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DISFUNÇÕES MUSCULOESQUELÉTICAS Profª. MSc. Katia Marques INTRODUÇÃO A fisioterapia ortopédica e traumatológica opera na prevenção e no tratamento de distúrbios do sistema musculoesquelético. A fisioterapia ortopédica trata disfunções osteomioarticulares e tendíneas consequentes de traumas e suas implicações imediatas e tardias, lesões por esforços repetitivos e patologias ortopédicas. Lesão primária – é uma consequência direta e imediata do traumatismo. Lesão secundária – a manifestação ocorre algum tempo após o traumatismo inicial. MECANISMOS DE LESÕES Direto - a força se aplica no local da lesão. Ex. contusão. Indireto - a força se aplica em um local diferente do local da lesão. Ex. entorse. LESÃO AGUDA E CRÔNICA As lesões podem resultar de um único insulto (lesão aguda) ou de cargas repetidas a longo prazo (lesão crônica). TIPOS DE LESÕES Aberta - a pele está danificada. Possui comunicação como meio externo. Ex. escoriação e ferida. Fechada - A pele esta íntegra. Não possui comunicação como meio externo. Ex. contusão. LESÕES MUSCULARES As lesões leves (grau I) - são conhecidas como distensões musculares, ocorre pequenas lesões das miofibrilas de forma incompleta ou pequenas rupturas parciais. Há um edema localizado e dor leve sem perda de resistência da unidade lesada ou perda de movimento das articulações adjacentes. Na ruptura de grau II (moderada) - existe um certo grau de ruptura macroscópica na unidade muscular, resultando perda de movimentação e limitação do movimento ativo das articulações adjacentes. Muito embora a unidade muscular não esteja completamente rompida, existe uma quantidade razoável de fibras musculares lesionadas. Na ruptura de grau III (grave) - existe uma grande quantidade de fibras rompidas (50% ou mais) ou até mesmo, ruptura total do músculo. Apresenta grande impotência funcional. Frequentemente esse tipo de lesão provoca uma depressão visível no músculo caracterizada como GAP. ANOMALIAS GENERALIZADAS TORCICOLO MUSCULAR CONGÊNITO – é secundário a uma contratura unilateral do ECOM. Apresenta como consequência assimetria facial, ou seja, a face fica achatada no lado envolvido. O diagnóstico diferencial inclui a síndrome de Klippel-Feil, distúrbios oculares e anomalias congênitas da base do crânio – 10% das crianças apresentam displasia associada do quadril. Tratamento: Correção precoce até 12 meses. Em casos mais graves cirurgia. SÍNDROME DE KLIPPEL-FEIL - os pacientes apresentam: fusão congênita de uma ou mais vértebras, lesão associada como escoliose congênita, podem apresentar anormalidades renais, deformidade de Sprengel (caracterizada pela não descida da escapula até a sua localização comum; também chamada escápula alta congênita), anomalias cardíacas e déficits auditivos. O paciente típico possui pescoço curto, linha nucal posterior baixa e movimento limitado da coluna. Tratamento: Baseia-se principalmente no diagnóstico e tratamento das doenças associadas que podem comprometer a qualidade de vida. DEFORMIDADE DE SPRENGEL A elevação congênita da escápula é uma condição rara e de etiologia desconhecida que resulta da interrupção anormal da migração caudal da escápula no período embrionário. Pode ser uni ou bilateral. As alterações clínicas principais são o posicionamento anormal e a hipoplasia da escápula, podendo acarretar não só problemas estéticos como também limitação dos movimentos da cintura escapular. Cirurgia quando necessária: recomendada dos 3 aos 8 anos de idade. DEFORMIDADE DE SPRENGEL ESCOLIOSE Escoliose – é um estado de curvatura lateral da coluna vertebral em estágios acentuados associada a rotação longitudinal. As alterações escolióticas são consideradas como lesões na medicina ortopédica, em uns casos reversíveis mediante tratamento fisioterapêutico e em outros mais graves tratados mediante cirurgia. Na escoliose a coluna vertebral se deforma nos três planos do espaço. Etiologia: - causas congênitas. Ex. hemivértebras, espinha bífida, fusão vertebral congênita, perna curta congênita... Estas anomalias provocam habitualmente uma escoliose em “C” e que evolui durante o crescimento. - causas neuromusculares: poliomielite, miopatia de Duchenne... - causas degenerativas: patologia discal, artrose de facetas articulares posteriores sobretudo unilateral. - causas tumorais. - outras causas: desequilíbrio pélvico sobretudo do sacro associado ou não a uma perna curta anatômica, desequilíbrio cranial obstétrico. Classificação das escolioses: Classificação segundo a idade de aparecimento: Escoliose infantil – surge até os 3 anos. Escoliose juvenil – surge dos 4 aos 10 anos. Escoliose do adolescente – se desenvolve depois dos 10 anos. Classificação segundo a localização. Classificação segundo a angulação: Grau 1 - inferior a 20°. Grau 2 - de 20° a 30°. Grau 3 - de 31° a 50°. Grau 4 - de 51° a 75°. Grau 5 - de 76° a 100°. Grau 6 - de 101° a 125°. Grau 7 - superior a 125°. GIBOSIDADE COLETE DE MILWAUKEE SCHEUERMANN – DORSO CURVO JUVENIL A causa é desconhecida e afeta adolescentes entre 13 e 17 anos, sendo mais comum em meninos. Náo é progressiva na maioria dos casos. Se manifesta por dores vertebrais e alterações estáticas que afetam sobretudo as dorsais médias e baixas, apresentando aumento da cifose dorsal e inversão das curvas supra e subjacentes. A doença de Scheuermann representa uma das causa mais comuns de cifose estrutural, mais frequentemente diagnosticada durante a puberdade. A etiologia e a patogênese dessa condição estão provavelmente relacionadas a fatores biomecânicos; mas, sua causa permanece desconhecida. Entretanto, aumento nos níveis de hormônio do crescimento tem sido documentado; de modo que, os pacientes portadores dessa deformidade são mais altos do que a média para sua idade. HIPERLORDOSE ÂNGULO DE FERGUSON • 30° - 35° → normal. • maior que 35° → ilíaco anterior. • menor que 35° → ilíaco posterior. ESPONDILÓLISE ESPONDILOLISTESE HEMANGIOMA DISPLASIA DE QUADRIL LUXAÇÃO CONGÊNITA DE QUADRIL Suspensório Pavlik Almofada Frejka Considerações -Trata-se de um aparelho ortopédico que só pode ser usado por criança de até 18 meses. Mais comum no sexo feminino. - Perda do contato articular, ocasionando limitação para abdução. - Ao RX observará o deslocamento do quadril e poderá indicar a fralda frejka ou em casos mais graves, o suspensório de pavlik. Geralmente resolve-se 95% dos casos. COXA VARA E COXA VALGA As coxas vara e valga aumentam a possibilidade de coxartrose. TÍBIA VARA MENISCO DISCÓIDE PÉ TORTO CONGÊNITO - Inclui flexão plantar do tornozelo, retropé varo, médio pé cavo e adução do antepé. a deformidade pode ser uni ou bilateral. Tratamento: gesso e órteses. Cirurgia: Tenotomia (corte dos tendões) DISTÚRBIOS METABÓLICOS RAQUITISMO E OSTEOMALÁCIA São doenças causadas pela alteração da função da vitamina D ou por hipofosfatasia (uma condição em que a produção de osteóide é normal, mas a mineralização subsequente é inadequada. CONSIDERAÇÃO A principal função da vitamina D é manter a homeostase (equilíbrio) do cálcio e do fósforo, mantendo consequentemente as concentrações de cálcio intra e extracelular entre uma faixa fisiologicamente aceitável. A vitamina D regula outras vitaminas e minerais em nosso organismo, agindo como um hormônio, aumentando as concentrações de cálcio e fosfato promovendo a mineralização óssea, além de induzir a síntese de proteína fixadora de cálcio. O raquitismo só ocorre em crianças. As radiografias nos adultos com osteomalácia mostram osteopenia generalizada. A osteomalácia é o raquitismo no adulto. OSTEOPOROSE É caracterizada por massa óssea reduzida e deterioração da microarquitetura, o que leva ao aumento da fragilidade óssea e consequente elevação do risco de fratura. Alguns Fatores de risco para osteoporose: História familiar. Raça branca. Escoliose. Osteogênese imperfeita. Menopausa precoce. Alcoolismo. Tabagismo. Inatividade e sedentarismo. Má nutrição. LOCAIS COMUNS DE FRATURA Fratura por compressão vertebral. Fratura do punho. Fratura do quadril/fêmur proximal. Fratura dos arcos costais, pelve e úmero. ESCORBUTO É uma doença desencadeada pela carência de vitamina c (ácido ascórbico) no organismo. Os sintomas são sangramento e inflamação gengival com consequente perda dos dentes, inflamação e dor nas articulações, queda dos cabelos, entre outros. OSTEÍTE DEFORMANTE – DOENÇA DE PAGET A doença de Paget é uma alteração do processo de remodelação do esqueleto, iniciada por um aumento da reabsorção óssea mediada pelos osteoclastos. A causa é desconhecida, afeta os osteoclastos e osteoblastos. Se caracteriza por uma desordem localizada da remodelação óssea que causa densa esclerose, aumento e deformidade dos ossos afetados. A deformidade e o aumento de volume dos ossos pode causar compressão de estruturas nervosas adjacentes; como por exemplo, os pares cranianos causando diminuição da acuidade auditiva. A compressão de raízes nervosas pelo aumento de volume ósseo, pode ser a causa de lombalgia ou lombociatalgia, por estenose do canal vertebral ou do forame intervertebral. DISTÚRBIOS INFECCIOSOS E INFLAMATÓRIOS DE OSSOS E ARTICULAÇÕES OSTEOMIELITE Trata-se de uma inflamação da medula óssea e do tecido ósseo circundante devido a infecção. Geralmente ocorre a partir de fraturas antigas e feridas em geral. Pode também se originar de outras fontes de infecção no corpo, sendo disseminada pelo sangue. Independentemente da fonte de infecção, uma vez que estejam presentes bactérias, o osso desencadeia uma resposta inflamatória. A bactéria envolvida mais comum é a Staphylococcus aureus. QUADRO CLÍNICO dor. febre. prostração. anorexia. impotência funcional. MAL DE POTT O mal de Pott (doença de Pott ou tuberculose vertebral) é uma forma de apresentação de tuberculose extrapulmonar. É uma doença infecciosa causada pelo Mycobacterium tuberculosis e afeta, com maior frequência, as regiões torácica inferior e lombar da coluna vertebral. Clinicamente, a Doença de Pott se manifesta com dor local progressiva, associada a alterações neurológicas sugestivas de comprometimento medular. Tratamento fisioterapêutico: acompanhamento respiratório e motor para uma melhora da ventilação pulmonar e das retrações musculares. OSTEOARTRITE – ARTROSE - primária - quando o processo degenerativo ocorre com o envelhecimento ou com o uso excessivo das articulações ou ainda pela concomitância destas duas eventualidades. - secundária - quando em decorrência de uma patologia pré-existente que ao acometer a articulação ou a região peri-articular predispõe a degeneração articular. Sinais e sintomas : dor às vezes em repouso que se intensifica com movimentos e as atividades físicas. dor à palpação em determinados pontos, habitualmente nas margens da articulação. rigidez, principalmente após um tempo de repouso ou inatividade. perda de movimentos, limitação funcional, crepitação. sensação de insegurança ou de instabilidade e presença de falseio. aumento de volume com derrame articular. - diminuição da função muscular. DISTÚRBIOS DAS EPÍFISES E DO CRESCIMENTO EPIFISÁRIO Leg-Calvé-Perthes Consiste na destruição do centro de crescimento no colo do fémur. Esta doença afeta uma em cada 1000 a 5000 crianças entre os 5 e os 10 anos, sendo mais frequente nos meninos. Habitualmente é uinlateral. Deve-se ao escasso fornecimento de sangue ao colo do fêmur; mas, desconhece-se a razão. Os sintomas principais são: dor e problemas ao caminhar. A sintomatologia é de progressão gradual. Diminui o movimento articular e os músculos da coxa podem atrofiar por falta de uso. Tratamento: -Terapia (tração, mobilização); TENS; Eletroestimulação... Objetivos: promover a amplitude de movimento, força, coaptar a cabeça femoral. Leg-Calvè-Perthes DOENÇA DE SEVER É uma inflamação na apófise do calcâneo, ocorre em crianças e adolescentes que praticam atividade física. A apósfise é uma região óssea que em crianças e pré-adolescentes apresentam-se em crescimento. As contrações musculares decorrentes dos movimentos repetitivos do esporte causam uma sobrecarga sobre esta apófise resultando em dor e edema local. É caracterizada pela dor na região posterior do calcâneo durante a realização da atividade física e que tende a diminuir com o repouso. A doença de Sever ocorre tipicamente mais cedo do que a de Osgood Schlatter, geralmente dos 8 aos 12 anos; já, a de Osgood Schlatter tende a ocorrer dos 12 aos 16 anos. OSGOOD-SCHLATTER DOENÇA DE KOHLER É uma forma rara de inflamação de ossos e cartilagens (osteocondrite) que afeta o osso navicular do pé. A doença afeta as crianças; a maioria habitualmente meninos entre os 3 e os 5 anos. A dor é sobretudo no lado interno do pé. O peso sobre o pé e o caminhar aumentam a dor. A claudicação é frequente. KIENBOCK A Doença de Kienböck ocorre quando há falta de suprimento sanguineo para o osso semilunar e como consequência, este osso “morre” (necrose). Causa desconhecida. Há diferentes estágios da doença, classificados de acordo com o comprometimento do osso semilunar e da articulação rádiocárpica. Com a necrose do osso semilunar, este vai sendo reabsorvido e diminuindo de tamanho, com isto, outros ossos mudam sua posição ocupando a antiga localização do osso afetado. Esta movimentação é causa de muita dor. Tratamento: Terapia manual (mobilização). Cirurgia: artrodese (fusão dos ossos do punho) ou ressecção da primeira fileira do carpo. PRINCIPAIS NEOPLASIAS DOS TECIDOS MUSCULOESQUELÉTICOS OSTEOSSARCOMA - O osteossarcoma é uma neoplasia maligna dos ossos que se propaga (metástase) rapidamente para os pulmões e, menos frequentemente, para outros órgãos. Este tipo de tumor acomete principalmente adolescentes e idosos. Nos pacientes mais jovens, o osteossarcoma costuma surgir sem causa aparente; enquanto que, nos pacientes mais velhos, o tumor pode ser uma complicação tardia e rara da doença de Paget. É o tipo de neoplasia maligana óssea mais comum. Costuma acometer a região da metáfise óssea dos ossos tubulares longos, como fêmur, úmero e tíbia; sendo que, 50% dos casos ocorrem no joelho. Inicialmente, o paciente sente muita dor e na evolução pode surgir um inchaço visível do local acometido e limitação dos movimentos. CONDROSSARCOMA -. É um tumor da vida adulta e dos idosos, com incidência máxima na quarta à sexta décadas de vida. Tem predileção por ossos planos, em especial as cinturas pélvica e escapular, mas também pode afetar as porções diafisárias dos ossos longos. É um tumor de crescimento lento, raramente encontrado na cabeça e pescoço, sendo a laringe um dos locais mais frequentemente afetados. Os sintomas apresentados nos pacientes com esse tumor consistem de rouquidão progressiva, dispnéia e disfagia, variando estes de acordo com a localização do tumor; sendo que, o primeiro sinal clínico pode ser a paralisia de corda vocal, OSTEOCONDROMA - O osteocondroma é o tumor ósseo mais comum, representando cerca de 15% de todos os tumores ósseos e cerca de 20% dos tumores ósseos benignos. As complicações associadas aos osteocondromas são as deformidades ósseas, fraturas, alterações vasculares, compressões neurológicas e formação de bursas. A complicação mais temida dos osteocondromas, no entanto, é a transformação maligna, mas é rara. Geralmente se apresenta entre a segunda e terceira décadas de vida, havendo predileção pelo sexo masculino. Tem crescimento lento e indolente e apresenta-se, clinicamente, com dor e edema regional. Os locais mais comuns são as regiões metafisárias de ossos longos, principalmente fêmur e úmero. TRAUMATOLOGIA ENTORSE - lesão aguda do ligamento acarretando perda temporária da congruência articular causado por trauma indireto. Classificação: - grau I - não há ruptura; apenas um esgarçamento. - grau II - ruptura parcial. - grau III - ruptura total. LUXAÇÃO - perda definitiva ou permanente da congruência articular causado por trauma indireto. A luxação exige uma manobra de redução para restaurar anatomicamente uma articulação através de manobras e técnicas utilizadas por profissionais habilitados: - redução incruenta: redução fechada. - redução cruenta: redução aberta ou cirúrgica. DISTENSÃO - indica que houve algum grau de ruptura nas fibras musculares, na junção músculo-tendão. Alongamento excessivo, excesso de exercício, excesso de uso do tecido mole, podem ser causas de distensão. TENOSINOVITE - é uma inflamação da bainha sinovial que cobre um tendão. TENDINITE - é a inflamação de um tendão; podendo ocorrer a formação de cicatriz ou deposição de cálcio em um tendão. TENOVAGINITE - é uma inflamação com espessamento da bainha tendínea. TENDINOSE - é uma degeneração do tendão devido a microtraumas repetitivos. DE QUERVAIN Trata-se de uma forma de tendinite crônica. Acomete com maior frequência mulheres dos 30 aos 50 anos e caracteriza-se por afetar os tendões abdutor longo e extensor curto do polegar. DOENÇA DE DUPUYTREN É a contratura da fáscia palmar. Fatores predisponentes: sexo masculino, alcoolismo, epilepsia, diabetes melito, infecção pelo HIV, trauma e tabagismo. É encontrada´em pessoas com idade entre 40 e 65 anos e observa-se um nódulo doloroso na prega palmar distal na face ulnar da mão. A doença pode se estender para outros dedos, com uma contratura em flexão progressiva. Inicialmente destaca-se injeções de colagenase; sendo a cirurgia indicada em casos graves. TENDINITE CALCÁRIA DEDO EM GATILHO CISTO SINOVIAL OSTEOCONDRITE DISSECANTE É uma osteonecrose focal em uma superfície articular. No joelho, tipicamente se inicia durante a adolescência, apesar dos sintomas poderem não surgir até a fase adulta. A causa é obscura, mas a condição provavelmente é secundária a um trauma de cisalhamento repetitivo que rompe o suprimento sanguíneo para o osso. A localização mais comum é a face lateral do côndilo femoral. Epicondilites Bursites Valores normais: Homens: 8 – 14º Mulheres: 15 – 17º Ângulo Q = 180°. Varo – menor que 180°. Valgo - maior que 180°. O ângulo Q elevado predispõe à subluxação patelar. SÍNDROME DA DOR PATELOFEMORAL A dor na região anterior do joelho é uma queixa comum, especialmente em mulheres e atletas, particularmente corredores. A causa geralmente envolve instabilidade desalinhamento e uso excessivo. FRATURAS CAUSAS Traumas. Estresse ou Fadiga. Patológicas (osteoporose, tumor ósseo...) COMPLICAÇÕES Osteoporose, osteopenia. Trombos. Consolidação viciosa. Fraturas expostas podendo ocasionar infecção óssea ( osteomielite). Pseudoartrose. Necrose avascular. Miosite ossificante. Contratura Isquêmica de Volkmann IMOBILIZAÇÕES E TRATAMENTOS Aparelho Gessado. Colar Cervical. Talas Diversas – Braces. Velpeau Fixador Externo (Ilizarov). Tração Contínua. Osteossíntese (fixação interna). Artroplastia. Atrodese. CLASSIFICAÇÃO Traumatismo direto: - fraturas por impacto: ocorre quando uma força é aplicada em uma pequena área. A maior parte da energia é absorvida pelo osso, havendo pouca lesão de partes moles. Ex. chute e golpe com cassetete. - fraturas por esmagamento: apresentam extensa lesão de partes moles. O osso fica extensamente fragmentado ou fraturado transversalmente. - fraturas penetrantes (PAF): as feridas de alta velocidade dos rifles e fuzis, levam a extensas lesões de partes moles e fragmentos do osso. Traumatismo indireto: - fraturas por angulação: produz uma linha de fratura transversa com presença ou não de um fragmento triangular no seu lado côncavo. - fraturas por tração ou tensão: produz uma linha de fratura transversal. Ex. patela, olécrano, maléolo tibial. - fraturas rotacionais: produz uma linha de fratura espiral que faz uma rotação completa no osso. - fraturas por compressão: a diáfise dura de um osso longo é impulsionada para dentro da extremidade esponjosa, dando origem a fratura em forma de “T” ou “V”. Ex. extremidade inferior de úmero ou fêmur. - fraturas devido a angulação, rotação e compressão axial: produz uma linha de tração oblíqua. QUANTO AO ESTADO DO OSSO: traumática: o osso estava em condições de normalidade estrutural. patológica: o osso estava previamente afetado por uma patologia. Ex. osteoporose, osteomielite, tumor. QUANTO AO CONTATO COM O MEIO EXTERNO: fechada: não há contato. aberta: há contato. Classificação: Grau I – Pouca exposição dos fragmentos ósseos; o que caracteriza pouca lesão de portes moles. Grau II – Existe uma maior exposição de fragmentos ósseos com uma extensão maior de lesão das partes moles. Grau III – Grande exposição de fragmentos ósseos com grande lesão de partes moles. OBS: 1 – Quanto maior a lesão de partes moles, maior o risco de ocorrer lesões de estruturas nobres. OBS: 2 – Quanto maior a lesão de partes moles e a permanência em exposição dos fragmentos ósseos, maior o risco do desenvolvimento de infecções. TÉCNICAS CIRÚRGICAS MAIS UTILIZADAS Para melhor caracterização das técnicas cirúrgicas, leve sempre em consideração o sufixo para saber o que foi feito na estrutura e o prefixo para identificar qual estrutura anatômica foi submetida a ato cirúrgico: TOMIA= abertura cirúrgica. Ex: artrotomia, osteotomia, capsulotomia etc… ECTOMIA= retirada de uma parte ou de toda a estrutura anatômica Ex: meninsectomia, patelectomia, sinovectomia etc… DESE= fixação cirúrgica de uma estrutura anatômica. Ex: artrodese, tenodese etc… RRAFIA= sutura de uma estrutura anatômica. Ex: ligamentorrafia, tenorrafia, fleborrafia, neurorrafia etc… PLASTIA= reconstituição ou substituição de uma estrutura anatômica por outra ou material sintético. Ex: artroplastia, ligamentoplastia etc… QUANTO AO Nº DE FRAGMENTOS: Simples / Cominutiva QUANTO A LOCALIZAÇÃO - ossos longos: epífise, diáfise e metáfise. - ossos curtos e irregulares: citar o acidente anatômico envolvido. Ex. fratura do colo do escafóide. QUANTO À DIREÇÃO DO TRAÇO DE FRATURA Nervo ciático Nervo radial Nervo radial Nervo ciático FRATURA DA CLAVÍCULA A clavícula sofre tracionamentos das principais musculaturas que se inserem nela, superiormente pelo trapézio, ecom, deltóide anterior e inferiormente pelo subclávio, peitoral maior. Alguns pacientes podem vir a desenvolver como complicação uma patologia conhecida como síndrome do desfiladeiro cérvico-torácico. FRATURAS DO ÚMERO FRATURAS DO ÚMERO Supra Condiliana em Crianças É a fratura mais comum em crianças relacionadas ao membro superior. Ocorre na maioria dos casos deslocamento posterior do fragmento. Quanto menor a criança e menor a intensidade do trauma, menor será o deslocamento do fragmento. Pode complicar com a compressão da artéria braquial anterior, o que pode desenvolver como complicação uma “Isquêmia de Volkmam”. COMPLICAÇÕES lesão do músculo braquial. Lesão do nervo ulnar ( freqüente ), radial e mediano. Lesão de artéria braquial. Sinal de Kirmisson – Hematoma na prega anterior do cotovelo FRATURA EM GALHO VERDE FRATURA LUXAÇÃO GALEAZZI Fratura diafisária do terço distal do rádio com luxação da articulação rádio-ulnar. Complicação: isquemia de Volkman Mecanismo de lesão: Queda com a mão espalmada e o antebraço em pronação com a mão fixa ao solo, a rotação do corpo durante a queda causa hiperpronação FRATURA LUXAÇÃO DE MONTEGGIA É a fratura do 1/3 proximal da ulna com luxação da cabeça do rádio. Tipo I: cabeça do rádio deslocada anteriormente(60%). Tipo II: cabeça do rádio deslocada posteriormente (15%). Tipo III: cabeça do radio deslocada lateralmente (10%). Tipo IV: cabeça do rádio deslocada em qualquer direção com fratura das diáfises do rádio e da ulna (10%). A – TIPO I B – TIPO II C – TIPO III D – TIPO IV cabeça do rádio deslocada anteriormente cabeça do rádio deslocada posteriormente cabeça do radio deslocada lateralmente cabeça do rádio deslocada em qualquer direção com fratura das diáfises do rádio e da ulna Mecanismo de lesão: - Trauma direto (fratura do cassetete) - Trauma indireto (queda com a mão espalmada com antebraço em hiperpronação) FRATURA DE COLLES Terço inferior do rádio com fratura do processo estilóide da ulna. FRATURA DE ROLANDO Fratura cominutiva na base do 1° metacarpo FRATURA DE BARTON Fratura do processo estilóide do rádio distal com luxação rádio-carpal. Mecanismo lesional: trauma indireto (queda com mão espalmada) FRATURA DO ESCAFÓIDE Baixa vascularização → necrose do escafóide FRATURA DE BENNETT Fratura da base do osso metacárpico do polegar com luxação da articulação trapézio metacarpiana ESPORÃO HÁLUX VALGO – pronação do hálux. FRATURAS DO FÊMUR ARTROPLASTIAS Existem atualmente no mercado inúmeros modelos de próteses de quadril e joelho, utilizando como materiais básicos o metal (titâneo ou cromo-cobalto), o polietileno e a cerâmica. FÊMUR FRATURAS DO COLO DO FÊMUR: Pode ser do tipo cimentada, não cimentada e híbrida. Cimentada: os componentes desta prótese são fixados ao osso através de um cimento ósseo constituído por polimetilmetacrilato. Essa fixação é mais utilizada em pacientes que não possuem uma boa qualidade esquelética. Não Cimentada: os componentes desta prótese são fixados ao osso através de encaixe mecânico e com o tempo através de crescimento ósseo ____ a chamada fixação biológica. O material utilizado é o titânio ___ estrutura trabeculada que permite a penetração do tecido ósseo para o seu interior. Híbrida: o componente acetabular é fixado à bacia através de parafusos, sendo o componente femoral fixado com cimento ao fêmur. É usada em pacientes com até 75 anos de idade. Indicações: processos degenerativos: osteoartrose, processos reumáticos, seqüelas da patologias da infância. ÓRTESES E PRÓTESES Uma órtese pode ser utilizada para: - Imobilização e proteção de um membro lesionado. - melhora da função. - prevenção de deformidade. Bengalas, muletas e andadores reduzem o estresse de apoiar o peso nos membros inferiores e também melhoram o equilíbrio e estabilidade. Podem ser importantes na redução das quedas e fraturas nas pessoas idosas e nas pessoas que tiveram acidentes vasculares cerebrais. BRACE Doenças Reumáticas Artrite Psoriásica A psoríase é uma doença autoimune cutânea, crônica e geneticamente determinada por afecção da pele; caracterizada por placas descamativas pelo corpo, predominante no tronco, cotovelos, nos joelhos e no couro cabeludo. Definição de Artrite Psoriásica A artrite psoriásica pode ser definida como uma doença articular inflamatória em pacientes com psoríase e teste negativo para fator reumatóide. Epidemiologia: A psoríase não tem predomínio por sexo. Acomete de 1 a 3% da população adulta em geral e, em média 5 a 10% desses pacientes desenvolvem a artrite psoriásica. Quadro Clínico - Inflamação nas unhas, na pele, nas articulações, no aparelho genital e no sistema linfático. - Fadiga. - Astenia. - Emagrecimento e febre. - Conjutivite. - Irite. - Alterações de fundo emocional... Tratamento Não existe medicamentos específicos para a cura da doença; porém, os recursos terapêuticos disponíveis possibilitam o controle da doença: Alongamentos e Fortalecimentos. Exercícios para preservar a função pulmonar. Crioterapia. Termoterapia. Hidroterapia. Artrite Reumatóide Juvenil É uma doença crônica, de etiologia desconhecida, caracterizada pela presença de artrite crônica em uma ou mais articulações, com possíveis manifestações gerais e viscerais. Também é conhecida como artrite crônica da infância, artrite crônica juvenil, doença de Still, e artrite idiopática juvenil. Etiopatogenia - Autoimune. - Predisposição genética. Quadro Clínico: - Anorexia. - Fadiga. - Perda de peso. - Comprometimento articular. - Distúrbio de crescimento - Osteopenia. - Pericardite leve ou moderada Alterações hepáticas... Tratamento: Cinesioterapia. Febre Reumática É uma complicação não-supurativa de uma infecção pelo estreptococo beta-hemolitico do grupo A de Lancefield, caracterizada por processo inflamatório transitório de diversos órgãos. Quadro Clínico Infecção de orofaringe. - Febre, aumento e dor de linfonodos cervicais. Artrite. Cardite, Miocartide, Pericardite. Nódulos subcutâneos. Tratamento: Cinesioterapia. Espondilite Anquilosante Doença sistêmica inflamatória crônica que afeta primariamente o esqueleto axial e possivelmente articulações periféricas como quadril e ombros. Calcificação do tecido fibroso levando à anquilose da articulação. Etiologia: desconhecida. Quadro Clínico Dor na coluna lombar baixa e parte inferior das nádegas, rigidez ao repouso com melhora ao exercício. Retificação da lordose lombar fisiológica (fases avançadas). Limitação da expansibilidade torácica. Perda de rotações e instalação de deformidade em cifose fixa. Dor em articulações sacroilíacas (mais comum). Acometimento articular periférico assimétrico: quadril e ombro. Entesite nas junções costoesternais, nos processos espinhosos, na crista ilíaca, no grande trocanter, na tuberosidade isquiática e nos calcanhares. Uveíte (inflamação ocular) aguda. Envolvimento cardiovascular. Doença Pulmonar (fibrose apical, restrição devido à caixa torácica). Envolvimento neurológico (fraturas vertebrais (C5 e C6), ossificação do ligamento longitudinal posterior). Acometimento renal: nefropatia. Osteoporose. Fibromialgia É uma síndrome de dor crônica e difusa não inflamatória e que de maneira característica, o exame físico demonstra pontos muito dolorosos a palpação em locais anatômicos pré-determinados (tender points). Pode ser primária, sem outra patologia associada, ou secundária, com outra patologia concomitante. Epidemiologia Pode acometer faixas etárias de 35 e 50 anos. Acomete mais o sexo feminino. Fisiopatologia: Não está totalmente esclarecida. Predisposição genética (Personalidade perfeccionista e detalhista) - Fatores geradores e moduladores (estresse emocional, processo infecciosos (virais), traumas físicos repetidos e traumas físicos (cirurgias de grande porte p.e.). Critérios de Avaliação 1 – Presença de dor difusa pelo corpo, definida como dor acima, abaixo ou em ambos os lados da cintura com pelo menos 3 meses de duração e comprometimento de pelo menos um segmento da coluna. 2 – Presença de pelo menos 11 dos 18 tender points (9 pares, um de cada lado): - Inserção do m. suboccipital. - Borda posterior do ECOM na projeção do processo transverso de C5. - Região média da borda superior do trapézio. - Inserção do supraespinal acima da espinha da escápula, próximo ao bordo medial. - Segunda costela, lateralmente à junção costocondral, na superfície superior. - 2 cm distal do epicôndilo lateral. - Quadrante superior e lateral da nádega. - Posteriormente a emergência trocanteriana. - Gordura medial do joelho, proximal à interlinha articular. Quadro Clínico Dor de forte intensidade - após exercício físico. Fadiga. Rigidez muscular. Sensibilidade cutânea. Anormalidade no sono. Diminuição de memória. Cefaléia. Fenômeno de Raynaud. Nervosismo, depressão e ansiedade. Esclerose Sistêmica É uma doença inflamatória crônica, rara, com características autoimunes, que se caracteriza por vasculopatia disseminada, fenômeno de Raynaud e fibrose vascular e tecidual, particularmente de pele, rins, trato digestivo e pulmões. Epidemiologia: - Incidência maior no sexo feminino, entre 30 – 50 anos. Fisiotatologia - Indefinida. Fibrose tecidual. Alteração vascular (deposição de colágeno nas paredes dos vasos , isquemia crônica...) Diagnóstico: apresentar o critério maior ou pelo menos dois menores (ACR-American College of Rheumatology). Maior – escleroderma proximal (metacarpofalangianas) Menor – esclerodactilia (endurecimento da pele); úlceras ou microcicatrizes de polpas digitais; perda de substância de polpas digitais; fibrose intersticial pulmonar basilar bilateral. Quadro Clínico Fenômeno de Raynaud. Escleroderma (espessamento cutâneo). Inicialmente edema e pele brilhante. Tardiamente pele inelástica e aderida a planos profundos. Telangectasias. Poliartralgias e mialgias. Disfunção esofagiana. Doença intersticial pulmonar e hipertensão pulmonar. Acometimento cardíaco. Lupus Eritematoso Sistêmico Doença de caráter multissistêmico, com evolução crônica e que engloba mecanismos autoimunes e processo inflamatório generalizado de tecido conjuntivo e dos vasos sanguíneos. Etiologia: Provavelmente multifatorial: Predisposição genética. Fatores ambientais. Fatores desencadeantes: Agentes infeccisos (Epstein-Barr vírus). Drogas. Radiação ultravioleta. Fatores hormonais. Quadro Clínico Doença crônica: Períodos de atividade e de remissão. Comprometimento de diversos órgãos: Simultâneo ou sequencial. Diminuição de força muscular e fraqueza. Mal-estar, fadiga, perda de peso e febre. Comprometimento cutâneo. Fotossensibilidade. Sistema musculo-esquelético Mialgias e artragias. Frouxidão ligamentar e tendinite. Osteoporose e fraqueza muscular. Artrite. Anemia. Nefrite lúpica: 50% dos pacientes. Mau prognóstico. Comprometimento neurológico – cefaléia, ansiedade, psicose, etc. Pericardite. Miocardite, doença coronariana. Acometimento valvar (mitral). Pneumonia aguda lúpica: Febre, dispnéia, tosse, com ou sem cianose ou escarro. Fenômeno de Raynaud. Aumento de linfonodos. Comprometimento do sistema digestivo. Comprometimento ocular. Alterações endócrinas. Osteoartrose Um grupo heterogênio de condições que leva a sinais e sintomas articulares que são associados com defeitos da integridade da cartilagem articular, além de mudança do osso subcondral. Classificação: Primária: Idiopática. Fatores hereditários. Mulheres (menopausa). Secundária: Traumas, fraturas e doenças inflamatórias. Doenças hematológicas. Traumas menores e repetidos. Quadro Clínico Dor. Rigidez. Inflamação. Deformidade. Perda de mobilidade e Função reduzida. Crepitação. Instabilidade articular. GOTA É caracterizada pela elevação de ácido úrico (hiperucemia) no sangue, o que leva a um depósito de cristais de monourato de sódio nas articulações. É esse depósito que gera os surtos de artrite aguda secundária, que tanto incomodam seus portadores. A gota é mais comum em homens. CAUSAS Ausência congênita de um mecanismo enzimático responsável pela excreção do ácido úrico. Produção excessiva de ácido úricopelo organismo devido a um defeito enzimático. Uso de medicamentos como diuréticos e o ácido acetilsalicílico. SINTOMAS Inchaço no hálux acompanhado de dor. A primeira crise pode durar de 3 a 10 dias. Podendo surgir novamente em meses ou anos . Geralmente, as crises de artrite aparecem em membros inferiores. Quando não tratada, pode ter as articulações deformadas com depósitos de cristais. TRATAMENTO Geralmente são indicados dieta e medicamentos para diminuir a taxa de ácido úrico no sangue. REFERÊNCIAS COHEN, M. Tratado de ortopedia. Roca, 2007. GREENER, W. Netter – Ortopedia. Elsevier, 2006. HEBERT, S. Ortopedia e traumatologia: pricípios e prática. Artmed, 2009. MAXEY, L.; MAGNUSSON, J. Reabilitçãopós-cirúrgica para o paciente ortopédico. Guanabara Koogan, 2001. RICARD, F. Tratamiento osteopático de las lumbalgias y ciáticas. Panamericana, 1998. ROBBINS. Patologia estrutural e funcional. Guanabara Koogan, 2000. RUARO, A.,F. Ortopedia e traumatologia: temas fundamentais e reabilitação. Elenco, 2004. SALTER, R., B. Distúrbios e lesões do sistema musculoesquelético. Medsi, 2001. Material baseado nas aulas dos Professores Vagner Sá e Vinicius Banzato. 34 Atrofia de Sudeck (aguda) 123 Atrofia de Sudeck (crônica) 124 Fratura do escafóide 126 163 Tratamento Clínico 35
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