 
aniversário fornecem informações preciosas sobre a dinâmica familiar e o lugar da criança 
na família extensiva. 
Geralmente a entrevista com os pais é a primeira a acontecer, já que são eles que 
buscam o tratamento. É importante que se mantenha contato com ambos os pais, o que 
nem sempre ocorre, em especial quando são separados. Nesse caso, pode-se fazer contato 
com os dois juntos ou separadamente. O que determinará isso é a relação que o casal 
mantém após a separação, o que também dirá muito sobre seu relacionamento com o filho. 
O contrato de trabalho, assim como no tratamento psicológico, deve ser discutido 
na primeira entrevista com os pais. É importante que o psicólogo possa esclarecer de que 
maneira o psicodiagnóstico pode ajudar a criança. Também se deve deixar claro o que a 
avaliação pode e não pode fornecer em termos de informação sobre o funcionamento da 
criança. Os honorários, o tempo durante o qual o processo vai se estender, quem irá 
participar e de que forma também devem ser discutidos na primeira sessão, que deve 
servir, ainda, para revisar o conceito de confidencialidade e seus limites. 
 
FERRAMENTAS AUXILIARES 
 
No Brasil existem poucos instrumentos específicos para auxiliar no diagnóstico 
infantil a partir do relato de pais, professores e outros profissionais da saúde. Destaca-se 
a Escala de Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (Benczik, 2000), publicada 
pela Casa do Psicólogo. É um instrumento que avalia sintomas comportamentais do 
transtorno de déficit de atenção/hiperatividade (TDAH) em situação escolar, tendo o 
professor como fonte de informação. Sua finalidade é subsidiar a avaliação psicológica e 
o processo psicodiagnóstico de crianças entre 6 e 17 anos de idade. Essa escala é utilizada 
para avaliar a desatenção e a hiperatividade (sintomas primários), os problemas de 
aprendizagem e o comportamento antissocial (sintomas secundários), e também para 
monitorar os efeitos das intervenções (psicológica, psicopedagógica e medicamentosa) 
na escola. 
Outro instrumento muito utilizado mundialmente como fonte de dados a partir do 
relato de pais e/ou responsáveis por crianças e adolescentes (com idades entre 6 e 18 anos) 
é o Child Behavior Checklist (CBCL), de Achenbach (2001), adaptado por Bordin, Mari 
e Caeiro (1995). O CBCL obtém impressões sobre os problemas de comportamento 
apresentados pelo paciente. É um instrumento composto de 138 itens, utilizado para que 
pais, mães ou cuidadores forneçam respostas referentes aos aspectos sociais e 
comportamentais da criança ou adolescente. 
Encontramos na literatura alguns livros psicoeducativos específicos para a 
utilização com pais e crianças em sua preparação para o atendimento clínico. O livro 
Preciso de um psicodiagnóstico. E agora?, de Wainstein e Bandeira (2013), auxilia pais 
e crianças a entender o que é um processo de psicodiagnóstico e como ele funciona. Com 
linguagem acessível e ilustrações sobre o processo, pode ser trabalhado de forma conjunta 
com pais, crianças e terapeutas. Outra referência encontrada é o livro Por que vou à 
terapia? Crianças entendendo a terapia cognitivo-comportamental, de Caminha e Tisser 
(2014), que tem como objetivo educar o público infantil e suas famílias que iniciam 
psicoterapia sobre dúvidas, questões e curiosidades relacionadas ao processo terapêutico. 
ENTREVISTANDO O PROFESSOR, A EQUIPE TÉCNICA 
ESCOLAR E OS PROFISSIONAIS DA SAÚDE 
 
O contato do psicólogo com professores, membros de equipes psicopedagógicas 
e de orientação escolar e profissionais da área da saúde pode ser necessário em muitos 
casos de atendimentos a crianças e adolescentes. É comum o encaminhamento de 
pacientes pela escola, por pediatras, neurologistas e fonoaudiólogos. 
No ambiente escolar, a entrevista com o professor ou com o encarregado do setor 
de orientação educacional pode fornecer dados do paciente relativos à adaptação e ao 
desempenho escolar, e ao relacionamento com colegas e professores. O professor tem 
uma boa ideia do desenvolvimento comparativo entre as crianças, e essa informação pode 
ser muito relevante para o processo de avaliação. Além disso, interessa conhecer sua visão 
em relação à família e aos pais. Informações sobre como a família lida com os afetos, a 
ansiedade, a segurança e a rigidez podem ser obtidas. Após o processo de 
psicodiagnóstico, pode ser pertinente orientar o professor sobre como manejar a situação 
do paciente. 
No entanto, é importante ressaltar que qualquer contato com outros profissionais 
deve ser informado primeiramente à família e ao paciente. É recomendável a anuência e 
a autorização dos pais para tal contato. Somente deve-se dar seguimento aos encontros 
após a consolidação de vínculo e aliança com eles. Depois de avaliado o paciente e de 
confirmada a necessidade de contato com outros profissionais, seja da área da educação 
ou da saúde, é fundamental que a família e o paciente (crianças ou adolescentes) sejam 
consultados sobre essa necessidade. Deve-se ter esse cuidado a fim de que o vínculo já 
estabelecido não seja prejudicado. Muitas famílias sentem-se ameaçadas pela possível 
exposição de queixas, sintomas ou possíveis diagnósticos de seus membros. 
Em alguns casos de atendimento infantil, as informações fornecidas por 
professores são muito valiosas, com destaque para as manifestações comportamentais da 
criança no ambiente escolar, suas inter-relações sociais, habilidades cognitivas e 
características positivas. Professores de idade escolar básica e fundamental costumam 
fazer reuniões frequentes com os pais das crianças, a fim de colocar as famílias a par do 
desenvolvimento escolar de seus filhos. Em casos mais específicos, a orientadora 
educacional e a coordenação pedagógica podem participar. 
Outro cuidado que se deve ter é quanto ao contato direto com a escola, sem aviso 
à família do paciente. São frequentes relatos de psicólogos contatados diretamente pela 
escola. Nesses casos, deve-se comunicar a família imediatamente, antes de dar um retorno 
para a escola. Muitos pais, ao serem informados, mostram-se muito irritados e 
contrariados com o fato. Deve-se, então, reforçar que eles e a criança são o cliente e 
esclarecer isso para a escola. Um dos motivos é por ser comum que se questione, tanto 
em entrevistas de início de ano com a família quanto em fichas de dados de identificação, 
se a criança passa por algum atendimento especializado, como psicoterapia ou 
fonoterapia.Muitos pais fazem a indicação do atendimento identificando o profissional 
que está trabalhando com a criança. 
Em casos de crianças em avaliação psicológica ou mesmo atendimento 
psicoterápico com diagnóstico de transtornos da aprendizagem ou TDAH, o contato com 
os professores e com a equipe pedagógica mostra-se fundamental. O acesso aos seus 
relatos, bem como ao material pedagógico e produzido pela criança, auxilia muito no 
diagnóstico e, posteriormente, no encaminhamento do caso. Tornam-se, então, muito 
importantes as orientações para professores e equipes escolares quanto à condução do 
caso. 
Já em situações clínicas em que exista algum diagnóstico de doença orgânica ou 
de desenvolvimento atípico, pode ser necessária a realização de encontros com vários 
profissionais. Tais momentos são significativos para o consenso de possíveis diagnósticos 
e para o estabelecimento conjunto de metas de atendimento e procedimentos. Em casos 
de pacientes que fazem uso de medicação continuada, o contato deve ser realizado com 
psiquiatras, pediatras e neurologistas. Os profissionais da medicina, em alguns casos 
clínicos, são fundamentais para parcerias de manutenção da adesão da criança e de sua 
família aos tratamentos (clínico e psicoterápico). 
Percebe-se um aumento dos atendimentos multidisciplinares nas áreas da saúde. 
É cada vez mais comum que o acompanhamento do paciente seja realizado por vários 
profissionais. A troca de informações e o alinhamento de condutas clínicas são muito 
importantes para a evolução do caso. 
Integrar os resultados de múltiplas fontes é uma habilidade clínica a ser 
desenvolvida. Pode ser necessário explicar possíveis discrepâncias entre as informações 
geradas, por exemplo, pelo professor e pelos pais. Essas possíveis discrepâncias devem 
ser investigadas, pois podem gerar informações valiosas sobre a problemática em questão. 
É importante reconhecer as contribuições e as limitações de qualquer fonte. 
REFERÊNCIAS 
Achenbach, T. M. (2001). Manual for the child behavior checklist/6-18 and 2001 profile. Burlington: 
University of Vermont. 
Achenbach, T. M., McConaughy, S. H., & Howell, C. T. (1987). Child/adolescent behavioral and emotional 
problems: implications of cross-informant correlations for situational specificity. Psychology Bulletin, 
101(2), 213-232. 
Benczik, E. B. P. (2000). Manual da escala de transtorno de déficit de atenção e hiperatividade. São Paulo: 
Casa do Psicólogo. 
Bordin, I. A. S., Mari, J. J., & Caeiro, M. F. (1995). Validação da versão brasileira do “Child Behavior 
Checklist” (CBCL) (Inventário de Comportamentos da Infância e da Adolescência): Dados preliminares. 
Revista ABP-APAL, 17(2), 55-66. 
Borsa, J. C., & Nunes, M. L. T. (2008). Concordância parental sobre problemas de comportamento infantil 
através do CBCL. Paidéia, 18(40), 317-330. 
Caminha, M. G., & Tisser, L. A. (2014). Por que vou à terapia? Crianças entendendo a terapia cognitivo-
comportamental. Porto Alegre: Sinopsys. 
Cohen, R. J., Swerdlik, M. E., & Sturman, E. D. (2014). Testagem e avaliação psicológica: Introdução a 
testes e medidas. Porto Alegre: AMGH. 
Cunha, J. A. C. (2005). Psicodiagnótico V (5. ed.). Porto Alegre: Artmed. 
Noronha, A. P. P., Beraldo, F. N. M., & Oliveira, K. L. (2003). Instrumentos psicológicos mais conhecidos 
e utilizados por estudantes e profissionais de psicologia. Psicologia Escolar e Educacional, 7(1), 47-56. 
Otero, V. R. L. (2001). A relação terapêutica e a morte anunciada: Qual sobrevive? In H. J. Guilhardi, Sobre 
comportamento e cognição: Expondo a variabilidade. São Paulo: ESETec. 
Klimusová, H., Burešová, I., & Čermák, I. (2014). Cross-informant agreement and teacher nomination 
technique in the assessment of children behavior problems. In C. Pracana (Ed.), Psychology applications 
& developments. Lisboa: InScience. 
Schneider, B. H., & Byrne, B. M. (1989). Parents rating children’s social behavior: How focused the lens? 
Journal of Clinical Child Psychology, 18(3), 237-241. 
Wainstein, E. Z., & Bandeira, D. R. (2013). Preciso de um psicodiagnóstico. E agora? São Paulo: Casa do 
Psicólogo. 
Wechsler, S. M., Nakano, T. C., Nunes, M. F. O., & Minervino, C. A. S. M. (2010). Avaliação cognitiva 
de crianças e jovens: Aspectos multidimensionais. In C. H. Hutz (Org.), Avanços em avaliação psicológica 
e neuropsicológica de crianças e adolescentes. São Paulo: Casa do Psicólogo.

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