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PRATICA SIMULADA 13

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DA COMARCA DE JUNDIAÍ/SP 
  Processo número  
PAULO DE TARSO sobrenome, CPF número, estado civil, profissão, residente na rua número, bairro, CEP, Campinas, SP, email, por seu advogado abaixo subscrito com endereço profissional Rua Pedro Bunn, 1516 – Bloco 1 – Apto. 801 – Jardim Cidade de Florianópolis – São José – SC, com procuração em anexo, já devidamente qualificado para dar andamento aos atos processuais, nos autos da AÇÃO DE COBRANÇA DE DANOS MATERIAIS, por rito especial, movida por MARIA sobrenome, CPF número, estado civil, profissão, e-mail, residente na rua número, bairro, CEP, Campinas, SP, oferecer/apresentar:
CONTESTAÇÃO, 
No incidente de ação de cobrança de danos materiais, pelos fatos e fundamentos que passa a expor. 
I – Das Preliminares Peremptórias 
O fórum indicado para a abertura do processo está localizado na cidade de Jundiaí. Porém, tanto o réu, quanto a autora moram em Campinas. E o local do fato gerador também é da cidade em questão - Campinas. Diz o art. 4º, III da lei 9.099/95: 
Art. 4º É competente, para as causas previstas nesta Lei, o Juizado do foro: 
... 
III - do domicílio do autor ou do local do ato ou fato, nas ações para reparação de dano de qualquer natureza. 
O fórum, portanto, deveria localizar-se na cidade de Campinas, e não de Jundiaí, uma vez que o Réu reside na cidade de Campinas. 
Diz o art. 51, III da Lei 9.099/95:  
Art. 51. Extingue-se o processo, além dos casos previstos em lei: 
... 
III - quando for reconhecida a incompetência territorial; 
Diz o Art. 337, V, do CPC: 
Art. 337.  Incumbe ao réu, antes de discutir o mérito, alegar: 
... 
V - perempção; 
O Réu, fazendo valer o seu direito de solicitar a perempção e considerando que a lei dos Juizados Especiais explicita a situação de extinção do processo devido à incompetência territorial, solicita a extinção do processo sem julgamento de mérito. 
Conforme mostrou o vídeo do Shopping Center e confirmado pelo segurança do Shopping, foi o autor que colidiu com o carro do Réu, e não o contrário. Desta forma, não cabe ao réu pagar o dano. Temos aqui uma típica situação de inépcia da petição inicial, uma vez que o autor não está legitimado a exercer seu direito. Diz o art. 485, VI: 
Art. 485.  O juiz não resolverá o mérito quando: 
... 
VI - verificar ausência de legitimidade ou de interesse processual 
A autora, por ter causado o dano no réu, não está legitimada a entrar com ação de cobrança de danos materiais. 
II – Do mérito propriamente dito 
Conforme argumentado anteriormente com provas testemunhais e documentais, foi o autor quem colidiu com o carro do réu. Então não cabe ao réu pagar o dano do carro do autor.  
É de considerável indignação a existência de pessoas que queiram alegar fatos inverídicos e que tentem convencer a justiça brasileira a aceitá-los como verdadeiros. Acredita-se que a autora não considerava a existência de câmeras internas existentes no estacionamento do Shopping. 
III – Pedido Contraposto 
Diz o art. 31 da Lei 9.099 / 95: 
Art. 31. Não se admitirá a reconvenção. É lícito ao réu, na contestação, formular pedido em seu favor, nos limites do art. 3º desta Lei, desde que fundado nos mesmos fatos que constituem objeto da controvérsia. 
Desta forma, o réu faz valer o seu direito de confrontar a acusação realizada, à medida que existem fatos que constituem objeto de controvérsia. 
Considera-se litigância de má fé a atitude tomada pela autora. Ferreira1 dia que má-fé (da expressão latina mala fides) é um conceito associado à ideia de fraude ou intenção dolosa. 
Devido à má conduta da autora, a qual solicita o ressarcimento indevido de danos materiais, o réu exige o pagamento do danos causados ao seu veículo. 
Diz o art. 186 do Código Civil:  
Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito. 
Diz o caput do art. 927 do Código Civil: 
Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo. 
Encontramos a apelação cível Apelação Cível Nº 70055185334 da quinta vara cível do TJRS, de 26/05/2015: 
APELAÇÃO CÍVEL. RESPONSABILIDADE CIVIL. AÇÃO DECLARATÓRIA CUMULADA COM PEDIDO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS. ACORDO JUDICIAL. DESCUMPRIMENTO. POSSIBILIDADE DE AJUIZAMENTO DO PRESENTE FEITO. JULGAMENTO IMEDIATO. CAUSA MADURA. CASO CONCRETO. MANTENÇA DE GRAVAME NO REGISTRO DO AUTOMÓVEL DE PROPRIEDADE DA PARTE AUTORA MESMO APÓS A QUITAÇÃO INTEGRAL DA DÍVIDA. DEVER DE INDENIZAR CONFIGURADO. RESPONSABILIDADE OBJETIVA. ARTIGO 14 DO CDC. NEXO CAUSAL E DANOS COMPROVADOS. PREENCHIMENTO DO DISPOSTO NOS ARTIGOS 186 E 927 DO CC. QUANTUM INDENIZATÓRIO FIXADO OBSERVADOS A EXTENSÃO DO DANO (ART. 944 DO CC) E A RESTAURAÇÃO DA SITUAÇÃO ANTERIOR. LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ. AFASTAMENTO. DERAM PARCIAL PROVIMENTO AO RECURSO. 
IV – Dos Pedidos  
Diante do exposto, requer: 
1 – Que seja acolhida a preliminar de incompetência; 
2 – Que seja extinto o processo pelas preliminares de incompetência e pela ilegitimidade da parte autor; 
3 – Que seja acolhido o pedido de contraposto; 
4 – A condenação do autor aos ônus da sucumbência (custas judiciais e honorários advocatícios). 
 
VIII - Das provas 
 
Requer a produção de todas as provas em direito admitidas, na amplitude do artigo 32 da Lei 9099/95, em especial documental, testemunhal, pericial e depoimento pessoal do autor. 
 
IX – Do valor da Causa 
 
Dá-se à causa o valor de 15.000,00 (quinze mil) reais, considerando o valor do orçamento realizado pela mecânica e lataria Martelinho de Ouro, conforme documento em anexo e mais juros e correção monetária. 
 
 
 
Nestes termos, pede deferimento, 
São José, 2 de Dezembro de 2016 
 
___________________________________ 
Iván Jiménez Enriquez Prado 
OAB/UF/número 
Quebra de Página
 
 
Por este instrumento particular de procuração, Bom Imóvel Consultoria e Gestão,  portadora do CNPJ  de número, e Inscrição Estadual número, residente  e domiciliada à rua, número, bairro,  na cidade de Curitiba, PR,  CEP,  nomeio e constituo meu  procurador o senhor  Iván Jiménez Enriquez Prado, brasileiro naturalizado,  separado judicialmente, acadêmico de Direito,  portador do CPF  de número  857133259-20, e  cédula de Identidade de número, expedida  pela  SSP, residente  e domiciliado à rua  Pedro Bunn, 1516, Bloco 1, Apartamento 801, bairro Jardim Cidade de Florianópolis,  na cidade de São José - SC,   CEP 88111-120,  especialmente   para   propor e acompanhar  Contestação de Ação de  Cobrança de Danos Materiais, a quem  concedo, além dos poderes da cláusula “ad judicia”,  os poderes  especiais para  transigir, desistir, receber, dar quitação, e, inclusive,  substabelecer. 
 
 
São José, 2 de Dezembro de 2.016, 
 
  
 
___________________________________ 
Paulo de Tarso Sobrenome

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