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Apostila Sociologia

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SEMINÁRIO TEOLÓGICO EVANGÉLICO VIDA E LUZ 
DISCIPLINA: SOCIOLOGIA 
PROFESSORA: MARILDA NASCIMENTO 
 
 
 
 
1 – Introdução a Sociologia 
Sociologia é matéria viva. É uma palavra híbrida composta de duas palavras: latim e grego – SOCIUS do 
latim, significando companheiro da sociedade; e LOGOS do grego, significando discurso, ciência, 
conhecimento, estudo. 
Logo: ciência da sociedade, no sentido literal da palavra. 
A sociologia é uma ciência que estuda todos os fatos sociais, ou seja, os fatos que incidem direta ou 
indiretamente afetando positivamente ou não a sociedade (grupo, povo, etc.) 
Ela procura estudar a realidade social, a relação que há entre determinados fenômenos repetitivos na 
sociedade. 
Fazemos sociologia em casa, na repartição, no trabalho, na escola, na igreja, no clube, na vizinhança, 
etc. Cuvillier diz com graça que o jantar em que tomamos parte já que é um fenômeno sociológico. 
O filósofo grego Aristóteles enunciava o princípio fundamental da Sociologia – “O homem é um ser 
político”. Político significa que só pode viver na “polis”, isto é, em companhia de outros, em 
agrupamento. 
Hoje, nós dizemos com a mesma significação, “que o homem é um animal social” (visto que hoje o 
termo político tomou sentido diferente). 
Com efeito, o homem é um “animal” social: não vive, nem pode viver isolado. 
Deve o início da sua vida a uma sociedade - a sociedade biológica, formada por um homem e uma 
mulher (seus pais). Cresce no seio de uma sociedade: a família. Depois vai para outra sociedade: a 
escola. E assim, passa toda a sua existência de uma “sociedade” ou “grupo” para outro: 
Do grupo de estudo (escola/faculdade) para o grupo de trabalho (sua profissão); 
Para o grupo do lazer, recreativo (clube); 
Para o grupo político; 
Para o grupo religioso (igreja); 
Para o grupo de amigos, parentes, etc. 
“O homem é social, essencialmente social, viver em contato com seus semelhantes não é para ele uma 
simples contingência, é a condição mesma de sua existência, desenvolvimento, atividade e progresso.” 
Leonel França – Sociólogo. 
 
1.1 – Contexto Histórico 
O estudo científico da vida social surgiu no século XIX. A própria palavra “SOCIOLOGIA” foi inventada 
por um Filósofo francês chamado Augusto Comte, ele apresentou minucioso programa para o estudo 
científico da sociedade; uma série de volumes publicados entre 1830 e 1842. No fim do século XIX, já 
aparecera pequena coleção de clássicos sociológicos, que anda hoje são muito importantes. 
Apesar desses primórdios, entretanto, a Sociologia é essencialmente uma disciplina do século XX. 
A Revolução Industrial a é um marco de uma nova era na história da humanidade. Ela acelerou a profunda 
transformação da atividade agrícola, introduzindo novas técnicas que intensificam o uso do solo. 
A Revolução Industrial traduz-se, também, em profunda transformação da sociedade rural, com a destruição 
sistemática da servidão e da organização rural, centralizada na vila e na aldeia camponesa e a consequente 
emigração da população rural para os centros urbanos. 
Evidentemente, as reflexões sobre a natureza do homem e da sociedade, e o próprio registro de 
cuidadosas observações, não são, naturalmente, novos nem se limitam aos cientistas sociais. Os 
diálogos de Platão, filósofo antigo, contém comentários importantes, e ainda hoje, exatos sobre os 
motivos e o comportamento dos homens. 
 
 
A ciência social não pode satisfazer-se com a narração literária ou a reflexão filosófica. Tais 
observações ponderadas das cenas humanas podem frequentemente ser profundas e diretas, mas são 
também, as vezes, errôneas ou apenas parcialmente verdadeiras; muitas das vezes, sem embasamento 
com evidência sistemáticas e seguras. 
 
 
1.2 – Conceito 
Sociologia é a ciência que trata da sociedade, que se ocupa com os grupos sociais e com os fenômenos 
que ocorrem no seio de uma e/ou de outros (sociedades ou grupos). 
O conceito de sociologia tem a princípio, o estudo de todos os fenômenos que se passam entre os 
homens, isto é, de todos os fatos que passam na Sociedade. 
O estudo do homem na sociedade compreende várias matérias: a política, a economia, a estatística, a 
etnografia, o direito, a antropologia, a pedagogia, a psicologia, a filosofia social, etc. 
Hoje em dia não existe mais a ciência social, mas sim muitas ciências sociais independentes, das quais, 
a sociologia é apenas uma delas. 
1.3 – Definição de Sociologia 
“Sociologia é o estudo dos fatos sociais”. 
Forma cultural de concepção de mundo. 
E acrescentamos. “... Ciência que estuda as formas, processos e relações sociais”. 
Para o sociólogo Bogardus, o estudo da sociologia deve compreender 3 partes apenas: 
1) Relações de Grupos; 
2) Estudo dos Grupos; 
3) Organização dos Grupos. 
Na mesma direção, Donald Pierson diz que os objetivos da nossa ciência são três: 
1) Analisar as associações humanas, para descobrir como os seres realizam uma vida coletiva; 
2) Descobrir os processos pelos quais os indivíduos chegam a possuir atitudes, sentimentos, idéias e 
regras morais; 
3) Descobrir os processos pelos quais surgem novas formas de associações humanas. 
Então, a sociologia compreende: 
a) Organização social; 
b) Psicologia social; 
c) Mudança social. 
 
1.4 – Sociologia como Ciência 
 
Cabe aqui alguma definições, com o objetivo de posicionar o que veremos mais adiante: 
 
Sociologia – É o estudo científico dos fatos sociais; 
Filosofia Social – É a interpretação dos fatos sociais à luz de uma determinada concepção, 
objetivo, e/ou de um certo sistema de valores; 
Ação Social – É a intervenção do homem nos fatos sociais com o objetivo de modificá-los, de 
dar-lhes uma certa direção. 
 
Como ciência, a sociologia procura aplicar ao estudo do homem e da sociedade, os métodos da ciência. 
Fundamenta-se na suposição comum a todas as ciências sociais, de que o método científico pode 
oferecer significativa contribuição ao nosso conhecimento do caráter, das ações e das instituições do 
homem e à solução dos problemas práticos que os homens enfrentam em sua experiência coletiva. 
Ciência, não só como conhecimento, mas também como método, reúne dois elementos essenciais: o 
racional e o empírico. 
Elementos do Conhecimento. 
O racional, é o método onde há comprovação em laboratório experimental controlada, é seguro o 
 
 
resultado e sistemático a pesquisa. O empírico é um método apenas de observação e interpretação; 
não sofre comprovação controlada em laboratório experimental. 
Como método, põe em destaque a observação objetiva e digna de credibilidade e de análise lógica. 
Isolados, nenhum destes elementos, se constituiria uma ciência. As generalizações científicas, ainda, 
devem ser sujeitas direta ou indiretamente, a comprovações experimentais. 
A principal característica da análise como observação científica é a objetividade. 
 
 
1.5 – Valor da Sociologia 
Não só como teoria comprovada, mas também como corpo de fatos “fidedignos”, possui a sociologia 
duplo valor; 
Pode acrescentar o conhecimento que tem o homem de si mesmo e da sua sociedade; 
E pode contribuir para soluções de problemas que ele enfrenta, realizando e conservando a 
espécie de sociedade em que ele espera viver. 
 
1.6 – O objeto da Sociologia 
Toda ciência tem um objeto próprio e um fim determinado. 
 
Objeto é aquilo que a ciência maneja; e fim é aquilo que ela tende a realizar. 
Então, a sociologia tem por objeto os fenômenos da sociedade isto é, os fatos sociais. 
A sociologia não deve contentar com o registro dos fatos da sociedade como eles são: mas, ao 
contrário, deve dar normas para que essa sociedade melhore. 
É o caso do que Leste Ward, que diz: 
 
“A sociedade é um evangelho de esperança, indica o caminho para uma nova e melhor vida social e dá 
força aos homens para trabalhar pelo melhoramento nacional e humano.” 
 
Enfim, “a sociedade deve, certamente,fornecer os meios, pela aplicação de seus princípios e de suas 
conclusões, de tornar cada vez mais racionais os ajustamentos, reajustamentos e reformas de um 
programa de ação social (uma política social).” 
Em resumo “O Objeto da sociologia é o fato social.” 
 
Há correntes sociológicas : 
A) O sociólogo alemão Karl Marx preocupava-se com a possibilidade do homem intervir na história e na 
sociedade. Os filósofos já haviam pensado muito sobre o “mundo”. Agora era necessário transformá-lo. 
a) Determinismo Econômico – O fator econômico, ou seja, as riquezas e os meios de produção 
constituem para ele a base de todos os fenômenos sociais e históricos. 
Corrente do Materialismo Histórico- Karl Marx 
 
Obs: A abundância da vida material não é a solução para o problema da humanidade (Mt 16:26; 6:33) 
b) Mecanismo de Transformação – A evolução através da luta de classes: operários e patrões. 
Eliminação da propriedade particular e do lucro. A classe que emerge vitoriosa da luta impõe nova 
ordem de produção. (Transformação pela luta das classes). 
O homem não pode operar transformação só Deus pode fazê-lo (At 4:12) 
A maior parte da humanidade enfrenta dificuldades matérias, mas Deus não despreza os pobres ( Sl 
40:17; Sl 30:5; Sl 22:24; Sl 37:25-29; Sl 33:13 – 14, 18) 
 
B)Corrente do Positivismo- Augusto Comte 
Ciência como método: o racional e o empírico. 
Ciência como Fatos da sociedade—Normas 
 
 
Ajustamentos, reajsustamentos. Reflexão de ação social (política social) 
Durkheim--- Consciência Coletiva. a ideia da soma das consciências individuais---“ Realidade 
Social” dando força ao Fato Social 
 
C) Corrente do Existencialismo- Sarte- 
Fundamentada na existência humana. “ Ser ou não ser, eis a questão” 
 
Se os sociólogos ainda divergem até hoje a respeito dos pontos mais essenciais da matéria, é claro, que 
 existem umas divisões ou ramos de atuação da sociologia: 
Ramos de Atuação da Sociologia: 
 
1. Sociologia doméstica – É a parte da sociologia especial que estuda a família. 
2. Sociologia Educacional – É a parte da sociologia que estuda os aspectos sociais da educação, ou 
seja, educação como “instrumento de socialização” de integração do indivíduo no seu meio. 
3. Sociologia Econômica – É a parte da sociologia que trata da organização econômica da sociedade. 
4. Sociologia Política – Também chamada Sociologia Jurídica – É o estudo da sociedade debaixo do 
ponto de vista político, isto é, da sua estrutura jurídica, do seu regime do governo. 
5. Sociologia Religiosa – É a parte da sociologia que estuda os aspectos sociais da religião, isto é, a 
religião como “forma cultural” dos grupamentos humanos. 
6. Sociologia Demográfica – É a parte da sociologia que estuda os problemas da população, tais como 
o crescimento e movimentação (natalidade, mortalidade, imigração, colonização, etc.) 
7. Sociologia Criminal – É a parte da sociologia que estuda as causas sociais do crime e os processos de 
defesa da sociedade contra o mesmo. 
8. Sociologia Moral - É a parte da sociologia que estuda os padrões da moral das sociedades e o 
comportamento do homem no meio dos grupos sociais. 
9. Sociologia Estética – É o estudo do aspecto sociais da arte, ou seja, a arte como expressão da vida 
da cada sociedade. 
10. Sociologia Linguística – É o estudo da linguagem como um fenômeno social, como instrumento de 
comunicação dos indivíduos no seio da comunidade. 
 
11. Sociologia Rural – É o estudo da vida no campo e dos problemas sociais peculiares ao interior do 
país. 
Em resumo: “A religião, o direito, a educação, a arte, a moral, a linguagem, etc., são sempre 
manifestações de uma determinada sociedade; são expressões de uma determinada cultura, e nesse 
sentido social é que são Objeto de Estudo da Sociologia”. 
 
 
O homem não pode operar transformação só Deus pode fazê-lo (At 4:12) 
A maior parte da humanidade enfrenta dificuldades matérias, mas Deus não despreza os pobres ( Sl 
40:17; Sl 30:5; Sl 22:24; Sl 37:25-29; Sl 33:13 – 14, 18) 
 
2 – Importância dos Estudos Sociais 
A formação intelectual não pode ser considerada completa sem o Estudo da Sociologia; e nem tão 
pouco satisfatória. Os conhecimentos acerca do mundo físico são imprescindíveis à sobrevivência do 
ser humano, sem dúvida, mas é o Estudo da Sociedade que facilitará o ajustamento à vida em comum. 
Acresce ainda, que vivemos em uma época de crise, de profundas transformações, onde os problemas, 
ligados às forma de organização social e às relações entre indivíduos ou grupos, tem profundas 
consequências para a felicidade individual e para o bem estar coletivo. 
 
2.1 – Histórico 
Nos tempos heroicos da Sociologia, meados do século passado, quando essa ciência procurava um 
 
 
“lugar no sol” nos terrenos do conhecimento científico, houve necessidade de se demonstrar que o 
Fato social era específico, não podendo ser confundido com fenômenos pertencentes a outras 
ciências. 
Durkheim defendia a ideia de uma consciência coletiva, diferente da soma das consciências individuais; 
de uma “realidade social”, independente dos seres que compõem a sociedade dando força à hipótese 
de o Fato Social ser “SUI GENERIS”, dispondo de característicos próprias, que não permitiam confundi-lo 
com os “fenômenos psicológicos”. 
 
As escolas procuram explicar a vida social, utilizando-se de bases biológicas, geográficas, psicológicas 
ou mecânicas. 
a) Escola Biológica – explica a Sociedade através de leis biológicas e processo evolucionista (Spencer); 
b) Escola Geográfica – explica as formas diversas assumidas pela família, sistema econômico e social, 
pela religião, como resultado de fatores ambientais. 
c) Escola Psicológica – explica a sociedade como a soma de indivíduos a se “imitarem” reciprocamente. 
Esta reduz o fenômeno sociológico, a fenômenos psíquicos (Gabriel Tarde). 
d) Escola Mecanicista – explica a vida social através de teorias, por fatores físicos, químicos ou 
mecânicos. 
2.2 – Fatos Sociais com Objetivo da Sociologia 
O objetivo da sociologia é o fato social. Então, o que é fato social? 
Fato – É uma verdade existencial bem constatada. (Jacques Maritain) 
Social – Quer dizer entre “SOCII”, entre companheiros. 
Podemos então dizer: “Fato Social é aquele que reúne vários indivíduos para um fim comum.” 
Vejamos agora, quais são as características do Fato Social: 
a) Que se refira ao homem – O fato natural ou animal, não pertence à sociologia. 
b) Que resulte da pluralidade de relações – A “sociedade é por natureza uma multiplicidade. O ‘um’ 
não é, e nem pode ser social.” 
c) Que tenha uma finalidade – Não há sociedade onde não há finalidade do bem comum. 
d) Que seja exterior a todas as pessoas da Sociedade – Um estado de alma coletivo, não é um fato 
social, mas um fenômeno de psicologia das multidões. 
e) Que seja objetivo – É preciso que o fato tenha vida própria e seja causa de relações entre os 
membros da sociedade. 
Vejamos ainda, o que nos diz Émile Durkheim, a respeito de Fato Social: - “ele define como maneiras 
de agir, pensar, sentir, externas aos indivíduos e dotadas de coerção sobre ele.” 
 
a) Objetividade (ou Exterioridade) – É o que é diferente de subjetividade, ou seja, que requeira 
interpretação. Exteriores às consciências individuais. Eles existem fora e independentemente de nós. 
Recebemos esse patrimônio social já pronto e transmitimos. Isto ocorre desde o nosso primeiro grupo 
– a família; e desde a infância vão sendo “colocados” conceitos, valores, práticas que nos encaminham 
a um determinado tipo de comportamento social. 
Exemplo: A moda é um forte fato social. 
b) Coerção (ou Pressão Social) – Os fatos sociais se impõem aos indivíduos, exercendo assim, uma 
pressão social. 
Ao tentar desviar-se, o indivíduo sofre o que chamamos de Sanção Social – que pode ser Prêmio ou 
Castigo que o grupo impõe a quem obedece ou desobedece, respectivamente às normas sociais.Sanção Aprovativa – Seria a premiação. 
Ex: medalhas, diplomas, prestígio, elogios, prêmios, promoções, admirações, etc. 
Sanção Reprovativa – Seria a punição ou castigo. 
Ex: ridículo, desprezo, vaias, prisões, castigos, punições, etc. 
c) Generalidade (e/ou Diversidade) – São gerais, isto é, existem em todas as sociedades. Todo grupo 
 
 
possui seu comportamento, sua linguagem, seus costumes, maneiras de vestir, etc. Entretanto, isto 
varia de grupo para grupo. 
Exemplo: Quando viajamos, podemos verificar que existe esta diversidade e que chega até ser 
regional; imaginem então, quando formos para outros países (tanto do Ocidente como os do Oriente). 
Em resumo: O fato social é um fato puramente humano e nunca um fenômeno natural. Não há um 
determinismo social equivalente ao determinismo das “leis naturais”. 
2.3 – Classificação dos Fatos Sociais 
A sociologia não estuda os fatos sociais no seu conteúdo, ou seja, somente família ou somente estado, 
ou somente moral ou somente igreja, mas apenas nas suas relações. 
A seguir, temos a Classificação Tradicional, feita por Augusto Comte, em Estatística Social e Dinâmica 
Social: 
* Fenômenos estatísticos = as instituições sociais * a família 
* O Estado 
* O direito 
* A igreja 
* Etc... 
Fatos Sociais * Fenômenos dinâmicos = os movimentos sociais * Ajustamentos e desajustamentos 
* Concorrências, conflito 
* Contato, isolamento 
* Guerra, revolução, greve 
* Movimentos demográficos (natalidade, 
mortalidade, casamentos, imigrações). 
 
Classificação de Alceu Amoroso Lima: 
 (a) sexo 
* Biológico (b) família 
 (c) parentesco 
* de agrupamentos ou estrutura (órgãos) (a) tribo 
* Geo – etnográficos (b) aldeia 
 (c) cidade 
 (d) nação 
 
 (a) religião 
* Sociológicos (b) profissão 
 (c) recreação 
Fatos Sociais 
* Vida de produção fatos 
 Econômicos 
* De comportamento (função) 
 Vida de relação (a) f. Jurídicos 
 (b) f. Culturais 
 Vida de elevação (a) f. Religiosos 
 (b) f. Morais 
 (c) f. pedagógicos 
 
* Classificação Moderna dos Fatos Sociais: (americana) 
Fatos Sociais 
A) Quanto ao conteúdo 
(1) Família 
(2) Vizinhança 
(3) Grupo de Trabalho 
 
 
(4) Grupo Político 
(5) Grupo Religioso 
 
 
 
 
B) Quanto a forma (PROCESSOS SOCIAIS) 
(1) Contato e Isolamento Social 
(2) Os processos de comunicação 
(3) A mudança social 
(4) Os processos de interação 
 
 
I. Competição 
II. Conflito 
III. Acomodação 
IV. Assimilação 
 
(5) As Culturas 
I. Fatores Culturais 
II. Folkways e Mores 
III. As instituições 
IV. Aculturação 
 
(6) Organização Social 
I. Pirâmide Social Distância 
II. Mobilidade, migrações 
III. Ordem Social 
IV. Controle Social 
 
(7) Forças sociais, tensões, grupos de Adesão. 
 
(8) Comportamentos coletivos 
I. Contágio 
II. Opinião Pública 
III. Multidões 
IV. O “mob” 
Debate: Diante de tudo o que foi falado, qual será a nossa atitude diante destas verdades sociológicas? 
Diante dos valores que a atual sociedade nos oferece, qual será nossa maneira de agir? 
 
3 – Interação Social como Processo Básico 
A interação em si, é um processo psicológico e sob este aspecto é estudada pela Psicologia Social. Do 
ponte de vista psicológico, a interação se dá por sugestão, imitação e por simpatia. 
A vida social existe porque os pensamentos, as emoções, as crenças, as palavras, os gestos de alguém 
ou do grupo, podem provocar reações do mesmo tipo, ou seja, atitudes, ideias ou sentimentos em 
outrem. Estas “reações” poderão ou não, retornar ou repercutir sobre outras pessoas ou grupos, que 
as provocou. 
A interação social implica em “modificação do comportamento” das pessoas ou grupos. Ela é 
importante para a socialização do ser humano e pela formação de sua personalidade, como indivíduo. 
 
3.1 – Definição de Interação Social 
 
 
Então, interação social seriam uma troca constante de idéias, sentimentos e atitudes, entre pessoas ou 
grupos de reciprocidade. 
Exemplos: 
 
a) quando viajamos diariamente de Metrô para o trabalho e do trabalho para casa, todos os 
passageiros deste coletivo estão próximos uns dos outros fisicamente; só que apesar do contato 
físico, não quer dizer que estão havendo interação entre eles. 
 
b) quando estamos lendo um determinado livro, embora o autor não esteja presente fisicamente, 
somos influenciados por suas idéias; e estas, também já foram fruto de observações feitas em 
seus contatos sociais e que de certa forma, o influenciaram e o levaram a uma reflexão 
 
 Observações: muito embora o autor muita das vezes já esteja morto, suas idéias e conceitos 
continuam vivas. Sua influência continua através de seu livro. Está ocorrendo, neste caso, interação social. 
No exemplo anterior, apesar da presença física das pessoas do coletivo, não está ocorrendo interação. 
Não há troca de idéias. 
 
Devemos então considerar o seguinte: 
a) Prestígio (ou Ascendência) do Agente – só nos deixamos sugestionar, por alguém que possui 
ascendência ou prestígio sobre nós – nossos modelos ou os “ídolos” do mundo. 
O grau de sugestão vai depender da idade, temperamento, desejos insatisfeitos, conhecimento 
deficientes ou errados. 
Esta seria a grande arma para a propaganda 
Confronto bíblico: Tiago 2: 1-9 
 
b) Sugestionalidade do Paciente – a sugestão comunica valores e idéias. No momento de excitação 
coletiva, é necessário forte espírito crítico, para não seguir os impulsos da multidão. A fadiga nos deixa 
propensa a aceitar as idéias com maior “passividade”. 
Confronto bíblico: I Tessalonicenses 5:21 
 
Observação importante: tudo isso ocorre conosco frequentemente; somos sugestionados 
constantemente, e se não houver vigilância e muito cuidado, sairemos do nosso ALVO que é o Senhor 
Jesus Cristo. 
Confronto Bíblico: Mateus 10:16 
II Tessalonicenses 2:15 
Efésios 5:6 
 
3.2 - Imitação 
Fenômeno psíquico, onde ocorre a interação de gestos e atitudes que redundam na cópia de 
‘atos motores’ representando uma identificação na ação com outrem. Ou seja, qualquer 
comportamento grupal ou pessoal, copiando consciente ou inconscientemente o comportamento de 
outras pessoas/grupos. Ela se manifesta através dos gestos e da própria linguagem. 
Exemplo: a moda, os costumes, danças, etc. 
Confronto bíblico: Efésios 5: 1,2 
Efésios 5: 11 – 17 
l Corintos 11: 1 
Irmãos Amados: Qual tem sido o teu modelo? 
3.3 – Simpatia 
A simpatia é uma interação de sentimentos e emoções que age em cada um de nós a partir de um 
modelo nosso, “intrínseco”, “psicologicamente nosso” ou que nos influência por opiniões 
 
 
“anteriormente” inseridas em nossos modelos. 
Basicamente é uma interação de sentimentos com emoções. 
Exemplo: Quando alguém nos diz que fulano é antipático e metido, sem que nós tivéssemos 
anteriormente contato com o tal fulano – daí formou uma imagem do fulano, a partir daquela 
informação que nos foi dada. (pensem seriamente sobre isto). 
 
Confronto Bíblico:João 14- Verso 26 e 27 
“Que haja em vós o mesmo sentimento que houve em Cristo Jesus.” (Fl 2:5) 
3.4– Cooperação, competição e acomodação 
São processos que ocorrem resultantes ou não, na interação social. Ou seja, numa interação pode 
ocorrer uma integração social ou não num determinado grupo. Vejamos a seguir: 
 3.4.1 – Cooperação 
forma de interação, na qual diferentes pessoas ou grupos trabalham juntos para um fim comum. Esta 
 é a mais valiosa forma para a Integração Social dos indivíduos e para a união, sobrevivência e 
 progresso dos grupos socias. 
 
Podem ser: 
Cooperação Direta: Abrange todas as atividades que os indivíduos realizam juntos. 
a) Trabalho em Comum: é chamado de trabalho associado ou companheirismo, quando executado 
apenas pelo prazer que proporciona trabalhar em comum. O estímulo seria a satisfação de cooperar. 
(este seria o ideal de um cristão) 
 
b) Trabalho Suplementar: é quando a cooperação representa uma vantagem para o indivíduo; seja 
porque talvez sozinho, levaria mais tempo e despenderia mais esforço com o trabalho, ou talvez 
porque não poderia fazê-lo sozinho. É como se cada “ajudante” complementasse com sua cooperação, 
o trabalho. 
Exemplo: O sistema atualmente chamado de MUTIRÃO. 
Seria um trabalho não assalariado, em cooperação entre vizinhos e amigos, que implicasse numa 
reciprocidade (voluntária). 
 
c) Trabalhos Diversos: é outra forma de cooperação; só que neste caso as pessoas realizam trabalhos 
diferentes para a realização de objetivos comuns. 
Exemplo: A construção de uma casa ou prédio. Há diversos tipos de especialidades: engenheiros, 
arquiteto, mestre de obra, pedreiro, ladrilheiro, pintores, carpinteiros, marceneiros, bombeiros, 
eletricistas, etc. Todos trabalhando juntos em tarefas diferentes, mas como o mesmo fim. 
Cooperação Indireta: Ela cria uma interdependência entre os homens. O homem moderno é 
especializado e conhece com profundidade um “limitado campo” do saber ou de atividade. 
Exemplo: Num banco – há o gerente administrativo, há o coordenador de caixas, o chefe do setor de 
cobrança e descontos, o setor de cadastro, etc. Cada um desempenha a sua atividade específica e 
quando as juntamos, temos um TODO, ou seja, o funcionamento normal de um banco. 
 
Há dois tipos de estímulos que levam os homens à cooperação: 
1) Interesses Comuns – estes tendem a unir os indivíduos e a conduzi-los à cooperação. Ou seja, as 
mesmas crenças, unem os homens numa mesma religião; os mesmos ideais positivos, num mesmo 
partido; esses interesses comuns tendem a unir os homens em classes, grupos, agremiações, igrejas, 
etc. 
Irmãos, qual é o nosso principal interesse como crentes? 
Confronto Bíblico: I Jo 1:7 
 
2) Interesses que se interpenetram – é o caso da cooperação que pode ser motivada por interesses 
 
 
que se harmonizam. Todos na verdade tem seus próprios interesses, mas necessitamos do auxílio, da 
ajuda do outro para satisfazê-lo. 
 
 
 
 
 
 3.4.2 – Competição 
Forma inconsciente de sobrevivência, é uma luta de modo geral, entre pessoas ou grupos, com o 
objetivo de alcançar determinado ALVO; podem ser bem escassos, empregos, alimentos, pedras 
preciosas, etc.: ou bens socias ou intelectuais: prestígio, status, promoções, etc. 
 
Observação: Quando esta luta passa a se dar no nível consciente, começa então a ser travado uma luta 
entre pessoas ou grupos, isto é, começa a haver certa hostilidade deliberada; neste caso passa haver 
uma rivalidade. A rivalidade é um aspecto negativo, quando ocorre troca de valores na competição, ou 
seja, quando passa a ser de caráter “pessoal”. Então, neste caso, passa a ser “conflito”. 
 
A competição pode produzir divisão do trabalho, ordem econômica e distribuição dos indivíduos e 
instituições no espaço social: 
Divisão do Trabalho – é quando os indivíduos se apresentam com características diferentes como 
capacidade, conhecimento e de habilidades; e estes, são levados a função diferentes na vida social. 
Como os homens exercem funções especializadas, a competição coopera para que haja divisão e 
subdivisão do trabalho. 
Exemplo: Médico – existem quase que uma infinidade de especialidades dentro da medicina: 
cardiologista, pediatra, obstetra, ginecologista, gastroenterologista, psiquiatra, ortopedista, etc e cada 
um com especialização. 
Ordem Econômica: a competição implica em lutar por coisas concretas, e com isto, resulta nesta 
busca, uma ordem econômica. Cada sociedade produz certos bens que vende a outras em troca dos 
bens por estas produzidas. 
Exemplo: com a abertura da entrada dos produtos da América Latina em nosso país, ocorreu que os 
produtos de lá foram aceitos pela nossa população tanto em preço como em qualidade e ao 
“exportarmos” os nossos produtos para lá, houve uma troca econômica. Consumimos os produtos 
deles e eles os nossos e isto gera desenvolvimento de ordem econômica. 
Distribuição dos Indivíduos e Instituições no Espaço Social: 
É o homem em busca de melhores condições de sobrevivência. Assim como as secas, a esterilidade do 
solo e a insuficiência de alimentos determinam migrações para outras partes do mundo, também a 
falta de empregos ou os baixos salários levam os homens à procura de outras “plagas”, cidades, 
lugares, fixando-os onde for melhor para poder competir. 
 
 3.4.3 – Acomodação 
 
Trata-se de um aparente ajustamento, é superficial e quase sempre precário dos que estiverem em 
conflitos. Podem apresentar vários graus: 
a) a coesão – o rival vitorioso subjuga completamente seu antagonista e lhe impõe seus costumes, suas 
formas de agir. 
b) a tolerância – as partes cessam de lutar mas não buscam qualquer forma de entendimento, apenas 
se toleram mutuamente. 
c) compromisso – ambas as partes cedem em algumas exigências. 
d) conciliação – na qual as partes em conflitos, após terem descoberto que há alguns interesses e 
propósitos comuns, resolvem “viver em aparente paz”, apesar de ainda manterem hostilidade. 
 
 
 
Confronto Bíblico: Amós 3:3 Andarão 2 juntos se não tiverem em acordo. 
 
 
3.5 – Conflito Social, Contato Social, Isolamento Social e Assimilação 
Nestes quatro processos de interação social, verificaremos o que ocorre num grupo, ou até mesmo 
numa sociedade: 
 
 
 3.5.1 – Assimilação 
A acomodação tende como tempo, a se transformar em assimilação. Esta seria uma adaptação 
profunda, total do indivíduo ao novo grupo. Ela envolve modificação integral de caráter permanente e 
até mesmo biológico. 
Exemplo: Comunidades brasileiras onde, em vez de os alemães se assimilarem aos brasileiros, ocorreu 
exatamente o contrário: os brasileiros é que se assimilaram aos alemães; havia patrícios nossos que 
não sabiam falar o português. No estado do Espírito Santo, a população negra de 400 anos de 
brasileiros se expressava melhor e com mais frequência em alemão do que com o português ( a cultura 
forte tende absorver a cultura fraca, ocorrendo a assimilação). 
Observação: Quando podemos dizer então que a assimilação está completa? Quando atitudes, 
sentimentos, valores do indivíduo ou grupo, tenham se tornado idêntico aos do grupo até então 
diferente. Seria então o caso dos imigrantes – ele podem considerar-se assimilados quando tiverem 
adotado uma postura semelhante quanto aos costumes e compartilhar, ao máximo que possível, dos 
pensamentos, atitudes e sentimentos comuns a nós brasileiros, por exemplo – se for o caso. 
3.5.2 – Conflito Social 
É uma luta consciente, pessoal, emocional, que implica em violências ou ameaças de violências. Visa a 
condição ou posição social dos indivíduos numa sociedade; sua manutenção ou mudanças da mesma. 
O que nos diz a escritura? 
Confronto Bíblico: Hebreus 12: 14.15 
I João 2: 14 – 17 
Tipos de Conflitos: 
1) Conflito de Gerações – é o resultante da divergência de ideais, valores, filosofia de vida, 
pensamentos; ocorre entre adolescentes/jovens e adultos. 
 
Confronto Bíblico: Provérbio 1:8,9 
Eclesiastes 11: 9,10Eclesiastes 12:13 
2) Conflito de Sexos – surgiu com a revolução industrial, quando a mulher teve que trabalhar fora de 
casa, para ajudar e até mesmo sustentar a família; neste caso ela pode reivindicar igualdade de direitos 
e oportunidades, uma vez que passou a participar do processo produtivo. 
3) Conflito de Raças – surge por causa de preconceitos enraizados, levando a conflitos de trágicas 
consequências. 
Exemplos: Conflitos raciais da África do Sul; 
Conflitos raciais da América do Norte; 
Conflitos raciais contra Judeus; 
4) Conflitos de Classes – desejos de ascensão social, mudança de status; 
5) Conflitos Religiosos – intolerância religiosa; política e religião juntos no mesmo objetivo. 
Exemplo: O caso de Protestantes e Católicos na Irlanda do Norte – é puramente político. 
 
 3.5.3 – Contatos Sociais 
É a base da vida em Sociedade. É o passo inicial para que ocorra qualquer associação humana. Os 
contatos sociais podem ser: 
a) Primários: são contatos pessoais diretos, face a face, e que tem uma base emocional, pois pessoas 
 
 
neles envolvidas compartilham suas experiências individuais. 
São exemplos característicos de contatos sociais primários os que ocorrem na família entre pais e 
filhos, entre marido e mulher, entre amigos. São as primeiras experiências dos indivíduos: a família, 
grupos de brincadeiras, vizinhos, etc. 
Podemos incluir colégios, clubes, etc. 
b) Secundários: são os contatos impessoais, calculados, formais, de troca de interesses; são mais um 
meio para atingir um determinado fim. 
Exemplo: O trocador de ônibus cujo contato do passageiro é só o de pagar a passagem ( o fim); contato 
com o caixa do banco com o cliente que é apenas efetuar o pagamento, saque ou depósito. 
Os contatos por carta, telefones, telegramas, fax, via computador, etc., são considerados secundários. 
 
Observação: é importante destacar que as pessoas que tem uma vida baseada mais em contatos 
primários, desenvolvem uma personalidade diferente daquelas pessoas que mantém contatos 
secundários com mais frequência. 
Exemplo: O homem do campo apresenta personalidade bastante diferenciada de um homem da 
cidade cuja função é de um executivo, ou homem de negócios. 
Com a industrialização e o progresso da informática, e, a consequente urbanização ‘megalopolizada’, 
diminuíram os grupos de contatos primários; a cidade é a área em que há mais grupos nos quais 
predominam os contatos secundários. 
 
c) Grupo Alheio: é formado por pessoas que podem ser: estranhas, adversárias, forasteiras; temos 
para com eles nossos sentimentos de indiferença e às vezes de inimizade. Em casos de conflito, as 
relações entre as pessoas do nosso grupo tornam-se ‘coesas’; enquanto que, quanto mais distanciados 
socialmente em relação as pessoas dos outros grupos – as lutas com grupos alheios reforçam a 
solidariedade interna do grupo. Referência Bíblica: Filipenses 2:3 
 
d) Nosso Grupo: é formado por pessoas com quem mantemos relações de simpatia ou com quem 
compartilhamos as ideias, crenças, ideologias; 
 
e) Contatos Categóricos: são mantidos com pessoas de grupos diferentes do nosso, com as quais não 
temos intimidades ou que vemos 1ª vez. Ou seja, não as tratamos como indivíduos reais e sim como 
categorias a quem pertencem ou julgamos pertencer. 
Referência Bíblica: Tiago 2: 5-10 
 
f) Contatos Simpáticos: neste caso há identificação de interesses e identificação entre as pessoas; é 
observado as diferenças individuais ( suas características pessoais). 
Exemplos: cabeleireiro, barbeiro, etc. 
Os contatos sociais quando ininterruptos e prolongados produzem tanto no indivíduo como no grupo, 
desenvolvimento pessoas e no grupo, social: 
a) No Indivíduo: 
Socialização – integração do indivíduo no grupo; 
Estímulo de inteligência – criação de situação novas que devem ser resolvidas; 
Libertação dos indivíduos dos costumes “cristalizados” – é lhe dado conhecer outros costumes, 
novas ideias; 
Arda Auxílio para a solução de problemas novos – através de troca de ideias ou experiências; 
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b) No Grupo: 
Aproximação de povos, mudanças nos costumes, aparecimento de instituições sociais e 
mudanças sociais; 
Aumento dos problemas podendo levar até a Desorganização Social; 
 
 
Desorganização Social – quando as leis e regras de uma sociedade deixam de controlar os 
indivíduos,começa a desmoralização pessoal que ao se generalizar faz com que toda estrutura social 
seja atingida e as várias instituições comecem a desintegrar-se. 
Outro conceito de desorganização social seria dado pela sociedade que diante de seus problemas, 
perde a capacidade de restabelecer o comportamento anterior. 
Confronto Bíblico: Provérbios 4: 11-23 
“Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o teu coração, porque dele procedem as saídas da vida.” Pv 
4:23. 
 
3.5.4 – Isolamento Social – seria a baixa ou falta de comunicação entre indivíduos ou grupos, não é 
como tratamos em Geografia, onde isolamento significaria separação do espaço físico – geográfico. 
Fatores que contribuem para o isolamento social: 
a) Fatores Geográficos – seriam as barreiras naturais; estes fatores separam grupos e indivíduos uns 
dos outros, impedindo contatos e comunicações frequentes; isto irá ocasionar as diferenças de 
mentalidade. 
Exemplos: montanhas, florestas, oceanos, rios, ausência de meios de transporte, etc. 
b) Fatores biológicos – em sociedade onde ocorrem discriminação de sexos, idades, cor de pele, raças, 
incapacidades fisiológicas; 
c) Fatores Habituais – em sociedade onde haja diversos hábitos, vários costumes, diversas crenças e 
religiões, línguas, educação diferente (hábitos diversos). 
Exemplo: a cidade de Nova York – onde habita pessoas de todas as partes do mundo – estes convivem 
com hábitos e costumes os mais variados possíveis. Uma grande cidade, de grande densidade 
demográfica, mas que os seus habitantes vivem “quase” que isolados. 
d) Fatores Psicológicos – uma sociedade em que, pelas diferenças de atitudes, sentimentos, pontos de 
vista, interesse dos indivíduos pertencentes a uma mesma cultura, mas que ocorre falta da afinidade. 
Como uma atitude de “ordem individual”, reforça o isolamento social; podemos dar como um 
exemplo, a tão conhecida timidez. A timidez, como o preconceito e a desconfiança, são capazes de 
provocar um isolamento parcial; e talvez, isolamento semelhante ao ocasionado pelos defeitos físicos. 
19 
Consequências do Isolamento Social: 
a) No Indivíduo – se o isolamento ocorrer antes da socialização, e se for total, este indivíduo se 
transformará em um HOMO FERUS – (animal humano, que devido ao isolamento, ficou privado os 
primeiros anos de vida, de interação social com outros seres humanos) o que seria essencial para sua 
socialização. Caso ocorra o isolamento após a socialização, irá provocar ou desencadear uma 
mentalidade retardada e até mesmo a loucura. 
b) No Grupo – quando ocorre o isolamento num grupo, isto irá produzir costumes “cristalizados”, que 
quase não se alteram e gerará “equilíbrio”, ou seja, as mudanças ocorrem muito lentamente. 
 
Concluindo, certo isolamento as vezes é necessário. Mesmo vivendo e convivendo numa sociedade, os 
homens necessitam de isolamento para o trabalho, para momentos de meditação e busca, no caso de 
nós, os crentes, precisamos repor as forças num momento a sós com Deus. É um momento só nosso 
com o nosso criador; Deus, Pai, Conselheiro, Ajudador, Amigo, Companheiro, Salvador, etc. Temos o 
exemplo de Jesus – ele se retirava e ficava a sós para orar. (Marcos 6:46) 
Para Meditação: 
“Oh quão bom e quão suave é que os irmãos vivam em união.” Salmos 133:1 
4 – Indivíduo, Ambiente Social e Meio 
Rousseau lidera a corrente individualista, onde afirma que o núcleo da Sociedade é o homem. Para ele o 
indivíduo é tudo e a sociedade existe apenas para servi-lo. 
 
Resumo: “O núcleo da sociedade é o indivíduo”.Outra corrente é a sociologia cristã, tendo à frente, Mestre Maritain. Esta corrente também tem o 
homem como elemento fundamental da sociedade, com uma diferença: não o homem indivíduo e sim 
a pessoa humana. Então, qual é a diferença entre indivíduo e pessoa? Indivíduo é o ser despido de 
suas características humanas, de suas virtudes, de sua espiritualidade. Como indivíduo, este homem é 
um “ser animal”. Como pessoa, é o homem com as características que o colocam como suprema 
criatura, com suas qualidades morais, de natureza espiritual, possuidora de livre arbítrio. 
 
Resumo: “O homem possui estas duas realidades: uma que se chama “meu indivíduo” e a outra se 
chama “minha pessoa”“. Elas não são separadas, estão juntas. 
4.1 – Valor do Indivíduo do Ponto de Vista da Sociedade 
Podemos dizer que: 
O homem é um elemento formador dos diferentes grupos que existem na sociedade; 
O homem é criador de culturas, pois inclui conhecimentos, artes, leis, crenças, moral, costumes, 
etc; 
Ele é tudo que adquire como membro da Sociedade; 
O homem é um elemento capaz de modificar o meio em que vive. 
4.2 – Valor do Indivíduo do Ponto de Vista das Escrituras 
A luz da Palavra de Deus, a importância do homem reside no fato de ter sido ele criado à 
imagem e semelhança de Deus; 
Este homem é constituído de: Espírito, Alma e Corpo. Deus o formou para a glória e honra do 
seu nome; 
E mais, de que Deus, o seu criador, Senhor e Salvador, lhe concedeu o domínio sobra as obras 
de sua mãos. 
Comprovação bíblica: Salmos 148, 150, 8: 5-9, Gn 1:26-31. 
Missão Especial do Homem: 
Deus deu ao homem e a incumbência de levar ao mundo a mensagem regeneradora, salvadora, 
transformadora do evangelho. 
Obs: Os anjos queriam esta missão – mas esta não lhes foi dada. 
Comprovação Bíblica: Mc 16: 15-18 
4.3 – Ambiente Social e Meio 
Meio – é o local, a atmosfera em que os seres vivem “mergulhados”. 
Meio Físico – é o conjunto dos acidentes da terra que envolvem o homem. 
Meio social ( ambiente) – é o complexo dos fenômenos sociais que rodeiam o indivíduo. 
Ecologia – é a ciência que estuda as relações entre os seres e o seu meio. 
Conceitos das Escolas abordando as relações entre o homem e o meio: 
Determinismo – diz que o homem é integralmente produto do meio. “Tudo lhe é determinado”. (sua 
inteligência, vontade, etc., não são senão o reflexo do meio em que vive). 
21 
Liberdade – teoria oposta que afirma que os homens não estão subordinados a nenhuma injunção. 
“Tudo o que são e tudo o que fazem depende exclusivamente de sua vontade e maneira de ser 
particular.” 
Possibilismo – é a mais moderna das teorias ecológicas. “Homem e meio agem e reagem um sobre 
o outro e possibilitam direções várias e realizações culturais diversas.” 
Conclusão – “Nem o homem é barro plástico ao sabor da natureza, que esta esmaga e escraviza, nem é 
o meio, um simples joguete do domínio humano.” 
 
4.4 – Fatores do meio que influenciam no desenvolvimento das sociedades 
a) Fatores Geográficos: 
O clima – tipos de habitação, tipos de vestuário, influência também na vida econômica de 
modo geral; 
 
 
A configuração do solo – o Egito existe por causa da existência do Rio Nilo. A Mesopotâmia, 
região entre os rio Tigres e o Eufrates, recebeu na época título de “Celeiro da Antiguidade” pois 
os povos se aglomeravam nesta região. 
Constituição do solo – solo bom: o homem será um agricultor; solo estéril: o homem será 
industrial ou comerciante; solo estéril diminuto e se estiver próximo ou a beira-mar: o homem 
será navegador (ou pescador). 
Regime das águas – Utilizadas os rios como meios de transportes, são chamados de estradas 
que andam; poderá promover a irrigação da terra; formação de cachoeiras; hidrelétricas; lagos. 
 
b) Fatores Biológicos: 
Hereditariedade – indivíduos possuidores de corpo são de cultura, psiquicamente saudáveis – 
irá proporcionar uma sociedade com mais capacidade de se desenvolver mais rapidamente. 
Raça – ela é formadora de uma variedade infinita de populações sobre o nosso planeta (Ed. 
Demolins) 
População – influenciam ou dificultam o progresso social: sua quantidade, seus costumes, seus 
hábitos, seu temperamento, seu caráter, imigração e emigração; 
c) Fatores Econômicos: 
Itens que influenciam direta/indiretamente sobre a sociedade 
Organização do produto, controle de produção, seleção e expurgo dos produtos, 
estandardização do produto, eliminação dos intermediários, multiplicação dos meios de 
transportes, fixação de preços, organização do trabalho, exportação/importação, etc. 
d) Fatores Políticos: 
 
O tipo de regime político de uma sociedade influenciará sobremaneira no progresso ou não 
desta sociedade. 
e) Fatores Culturais: 
Da boa organização da educação dependerá maior estabilidade social; preparando melhor o 
indivíduo com recursos técnicos e especializados, cultura, educação, possibilitará um 
desenvolvimento com capacidade de mais competitividade. 
f) Fatores Morais e Religiosos: 
“A religião age como elemento civilizador e moralizador dos povos.” 
Observação: Uma sociedade sem a direção do Senhor, por mais religião que possa ter ou praticar, não 
irá conseguir mudar ou transformar indivíduos em cidadãos. Não é a religião quem transforma ou 
mesmo uma denominação. É Jesus Cristo quem pode e quer transformar o homem. O Senhor disse: 
“Sem mim nada podeis fazer”. (Jo 15:5) 
 
Conclusão: “A ausência de uma sólida preparação moral e religiosa, na ordem cultural de um povo, cria 
e dissemina o pior dos venenos dissolventes das nacionalidades – a indiferença, o egoísmo, a vida sem 
finalidade superior. Em suma, o parasitismo social. Em vez de o homem servir a sociedade, passa a 
servir-se dela. E nenhuma nação suporta essa inversão de valores. O resultado é sempre a decadência 
da raça e o declínio, quando não a morte da civilização.” Sociólogo Alceu Amoroso Lima – Diretrizes do 
Pensamento Brasileiro. 
 
Que nós possamos ser sal da terra e luz do mundo. Servir a sociedade sendo servos do Senhor Jesus 
Cristo. Com testemunho, colaboração, amor, com interesse nas almas perdidas, com atitudes que 
Demonstrem sermos Cidadãos dos Céus. Sem egoísmo, ganância, discórdias, tendo como regra da 
conduta a fé a Palavra de Deus. 
Comprovação Bíblica: 
Tiago 4:17; 1:26; 2:14 
Deuteronômio 10:17-18; 24:14-22 
 
 
Salmos 146:9; 68:5 
Gálatas 6:10 
“Ora, o Deus de paz, que pelo sangue do concerto eterno tornou a trazer dos mortos o nosso Senhor 
Jesus Cristo, grande Pastor das ovelhas, vos aperfeiçoe em toda boa obra, para fazerdes a sua vontade, 
operando em vós o que perante ele é agradável por Cristo Jesus, ao qual seja a glória para todo o 
sempre. Amém!” 
Hebreus 13: 20 – 21 
 
Bibliografia: 
Bíblia de Estudo Pentecostal – CPAD – 1995 
A Bíblia Sagrada – Anotada por Scofield, Dr. C.I. – 1986 
Imprensa Batista Regular 
Uma Introdução à Sociologia – Zahar Editores – RJ – 1971 
Wilfred A. Anderson ( Univ. De Conell) e 
Frederick B. Parker (Univ. De Delaware) – UERJ 
Introdução aos Estudos Sociais – F.G.V. – 1970 
Irene Mello Carvalho – 9ª Edição 
Sociedade – Uma Introdução à Sociologia – 1993 – UERJ 
Ely Chinoy (do Smith College) Ed. Cultrix – SP – 11ª Ed. 
Introdução à Sociologia – PUC – RJ 
Fernando Bastos de Avila, S.J. – 1967 – 3ª Ed. 
24 
Livraria Agir Editora – RJ – UERJ 
Introdução à Sociologia – 5ª Ed. Vol. I – 1970 
Amaral Fontoura – Editora Globo – P.A. – RS 
Introdução à Sociologia – RJ – 1964 – UERJ 
Pe., Ávila F. Bastos 
Consultas a Apostilas de Sociologia – 1987 e 1996 
“Examinai tudo. Retende o bem” 
.

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