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CCJ0036-WL-C-AMMA-02-Contestação

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DIREITO PROCESSUAL CIVIL II.
Aula 2 – CONTESTAÇÃO.
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RESPOSTA DO DEMANDADO.
Após ter sido citado, o demandado poderá ficar inerte, reconhecer a procedência do pedido ou até mesmo apresentar uma resposta ao pedido formulado pelo demandante. Esta resposta pode se dar por meio de uma contestação, exceção ou reconvenção.
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No entanto, deve ser ressalvado que o termo “exceção”, usualmente empregado para designar uma das modalidades de resposta do réu (ou do próprio autor, nos casos de impedimento ou de suspeição) também pode ser empregado de outras formas. 
* EXCEÇÃO – modalidade de resposta (juntamente com a contestação e a reconvenção - 1ª acepção);
* EXCEÇÃO – antônimo de objeção (matérias que não podem ser conhecidas ex officio pelo juiz - 2ª acepção);
* EXCEÇÃO – sinônimo de matérias de defesa (que podem ser instrumentais ou materiais, dependendo somente do conteúdo da matéria invocada pelo réu - 3ª acepção).
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As exceções (3ª acepção) instrumentais ou processuais, que também são chamadas de “defesas processuais”, são aquelas em que o demandado argúi algum vício processual da causa que esta sendo promovida em face de si. Elas podem ser dilatórias ou peremptórias. 
Serão dilatórias quando o processo não for extinto, mas apenas prolongado, tal como ocorre quando o juiz reconhece a incompetência absoluta. Já as exceções instrumentais peremptórias, quando reconhecidas, acarretam a extinção do processo, tal como ocorre quando o juiz acolhe a preliminar de coisa julgada.
Já as exceções substanciais ou “defesas materiais” são aquelas em que o demandado ataca o fato jurídico que constitui o mérito da causa. 
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As exceções materiais/substanciais (defesas materiais) se dividem em defesas diretas ou indiretas. Para BARBOSA MOREIRA “essa defesa pode ser direta, quando o réu nega o fato constitutivo do suposto direito alegado pelo autor (v.g., sustenta que não concluiu o contrato de que se originaria a dívida cobrada), ou admite o fato, mas nega que ele produza o efeito jurídico pretendido (v.g., sustenta que a cláusula contratual invocada pelo autor não tem na verdade o sentido e as conseqüências que este lhe atribui). 
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Será indireta, quando o réu, sem negar qualquer das afirmações contidas na inicial, argúi, por sua vez, outro fato supostamente impeditivo (v.g. alega que era absolutamente incapaz ao contratar), modificativo (v.g., alega que, mediante acordo posterior, se parcelou a dívida, por isso ainda inexigível in totum), ou extintivo (v.g., alega que já pagou a dívida, ou que o autor a remitiu)” (MOREIRA, José Carlos Barbosa. O novo processo civil brasileiro. 22ª Ed. Rio de Janeiro: Forense, 2002, p. 38).
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CONTESTAÇÃO. 
QUESTÕES PRELIMINARES E PREJUDICIAIS. 
A contestação deve ser apresentada em 15 dias (art. 297, CPC) se o processo de conhecimento seguir o procedimento ordinário ou deverá ser apresentada na própria audiência, caso observe o rito sumário. Na contestação, podem constar questões preliminares, que não se confundem com as questões prejudiciais. 
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Explicando: as defesas preliminares são consideradas como “objeções”, ou seja, matérias que o juiz pode conhecer de ofício, excetuando-se o compromisso arbitral (art. 301, parágrafo 4º, CPC). Ao mesmo tempo, estas defesas preliminares também são “exceções instrumentais/processuais” (defesas processuais), já que podem ser dilatórias ou peremptórias. 
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O art. 301 enumera as questões preliminares, ou seja, aquelas que o réu deve alegar em sua contestação antes de discutir o meritum causae. Como se tratam de defesas processuais, elas serão dilatórias nas hipóteses dos incisos I (inexistência ou nulidade de citação – art. 214, CPC), II (incompetência do juízo) e VII (conexão e continência – atentar que o inciso somente prevê a “conexão”). As hipóteses dos incisos VIII (incapacidade da parte, defeito de representação ou falta de autorização) e XI (falta de caução – exemplo: art. 488, CPC), são inicialmente dilatórias, mas podem se tornar peremptórias. Já as preliminares que acarretam a extinção do processo (peremptórias) seriam as dos incisos III, IV, V, VI, IX e X. 
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Já as questões prejudiciais também devem ser analisadas antes do enfrentamento do mérito. A diferença, porém, é que o conhecimento de uma questão prejudicial não impede a análise do mérito, mas sim condiciona o seu julgamento. A questão prejudicial pode ser heterogênea (advinda de outro processo – exemplo: ação de alimentos que fica na pendência da solução de uma ação de investigação de paternidade) ou homogênea (dentro da mesma relação processual – exemplo: aguardar o resultado do incidente de falsidade de um determinado documento onde o demandado reconhece como legítimo o valor cobrado em um processo de conhecimento). 
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Se a questão prejudicial for heterogênea, os autos que aguardam a solução desta questão somente podem ficar sobrestados por até um ano, na forma indicada no art. 265, parágrafo 5º, CPC. Após, o juiz deverá dar prosseguimento ao processo, embora o tema não seja inteiramente pacífico.
Já o art. 469, III, do CPC traz ainda uma importante regra, no sentido de que não fará coisa julgada a questão prejudicial decidida incidentalmente no processo. Por óbvio, este dispositivo somente se aplica em relação a questão prejudicial homogênea. É possível, contudo, transformar a solução de uma questão prejudicial em questão principal e, consequentemente, acobertá-la com o manto da coisa julgada, caso seja promovida uma ação declaratória incidental (art. 325 e art. 470, ambos CPC).
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EXERCÍCIOS
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1ª QUESTÃO: 
Foi proposta determinada ação de cobrança, pelo rito ordinário, em que o prazo para responder era de 15 (quinze) dias. A citação deu-se via postal, em endereço errado, em clara nulidade de citação. 18 (dezoito) dias após a juntada deste mandado de citação (ocorrido no endereço errado), o réu apresentou sua(s) resposta(s), suscitando: nulidade de citação, incompetência territorial (relativa), bem como argumentou que a demanda foi proposta por quem não é, verdadeiramente, o credor (pessoa não participante da relação jurídica material deduzida em juízo); ainda foi dito pelo réu que, antes do ajuizamento da ação, as partes (da lide) celebraram, por escrito, novo pacto (novação), por meio do qual o débito poderia ser pago em 10 (dez) parcelas iguais e as prestações estavam sendo pagas pontualmente. 
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O réu, porém, não produziu qualquer prova neste sentido, deixando de juntar o referido documento (caracterizador do pacto), ou qualquer outro por meio do qual se chegasse à comprovação da referida afirmação.
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Indaga-se:
1.1 Todas as defesas narradas deveriam, tecnicamente, ser apresentadas em contestação? Explique, apontando os respectivos fundamentos legais e as matérias que constituam, eventualmente, “preliminares”; também classifique as defesas em: “direta ou indireta”; “de mérito ou processual”.
1.2 Houve revelia, no presente caso? Explique, apontando os respectivos fundamentos
legais. 
1.3 A hipótese narrada pode caracterizar um “abuso de defesa” ou “manifesto propósito protelatório”, para fins de antecipação de tutela (art. 273, II, CPC)? Explique.
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2ª Questão. Assinale a alternativa correta, a respeito da contestação, no procedimento ordinário:
a) incompetência absoluta” e “perempção” são defesas dilatórias;
b) em regra, não se pode “emendar” a contestação, fato que violaria o princípio da eventualidade ou concentração;
c) a contestação, em regra, deve ser apresentada no prazo de 20 dias após a juntada do mandado;
d) nulidade de citação” e “coisa julgada” são defesas peremptórias.

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