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DIREITO PROCESSUAL CIVIL II. Aula 12 – COISA JULGADA (1ª PARTE). Tema da Apresentação AULA 12 DIREITO PROCESSUAL CIVIL O art. 467 do CPC define a coisa julgada como “a eficácia que torna imutável e indiscutível a sentença, não mais sujeita a recurso ordinário ou extraordinário”. Na doutrina, contudo, se discute se esta definição é de fato a mais correta. No Brasil, é muito comum se deparar com adeptos do entendimento de Enrico Tulio Liebman, que enxergava na coisa julgada uma qualidade que tornava imutável o conteúdo da sentença. Discussão acalorada sobre coisa julgada. COISA JULGADA. CONCEITO. IMPORTÂNCIA Tema da Apresentação AULA 12 DIREITO PROCESSUAL CIVIL No direito processual civil brasileiro, tanto a coisa julgada formal quanto a coisa julgada material, decorrem da impossibilidade de se interpor recursos com o objetivo de alterar a decisão do magistrado. A coisa julgada formal atua exclusivamente no processo em que a sentença foi proferida, sem impedir que aquela questão volte a ser ventilada em algum outro. A coisa julgada material, por seu turno, já é mais ampla, pois impede uma nova discussão sobre aquela determinada questão seja no mesmo processo ou até em qualquer outro. CLASSIFICAÇÃO Tema da Apresentação AULA 12 DIREITO PROCESSUAL CIVIL Já a coisa soberanamente julgada apenas surge quando escoado o prazo para o ajuizamento da ação rescisória (art. 495, CPC). As sentenças terminativas (art. 267, CPC) são as que somente transitam em julgado formalmente, o que já não ocorre com as definitivas (art. 269, CPC), pois estas últimas é que permitem a formação tanto da coisa julgada formal quanto da material. Tema da Apresentação AULA 12 DIREITO PROCESSUAL CIVIL Existem, porém, alguns atos do juiz que não geram coisa julgada. São eles: a) despachos (pois despidos de qualquer carga decisória); b) a maioria das decisões interlocutórias (ressalvadas algumas hipóteses muito debatidas, como a da decisão que antecipa parcialmente os efeitos da tutela pretendida); c) sentenças proferidas em procedimento de jurisdição voluntária (mesmo que se considere como exercício de função jurisdicional); d) sentenças proferidas em processos cautelares (exceto nas situações apontadas no art. 810 do CPC). ATENÇÃO: É importante mencionar que as hipóteses indicadas nos itens c e d acima geram coisa julgada formal. Tema da Apresentação AULA 12 DIREITO PROCESSUAL CIVIL De acordo com o efeito vinculativo, apenas as partes que participaram do processo é que serão atingidas pela coisa julgada (art. 472, CPC). Existem, porém, algumas exceções, como na hipótese do substituído processualmente (art. 42, par. 3º, CPC). Coincide com a eficácia ou limites subjetivos da coisa julgada. EFEITOS DA COISA JULGADA: VINCULATIVO, SANATÓRIO E PRECLUSIVO Tema da Apresentação AULA 12 DIREITO PROCESSUAL CIVIL Em relação ao efeito sanatório, basta esclarecer que, com o advento da coisa julgada, todos os vícios são sanados, com exceção das inexistências e rescindibilidades. Por fim, quanto ao efeito preclusivo, deve ser mencionado que o mesmo se encontra positivado no art. 474 do CPC. É que, com o advento da coisa julgada, tudo aquilo que poderia ter sido alegado por qualquer uma das partes no processo é tido, por ficção, como julgado implicitamente por ocasião da sentença. Do contrário, as partes poderiam pulverizar seus fundamentos em causa de pedir e, por esta via, tentar procrastinar ao máximo a solução da lide. Tema da Apresentação Em relação aos limites subjetivos da coisa julgada, vale esclarecer que, em regra, a mesma somente atinge as partes que participaram do processo (art. 472, CPC), o que coincide com a eficácia vinculativa da coisa julgada. No que diz respeito aos limites objetivos, se verifica que a coisa julgada somente atinge o dispositivo da sentença, que enfrentou e decidiu as circunstâncias fáticas e jurídicas. É o que se extrai da redação dos incisos I e II do art. 469, CPC. LIMITES OBJETIVO E SUBJETIVO DA COISA JULGADA Tema da Apresentação Porém, às vezes é possível ampliar o objeto do processo como se dá, por exemplo, com o manejo de uma ação declaratória incidental. Tema da Apresentação AULA 12 DIREITO PROCESSUAL CIVIL EXERCÍCIOS Tema da Apresentação AULA 12 DIREITO PROCESSUAL CIVIL 1ª questão: Sílvio propôs ação de alimentos em face de Caio, tendo o réu, na contestação, negado a paternidade. O pedido foi julgado procedente, sob o argumento de ter sido comprovada a paternidade por exame de DNA, no curso do processo. Não houve recurso. Posteriormente, Caio, por sua vez, propôs ação declaratória negativa de paternidade em face de Sílvio, em outro processo. O réu alegou que o processo deveria ser extinto sem resolução de mérito, sob o fundamento de que sobre a matéria da paternidade já havia coisa julgada, mesmo porque até o exame havia sido realizado. Esclareça as espécies e limites da coisa julgada incidente no caso. Tema da Apresentação AULA 12 DIREITO PROCESSUAL CIVIL 2ª questão: Leia o enunciado e opte pela melhor alternativa. Em determinado processo, foi proferida a chamada "sentença liminar", contra a qual não foi interposto recurso, cujo prazo já se esgotou. Logo: a) Deu-se apenas coisa julgada formal; b) Deu-se apenas coisa julgada material; c) Deram-se a coisa julgada formal e a coisa julgada material; d) Ainda não há coisa julgada incidente no caso. Tema da Apresentação AULA 12 DIREITO PROCESSUAL CIVIL E chegamos ao fim da aula... Bibliografia: HARTMANN, Rodolfo Kronemberg. Curso de Direito Processual Civil. Vol. II – Processo de Conhecimento.Ed. Impetus. www.rodolfohartmann.com.br Tema da Apresentação
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