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APOSTILA LIVRO DE ATOS

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APOSTILA DO LIVRO 
ATOS DOS APÓSTOLOS 
 
Professor: Pr. Alexandre Lira 
9/02/2014 
Rev 3.0 
 
 
 
 
 
 
O livro de Atos dos Apóstolos 
Página 2 de 41 
 
 
 
 
 
 
O livro de Atos dos Apóstolos 
 
Página 3 de 41 
 
1 O LIVRO DE ATOS DOS APÓSTOLOS 
1. INTRODUÇÃO 
A IGREJA PRIMITIVA 
O livro de Atos é a única história da igreja cristã em existência, escrita antes do 
século III d.C.. Bastaria esse fato isolado para que se reconhecesse universalmente o valor 
deste livro e não encará-lo como mero documento histórico. 
Não obstante, o livro de Atos não encerra uma história completa de todo o 
movimento cristão do primeiro século de nossa era, porquanto cobre tão somente um 
período de três décadas, isto é, de cerca de 33 a cerca de 63 d.C: 
O titulo original do livro, Atos dos Apóstolos, é a continuação da narração do 
levantamento e propagação do cristianismo, sendo que a primeira metade é contada pelo 
evangelho de Lucas. Atos 1:1 é a passagem que deixa pouquíssima dúvida de que esses 
dois volumes – o evangelho de Lucas e o livro de Atos - resultam de um único esforço 
literário. É perfeitamente possível que os manuscritos originais dessas duas obras tivessem 
sido postos para circular juntos. Essas duas obras formam o mais completo registro 
histórico de como se desenvolveu a nova religião revelada, em torno da personalidade do 
Senhor Jesus Cristo. 
É exatamente o desenvolvimento dessa nova fé que o livro de Atos acompanha até 
cerca do ano 63 d.C., quando o maior herói dessa nova fé se encontrava aprisionado em 
Roma. Embora o autor sagrado sem dúvida alguma tenha vivido o bastante para ser 
testemunha do martírio do apóstolo Paulo. 
O livro de Atos é a pedra chave que vincula as duas porções principais do Novo 
Testamento, isto é, o “evangelho”, conforme os primeiros cristãos diziam... a única ponte 
de que dispomos para atravessar o abismo aparentemente intransponível que separa Jesus 
de Paulo, Cristo do cristianismo, o evangelho de Jesus e o evangelho sobre a pessoa de 
Jesus. 
ANOTAÇÕES: 
§ É a única história da igreja em existência, escrita antes do século III d.C.; 
§ Não encena a história completa do movimento cristão, pois cobre um período de 33 a 63 
d.C.; 
§ O Título Original Atos dos Apóstolos. 
§ É a continuação da narração da propagação do cristianismo; 
§ Primeira metade contada pelo evangelho de Lucas; 
§ Atos 1:1 a passagem que comprova ser o livro parte de um único esforço literário; 
§ Lucas – Atos formam o mais completo registro histórico da religião em torno de Jesus 
Cristo; 
§ Encerra sem relatar o de Paulo; 
§ É a pedra chave que vincula as duas forças do Novo Testamento, é a porta que une Jesus 
Cristo a Paulo. 
O livro de Atos dos Apóstolos 
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2. AUTORIA 
Destaca-se acima de tudo a autoria comum e a unidade da obra Lucas – Atos. Isso 
faz de Lucas o mais extensivo autor de todo o Novo Testamento, pois, somando-se esses 
dois volumes, temos nessas duas obras mais de um quarto do total do volume do N.T., a 
menos que consideremos paulina a epístola aos Hebreus. Os dois volumes constituem duas 
divisões de uma mesma obra literária. O trecho de Atos 1:1 mostra que o autor sagrado 
tencionava que esses dois volumes fossem reputados uma unidade. 
Quase que o dobro de palavras é peculiar ao livro de Atos e ao evangelho de Lucas 
quando comparados entre si, do que quando se confronta o livro de Atos com os 
evangelhos sinópticos. 
Tanto o evangelho de Lucas como o livro de Atos foram endereçados a Teófilo. O 
trecho de Atos 1:1 esclarece-nos que ambos os livros foram escritos como duas partes de 
uma mesma obra literária, e a linguagem em que ambos esses volumes foram escritos, no 
que tange à qualidade do grego koiné, distingue Lucas dos autores dos outros evangelhos e 
de todos os demais livros do N.T.. Trata-se de excelente grego>koiné<literário, superior ao 
grego dos demais evangelhos e no mesmo nível das melhores porções literárias dos demais 
livros do N.T.. 
O fato de que foram escritos pelo mesmo autor é igualmente demonstrado pelo fato 
de que ambos enfatizam os mesmos temas, do princípio ao fim: a. A universalidade da 
religião cristã, b. o Espírito Santo, c. Ambos esses livros demonstram uma marcante 
simpatia pelos pobres e pelos grupos desprezados da sociedade antiga, d. Ambos os 
volumes demonstram antipatia pelos ricos, e. Há saliência sobre o dever e o uso 
apropriado das riquezas. 
ANOTAÇÕES: 
§ Destaca-se a autoria comum e a unidade da obra Lucas – Atos; 
§ Lucas o mais extensivo autor do Novo Testamento (+ de 1\4 do N.T.); 
§ O dobro das palavras é peculiar ao livro de Atos; 
§ Foram endereçadas a Teófilo; 
§ A qualidade do grego koiné é superior ao grego dos demais evangelhos; 
§ O fato de o evangelho de Lucas e Atos terem sido escritos por um mesmo autor é 
demonstrado pelo fato de ambos enfatizarem os mesmos temas do princípio ao fim; 
§ A universalidade da religião cristã; 
§ O Espírito Santo; 
§ Simpatia pelos pobres; 
§ Antipatia pelos ricos; 
§ É salientado o dever e o uso apropriado das riquezas. 
 
O livro de Atos dos Apóstolos 
 
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3. DATA 
A data aproximada da dupla obra Lucas – Atos pode ser melhor determinada 
mediante o exame mais do livro de Atos que mesmo do evangelho. 
A data mais recuada possível é de 60 d.C., por ser esse o tempo mais cedo em que 
Paulo poderia ter chegado a Roma. Supondo-se que Lucas escreveu esse livro 
imediatamente depois do encarceramento de Paulo. Então tal volume poderia ter sido 
escrito em cerca de 60 d. C.. 
Entretanto, Lucas foi companheiro de viagens missionárias de Paulo, pelo que 
também não podia ser homem de idade muito diferente da do apóstolo. Não é muito 
provável, pois, que ele tivesse vivido para além do ano 100 d. C.. 
ANOTAÇÕES: 
§ A data mais aproximada é a de 60 d. C.. 
§ Por ser esse o tempo mais cedo que Paulo poderia ter chegado a Roma; 
§ Supondo que Lucas o escreveu imediatamente do encarceramento; 
§ Lucas deveria ter a mesma idade que Paulo e não pode ter vivido mais de 100 anos; 
§ Não há menção da destruição de Jerusalém (70 d.C.). 
 
4. DESTINO 
O livro de Atos, tal como o evangelho de Lucas, foi escrito para um oficial romano 
de nome Teófilo (ver as notas expositivas sobre Atos 1:1). Por conseguinte, o livro foi 
enviado a um membro da aristocracia romana que mui provavelmente residia em Roma. 
Há quem diga que foi escrito como a finalidade de apresentar a esse oficial e a outras 
pessoas interessadas, uma defesa do cristianismo – não se tratava de um ramo herético do 
judaísmo – não era uma organização política. Visava circular entre os lançamentos 
literários da época, para benefício do publico leitor gentílico, visando os propósitos 
descritos acima. Não é por isso, contudo, que haveríamos de eliminar o livro de Atos da 
lista das obras sagradas dirigidas a igreja cristã universal, como se não tencionasse 
explicar aos cristãos as origens e os primeiros desenvolvimentos do cristianismo, que 
emprestavam validade a sua missão de âmbito universal. 
 
ANOTAÇÕES: 
§ Foi escrito como o Evangelho de Lucas para um oficial romano chamado Teófilo. 
§ Foi enviado a um membro da aristocracia romana, que possivelmente residia em Roma; 
§ Foi escrito com a finalidade de apresentar a esse oficial uma defesa do cristianismo; 
§ Visando circundar entre os lançamentos literários da época; 
§ Principalmente também dirigida a Igreja Cristã Universal para explicar aos cristãos as 
origens e os princípios desenvolvimento do cristianismo. 
 
O livro de Atos dos Apóstolos 
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5. PROPÓSITO 
Na discussão que se segue, teremos ocasião de nos referir regularmente a intenção 
ou propósito de Lucas ao escrever Atos. Deve ser enfatizado que sempre queremosdizer 
que o Espírito Santo esta por de trás da intenção de Lucas. Assim como devemos 
“desenvolver a nossa salvação”, Porém, “Deus é quem efetua em nos” (Fp. 2:12-13). 
Assim, Lucas tinha certos interesses e empenhos ao escreves Lucas – Atos. 
Por de trás de tudo isto, no entanto, conforme cremos, estava a obra do Espírito 
Santo que a tudo superintendia. 
Nosso interesse aqui, portanto, é ajudar você a ler e a estudar o livro de modo 
atento, é ajudar você a olhar o livro em termos dos interesses de Lucas e fazer alguns tipos 
novos de perguntas enquanto lê. 
Se puder ser demonstrado que a intenção de Lucas em Atos era determinar um 
padrão para a Igreja para todos os tempos, logo, tal padrão decerto torna-se normativo, ou 
seja: é o que Deus requer de todos os cristãos em quaisquer condições. Mas se sua 
intenção foi outra, devemos pois postular as perguntas hermenêuticas de maneira 
diferente. Descobrir a intenção de Lucas no entanto, é especialmente difícil, parcialmente 
porque não sabemos quem era Teófilo, nem porque Lucas teria escrito para ele, e 
parcialmente porque Lucas parece ter tido vários interesses diferentes. 
ANOTAÇÕES: 
§ Lucas tinha certos interesses em escrever Lucas – Atos, ainda assim sabemos que tudo 
foi obra do Espírito Santo, que a tudo comandou. 
§ A intenção de Lucas é a mais importante e a mais difícil; 
§ Podemos pensar que foi determinado um padrão para a igreja e para todos os tempos? 
 
6. RECOMENDAÇÃO 
Como de costume, a primeira coisa que fazemos é ler, preferivelmente, o livro inteiro numa só 
assentada. E enquanto você lê, aprenda a fazer observações e perguntas. O problema com fazer 
observações e perguntas enquanto lê Atos, naturalmente, é que a narrativa prende tanto a atenção que é 
freqüente simplesmente, nos esquecermos de fazer as perguntas exegéticas. 
Assim também, se fossemos lhe dar uma tarefa aqui, seria do seguinte tipo: 
§ Leia Atos do começo ao fim em uma ou duas assentadas. 
§ Enquanto você lê faça notas mentais de assuntos tais como pessoas – chaves e lugares – 
chaves, temas que voltam a ocorrer (o que realmente interessa a Lucas), divisões 
naturais do livro. 
§ Agora, volte, e faça uma leitura por alto, e anote com referencias suas observações 
anteriores. 
§ Faça a si mesmo a pergunta: por que Lucas escreveu este livro? 
 
O livro de Atos dos Apóstolos 
 
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Atos têm sido freqüentemente dividido com base nos interesses de Lucas em Pedro 
(caps. 1 – 12) e em Paulo (13 – 28), ou na expansão geográfica do Evangelho (1 – 7: 
Jerusalém; 8 – 10: Samaria e Judéia; 11 – 28: até aos confins da terra). 
Há outro indício dado pelo próprio Lucas, que parece vincular tudo muito melhor. 
Enquanto você lê, note as breves declarações de resumo em 6:7; 9:31; 12:24; 16:4; 19:20. 
Em cada caso, a narrativa parece fazer uma pausa por um momento antes de tomar algum 
tipo de direção nova. A partir deste indício, Atos pode ser visto como sendo composto de 
seis seções, ou painéis, que dão à narrativa um movimento para frente, a partir do seu 
âmbito judaico baseado em Jerusalém, tendo Pedro como sua personagem de liderança, em 
direção a uma igreja predominante gentia; tendo Paulo como sua personagem de liderança, 
e com Roma, a capital do mundo gentio, como o alvo. Uma vez que Paulo chega a Roma, 
onde mais uma vez se volta para gentios, porque eles escutarão (28:28); a narrativa chega 
ao fim. 
Você pode notar, portanto, enquanto lê como cada seção contribui para este 
“movimento”. Nas suas próprias palavras, procure descrever cada painel, tanto no seu 
conteúdo quanto na sua contribuição ao movimento para frente. Qual parece ser a chave 
para cada novo movimento para frente. 
AQUI ESTÁ NOSSA PRÓPRIA TENTATIVA 
1.1	
  –	
  6.7. Uma descrição da igreja primitiva em Jerusalém. O painel termina com uma narrativa 
que indica que uma divisão começara entre os crentes de idioma grego e os de idioma aramaico. 
6.8	
  –	
  9.31. Uma descrição da primeira expansão geográfica, levada ao efeito pelos “helenistas” 
(cristãos judaicos de idioma grego). Lucas também inclui a conversão de Paulo, que era um 
helenista. O martírio de Estevão é a chave a esta expansão inicial. 
9.32	
   –	
   12.24. Uma descrição da primeira expansão aos gentios. A chave é a conversão de 
Cornélio, cuja história é contada duas vezes. 
16.5. Uma descrição da primeira expansão geográfica para dentro do mundo gentio, com Paulo na 
liderança. 
16.6	
  –	
  19.20. Uma descrição da expansão adicional, sempre em direção ao ocidente, o mundo 
gentio agora entrando na Europa. Repetidas vezes os judeus rejeitam o Evangelho e os gentios 
lhes dão as boas vindas. 
19.21	
  –	
  28.	
  30. Uma descrição dos eventos que levam Paulo e o Evangelho para Roma, com 
muito interesse pelos julgamentos de Paulo. 
À medida em que você lê, notará que nossa descrição do conteúdo omite um fator crucial – alias, o 
fator crucial - a saber, o papel do Espírito Santo em tudo isto. Você notará enquanto lê que a cada 
conjuntura – chave, em cada pessoa – chave, o Espírito Santo desempenha o papel de liderança total. A 
totalidade deste movimento para a frente, não aconteceu pelo desígnio do homem, aconteceu porque foi 
da vontade de Deus e porque o Espírito Santo o levou a efeito. 
 
O livro de Atos dos Apóstolos 
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7. VISÃO PANORÂMICA 
 Enquanto o Evangelho segundo Lucas relata “tudo que Jesus começou, não só a 
fazer, mas a ensinar” (1.1). 
Atos descreve o que Jesus continuou a fazer e a ensinar depois de sua ascensão, 
mediante o poder do Espírito Santo, operando em e através dos seus discípulos e da igreja 
primitiva. Ao ascender ao céu (1:9 – 11), a última ordem de Jesus aos discípulos foi para 
que permanecessem em Jerusalém até que fossem batizados no Espírito Santo (1:4 – 5). O 
versículo chave de Atos (1.8) contém um resumo teológico e geográfico do livro: Jesus 
promete aos discípulos que receberão poder quando o Espírito Santo vier sobre eles; poder 
para serem suas testemunhas (1) em Jerusalém (1 – 7), (2), em toda a Judéia e Samaria (8 
– 12) e (3) até aos confins da terra (13 – 28). 
Nos capítulos 1 – 12, o centro principal irradiador da igreja é Jerusalém. Aqui,Pedro 
é o mais destacado instrumento usado por Deus para pregar o evangelho. 
Nos capítulos 13 – 28, o centro principal da irradiação passou a ser Antioquia da 
Síria, onde o instrumento de maior realce nas mãos de Deus foi Paulo para levar o 
Evangelho aos gentios. 
O livro de Atos termina de modo repentino com Paulo em Roma aguardando 
julgamento perante César (28 – 31). 
 
ANOTAÇÕES: 
§ Cap. 1.1 – 11 – Relata o que Jesus continua a fazer depois da ascensão. Mediante o 
poder do Espírito Santo, operando em e através dos discípulos e da Igreja. 
§ (1:4 – 5) – A última ordem de Jesus aos discípulos para ficarem Jerusalém até que 
fossem revestidos de poder. 
§ (1:8) – Versículo chave que contém resumo teológico e geográfico do livro. Jesus 
promete que receberiam poder quando o Espírito Santo viesse sobre eles. 
§ Poder para serem testemunhas Dele: 
§ Em Jerusalém (1:7) 
§ Em toda Judéia e Samaria (8 – 12) 
§ Até os confins da terra (13 – 28) 
§ Cap. 1 – 12 – Centro principal irradiador da Igreja é Jerusalém, e aqui, Pedro é o mais 
destacado instrumento usado por Deus. 
§ Cap. 13 – 28 – O centro principal da propagação do Evangelho é Antioquia da Síria, 
onde Paulo é o maior instrumento para levar o evangelho aos gentios. 
§ Cap. 28:31 – Termina de forma triunfante. 
 
O livro de Atos dos Apóstolos 
 
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8. ESBOÇO GERAL 
Introdução (1.1 – 11) 
I. O Derramamento do Espírito Santo (1.12 – 2.41) 
A. A Preparação para a Promessa (1.12 – 26) 
B. O Dia do Pentecoste (2.1 – 41) 
 
II. Os Primeiros Dias da Igreja em Jerusalém (2.42 – 8, 1 a)A. Características da Igreja Apostólica em seguida ao Derramar do Espírito (2.42 – 47) 
B. Um Grande Milagre e seus Efeitos (3.1 – 4.31) 
C. A Comunidade de Bens dos Primeiros Cristãos (4.32 – 5.11) 
D. Mais Curas e a Resistência da Religião Oficial (5.12 – 42) 
E. A Escolha de Sete Diáconos (6.1 – 7) 
F. Estevão: O Primeiro Mártir do Cristianismo (6.8 – 8. 1 a) 
 
III. A Perseguição leva a Expansão (8.1 b – 9.31) 
A. Os Crentes Dispersos na Judéia e Samaria (8.1 b – 4) 
B. Filipe: O Ministério de um Evangelista (8.5 – 40) 
C. Saulo de Tarso: A Conversão de um Perseguidor (9.1 – 31) 
 
IV. O Cristianismo propaga-se entre os Gentios (9.32 – 12.25) 
A. O Ministério de Pedro em Lida e Jope (9.32 – 43) 
B. A Missão de Pedro aos Gentios em Cesaréia (10.1 – 48) 
C. O Informe de Pedro à Igreja de Jerusalém e a Aprovação de sua Decisão (11.1 – 18) 
D. Antioquia: A Primeira Igreja Gentia (11.19 – 30) 
E. Perseguição sob Herodes Agripa I (12.1 – 23) 
F. Resumo do Crescimento da Igreja (12.24,25) 
 
V. Primeira Viagem Missionária de Paulo (13.1 – 14.28) 
A. Paulo e Barnabé são Comissionados pela Igreja Local de Antioquia (13.1 – 3) 
B. Início da Evangelização da Província da Ásia (13.4 – 14.28) 
 
VI. O Concílio de Jerusalém (15.1 – 35) 
 
VII. Segunda Viagem Missionária de Paulo (15.36 – 18.22) 
A. Divergência entre Paulo e Barnabé (15.36 – 18.22) 
B. Visita às Igrejas Fundadas (15.41 – 16.5) 
C. Novas Regiões Evangelizadas na Província da Ásia (16.6 – 18.21) 
D. Regresso a Antioquia da Síria (18.22) 
 
VIII. Terceira Viagem Missionária de Paulo 
A. A Caminho de Éfeso (18.23 – 21.16) 
B. Parêntese: O Ministério de Apolo (18.24 – 28) 
C. Um Prolongado Ministério em Éfeso (19.1 – 41) 
D. Viagem à Macedônia, Grécia e volta a Macedônia (20.1 – 5) 
E. Regresso a Jerusalém (20.6 – 21.16) 
 
IX. A Prisão de Paulo e seu Ministério enquanto preso (21.17 – 28.31) 
A. Em Jerusalém (21.17 – 23.35) 
B. Em Cesaréia (24.1 – 26.32) 
C. A Caminho de Roma (27.1 – 28.15) 
D. Em Roma (28.16 – 31) 
 
O livro de Atos dos Apóstolos 
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Por causa da sua importância tratamos o livro de “Atos” mais pormenorizadamente. 
Pediremos agora ao estudante que aprenda o seguinte esboço de capítulos para poder 
gravar bem na sua memória o conteúdo do livro: 
 
9. ESBOÇO DOS CAPÍTULOS 
Poder 
Pentecoste 
Pedro e João 
Sacerdotes e oração 
Castigo 
Cristãos pobres 
Estevão perseguido 
Felipe 
A conversão de Paulo 
A visão de Paulo 
A explicação de Pedro 
A prisão de Pedro 
A primeira viagem missionária de Paulo 
O regresso de Paulo 
Paulo em Jerusalém 
A segunda viagem de Paulo 
Paulo em Atenas 
Priscila e Aquila 
A terceira viagem de Paulo 
Paulo na Europa 
A prisão de Paulo 
O discurso de Paulo na escada 
A fuga de Paulo 
Paulo perante Félix 
Paulo perante Festo 
Paulo perante Agripa 
Paulo num naufrágio 
Paulo em Roma 
 
(Extraído da Bíblia de Estudo Pentecostal, Antigo e Novo Testamento – Revista e Corrigida – Edição 1995 – CPAD). 
 
 
O livro de Atos dos Apóstolos 
 
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10. CAPÍTULO 1: 1 – 26 – COMENTÁRIO E ANÁLISE 
Os quarenta dias e depois (1:1 – 26). 
Começa o livro no ponto em que o Evangelho de Lucas terminou com o Senhor 
ressuscitado aparecendo aos discípulos, ordenando-lhes que esperem em Jerusalém até que 
recebam poder celestial, para depois agirem como Suas testemunhas naquela cidade, na 
Judéia e Samaria, até aos confins da terra. 
Já se tem dito que esta indicação geográfica tríplice (1:8) constitui-se uma espécie 
de índice do esboço de Atos. As palavras de Cristo “Sereis minhas testemunhas”, são 
dignas de nota por serem citadas em Is. 43:10. A inferência é que essas palavras do grande 
profeta do Velho Testamento se cumprem nos discípulos de Jesus; eles foram o 
remanescente do antigo Israel e o núcleo do novo. 
Vem depois a narrativa da ascensão, após o que os discípulos, em número de 120, 
aguardam em Jerusalém o cumprimento da promessa do Espírito Santo, e nesse ínterim 
preenchem a vaga deixada no colégio dos doze com a deserção de Judas. 
(Luc. 1:3). Tudo quanto Jesus começou tanto a fazer como a ensinar (1). Visto 
como o assunto do terceiro Evangelho é sumariado assim, a inferência, é que este novo 
volume vai tratar do que Jesus continuou a fazer e a ensinar após Sua ascensão – pelo Seu 
Espírito em Seus seguidores. Sendo visto por eles por espaço de quarenta dias (2). Daí 
vem que no calendário cristão o dia da ascensão cai no quadragésimo dia depois da 
páscoa. Chegava agora ao fim com uma cena que os convenceu da glória celestial do seu 
Mestre. Vós sereis batizados com o Espírito Santo (5). A pregação de João Batista em 
Mar. 1:8. Assim virá. Possivelmente com referência particular à nuvem (9). 
ANOTAÇÕES: 
§ O livro começa onde o Evangelho de Lucas termina. 
§ O Senhor ressuscitado aparecendo aos discípulos. 
§ Ordem de esperar a promessa do Pai (breve). 
§ V.6 – Restaurar o Reino Mat. 21:43 e Rom. 11:25 – 27 
§ V.9 – Ascensão 
§ Entre a ressurreição e a ascensão Jesus apareceu 10 a 11 vezes num período de 40 dias. 
§ Culmina a aparição com uma demonstração da gloria celestial. 
§ V.15 – Pedro fala em nome dos apóstolos. 
§ Ali reunidos em assembléia cerca de 120. 
§ Texto de Salmos 69:25; 109:8. 
§ V.26 – Matias eleito apóstolo. 
 
O livro de Atos dos Apóstolos 
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QUESTIONÁRIO: 
1. A qual escritura se refere o autor em 1:1? 
2. Quando deu mandamentos aos apóstolos por meio do Espírito? (v.2 comp. Mat. 28:16 – 
20; Marcos 16:14 – 20; Lucas 24:44 – 53; João 20:19 – 23). 
3. Que mandamento foi dado? 
4. Quando o Pai prometeu o Espírito Santo? (Joel 2:28) 
5. Jesus mencionou o dia exato quando o Espírito Santo seria derramado?(v.5) 
6. Por que não? (comp. Marcos 13:37) 
7. Que perguntas fizeram os discípulos nesta ocasião? (v.6) 
8. O reino havia sido tirado de Israel? (Mat. 21:43) 
9. Jesus respondeu diretamente aquela pergunta? 
10. Que deve suceder antes desse acontecimento? 
11. Onde devia começar e terminar o ministério dos apóstolos? (1:8) 
12. Em que cidade começa o livro de Atos? 
13. Que sucedeu depois de Jesus ter dado os Seus mandamentos aos apóstolos? 
14. De que montanha ascendeu Jesus? (v.12) 
15. Em que montanha descerá a Sua segunda vinda? (Zac. 14:4) 
16. Quem falou em nome dos apóstolos? (v.15) 
17. Quantos discípulos se reuniram naquela ocasião? 
 
11. CAPÍTULO 2: 1 – 47 – PANORÂMICA 
Pentecostes. 30 ou 33 d.C. O aniversário da igreja. 50 dias depois da crucificação de 
Jesus. 10 dias após Sua ascensão. 
A morte e a ressurreição de Cristo e o derramamento do Espírito representam o 
cumprimento dos tipos de três festas que se seguiram em sucessão uma a outra, a saber: a 
Páscoa (Lev. 23: 5), a Festa das Primícias (Lev. 23: 10 – 14), a Festa de Pentecoste (Lev. 
23: 15 – 21). A Páscoa era simbólica da morte expiatória de Cristo. Seguindo a Páscoa 
celebrava-se a Festa das Primícias, festa em que as primícias da colheita eram movidas 
diante do Senhor. Esta cerimônia era simbólica da ressurreição de Cristo como as 
“primícias” dentre os mortos. A partir desta festa, contavam-se cinquenta dias, e no último 
celebrava-se a Festa de Pentecoste (daí o nome “Pentecoste”, que significa 50). 
 
O livro de Atos dos Apóstolos 
 
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O DERRAMAMENTO DO ESPÍRITO 
O dia do Pentecostes , a festa das semanas que caía no quinquagésimo dia após a 
páscoa. Encontrou a pequena comunidade reunida. Subitamente eles foram dominados 
pelo Espírito Santo, que desceu do céu, enquanto sinais audíveis e visíveis acompanharam 
a efusão do prometido dom Celestial. Houve um som como um vento impetuosos (2) ; 
apareceram línguas repartidas como de fogo, e pousou uma sobre cada um deles (3) Mais 
impressionante, porém foi prorromperem todos em falas diferentes , ouvindo-oslouvar a 
Deus em línguas e dialetos diversos do seu aramaico Galileu, reconhecíveis pelos 
visitantes forasteiros que falavam alguns deles. A maioria desses visitantes falaria o 
dialeto grego comum ( o Koiné ). 
Entende-se aqui uma operação de maravilha, haja visto que, cada uma falava e eram 
entendidos por todos os que ouviam em sua própria língua natal ( uma espécie de tradução 
simultânea). 
 
O SERMÃO DE PEDRO 
O dialeto Galileu era tão característico e difícil de ser entendido pelos não – galileus 
que o fato de os discípulos deixarem as peculiaridades de sua fala local e de súbito se 
capacitarem a falar em línguas compreendidas pelas multidões heterogêneas, então em 
Jerusalém, não pode escapar de ser notado. Quando as atenções ficaram presas desse 
modo, Pedro aproveitou a oportunidade para se levantar com os outros apóstolos e dirigir a 
palavra a todos que estavam ao alcance de sua voz (14). Vale notar as palavras do seu 
discurso, porque mostram a forma regularmente adotada na pregação apostólica primitiva, 
ou o Kerygma, o modelo ou esboço que também pode ser traçado como a estrutura 
original de nossa tradição evangélica. 
Esse modelo apresenta quatro principais aspectos: 
Primeiro: uma narração do ministério publico e dos sofrimentos de Jesus; 
Segundo: O atestado divino de Seu Ministério messiânico que a ressurreição oferece, da 
qual o orador afirma ser testemunha ocular; 
Terceiro: Testemunhos do Velho Testamento, provando ser Jesus o Messias; 
Quarto: Exortação ao arrependimento e a fé. 
Estes aspectos podem ser observados bem claramente no discurso de Pedro. É 
impressionante o uso que ele faz dos testemunhos do Velho Testamento. Por exemplo 
palavras do Salmo 16:10. Tão eficaz foi sua exortação que três mil creram nas boas novas 
e foram batizados, formando assim a primeira igreja cristã. 
 
O livro de Atos dos Apóstolos 
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ANOTAÇÕES: 
§ Cap. 2: 1 – 47. Primícias e Festa das Colheitas: 
Pentecostes 30 ou 33 d.C. (Domingo). 
50 dias depois da crucificação. 
10 dias após a ascensão. 
Primeiro dia da semana. 
§ A morte, ressurreição e o derramamento de Espírito: 
Apontam para as 3 festas que se seguiram uma em sucessão a outra. 
(A Páscoa – Lev. 23:5) 
Símbolo da morte expiatória de Cristo. 
(As Primícias – Lev. 23:10 – 14) 
Simbólica da ressurreição de Cristo como dentre os mortos. 
(Pentecostes – Lev. 23:15 – 21) 
Contava-se 50 dias a partir das primícias e no ultimo dia celebrava-s eo 
Pentecostes. 
 
§ O Derramamento do Espírito: 
Falavam em línguas, mas eram atendidas por todas. 
 
§ A pregação de Pedro (2:14 – 36). 
Pedro fala a todos quanto podem ouvi-lo. 
Aqui há um esboço que se assemelha ao nosso modelo de pregação. 
Narração do ministério público de Jesus. 
Atestado de ministério que a ressurreição oferece, da qual ela é testemunha ocular. 
Testemunhos do Velho Testamento provando ser Jesus o Messias. 
Exortação ao arrependimento e a fé. 
Citação (livro do profeta Joel 2:28 – 32). 
Arrependimento e 3 mil almas salvas. 
 
QUESTIONÁRIO: 
18. Ficou o povo cheio do Espírito antes da morte de Cristo?Nem sempre falam numa 
língua conhecida, mas geralmente uma língua desconhecida (comp. I Cor. Cap. 14). 
19. Em que sentido os discípulos estavam embriagados? 
20. Teve neste tempo a profecia de Joel o seu cumprimento total? 
21. Que podemos dizer a respeito da união entre os primitivos cristãos?(v.44 – 47) 
 
12. CAPÍTULO 3: 1 – 26 – CURA DE UM COXO 
No capítulo 3 Lucas dá um exemplo de prodígios e sinais (2: 43), narrando um deles 
que teve conseqüências interessantes. Os apóstolos e os outros crentes continuaram a 
observar os costumes judeus, pelo que assistiam no templo regularmente. Uma tarde, 
quando Pedro e João para lá se dirigiam, à hora da oblação (cerca de 15 horas), ao 
passarem pela Porta formosa, chamada de Nicanor, que levava ao Pátio dos Gentios, para 
O livro de Atos dos Apóstolos 
 
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o das Mulheres, a atenção deles foi atraída por um coxo de nascença que ali se postava a 
pedir esmolas ao povo que passava pela porta. Pedro ordenou-lhe que levantasse e 
andasse, invocando a autoridade de Jesus, o Messias Nazareno. Ajudando-o a erguer-se 
sobre os pés, o coxo andou e ergueu a voz em louvor a Deus, saltando de modo que todo o 
povo por ali o observava. Naturalmente foi grande a sensação, visto como todos 
conheciam o coxo que há tanto tempo ali estava a esmolar.Aglomerando-se a multidão na 
colunata de Salomão, Pedro aproveitou a ocasião para anunciar Jesus como Messias, 
rejeitado e crucificado pelos Judeus, porém agora levantado dentre os mortos a oferecer 
remissão dos pecados e o cumprimento das promessas proféticas feitas a Israel. O Homem 
permaneceria ali ao lado, dando testemunho poderoso da verdade que Pedro dizia. Porque 
for a pelo poder do Nome de Jesus que obtivera cura. Sendo esse um sinal Messiânico 
patente. E que todos podiam lembrar-se do que profetizara o profeta Isaias da era do 
Messias “... os coxos saltarão como cervos...” (Is. 35: 6) 
ANOTAÇÕES: 
§ Cura de um homem coxo de nascença. 
§ Mensagem de Pedro. 
§ A atuação é voltada para Cristo. 
§ Conversão de quase 5 mil homens 
 
QUESTIONÁRIO: 
 
22. De quem desviou Pedro a vista do povo (3: 12)A quem dirigiu? (v.13) 
23. O que foi feito, segundo Pedro, em Seu nome?(v.16) 
 
 
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13. CAPÍTULO 4:1 – 37 – COMENTÁRIO E ANÁLISE 
COMEÇA A PERSEGUIÇÃO (4:1 – 22) 
Todavia tamanha agitação de modo algum agradou as autoridades do templo, que 
lançaram mão dos dois apóstolos e os meteram na prisão até o dia seguinte. O partido do 
sumo sacerdote, que predominava naquele tribunal, era em sua maioria constituído de 
saduceus, sendo de notar que o ressentimento deles tinha como motivo os apóstolos 
ensinarem o povo e anunciarem no caso de Jesus a ressurreição dos mortos. Contudo, não 
puderam achar culpa legal nos apóstolos, especialmente na presença do ex – coxo, cujo 
restabelecimento era forte testemunho na defesa deles. 
EXPANSÃO ININTERRUPTA 
Na fala de fundamento razoável para castigar Pedro e João, o Sinédrio despediu-os, 
proibindo-lhes com ameaças se continuassem a falar no Nome de Jesus. Todavia, o que daí 
resultou foi um maior aumento da Igreja, cujo numero agora se elevava a cinco mil 
homens, sem falar nas mulheres. 
ANOTAÇÕES: 
§ Início da perseguição (Pedro e João presos). 
§ Cap. 4:12 (Nenhum outro há salvação). 
§ Cap. 4:13 (Reconheceram Jesus neles). 
§ Oração (4:29 a 31). 
§ Relato da Igreja (4:32 – 37). 
QUESTIONÁRIO: 
24. Qual foi o tema central das pregações dos apóstolos? 
25. Por que isto entristeceu os saduceus? 
26. A imagem de quem viram os sacerdotes em Pedro e João (v.13)? 
 
 
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14. CAPÍTULO 5:1 – 42 - COMENTÁRIO E ANÁLISE 
ANANNIAS E SAFIRA (5:1 – 16). 
O caso Ananias e Safira ilustra as tentações a que se sujeitam membros da igreja 
menos espirituais. O pecado não consistiu em reservar parte do dinheiro, mas em dar a 
entender que a soma entregue era a importância integral. A mentira dita a Igreja foi 
considerada como dirigida a Deus o Espírito Santo. 
Este fato trouxe grande temos aos seguidores. Temos ainda o relato de tamanho 
poder sobre a vida dos discípulos que muitos depositavam os enfermos no caminho por 
onde Pedro passaria para que a sua sombra os encobrisse e então eles eram curados 
Os saduceus sentem inveja dos discípulos e levam eles presos. Durante a noite um 
anjo liberta os discípulos. Um detalhe importante é que as cadeias continuam fechadas 
(v23). È possível que os discípulos tenham sido arrebatados em corpo. 
ANOTAÇÕES: 
§ Ananias e Safira. 
§ O pecado foi mentir sobre a quantia. mentiu ao Espírito Santo. 
§ A sombra curandoenfermos. 
§ O anjo abre as portas. 
§ Prisão dos apóstolos. 
§ Gamaliel 
QUESTIONÁRIO: 
27. O que provavelmente havia na origem do seu pecado (I Tim. 6:10) 
28. Qual foi a pena de seu pecado. 
29. Quem mostrou mais sabedoria do que os outros chefes (v. 34) 
30. O seu conselho era prudente no tocante a sabedoria natural 
 
15. CAPÍTULO 6: 1 – 15 – VISÃO PANORÂMICA 
PRIMEIRAS DIFICULDADES DA IGREJA. 
O capitulo 6 registra a primeira dificuldade da Igreja e sua solução. A murmuração 
dos gregos contra os hebreus porque as suas viúvas estavam sendo esquecidas na 
distribuição diária de alimentos. Notem que esta dificuldade era inevitável por não ter 
aumentado a organização da igreja em proporção ao seu desenvolvimento (v.1). Notem 
também, que era séria por ameaçar causar uma divisão da igreja entre aqueles judeus 
educados na Palestina (hebreus) e aqueles que tinham recebido educação grega, ou que 
viviam em países onde se falava grego (gregos). Esta dificuldade foi resolvida no espírito 
de amor e cooperação e encontrou a solução no aumento da organização - a instituição de 
uma nova ordem no ministério da Igreja (diáconos). 
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DESIGNAÇÃO DOS SETE E A ATIVIDADE DE ESTEVÃO. 
Novo desvio da narrativa de Atos é assinalado pela apresentação do nome de 
Estevão. Este aparece primeiro como um dos sete oficiais designados para supervisionar a 
distribuição das ofertas retiradas do fundo comum para membros mais pobres da 
comunidade. Logo no início a Igreja atraíra judeus helenistas (isto é, judeus de fala grega, 
de fora da Palestina). É significativo que os sete oficiais escolhidos pela comunidade e 
designados pelos apóstolos para supervisionar essa atividade tivessem todos os nomes 
gregos, sendo provavelmente judeus helenistas. Dois dos sete, Estevão e Filipe estavam 
destinados a deixar vestígios dos seus serviços a Igreja. Com isto ele deixou assinalado o 
caminho que Paulo mais tarde palmilhou e especialmente o escritor de Hebreus. 
ANOTAÇÕES: 
§ Murmuração dos helenistas contra os hebreus. 
§ Instituição do diaconato (7 diáconos). 
QUESTIONÁRIO: 
31. A que ministério os apóstolos desejavam dedicar-se (6:4) 
32. Quais as 3 qualificações para um diácono que se mencionam aqui (v.3) 
33. Quem foi o mais notável de todos estes diáconos 
 
16. CAPÍTULO 7 – O MARTÍRIO DE ESTÊVÃO 
Estêvão estava perante o mesmo Concílio que crucificou Jesus e que pouco antes 
proibira os Apóstolos de falar em o nome de Jesus. Ali estavam os mesmos sacerdotes 
Anás e Caifás. 
Estevão expôs o seu caso sob a forma de uma resenha histórica, como era costume 
entre os judeus. Os dois principais temas de seu discurso são primeiro, que a nação a partir 
dos dias de Abraão, nunca se preocupou em fixar-se num lugar da terra; uma tenda móvel, 
por conseguinte, servia mais de santuário do que um edifício permanente. E segundo, que 
a nação, a partir do tempo de Moisés, sempre se rebelara contra Deus e se opusera aos 
Seus mensageiros, numa série de atos que culminara em eles matarem “o Justo”. 
Enquanto falava o seu rosto brilhava o seu rosto brilhava como se fosse rosto de 
anjo. Lançaram-se contra ele como feras.Enquanto as pedras começaram a ser lançadas, 
Estêvão olhava para o céru e via a glória de Deus e Jesus, que estava à Sua direita. 
Morreu como morrera Cristo, sem vestígio de ressentimento contra seus assassinos 
desprezíveis, orando. “Senhor não lhes impute este pecado” 7:60. As mesmas palavras de 
Jesus ao ser crucificado ( Estêvão é honrado como sendo o primeiro mártir da Igreja. 
 
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UM JOVEM CHAMADO SAULO 
Aqui há um momento crucial do evangelho, ainda que as palavras de Estêvão 
tenham incitado a Saulo ao início de grande perseguição aos discípulos, é certo que as 
mesmas tenham chegado a atingir o profundo do coração de Saulo e que tiveram seu efeito 
no caminho de Damasco. Podemos pensar que a vida de Estêvão foi o preço pago pela 
alma de Saulo, que se tornaria aquele que estabeleceria o cristianismo no mundo então 
conhecido. 
ANOTAÇÕES 
§ Temas do discurso: 
§ A nação nunca se fixou em lugar na terra. 
§ A nação sempre se rebelava contra Deus. 
§ Semelhança das palavras de Estevão (Atos 7:59-60 e Lucas 23:34-46). 
QUESTIONÁRIO: 
34. Que visão teve Estevão? 
35. Quais foram as duas últimas frases de Estevão? (v. 59 e 60) 
36. Quem disse palavras idênticas numa ocasião semelhante? (Lc. 23:34,46) 
37. Quem é mencionado nessa ocasião? 
38. Foi respondida em Saulo a oração de Estevão pelos seus assassinos? (ITim. 
1:13). 
 
17. CAPÍTULO 8: 1 –40 – A PRIMEIRA PERSEGUIÇÃO. 
A DISPERSÃO DA IGREJA 
Esta foi a primeira perseguição que a Igreja sofreu. Na época, a Igreja 
provavelmente contava com apenas um ou dois anos de existência. A perseguição durou, 
provavelmente, uns poucos meses. Paulo era um líder dessa perseguição. Tinha dois 
parentes que já eram crentes (Rm 16:7). Esta perseguição foi muito severa. Saulo 
devastava a Igreja, açoitava e matava muitos crentes, perseguindo sobremaneira a Igreja 
(Gal 1: 13) 
Esta perseguição provocou a dispersão da Igreja. Em Jerusalém a igreja já se tornara 
um movimento poderoso, avançando irresistivelmente. Agora pela providência de Deus, 
esta perseguição lançou a obra missionária da Igreja. Os Apóstolos, talvez isentos da 
perseguição por causa do apoio popular do qual gozavam, ainda permaneciam em 
Jerusalem para cuidar da Igreja central. Mais tarde, eles também fizeram suas viagens. 
Na sede, Filipe um dos sete, tomou iniciativa e partiu de Jerusalém para Samaria e 
ali passou a evangelizar e por meio dele o Senhor ia confirmando a palavra com grandes 
sinais. A obra de Filipe foi notável de forma que sabendo os apóstolos enviaram a Pedro e 
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João. Nesta ocasião, Samaria havia recebido apenas o batismo nas águas, mas com a 
chegada de Pedro e João foram batizados com o Espírito Santo. 
Uma vez estabelecido o trabalho em Samaria, Filipe foi orientado pelo Espírito 
Santo a entrar em contato com o tesoureiro de Candace. Rainha mãe dos Etíopes (núbios). 
O eunuco lia com grande ansiedade o livro do profeta Isaias, o que deu ensejo a Filipe para 
falar de Jesus Cristo. Na seqüência eles chegam a um lugar onde havia água. Então o 
eunuco manifesta o desejo de se batizar. 
O ESPÍRITO ARREBATOU A FILIPE 
O que vem relatado logo após o batismo do eunuco é que Filipe é arrebatado e vem 
a se achar em Azoto. Aqui temos um relato do chamado arrebatamento de corpo, ação do 
Espírito Santo que leva uma pessoa de um lugar para outro. O Apóstolo Paulo menciona 
esta operação em uma de suas cartas. "Conheço um homem em Cristo que há catorze anos 
(se no corpo, não sei, se fora do corpo, não sei; Deus o sabe) foi arrebatado ao terceiro 
céu." (II Coríntios 12: 2) 
ANOTAÇÕES 
§ Filipe em Samaria 
§ Recebem a Palavra, mas não o Batismo no Espírito Santo (v.12 e 13). 
§ Pedro e João (v.12 e 13). 
§ Filipe e o eunuco (8:24). 
§ Arrebatamento de corpo (8:39 – 40). 
QUESTIONÁRIO: 
39. A que lugar Filipe recebeu ordem de ir? (8:26) 
40. Por quem foi conduzido Filipe ? 
41. Qual passagem da Escritura estava lendo o eunuco? 
 
18. CAPÍTULO 9: 1 – 31. – A CONVERSÃO DE SAULO. 
Era da tribo de Benjamim (Fp. 3:5), nativo de Tarso, terceiro centro universitário do 
mundo, sendo superado em importância naquela época, apenas por Atenas e Alexandria. 
Tinha a cidadania romana como direito de nascença (At. 22:8), de família influenciável. 
Tinha, portanto, uma herança judaica, grega e romana. 
Resolvera destruir a Igreja. Esmagou e espalhou a Igreja de Jerusalém, e então 
empreendeu viagem para Damasco para procurar os crentes que tinham fugido. 
No caminho, numa intervenção celestial, o Senhor Se reveloua ele. Sua conversão 
se narra três vezes: aqui, 22:5 – 16 e 26:12 -18. Foi uma visão real, não um sonho, sua 
cegueira foi real (v.8,9 e 18). Os companheiros ouviram a voz (v.7). Doravante, com 
dedicação sem par na história, serviu ao Cristo cuja Igreja procurara destruir. 
Quando refletimos nas implicações desse fato, concordamos com essa opinião. 
Lucas percebeu a importância da conversão de Paulo, visto como apesar do espaço 
limitado de que dispõe, narra-a com alguns pormenores três vezes, uma na terceira pessoa 
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(cap. 9), e duas vezes contada pelo próprio apóstolo (caps. 22 e 26). As palavras de Cristo 
mencionando-o como “vaso escolhido”, nunca mais saíram da mente do apóstolo Paulo. 
Anos mais tarde reconhecia ele que sem saber fora separado por Deus para a obra do 
evangelho mesmo antes de Nascer ( Gál 1: 15; Rom 1: 1). 
“O Caminho” era uma expressão idiomática judeu-cristã, pela qual se denominava o 
cristianismo (cfr. 19:9, 23, 22:4, 24:14, 22). Provavelmente iria prender ali os principais 
refugiados da Judéia e não propriamente os crentes damascenos, como Ananias. 
Viu em visão (12). Podemos distinguir as três primeiras visões de Paulo: na entrada 
de Damasco (4 e segs); na casa de Judas (12); e na sua volta a Jerusalém (22:17 e segs). 
Dos principais sacerdotes (14). Ver 4:6 acima. Todos os que invocam o teu nome (14); 
isto é, os que invocam Jesus como Senhor (cfr. 2:21). Quanto lhe importa sofrer pelo 
meu nome (16). Fiques cheio do Espírito Santo (17). Tal plenitude era necessária para o 
exercício do ministério profético descrito no versículo 15. Os versículos 20-22 deixam 
claro que a manifestação particular do Espírito em Saulo foi o poder sobrenatural de sua 
pregação missionária. Como que umas escamas (18), ou melhor, “uma substância 
escamosa (ou como flocos)”. Levantou-se e foi batizado (18). Provavelmente deve-se 
inferir daí que (diferentemente dos samaritanos em 8:16) Saulo recebeu o Espírito Santo 
antes de ser batizado. 
ANOTAÇÕES: 
§ A conversão de Saulo: 
§ A conversão é relatada 3 vezes (cap. 9, 22 e 26). 
§ Saulo, o “vaso escolhido”. 
§ O Caminho: expressão do idioma judeu-cristão - Cristianismo. 
§ A visão. 
§ Cheio do Espírito santo (antes de ser batizado). 
QUESTIONÁRIO: 
42. Tinha diminuído o ódio de Saulo contra os cristãos? (9:1 – 4) 
43. Onde estava quando viu o Senhor? 
44. A quem disse Jesus que Saulo estava perseguindo? 
45. Quem agora foi ordenado para ministrar a Saulo? 
46. Qual foi a ocupação de Saulo durante os três dias de sua cegueira?(v.11) 
47. O que recebeu Saulo nesta ocasião 
48. Qual era a atitude dos discípulos para com Paulo quando veio a 
Jerusalém?(v.26) 
49. Onde foi enviado Paulo? 
 
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19. CAPÍTULO 9: 32 – 11: 30 – A IGREJA DOS GENTIOS 
Ler Atos 9:32 – 11:30. O propósito de Lucas ao narrar a cura miraculosa de Enéias e 
a ressurreição de Tabita (ou Dorcas), pelo ministério de Pedro, foi comprovar que Deus 
estava presente com Pedro, durante o período mesmo em que aquele apóstolo pregava aos 
gentios e os acolhia como partícipes da Igreja, ações essas que judeus cristãos de visão 
estreita mais tarde censuraram. O fato que Pedro se hospedou na casa de um curtidor de 
nome Simão, mostra-nos que ele já se despira de alguns de seus escrúpulos tipicamente 
judaicos, porquanto os curtidores eram tidos por cerimonialmente imundos, devido a seu 
contínuo contato com animais mortos, razão pela qual, sua companhia devia ser evitada. 
Foi necessária uma visão para que Pedro se deixasse convencer de que era permissível o 
contato com os gentios. 
Ele viu um lençol, talvez sugerido por um toldo, debaixo do qual Pedro dormia a 
siesta do meio dia, no pátio formado pelo telhado plano. Esse lençol estava repleto de 
criaturas cerimonialmente imundas. Então, houve a ordem de Deus para que Pedro as 
matasse e comesse o que serviu de indicação de que as restrições dietéticas de Moisés e de 
fato, todas as demais restrições cerimoniais mosaicas, agora estavam obsoletas. 
Finalmente persuadido, Pedro foi pregar a gentios, na casa de Cornélio, centurião romano 
e homem temente a Deus. 
Por conseguinte, Deus concedeu imediatamente do Seu Espírito a gentios, assim foi 
exercida a fé, antes mesmo que Pedro terminasse a sua pregação e antes do batismo ou da 
imposição de das mãos terem sido administrados. Foi dessa maneira dramática que Deus 
demonstrou que aceitava nas Igrejas a crentes gentios, e sob condições iguais as que 
aceitaram os crentes judeus ou samaritanos. 
A EXTENSÃO DO EVANGELHO AOS GENTIOS 
Cornélio era primeiro cristão entre os gentios. Anteriormente, o Evangelho só tinha 
sido pregado para judeus, prosélitos judeus e samaritanos, que observavam a Lei de 
Moisés. 
Foi preciso uma visão especial para induzir Pedro a se dirigir ao gentio Cornélio. E 
mesmo depois que os apóstolos se convenceram, pela orientação direta do Espírito Santo, 
que deviam receber gentios na igreja como gentios, o assunto ainda ficou sendo alvo de 
muita controvérsia naquela geração apostólica, porque de um modo geral, o preconceito 
judaico era bastante forte de ser completamente vencido pelo doutrinamento dos apóstolos. 
CORNÉLIO 
O primeiro gentio escolhido por Deus, que recebeu a oferta do Evangelho. Era um 
oficial do exército romano em Cesaréia. Era um homem bom e piedoso. Deve ter sabido 
algo sobre o Deus dos judeus e dos cristãos. Cesaréia era cidade onde Filipe morava (8: 
40; 21: 8). Mas apesar de Cornélio ter o costume de orar ao Deus dos judeus, assim 
mesmo era gentio. 
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Era da vontade divina que Cornélio fosse o primeiro gentio a passar pela porta do 
evangelho. O próprio Deus dirigiu os acontecimentos todos. Mandou Cornélio enviar um 
recado a Pedro (v.5). Uma visão celestial induziu Pedro a aceitar a chamada (v.9 – 23). 
Deus colocou Seu próprio selo de aprovação sobre a aceitação de Cornélio como membro 
da Igreja (v.44 – 48), sendo ele as primícias do mundo gentio. 
Foi de Jope (v.5) que Deus enviou o judeu Pedro, ao gentio Cornélio. Foi desta 
mesma cidade que Deus enviou Jonas para a cidade gentia de Nínive, 800 anos antes, com 
bastante força persuasiva (Jn 1:3). 
Nota-se que Cornélio não tinha que deixar sua situação de oficial das Forças 
Armadas. 
Os anciãos de Jerusalém aprovam (11:1 – 18). Foi a referência de Pedro a 
evidente mão de Deus conversão de Cornélio, que convenceu os anciãos de Jerusalém de 
que os gentios deviam ser aceitos na Igreja sem exigir deles que se tornassem prosélitos 
dos judeus. Houve, todavia, um partido forte em Jerusalém que relutou em aceitar a 
decisão apostólica (15:5). 
OBS: Prosélitos Judeus: Indivíduo não judeu convertidos ao Judaismo 
ANOTAÇÕES 
§ A Igreja dos gentios. 
§ Pedro já não tinha muitos costumes judaicos 
§ Casa de um curtidor. 
§ Foi necessária uma visão (Cornélio). 
§ Espírito é derramado. 
§ Cornélio – homem temente a Deus, centurião (oficial do exército romano). 
§ Cesaréia era cidade onde Filipe morava (8:40; 21:8). 
§ Orava ao Deus dos judeus, era gentio, não salvo (11:14). 
§ A primeira Igreja apostólica (cap. 11:19 – 30). 
§ Antioquia, o grande centro. 
§ Barnabé se une a Saulo. 
§ Os discípulos foram pela primeira vez chamados de cristãos (v.11:26). 
QUESTIONÁRIO: 
50. Quais as três coisas que se dizem a respeito do caráter de Cornélio (10:2) 
51. Qual era a sua posição 
52. Era Cornélio um homem salvo (11:14) 
53. Compreendeu Pedro nesse tempo o significado da visão (v.17) 
54. Quando o entendeu (v.23) 
55. O que aprendeu Pedro (v.34 e 35) 
56. Que dom do Espírito se exercia neste tempo (v.28) 
 
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20. CAPÍTULO 12: 1 – 25 
 AMORTE DE TIAGO - A PRISÃO DE PEDRO 
O Herodes que figura nessa passagem foi Herodes Agripa I, neto de Herodes o 
Grande. Fingindo-se defensor máximo do judaísmo, martirizou ele a Tiago, apóstolo e 
irmão de João, além de encarcerar Pedro. A morte de Herodes Agripa ocorreu em cerca de 
44 D.C Tiago foi então o primeiro dos doze a morrer. Tiago foi um dos três na rotina 
íntima de Jesus. 
Pedro então aqui é prezo e um Anjo o liberta e forma maravilhosa. Pedro não sabia 
se era real o que acontecia, pois as cadeias se abriam enquanto o anjo ia a frente dele. 
ANOTAÇÕES 
§ Morte de Tiago (Mat. 20: 22,23) – primeiro dos doze a morrer. 
§ Pedro é liberto pelo anjo do Senhor. 
 
QUESTIONÁRIO: 
57. O martírio de Tiago já estava indiretamente profetizado? (Mat. 20: 22,23) 
58. Quem levou Paulo e Barnabé de Jerusalém neste tempo? (12:25) 
59. Que parentesco tinha ele com Barnabé? (Col. 4:10) 
 
 
21. CAPÍTULO 13 E 14 – PRIMEIRA VIAGEM MISSIONÁRIA DE PAULO. 
Permanecendo ali em Antioquia, Paulo, Barnabé e seu primo Marcos que tinha 
vindo com eles de Jerusalém, ministravam à Igreja ali. Havia ainda mais alguns mestres 
profetas de talento naquela igreja: Lúcio, Cirene, Simeão por sobrenome Niger (Negro), 
que é possível ser o Simão Cireneu de Lucas 23: 26 e também Manaé, que fora criado com 
Herodes o tetrarca. Possivelmente por intermédio de um daqueles profetas o Espírito Santo 
lhes disse que separasse a Barnabé e a Saulo. 
Consolidando o trabalho evangélico em Antioquia, a igreja local orientada pelo 
Espírito Santo, comissiona a Barnabé e Paulo para pregação das Boas Novas ao mundo 
gentílico. Acompanha-os o jovem João Marcos. 
Chegando a Pafos há o encontro de Paulo com o mágico Barjesus, que pertencia à 
roda íntima de Sergio Paulo, pro cônsul da província. Não quer dizer que Elimas seja 
equivalente a Barjesus mas que Elimas sendo palavra semítica, significa encantador, ou 
mágico. Saulo, também chamado Paulo, a partir daqui é chamado regularmente pelo 
cognome Paulo em vez de Saulo seu nome hebraico de nascimento. 
No primeiro sábado após chegarem a Antioquia da Pisídia, encaminharam-se à 
sinagoga. Depois da leitura da lei (a lei era lida toda) e dos profetas, os chefes da sinagoga 
(estes incumbia de planejar o culto público e convidar membros idôneos da congregação 
O livro de Atos dos Apóstolos 
 
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para fazer a leitura e dirigir a palavra), convidaram os estranhos a dizerem alguma palavra 
de exortação que tivessem para os presentes. 
Paulo tomou a palavra. O resume do seu discurso é um tanto extenso, mas é ouvido 
com especial atenção pelos gentios que frequentavam o lugar. A expressão “varões 
Israelitas e vos outros que temeis a Deus” indica os dois elementos de que se 
compunham a congregação, judeus e gentios. Foram atraídos sobremaneira pelo anúncio 
que Paulo fez do perdão dos pecados mediante a Cristo, e pediram que lhes falasse 
novamente no sábado seguinte. Visto como lhes oferecia mediante Cristo os mesmos 
direitos que os crentes judeus tinham diante de Deus, sem necessidade de observarem a lei 
cerimonial judaica nem de se tornarem prosélitos, houve grande adesão por parte dos 
gentios, o que naturalmente despertou a inveja dos judeus da dispersão, os quais 
ressentiam de Paulo levar após si os gentios cuja conversão ao judaísmo eles esperavam. 
Tal inveja subiu de ponto em Antioquia da Pisídia, visto como os “tementes a Deus” 
espalharam a notícia e no sábado seguinte quase toda a população gentílica da colônia 
afluiu à sinagoga. Quando os judeus manifestaram o seu aborrecimento, Paulo anunciou 
que, visto como eles se julgavam indignos da vida eterna que ele, ia agora dedicar-se aos 
gentios. Porém tão grande oposição se levantara pelos judeus que Paulo e Barnabé tiveram 
que deixar a cidade, todavia, não antes que numerosos “tementes a Deus” confessassem o 
Cristo, formando ali uma Igreja. 
Este fato também se repetiu em Icônio, onde grande número de judeus e gentios 
creu, mas não tardou em serem forçados a deixar a cidade. 
Chegando a Listra e Derbe, cidades Licaônicas onde logo um milagre efetuado por 
Paulo, provocou uma explosão de entusiasmo religioso no meio da população nativa da 
Anatólia. Imaginando que a sua cidade fora outra vez favorecida com a visita do deus 
supremo e seu principal arauto, como constava na mitologia, prepararam-se para prestar 
honras divinas aos missionários. Quando os apóstolos descobriram o que iria acontecer, 
com muita dificuldade conseguiram dissuadi-los daquilo, e Paulo aproveitou a ocasião 
para instruí-los na verdade do único e verdadeiro criado. 
A visita a Listra foi inesperadamente interrompida por judeus de Antioquia da 
Pisídia e Icônio, os quais insuflaram um tumulto, no qual Paulo, que fazia pouco hacia 
sido aclamado como mensageiro dos imortais, foi tratado brutalmente e expulso da cidade 
como morto, Quando reviveu (isto é narrado de TAM modo que sugere uma intervenção 
miraculosa) 
 
22. CAPÍTULO 15: 1 – 41 – COMENTÁRIO E ANÁLISE 
O PROBLEMA DE ATOS 15 
O rápido crescimento da Igreja gentílica devido à missão de Paulo e Barnabé 
puseram em foco um novo problema. Se os gentios se tornaram crentes em Jesus como o 
O livro de Atos dos Apóstolos 
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Messias, e se O aceitavam como Salvador e Senhor, em que proporção lhes deveria se 
exigida a observância da Lei? O Senhor Jesus Cristo tinha Se colocado a si próprio e seus 
ensinamentos acima da lei e tinha declarado que era superior a Moisés e aos profetas, 
como um filho é superior aos servos da casa. A importância destas palavras não foi 
imediatamente reconhecida, mas a lenta tendência que se desenvolvia dentro do 
movimento cristão sob a direção do Espírito Santo tinha-se ido afastando do legalismo e 
dirigido para a fé. 
O debate de Pedro com os cristãos judeus em Jerusalém, depois de seu trabalho em 
casa de Cornélio, foi um dos primeiros sintomas da tensão existente. Só quando Pedro 
contou que o Espírito Santo havia descido sobre os gentios como tinha descido sobre os 
judeus crentes no Pentecostes é que os cristãos judaicos admitiram que os gentios podiam 
realmente ser salvos. (11: 18). 
Depois de Paulo e Barnabé terem voltado a Antioquia e contado o sucesso da sua 
pregação “... alguns homens, descendo da Judéia, ensinavam aos irmãos: Se não vos 
circuncidardes segundo o rito de Moisés, não podereis ser salvos” (15: 1). Este ensino 
deve ter sido um choque para os gentios. Não tinham sido criados na Lei e a sua 
experiência espiritual desde a sua conversão tinha-se provado inteiramente satisfatória sem 
observância de qualquer cerimônia. Além disso, eles tinham achado em Cristo a libertação 
do legalismo e do cerimonialismo das suas próprias religiões. Por que é que deviam voltar 
eles agora a pôr-se de novo debaixo doutra escravidão? 
CARTA EXPEDIDA (15:1 – 29). 
PAULO E BARNABÉ 
Não muito depois de ter deixado aquelas igrejas surgiu uma crise no meio delas, 
provocada pela atividade de judaizantes, que instavam sobre a necessidade de serem 
acrescentadas a circuncisão e a observância da lei cerimonial à fé em Cristo. Chegando a 
noticia desse fato aos ouvidos de Paulo em Antioquia, este escreveu-lhes uma carta 
urgente “Admira-me que estejais passando tão depressa... para outro evangelho” (Gál. 
1:6). A epístola, escrita num estado de excitação, revela sua amorosa ansiedade e temor de 
que esses filhos recém nascidos sejam seduzidos e deixem a simplicidade de Cristo, bem 
como revela sua indignação contra aqueles que os perturbavam. 
A mesma questão tornou-se de real importância em Antioquia também por essa 
época. A missão gentílica, sediada em Antioquia, ia resultar predominantemente no 
estabelecimento de igrejas de igual modo gentílicas; e o partido judaico mais extremado de 
Jerusalém via que só tinha de agir, então era preciso agir logo. Eassim, organizaram uma 
campanha levada a efeito não só nas novas igrejas da província da Galácia, como também 
na própria Antioquia, cidadela do Cristianismo gentílico, urgindo completa adoção da lei 
judaica por todos os cristãos, como condição indispensável de salvação e de comunhão 
com os seus irmãos judeus. 
O livro de Atos dos Apóstolos 
 
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O CONCÍLIO DE JERUSALÉM 
O que aconteceu em Antioquia vem descrito por Paulo em Gál. 2:11 e segs. Os 
judaizantes faziam valer seu ponto de vista com tamanho vigor que até Pedro, que estava 
em Antioquia nesse tempo e sabia perfeitamente o que havia de certo e de errado naquele 
movimento, foi arrastado à aparência alarmante de uma “dissimulação”, como Paulo 
chama, visto como se retraía da companhia dos cristãos gentios. Essa atitude, embora 
Pedro pudesse justificá-la sobre o fundamento de ser conveniente, ia produzir efeito 
desastroso. Até Barnabé inclinou-se a seguir-lhe o exemplo. Paulo enfrentou a situação 
com energia, acusando francamente Pedro de dissimulação. Sua repreensão produziu 
salutar efeito; no Concílio de Jerusalém que se seguiu, Pedro apoiou intransigentemente a 
argumentação de Paulo. 
Mas o problema levantado pelos judaizantes tinha de ser discutido e resolvido para 
que a Igreja cristã evitasse o risco de ser dividida, logo no seu inicio em dois corpos, um 
judaico e outro gentílico. Então a igreja de Antioquia enviou delegados aos apóstolos e 
anciãos de Jerusalém, e ali o caso foi discutido amplamente por eles na reunião conhecida 
como Concílio de Jerusalém. Apesar dos argumentos do partido farisaico da igreja, o peso 
da influência de Pedro, apoiada por Barnabé e Paulo, que narraram as bênçãos de Deus 
sobre a missão gentílica, e por fim, o resumo judicioso de Tiago inclinou a mente do 
Concílio na direção liberal. 
Condição alguma se devia impor aos cristãos gentios para a salvação, ou para a 
admissão deles à plena fraternidade cristã, salvo aquela que Deus mesmo aceitara como 
suficiente a fé em Cristo. Uma vez estabelecido esse princípio, foi mais fácil tratar da 
questão prática das relações sociais. Seria manifestamente um ato de cortesia e virtude da 
parte dos cristãos gentios respeitarem certos escrúpulos judaicos; e a decisão da reunião 
foi, por conseguinte declarada numa carta que se escreveu a igreja de Antioquia e suas 
igrejas filhas. 
É absurdo dizer, como alguns têm feito que Paulo jamais tenha aceitado tais 
condições para suas igrejas gentílicas. Quando princípios estavam em jogo, o apóstolo era 
inflexível; em caso contrário, não havia quem contemporizasse mais do que ele, havendo 
vários lugares em suas cartas onde insta com os seus convertidos e outros para que 
observem esse dever de se respeitar os escrúpulos e a consciência alheia (cfr. I Cor. 8:1 e. 
Rom. 14:1). 
Deve ser recordado que a separação entre os judeus e os gentios era tanto religiosa, 
como social. Os judeus tinham uma lei divina que sancionava o princípio e ordenava a 
prática do isolamento nacional. 
O caráter peculiar da religião dos judeus era tal que colocava obstáculos 
insuperáveis no caminho de uma união social com outra gente. As suas observâncias 
cerimoniais tornavam impossíveis refeições comuns com os gentios. O paralelismo mais 
próximo que podemos encontrar para aquela barreira entre o judeu e o gentio é a 
O livro de Atos dos Apóstolos 
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instituição das castas entre as populações da Índia, que se apresenta aos nossos como um 
fato que causa perplexidade nos governos e aos nossos missionários como grandes 
obstáculos do cristianismo no Oriente. Um hindu não pode comer como um pária ou com 
um maometano e, entre os próprios hindus, os alimentos dos Brâmanes são profanadas 
pela presença de um pária - apesar deles terem livre intercâmbio em todas as transações 
comerciais comuns. Assim era também na época patriarcal. Era uma abominação para os 
egípcios comer pão com os hebreus (Gên. 43:32). 
A CARTA É RECEBIDA (15: 30 – 16:5) 
A carta foi levada a Antioquia por dois cristãos de Jerusalém, Judas e Silas, que 
acompanharam de volta os delegados daquela cidade. O recebimento da carta em 
Antioquia causou grande satisfação. 
Então Paulo e Barnabé concordaram em fazer nova visita às igrejas evangelizadas 
em sua primeira viagem, porém, discordaram a respeito de Marcos. Barnabé recusou 
dispensar a companhia de seu primo; o desfecho da dissensão foi que, em vez de uma só 
excursão missionária, houve duas: Barnabé e Marcos tinham ido a Chipre, enquanto Paulo 
tomou a Silas, que tinha a dupla vantagem de ser membro da igreja de Jerusalém e ser 
cidadão romano e saiu com ele a percorrer cidades da Ásia menor visitadas na primeira 
viagem, entregando às igrejas, cópias do decreto apostólico. 
 ANOTAÇÕES: 
§ O Concílio de Jerusalém. 
§ Ler Galátas 1:6 e 2:11. 
§ A carta é recebida 
§ Segunda viagem missionária (15 a 18). 
§ Houve dissensão: Paulo e Barnabé - Silas e Marcos. 
§ Paulo era judeu e cidadão romano. Levou a carta aos gentios (15:27). 
QUESTIONÁRIO: 
60. Qual igreja enviou Paulo e Barnabé? 
61. Por qual poder Paulo pronunciou o juízo sobre o feiticeiro? (13:9) 
62. Quais eram os sentimentos dos judeus ao ver que a Palavra de Deus era 
pregada aos gentios? 
63. Como receberam os gentios o Evangelho? (v.48) 
 
23. CAPÍTULO 15:36–18:22 – SEGUNDA VIAGEM MISSIONÁRIA DE PAULO. 
A narrativa desta viagem encontra-se em Atos 15:36 a 18:22. Depois de 
aproximadamente três anos de intervalo, durante os quais dois valorosos obreiros ficaram 
em Antioquia pregando e ensinando, com muitos outros, a palavra do Senhor, Paulo teve a 
inspiração do Alto para fazer uma segunda viagem missionária pela Ásia confirmando o 
trabalho realizado na primeira incursão evangelística naquela área. Certamente ele nem 
O livro de Atos dos Apóstolos 
 
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por sonho teria imaginado o alcance desta viagem no que diz respeito a penetração do 
evangelho na Europa. 
As etapas desta viagem podem ser divididas em três itinerários: 
1) O da Ásia na ida; 
2) O da Europa; 
3) O da Ásia na volta. 
O ITINERÁRIO DA ÁSIA NA IDA 
De Antioquia tomaram rumo norte, viajando por terra para Síria, Cicília, Derbe e 
Listra, que foram os pontos finais da primeira viagem missionária. 
Em Listra juntou-se-lhes Timóteo, a quem Paulo circuncidou para que fosse mais 
útil na obra do evangelho. Aqui não vemos uma incoerência de Paulo, pois este combatia a 
necessidade do cristão se circuncidar a fim de completar a Salvação; O caso é que Timóteo 
fora criado por sua mãe e sua avó, que eram judias, para ser um judeu religioso em todo o 
sentido, exceto quanto à circuncisão (Atos 16:1). Para os gentios ele era, portanto, judeu, 
mas para os judeus, era gentio porque, sendo seu pai grego, não fora circuncidado. Por 
conseguinte, a fim de regularizar sua situação, Paulo o circuncidou; era melhor que ele 
fosse distintamente uma coisa ou outra, do que manter uma posição ambígua. 
Partindo dali, depois de confirmar na fé os irmãos, foram passando pelas regiões da 
Frigia e da Galácia, talvez pretendendo visitar as igrejas de Icônio, Antioquia da Pisídia e 
outras, entretanto foram impedidos de alguma forma pelo espírito Santo que os 
encaminhou a Misia. Dali julgavam conveniente ir anunciar o evangelho no extremo norte, 
isto é, província de Bitínia. Mas novamente o Espírito Santo lhes impediu o intento e 
desceram para a cidade marítima da Misia, chamada: troas na costa do Egeu. Foi ali que 
Paulo teve uma visão de um homem da Macedônia ( parte da Europa que fica defronte da 
Misia ) pedindo que passasse àquela região e ali anunciasse o evangelho. Assim os 
missionários chegaram a conhecer a vontade de Deus e partiram para Europa, penetrando 
no Mundo Ocidental com a mensagem gloriosa de Salvação dos pecadores. 
 
O livro de Atosdos Apóstolos 
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O ITINERÁRIO DA EUROPA 
Passando por Samotrácia, Neápolis onde não se demoraram muito, logo chegaram a 
Filipos. 
 FILIPOS – 16: 11 – 40 
Ponto inicial na evangelização da Europa, onde os missionários obtiveram 
magníficos resultados de sua pregação manifesta na conversão de uma distinta senhora, 
chamada Lídia, possivelmente veio a fundar a igreja nesta cidade. Filipos além da primeira 
igreja a ser fundada por Paulo na Europa e também uma das mais fiéis, a única pelo que se 
sabe pela qual recebeu paga pelo seu trabalho. 
Neste ponto Lucas é deixado ver 17:1 nota-se a expressão “chegaram” o qual 
tornou a juntar-se a eles seis anos depois ver 20:6 “navegamos”. Paulo cinco anos mais 
adiante escreveu a epístola aos Filipenses. 
Também ali houve a libertação de uma jovem adivinhadora o que resultou na 
primeira perseguição aos discípulos na Europa, e que culminou na prisão de Paulo e Silas, 
mas mesmo encarcerados, Paulo e Silas oravam e a meia noite as cadeias se romperam. 
Até mesmo esta situação proporcionou a conversão do carcereiro e toda a sua família. 
TESSALÔNICA – 17: 1 – 9 
A Maior cidade da macedônia, muita gente se converteu ali e seus inimigos os 
acusaram de “transtornar o mundo” 
ATENAS – 17: 15 – 34 
Atenas era a importante capital da cultura grega 
O discurso de Paulo no Areópago é uma das obras primas de oratória de todos os 
tempos, e revela sua competência no pensamento grego. Entretanto, os atenienses 
escarneceram da ressurreição, embora, alguns cressem. 
O discurso narrado por Lucas, seguiu uma orientação não diferente daquela do 
discurso proferido em Listra (14: 15-17). Começando com uma referência a um altar 
dedicado AO DEUS DESCONHECIDO (tipo de consagração de altar em Atenas 
testificado por outros escritores), Paulo declarou que sua missão era fazer conhecido deles 
esse Deus desconhecido. E prosseguiu na obra divina da criação e da providência, usando 
linguagem tomada de empréstimo a alguns dos poetas gregos, como Epimênides de Creta. 
Notem o encontro de Paulo com os membros de duas escolas de filosofia – os 
epicureus e os estóicos. (A filosofia é o ramo do conhecimento que tem por objetivo 
descobrir a verdade concernente a Deus, ao homem e ao universo, tanto quanto essas 
verdades podem ser compreendidas pala razão humana). Os epicureus eram céticos, que 
rejeitavam todas as religiões. Acreditavam que o mundo se formou casualmente, que a 
alma é mortal e que o prazer é o principal fim da vida. Os estóicos eram panteístas, quer 
O livro de Atos dos Apóstolos 
 
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dizer, acreditavam que tudo é parte de Deus. Criam que a virtude é o fim principal da vida 
e que devia ser praticada como um fim em si mesmo. Examinemos a mensagem de Paulo. 
Demonstra a relação entre Deus e o universo (vers. 24 e 25). Logo, declara o governo 
moral de Deus para com o mundo. Este governo se manifestará perfeitamente no ultimo 
juízo (v.31). 
O auditório escutou com bastante interesse até Paulo falar na ressurreição. Isto agora 
é que não puderam suportar. A imortalidade da alma era um estado comum de suas 
diversas escolas filosófica, mas a ressurreição do corpo era para eles tão absurda quanto 
indesejável. Ainda hoje é uma pedra de tropeço para muitos, tanto quanto o era para os 
atenienses, todavia é parte integrante da fé cristã. 
CORINTO – 18: 1 – 28 
Metrópole comercial e política da Grécia naquele tempo, situada a 70 quilômetros 
de Atenas. Nesta cidade, que foi o ponto final da segunda viagem missionária na direção 
do ocidente, Paulo permaneceu 18 meses. Também foi ali que Paulo conheceu o 
consagrado casal Priscila e Áquila com os quais iniciou o trabalho em Corinto e depois 
também em Éfeso. 
Áquila e Priscila. Hospedaram Paulo em Corinto (v.2,3). Há inscrições nas 
catacumbas que dão a entender ter sido Priscila de família distinta, de categoria elevada 
em Roma, a qual, todavia, se desclassificou por ter sido casada com um judeu. É sempre 
mencionada primeira. Sem dúvida, era mulher de talento excepcional. Quando ela e o 
marido se converteram a Cristo, em Corinto, pela influência de Pedro, deram-se logo 
totalmente ao trabalho da igreja. Foram com Paulo a Éfeso (18:18), onde mais tarde a casa 
deles foi lugar de reunião de uma igreja (Rm. 16:3-5). Alguns anos adiante estavam outra 
vez em Éfeso (2 Tm. 4:19). Foram sempre amigos leais e devotados de Paulo. 
O ITINERÁRIO DA ÁSIA NA VOLTA 
Na primavera de 52, Paulo deixou Corinto para fazer visita a Jerusalém, durante a 
Páscoa. De caminho passou em Éfeso, porém, aí desta vez não pode demorar, apesar do 
convite insistente da sinagoga. No entanto, prometeu voltar e cumpriu esta promessa no 
outono. Nesse ínterim grande interesse foi despertado na sinagoga de Éfeso por um judeu 
alexandrino, chamando Apolo, muito versado nas Escrituras do Velho Testamento e 
também história de Jesus, a qual, sendo por ele cogitada com essas Escrituras, convenceu-
o de que Jesus era de fato o Messias; e com sua argumentação poderosa expunha seu 
ensino na sinagoga. Áquila e Priscila, que acompanharam a Paulo de Corinto a Éfeso, 
ouviram-no e como ele só conhecesse o batismo de João, ensinaram-lhe o caminho do 
Senhor com maior precisão, tirando assim proveito do ensino que eles mesmos receberam 
de Paulo. Procurando Apolo prosseguir viagem para a Grécia, os irmãos recomendaram-no 
a igreja de Corinto. E tão poderosa foi a assistência por ele prestada aos cristãos dali que 
Paulo lhe pode escrever depois “Eu plantei, Apolo regou” (I Cor. 3:6). Embora alguns 
O livro de Atos dos Apóstolos 
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coríntios procurassem fazer dele um cabeça de partido rival de Paulo, é claro que não 
havia sentimento de oposição entre os dois (cfr. I Cor. 16:12). Tendo raspado a cabeça em 
Ceneréia, porque tinha voto (18), isto é, Paulo tinha voto temporário de nazireu. 
Saindo de Corinto, Paulo voltou para Jerusalém e Antioquia, e no caminho, visitou 
Éfeso, visita que já há muito queria fazer. Na sua primeira viagem missionária, é possível 
que estava visando chegar a Éfeso quando na Antioquia da Psídia, foi desviado de volta 
para o leste, por causa de seu espinho na carne (Gl. 4:13; 2Co 12:7). Assim ficou na área 
da Galácia. Na sua segunda viagem missionária, estava procurando chegar a Éfeso quando 
Deus o desviou para o norte, mandando-o a Trôade e a Grécia (16:6,7). E, finalmente, na 
sua terceira viagem, a porta se abre para ir a Éfeso. 
ANOTAÇÕES: 
§ Houve uma mudança de direção 
§ Filipos 16:10 – reencontro com Lucas. 
§ conversão de Lidia (negociante vinda de Listra, possivelmente veio a fundar Igreja nesta 
cidade – Ap. 2:18). 
§ Filipos foi a primeira igreja de Paulo na Europa. A única pelo que se sabe, que Paulo 
recebeu paga do seu trabalho. 
§ Atos 17:1 – “Chegaram, deixou Lucas”. 
 Atenas: Discurso de Paulo no Areópago. Duas escolas filosóficas. 
§ Corinto:Paulo em Corinto. Fundação da Igreja. Encontra Áquila e Priscila que o 
acompanha até Éfeso. 
§ Paulo deixa Corinto e Apolo aparece (18:18 – 28). 
QUESTIONÁRIO: 
64. Qual o acontecimento lamentável que marcou o princípio da segunda viagem 
missionária? 
65. Quem Paulo encontrou aqui? 
66. Qual era a sua nacionalidade 
67. Corinto: Quem Paulo encontrou nesta cidade? 
68. Quem se uniu a ele neste lugar? 
69. Qual era o efeito da sua pregação aos judeus? 
70. Éfeso: A quem deixou Paulo neste lugar? (18:19) 
 
O livro de Atos dos Apóstolos 
 
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24. CAPÍTULO 18: 23 – 21: 16 – TERCEIRA VIAGEM MISSIONÁRIA DE PAULO. 
CAPÍTULO 19: 21 – 41 – O TUMULTO EM ÉFESO 
A cena mais vibrante de quantas Lucas nos apresenta do ministério de Paulo em 
Éfeso, é a assembléia tumultuosa no grande teatro da cidade, ao ar livre, ultimamente 
escavado, estimando-se que comportava 25.000 pessoas. A corporaçãolocal dos ourives, 
que auferia considerável lucro da venda de imagens de prata da grande deusa Ártemis, 
colocadas em nichos igualmente de prata, ficou alarmada quanto ao futuro de sua arte, a 
vista de tanta gente que abraçava o Cristianismo. Disfarçando essa preocupação sob a capa 
de interesse pela honra da deusa, convocaram indignados, um comício. A indignação deles 
propagou-se ao público em geral que acorreu ao teatro, onde encenaram um tumulto pró – 
Ártemis e anti-judaico (note-se o humorismo no versículo 32). 
Diana. Infelizmente este nome romano foi empregado pelos tradutores em lugar do 
nome grego Ártemis, que era a grande deusa-mãe cultuada na Ásia Menor desde tempos 
imemoriais, cujo templo era uma das sete maravilhas da antiguidade. 
ANOTAÇÕES: 
§ Terceira viagem missionária. 
§ Paulo em Éfeso. 
QUESTIONÁRIO: 
71. Qual era o desejo sincero de Paulo para com todos os fiéis? (19:2) 
72. O que escreveu ele mais tarde aos fiéis desta cidade? (Ef. 5:18) 
 
25. CAPÍTULO 20: 1 – 38 – ANÁLISE DETALHADA 
PAULO DESPEDE-SE DOS PREBÍTEROS DE ÉFESO 
Paulo vai para a Síria pela Macedônia e para em Trôade onde ali depois de um 
discurso demorado um Jovem tomado de sono cai de uma janela e morre. Paulo então ora 
pelo jovem que é levantado vivo. 
O encontro do apóstolo em Mileto com os presbíteros da igreja de Éfeso é 
importante porque contém o único registro de um discurso seu, frente a um auditório de 
cristãos. A autenticidade deste discurso é fortemente apoiada por sua semelhança com a 
linguagem das epistolas de Paulo, e tanto mais porque não há provas de Lucas ter 
conhecido tais epistolas. O discurso lança luz sobre o curso dos acontecimentos ocorridos 
há pouco e sobre os pressentimentos do apostolo quanto ao futuro, embora nada o demova 
da determinação de levar a cabo a obra divinamente a ele destinada e de acabar sua 
carreira jubilosamente. 
 
O livro de Atos dos Apóstolos 
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QUESTIONÁRIO: 
 
73. Em que dia a igreja costumava reunir-se para os seus cultos semanais? (20:7) 
74. Há algum outro versículo as Escritura que fala acerca disso? (I Cor. 16:1,2) 
75. Mileto. Enquanto o navio se deteve aqui, Paulo chamou os anciãos da igreja 
de Éfeso e pronunciou uma mensagem de despedida. Nos versículos 17 a 21, 
Paulo dá um resumo do seu ministério entre eles. Que admoestação deu aos 
anciãos de Éfeso? 
 
26. CAPÍTULO 21: 1 – 40 e 22: 1 - 30 – PRISÃO DE PAULO 
O Profeta Ágabo profetiza o que aconteceria a Paulo em Jerusalém. Apesar dos 
discípulos aconselharem a não subir a Jerusalém, Paulo declara estar pronto para morrer. 
Paulo então vai para Jerusalém e lá é bem recebido, mas eles temiam por sua 
segurança, por ter se espalhado rumores de que ele estivesse ensinando contra a lei de 
Moisés e que estivesse persuadindo os judeus a abandoná-la. Por isso Paulo consentiu na 
observância de uma cerimônia judaica. Ao fazer isso não comprometeu nenhuma questão 
fundamental, mas agiu de acordo com os seguintes princípios propostos por ele mesmo em 
seus escritos. Tornou-se judeu para com os judeus para poder ganhar os judeus, com a 
mesma vontade com que fez com que se fez gentio para ganhar os gentios (I Cor 9:20,21) 
Chegando já o dia do cumprimento do voto, os judeus da Ásia o reconheceram e 
alvoroçaram o povo contra ele e o pegaram e o arrastaram para fora do templo e quase o 
mataram. 
O Apóstolo Paulo que era judeu, cidadão romano e que falava o grego e o Hebraico 
se revela como tal no momento oportuno: 
Atos 21: 37 - Antes de ser levado para dentro da Fortaleza, ele fala em língua grega 
com o soldado romano e isso lhe garante o direito de defesa. 
Atos 22: 2 – Ao iniciar sua defesa (que na verdade era o seu testemunho de Cristo) 
fala em língua Hebraica e isso atrai maior atenção do povo para ouvir. 
Atos 22: 3 – Paulo fala de sua cidadania, onde nasceu e com quem foi instruído. 
 Ele soube usar isso muito bem, no momento oportuno para seguir pregando e 
testemunhando de Cristo. 
Paulo já poderia ter feito isso muito antes, mas isso lhe garantiu um público ainda 
mais seleto de pessoas de grande autoridade, os principais dos sacerdotes e todos do 
conselho. O resultado disso, uma multidão de homens sábios e conhecedores da Lei, 
ouvindo o testemunho da ressurreição de Cristo. Vale ressaltar que ser cidadão romano 
naquela época era um privilégio muito grande. Muitas pessoas que eram ricas compravam 
esse direito para poderem ter o prestígio que um cidadão romano tinha naqueles dias. 
(v28) Mas Paulo o tinha de nascimento. 
 
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27. CAPÍTULO 23: 1 – 10 - PAULO PERANTE O CONCÍLIO JUDAICO 
Em Jerusalém Paulo foi levado perante o concílio judaico e ali declarou sua 
inocência. A ação injusta e cruel do Sumo Sacerdote ao mandar que o ferissem, fez com 
que os acusasse severamente. No calor da sua indignação, esqueceu-se do sumo sacerdote 
e viu nele somente um regente tirano, há quem diga que Paulo não sabia realmente que ele 
era o Sumo sacerdote, mas é muito mais provável que o tom tenha sido de ironia 
realmente. 
Paulo então declara palavras proféticas contra o sumo sacerdote, pois estas palavras 
vieram a se cumprir 15 anos mais tarde quando este teve morte violenta. 
Paulo vendo que o conselho se opunha a ele e não tendo esperança de receber 
justiça, recorre a um estratagema. Sabia ele que os fariseus e saduceus estavam divididos 
sobre a doutrina da ressurreição e por isso, apelou para a seção farisaica do concílio por 
clemência por causa de ser acusado de pregar uma doutrina que eles mesmos aceitavam. 
Este apelo dividiu o concílio ocasionou a fuga de Paulo e sua proteção pelos romanos. 
 
28. CAPÍTULO 24: 1 – 27 – PAULO PERANTE FÉLIX E ACUSAÇÕES 
Notaremos aqui as acusações feitas contra Paulo e suas respostas. (24: 1- 21) 
A acusação era tríplice: 
§ Sedição - “um promovedor de sedição entre os judeus” 
§ Heresia – “um chefe da seita dos nazarenos” 
§ Sacrílego – “quem também tinha profanado o templo” 
Félix o governador junto com sua esposa Drusila ouvem a respeito do evangelho de 
Cristo Jesus por intermédio do próprio Paulo. Temeroso pelas palavras dispensa Paulo 
esperando que em algum momento Paulo lhe desse algum dinheiro para libertá-lo. Ao 
passarem dois anos Félix teve como sucessor a Festo e para agradar os judeus manteve 
Paulo Preso. 
 
29. CAPÍTULO 25 e 26 – PAULO PERANTE FESTO APELA PARA CÉSAR 
Paulo foi então levado a Festo, o novo governador. Vendo Paulo que Festo era 
favorável aos judeus, dispôs de seu direito de cidadão romano e apelou para César. Atitude 
essa que tirou o caso das mãos de Festo. Ainda assim, Festo precisava ter argumentos 
sólidos para enviar Paulo a César. Sendo assim Festo leva Paulo à presença do Rei Agripa. 
Herodes Agripa II era bisneto de Herodes o Grande e irmão de Drusila (esposa do 
ex-governador Félix) além de ser rei da pequena região próxima do Líbano. Sua irmã mais 
jovem Berenice, vivia com ele em Cesaréia de Filipe durante esse tempo. 
Festo tira proveito do conhecimento de Agripa acerca das questões judaicas para ter 
argumento a ser levado a Cesar. 
O livro de Atos dos Apóstolos 
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Paulo novamente relata sua experiência com Jesus e expõe seu discurso de defesa. 
Paulo então apela para Agripa o juiz convidado, observando que as questões relativas aos 
judeus, eram de conhecimento geral e indagando de Agripa se ele acreditava ou não nas 
profecias messiânicas. 
Ao final Agripa não encontra motivos para manter Paulo preso, mas por ter ele 
apelado para Cesar, não podiam libertá-lo e enviam Paulo a Roma.. 
 
30. CAPÍTULO 27 – VIAGEM DE PAULO A ROMA 
COMEÇA A VIAGEM 
A narração da viagem e naufrágio de Paulo é uma descrição vívida e pitoresca, 
como tantas outras na Bíblia. Tem sido chamada “um dos documentos

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