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2 
 
SUMÁRIO 
1. Introdução............................................................................................................................................3 
2. Traumatismo........................................................................................................................................4 
3. Lesões de Crânio.................................................................................................................................6 
3.1. Fraturas de crânio..............................................................................................................................6 
3.2. Lesões Encefálicas.............................................................................................................................8 
3.3. Tratamento pré-hospitalar................................................................................................................13 
4. Traumatismos de Face......................................................................................................................16 
4.1. Tratamento pré-hospitalar................................................................................................................16 
5. Traumatismo de Coluna....................................................................................................................18 
5.1. Tratamento pré-hospitalar................................................................................................................20 
6. Traumatismo no Tórax......................................................................................................................25 
6.1. Tórax instável...................................................................................................................................26 
6.2. Tratamento pré-hospitalar................................................................................................................27 
6.3. Fratura de costelas...........................................................................................................................27 
6.4. Tratamento pré-hospitalar................................................................................................................28 
6.5. Ferimentos penetrantes...................................................................................................................30 
6.6. Tratamento pré-hospitalar................................................................................................................30 
6.7. Pneumotórax....................................................................................................................................32 
6.8. Pneumotórax hipertensivo................................................................................................................33 
6.9. Tratamento pré-hospitalar................................................................................................................34 
QUESTÕES SEM COMENTÁRIOS........................................................................................................41 
GABARITO.............................................................................................................................................47 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
1. INTRODUÇÃO 
Olá Alunos, como estão os estudos? Nessa aula continuaremos o estudo sobre 
traumas. Abordaremos os traumatismos de crânio, coluna e tórax. Posteriormente, na 
próxima aula, vamos estudar sobre trauma de abdome e traumas em extremidades, 
assunto que envolve fratura, luxação e entorse. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
2. Traumatismo 
O traumatismo é uma lesão ou um conjunto de lesões localizadas numa determinada 
região do corpo, provocada por variadas causas e que se manifesta em órgãos 
internos ou externos. 
Os traumas podem ser abertos e fechados, vamos diferencia-los? 
 
 
 
Quando suspeitar de traumatismo grave: 
1. Morte de um dos ocupantes do veículo. 
2. Ejeção de um dos ocupantes do veículo. 
3. Queda de alturas a partir de 3 metros ou 2 vezes o tamanho da vítima. 
4. Colisão com velocidade acima de 32 Km/h. 
5. Danos extensos ao veículo. 
6. Alteração do nível de consciência. 
7. Dificuldade para falar. 
8. Dificuldade para respirar. 
9. Palidez, Sudorese, Pele fria. 
10. Dor intensa no pescoço 
 
As lesões ocultas podem ser: 
 Evolução de um edema cerebral e/ou um sangramento intracerebral em uma 
vítima de traumatismo crânio encefálico; 
 Alterações no sistema nervoso autônomo pelo trauma raquimedular; 
comprometimento respiratório por lesões em via área inferior e a presença de um 
hemopneumotórax em trauma de tórax; 
 
5 
 
 Lesões de vísceras ocas ou maciças no traumatismo abdominal; e 
 Comprometimento metabólico por lesões de esmagamento desencadeando 
rabidomiólise ou síndrome compartimental. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
3. Lesões de Crânio 
Os traumatismos crânio-encefálicos estão incluídos entre as mais frequentes e mais 
graves alterações neurológicas, decorrentes de acidentes de trânsito, quedas, 
agressões físicas, etc. 
Esses traumatismos contribuem significativamente para a morte de cerca de 50% de 
todas as vítimas de trauma. Geralmente nos traumatismos da coluna cervical, 
coexistem os traumas crânio-encefálicos e devem, portanto, ser avaliados 
simultaneamente. 
 
3.1. Fraturas de crânio 
 
As fraturas de crânio podem resultar tanto de trauma fechado como de trauma 
penetrante. Fraturas lineares correspondem a cerca de 80% das fraturas de crânio, 
embora estas possam ser diagnosticadas somente por meio de estudo 
radiológico. 
Um forte impacto pode produzir uma fratura com afundamento do crânio, na qual 
fragmentos ósseos comprimem ou penetram no tecido cerebral subjacente. São 
frequentes lesões encefálicas nos traumatismos sem fratura de crânio. Por esse 
motivo, a gravidade da lesão depende do dano provocado no encéfalo. O 
socorrista deverá estar atento aos sinais e sintomas indicativos de fratura de crânio. 
 
Sinais e sintomas do traumatismo crânio-encefálico (TCE): 
 
 Cefaleia e/ou dor no local da lesão. 
 Náuseas e vômitos. 
 Alterações da visão. 
 Alteração do nível de consciência, podendo chegar a inconsciência. 
 Ferimento ou hematoma no couro cabeludo. 
 Deformidade do crânio (depressão ou abaulamento). 
 Pupilas desiguais (anisocoria). 
 
7 
 
 Sangramento observado no nariz ou ouvidos. 
 Líquido claro (líquor) que flui pelo nariz ou ouvidos. 
 Alteração dos sinais vitais. 
 Postura de decorticação ou descerebração. 
 Olhos de Guaxinim e Sinal de Batlle, conforme foto abaixo: 
 
 
(PC BA CEFET 2008) São sinais do Traumatismo Crânio-Encefálico, exceto: 
 
 a) rinorragia. 
 b) dispnéia. 
 c) otorragia. 
 d) sinal de Batlle. 
 e) olhos de guaxinim. 
 
Comentários: A dispneia é um sinal inespecífico que pode ocorrer em outras 
intercorrências como no trauma torácico, sendo o nosso gabarito. 
 
Vamos entender esses termos por meio de imagens? 
 
 Olhos de Guaxinim Sinal de Batlle8 
 
 
Fratura craniana e fratura de base do crânio:Sinal de Battle: 
equimose da região mastoide (atrás da orelha) Olhos de 
guaxinim: equimose periorbitária (ao redor dos olhos) 
 
 
As fraturas poderão ser abertas ou fechadas: 
a) Fraturas abertas 
Permitem a comunicação entre as meninges ou o encéfalo e o meio exterior, com 
ruptura do couro cabeludo e exposição do local da fratura. 
 
b) Fraturas fechadas 
Afetam o osso do crânio sem, entretanto, expor o conteúdo da caixa craniana; não 
existe solução de continuidade da pele. 
3.2. Lesões Encefálicas 
 
As lesões encefálicas podem ser: 
a) Diretas - Resultam de um trauma direto, independente do mecanismo, 
causando lesões encefálica e vascular, representadas por danos graves às 
células nervosas (neurônios). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 
 
b) Indiretas - Ocorre com a desaceleração súbita e violenta do encéfalo lesado, 
após sua colisão com a caixa craniana, provocando edema cerebral, 
hemorragias intracranianas levando a um consequente dano celular. A formação 
de um hematoma acarreta compressão do tecido cerebral pela ocorrência de 
hipertensão intracraniana. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
É importante que você saiba diferenciar concussão de contusão, explicarei a seguir, 
porém tome cuidado para não confundir concussão e contusão, pois os nomes são 
parecidos. 
 
a) Concussão (menos grave) 
 
Quando uma pessoa recebe um golpe na cabeça ou na face, pode haver uma 
concussão encefálica, causando choque da massa encefálica coma caixa craniana 
em virtude do impacto. 
O paciente apresenta alterações na função neurológica, mais comumente, perda da 
consciência, outros achados neurológicos incluem déficits de memória, amnésia 
retrógrada (incapacidade de lembrar os eventos antes do trauma), amnésia 
 
10 
 
anterógrada (dificuldade de lembrar de detalhes depois de ter recobrado a 
consciência). 
Esse curto período de perda de memória frequentemente provoca ansiedade e faz 
com que o doente faça perguntas repetitivas. Dores de cabeça, tonturas, náuseas, 
visão turva, sonolência, lentidão nos movimentos, resposta a estímulos e vômitos 
acompanham a concussão. 
 
 
 
b) Contusão (mais grave) 
Quando o cérebro pode sofrer uma contusão quando qualquer objeto bate com força 
contra o crânio, causando sangramento a partir de vasos lesados. Quando existe 
uma contusão cerebral, o paciente pode perder a consciência, apresentar paralisia 
de um dos lados do corpo, dilatação de uma pupila e alteração dos sinais vitais. 
As contusões mais graves podem produzir inconsciência por período de tempo 
prolongado e também causar paralisia em todos os membros. 
 
 
11 
 
 
 
A recuperação é diretamente proporcional aos cuidados dispensados ao paciente 
desde o momento das lesões. Os pacientes devem receber ventilação adequada, 
reanimação cardiorrespiratória quando necessário, devendo ser transportados ao 
hospital para cuidados neurocirúrgicos. 
 
 
 
12 
 
 
 
(Prefeitura do RJ 2015) Perda momentânea da consciência com alteração da 
memória após traumatismo crânio encefálica sem lesão de tecido cerebral. Essa é a 
definição de: 
 
a) contusão cerebral 
b) crise convulsiva 
c) concussão cerebral 
d) edema cerebral 
 
Comentários: 
Letra C 
Ocorreu um TCE, mas não houve lesão no tecido cerebral, por isso trata-se de 
concussão cerebral. 
A letra A corresponde a uma lesão cerebral grave não sendo a resposta da questão. 
A letra B está errada porque não há relato de crises convulsivas e o edema cerebral é 
inespecífico pode apresentar na contusão ou na concussão. 
 
 
(CESPE 2014) Com relação às ações de primeiros socorros nos primeiros momentos 
após o agravo da saúde de uma pessoa, julgue os itens a seguir. 
Supondo que, durante a avaliação do estado geral feita nos primeiros socorros, uma 
vítima de queda tenha apresentado sinais evidentes de anisocoria, tendo-se verificado 
a ausência de fratura ou afundamento do crânio, a possibilidade de lesão encefálica 
deverá ser descartada. 
 
Comentários: Errado. 
A questão traz o sinal de Anisocoria - que é condição caracterizada pelo tamanho 
(diâmetro) desigual das pupilas, que pode ser causada por traumas sofridos em um dos 
hemisférios do cérebro. Por isso, as lesões encefálicas não podem ser descartadas. 
 
 
13 
 
3.3. Tratamento pré-hospitalar 
 
Quais as medidas a serem tomadas diante do paciente com trauma craniano? 
 
1. Corrigir os problemas que ameaçam a vida. Manter a circulação, permeabilidade 
das VA e a respiração. Administrar oxigênio (conforme protocolo local); 
2. Suspeitar de lesão cervical associada ao acidente e adote os procedimentos 
apropriados; 
3. Controlar hemorragias; 
4. Cobrir e proteger os ferimentos abertos; 
5. Manter a vítima em repouso. 
6. Estar atento para ocorrência de convulsão. 
7. Monitorar o estado de consciência, a respiração e a circulação. 
8. Prevenir ou tratar o choque. 
9. Estar atento para ocorrência de vômito. 
 
 
 Não remover objetos transfixados na cabeça. 
 Não permitir a ingestão de líquidos ou alimentos. 
 Não conter o sangramento ou saída de líquor pelo nariz ou 
ouvidos. 
 
 
 
Quando suspeitar ou critérios de inclusão no protocolo de TCE? 
 
 
 
 
14 
 
Agora vamos esquematizar o atendimento do TCE pela equipe do SAMU: 
 
1. Realizar avaliação primária com ênfase para: 
• garantir a estabilização manual da coluna cervical; 
• garantir permeabilidade de via aérea; 
• oferecer O2 sob máscara não reinalante 10 a 15 l/min se SatO2 < 94%; 
• monitorizar a oximetria de pulso; e 
• avaliar precocemente a Escala de Coma de Glasgow. 
 
2. Considerar ventilação sob pressão positiva com Bolsa-Válvula-Mascara 
(BVM) com reservatório, caso não mantenha ventilação ou oxigenação 
adequadas. 
 
3. Controlar sangramentos externos. 
 
4. Realizar avaliação secundária com ênfase para: 
• avaliação da reação pupilar; 
• repetição seriada da Escala de Coma de Glasgow; 
• aferição dos sinais vitais; 
• exame da cabeça e coluna; e 
 
5. História SAMPLA. 
Realizar a mobilização cuidadosa e a imobilização adequada da coluna cervical, 
tronco e membros, em prancha longa com alinhamento anatômico, sem atraso para 
o transporte. 
 
6. Realizar contato com a Regulação Médica e passar os dados de forma 
sistematizada. 
 
7. Aguardar orientação da Regulação Médica para procedimentos e/ou 
transporte para a unidade de saúde. 
 
 
15 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
16 
 
4. TRAUMATISMO DE FACE 
O principal perigo dos traumatismos de face são os fragmentos ósseos e as 
hemorragias que poderão provocar obstruções nas vias aéreas. 
 
Sinais e sintomas: 
 Coágulos de sangue nas vias aéreas. 
 Deformidade facial. 
 Equimose nos olhos. 
 Perda do movimento ou impotência funcional da mandíbula. 
 Dentes amolecidos ou quebrados (ou a quebra de próteses dentárias). 
 Hematomas e edemas. 
 
4.1. Tratamento pré-hospitalar 
 
O tratamento deve voltar-se para a manutenção da permeabilidade das vias 
aéreas e controle de hemorragias. 
Cubra os traumas abertos com curativos estéreis, monitore os sinais vitais e 
previna ou trate o choque. 
 
 
 
17 
 
Quando suspeitar ou critérios de inclusão na Lesão de Face? 
 
 
 
Vamos entender a conduta do SAMU diante de um Trauma de Face? 
 
1. Realizar avaliação primária com ênfase para:Manter a permeabilidade das vias aéreas e a ventilação adequada. 
 
2. Oferecer O2 sob máscara não reinalante 10 a 15 l/min se SatO2 < 94%; 
3. Considerar ventilação sob pressão positiva com BVM com reservatório, caso não 
mantenha ventilação ou oxigenação adequadas. 
4. Controlar hemorragias, cobrindo as feridas com gazes ou compressas estéreis. 
5. Realizar avaliação secundária. 
6. Imobilizar com bandagens ou faixas, envolvendo a mandíbula e o crânio. 
7. Manter atenção para a ocorrência de sinais e sintomas de choque e/ou 
rebaixamento da consciência. 
8. Realizar a mobilização cuidadosa e a imobilização adequada da coluna cervical, 
tronco e membros em prancha longa com alinhamento anatômico, sem atraso para o 
transporte. 
9. Realizar contato com a Regulação Médica e passar os dados de forma 
sistematizada. 
10. Aguardar orientação da Regulação Médica para procedimentos e/ou transporte 
para a unidade de saúde. 
 
 
 
 
 
 
18 
 
5. TRAUMATISMO DE COLUNA 
São aqueles em que ocorre o comprometimento das vértebras e da medula 
espinhal. O Traumatismo Raquimedular (TRM) pode variar desde uma concussão, 
na qual ocorre plena recuperação, à laceração, contusão e compressão, isoladas ou 
associadas a uma secção completa da medula, causando paralisia abaixo do nível 
da lesão. Os danos na região cervical poderão comprometer a respiração. 
 
 
 
Sinais e sintomas: 
 Dor local (pescoço, dorso, região lombar, etc). 
 Perda da sensibilidade nos membros superiores e inferiores. 
 Paralisia dos membros. 
 Sensação de formigamento nas extremidades. 
 Deformidade anatômica da coluna. 
 Perda do controle urinário ou fecal. 
 Dificuldade respiratória com pouco ou nenhum movimento torácico. 
 Ereção peniana contínua e dolorosa, na ausência de estímulos sexuais 
(priapismo). 
 
 
19 
 
Observação: nos casos de lesões na cabeça, ombros, escápula ou região dorsal do 
paciente, suspeite de TRM. 
 
 
(MS 2014) Em seu plantão no SAMU, você recebeu um chamado para atender um 
acidente de trânsito, carro x carro, colisão traseira, com duas vítimas. A vítima era 
uma mulher de 28 anos, condutora do veículo atingido, que se encontrava 
consciente, porém desorientada, relatando cervicalgia intensa. A vítima apresentava 
uma cervicalgia intensa, causada por efeito chicote. Esse sintoma é característico de 
qual trauma? 
a) Cranioencefálico. 
b) Torácico. 
c) Abdominal. 
d) Vertebromedular. 
e) Músculo-esquelético. 
 
Comentário: 
Letra D. 
No momento do socorro é necessário saber se o indivíduo sofreu lesões imediatas da 
medula espinhal como resultado de um trauma, ou se sofreu um trauma da coluna 
vertebral que não lesiona inicialmente a medula; a lesão da medula surge depois, em 
consequência do movimento da coluna. Devido ao socorro prestado de forma incorreta. 
 O socorrista deve considerar que todo doente que apresentar trauma pelos mecanismos 
descritos abaixo deve ser considerado um potencial portador de uma lesão 
vertebromedular: 
 - Qualquer mecanismo contuso que produza impacto violento na cabeça, no pescoço, no 
tronco ou na pelve; 
- Qualquer incidente que produza aceleração ou desaceleração repentinas (efeito chicote) 
 
20 
 
ou impactos laterais que forcem o pescoço ou o tronco; 
- Qualquer queda, especialmente em idosos; 
- Ejeção ou queda de qualquer veículo motorizado ou acionado por outro mecanismo de 
movimentação; 
- Qualquer vítima de mergulho em águas rasas. 
 
 Complicações: 
- Paralisia dos músculos respiratórios (intercostais interno e externo). A respiração sendo 
feita exclusivamente pelo diafragma. 
- A lesão medular poderá causar dilatação dos vasos sanguíneos, levando ao choque 
neurogênico. 
5.1. Tratamento pré-hospitalar 
 
1. Estabilize manualmente a cabeça do paciente, sem tração significativa, 
mantendo a permeabilidade das vias aéreas; 
2. Avalie a respiração e a circulação, proceda as intervenções necessárias; 
3. Examine o pescoço, mensure e aplique o colar cervical adequado; 
 
 
21 
 
 
A colocação do colar cervical está contraindicada pela 
Associação Americana de Cardiologia, por potencializar o risco 
de aumento da pressão intracraniana e causar dificuldades 
respiratórias. 
 
4. Examine boca, nariz e mandíbula e administre oxigênio; 
5. Proceda a avaliação dirigida (entrevista, sinais vitais e exame rápido); 
6. Proceda a avaliação física detalhada; 
7. Avalie a capacidade motora, resposta sensitiva e circulação (pulso e perfusão), 
nas quatro extremidades, se as condições do paciente permitirem; 
8. Imobilize-o sobre a prancha rígida. A cabeça, o pescoço, o tronco e a pelve 
devem ser imobilizados em posição alinhada, para impedir qualquer movimento 
da coluna, que possa resultar em lesão da medula; 
9. Realize a avaliação continuada. 
 
ATENÇÃO!! 
Não movimente desnecessariamente uma vítima com trauma de coluna, a menos 
que necessite de RCP, controle de sangramento que ameace a vida e/ou remoção 
do local por risco iminente. 
 
 
(CESGRANRIO UNIRIO 2016) Um trabalhador sofreu traumatismo raquimedular que 
provocou, além de paralisia dos músculos intercostais e abdominais, dificuldade 
respiratória importante e tetraplegia. Qual é a área da coluna vertebral de ocorrência 
de tal trauma ou lesão? 
 
 a) Cervical 
 b) Torácica 
 c) Lombar 
 d) Sacral 
 e) Coccígea 
 
22 
 
 
Comentários: Letra A, a região cervical é responsável pela inervação de membros 
superiores e como o paciente apresenta-se tetraplégico deve-se suspeitar de lesão 
cervical. 
 
Quando suspeitar ou critérios de inclusão de TRM? 
 
 
 
Vamos analisar o manual do SAMU nesse atendimento ao TRM? 
 
1. Realizar avaliação primária e condutas indicadas. 
2. Oferecer O2 sob máscara não reinalante 10 a 15 l/min se SatO2 < 94%. 
3. Realizar avaliação secundária e condutas indicadas. 
4. Considerar a possibilidade de choque neurogênico (hipotensão sem taquicardia e 
com vasodilatação periférica e consequente pele seca e quente): seguir protocolo 
específico. 
 
23 
 
 
 
 
ATENÇÃO! 
Lembre-se da aula de choque neurogênico: palavra-chave  
Lesão medular, sendo o único choque que apresenta bradicardia 
como sinal, todos os demais o paciente apresenta-se 
taquicárdico. 
 
5. Realizar as imobilizações necessárias: 
• na suspeita de lesão na coluna, imobilizar na posição supina (decúbito dorsal), 
alinhada e neutra, sobre prancha rígida (ou dispositivo similar de mesma finalidade), 
iniciando pela estabilização e alinhamento manual da cabeça (se não houver 
contraindicação). Essa estabilização deve ser mantida durante todo o tempo até a 
colocação do fixador de cabeça; 
 
 
 
• o alinhamento da cabeça está contraindicado e deve ser interrompido quando 
ocorrer piora da dor referida, piora do padrão respiratório, resistência voluntária ao 
movimento, início ou aumento de déficit neurológico e espasmos dos músculos do 
pescoço. Nesses casos, imobilizar a cabeça na posição encontrada; e 
 
Paciente que se encontra dentro de veículo: 
• após a retirada, imobilizar em prancha longa. 
• realizar a retirada rápida se paciente estiver grave, a cena for insegura ou em 
necessidade de acesso a outro paciente com lesões mais graves ou em PCR; 
• utilizar equipamento de retirada tipo KED quando indicado; 
 
24 
 
 
Vamos conhecer um KED? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
25 
 
6. Traumatismo no Tórax 
A Lesão que atinge a região torácica. Por ser uma área onde estão localizados 
órgãosvitais; são lesões, geralmente, de natureza grave. 
As causas mais frequentes estão associadas aos acidentes automobilísticos, quedas 
e agressões por meio de armas de fogo ou armas brancas. Você se lembra do 
conceito descrito lá em cima sobre trauma aberto e fechado? OK, dessa forma, grave 
que o traumatismo de tórax também poderá ser aberto ou fechado. 
 
 
 
Uma lesão torácica grave pode produzir distúrbios fisiológicos que põem em risco a 
vida. O socorrista deve relacionar a presença de choque com os achados do exame 
físico para intervir apropriadamente e tratar o paciente. 
 
 
 
 
 
26 
 
Sinais e sintomas: 
 
Dependendo da extensão, presença de lesões associadas (fratura de esterno, 
costelas e vértebras) e comprometimento pulmonar e/ou dos grandes vasos, o 
paciente poderá apresentar: 
 
 Dispneia; 
 Taquipneia; 
 Aumento da sensibilidade, dor local ou desconforto torácico, que se agravam com 
os movimentos respiratórios; 
 Respiração superficial (dificuldade de respirar, apresentando movimentos 
respiratórios curtos); 
 Eliminação de sangue por meio de tosse ou vômito; 
 Postura característica (o paciente fica imóvel, inclinado sobre o lado da lesão, com 
a mão ou o braço sobre a região lesada); 
 Tontura; 
 Sudorese; e 
 Sinais de choque. 
 
6.1. Tórax instável 
 
Ocorre quando duas ou mais costelas adjacentes são fraturadas, pelo menos, em 
dois pontos. Provoca a respiração paradoxal. O segmento comprometido se 
movimenta, paradoxalmente, ao contrário do restante da caixa torácica durante a 
inspiração e a expiração. Enquanto o tórax se expande, o segmento comprometido se 
retrai e quando a caixa torácica se contrai o segmento se eleva. 
 
 
 
 
27 
 
 
6.2. Tratamento pré-hospitalar 
 
1. Estabilize o segmento instável que se move paradoxalmente durante as 
respirações. 
2. Use almofadas pequenas ou compressas dobradas presas com fita adesiva larga. 
3. O tórax não deverá ser totalmente enfaixado. 
4. Transporte o paciente deitado sobre a lesão ou na posição que mais lhe for 
confortável. 
5. Ministre oxigênio suplementar. 
 
6.3. Fratura de costelas 
 
As fraturas de costelas, geralmente, são causadas por traumatismos torácicos 
diretos ou por compressão e estão associadas à produção de lesões de vasos, 
pulmões e hemorragias, podendo acarretar tórax instável. Fratura simples de 
costelas, por si só, raramente representa risco de morte no adulto. As fraturas de 
costelas inferiores podem originar lesões de baço, rins ou fígado. 
 
 
28 
 
 
 
Sinais e sintomas: 
 Dor local. 
 Dificuldade respiratória. 
 Dor durante os movimentos respiratórios. 
 Crepitação. 
 
6.4. Tratamento pré-hospitalar 
 
Na fratura de uma ou duas costelas, posicione o braço do paciente sobre o local da 
lesão. Imobilize a fratura, reduzindo com isso a dor. 
Use bandagens triangulares como tipóia e ataduras para fixar o braço ao tórax, a fim 
de limitar a movimentação daquele lado. A fixação de ambos os braços ao tórax do 
paciente pode ser necessária se houver fratura bilateral. 
 
 
(COSEAC 2014) Na classificação dos traumatismos toracoabdominais, existem os 
traumas não penetrantes que são causados em sua maioria por: 
 
a) feridas por arma branca. 
b) quedas sobre objetos pontiagudos. 
 
 
 
29 
 
c) ferida por projétil de arma de fogo. 
d) iatrogenia em massagem cardíaca. 
e) acidentes de veículos a motor. 
 
Comentários: 
Letra E 
Nos acidentes de veículo a motor pode ser penetrante ou não. As demais alternativas são 
objetos que causam lesões penetrantes. 
 
 
 
 
 
(CILISPA 2014) Sobre os Ferimentos por Arma de Fogo (FAF), é CORRETO afirmar 
que: 
 
a) ao avaliar a vítima, a prioridade é procurar por ferimentos de entrada e de saída do 
projétil. 
b) a bala esmaga os tecidos no seu trajeto e uma cavidade é criada a partir do seu rastro. 
c) a partir da identificação dos orifícios de entrada e de saída, é possível identificar todos 
os tipos e a quantidade de balas que penetraram no corpo da vítima. 
d) sempre haverá orifício de saída da bala. 
 
Comentários: 
Letra B 
Item A. Incorreto. A prioridade é observar a situação clínica da vítima, circulação, 
respiração e hemorragias, em um segundo momento deve ser avaliado as feridas e lesões. 
Letra B. Correta. O projetil entra com alta temperatura queimando todo o tecido por onde 
passa, formando uma cavidade como afirma a alternativa. 
Letra C. Errada. A partir da analise dos orifícios de entrada e saída não é possível 
identificar TODOS os tipos e nem a quantidade de balas que penetraram no corpo da 
vítima. 
Letra D. Errado. Nem sempre o projetil saíra do corpo, ele pode ficar alojado no interior da 
vítima. 
 
 
 
30 
 
6.5. Ferimentos penetrantes 
 
São os traumas abertos de tórax, geralmente, provocados por objetos que estejam ou 
não encravados, bem como lesões provocadas por armas brancas, de fogo ou lesões 
ocorridas nos acidentes de trânsito, etc. 
É possível perceber o ar entrando e saindo pelo local ferido. 
 
6.6. Tratamento pré-hospitalar 
 
1. Tampone o local do ferimento usando a própria mão protegida por luvas, após a 
expiração. 
2. Faça um curativo oclusivo com plástico ou papel aluminizado (curativo de três 
pontas), que funcionará como uma válvula, permitindo a dês compressão expontânea 
de um pneumotórax hipertensivo em desenvolvimento. 
3. Previna o estado de choque. 
4. Conduza-o, com urgência, para um hospital e ministre oxigênio suplementar. 
Objetos cravados ou encravados: NÃO remova corpos estranhos (pedaços de 
vidro, facas, lascas de madeiras, ferragens, etc.). As tentativas de remoção poderão 
causar hemorragia grave ou, ainda, lesar nervos e músculos próximos à lesão. O 
paciente deverá ser encaminhado ao hospital com o objeto, onde será retirado 
cirurgicamente. 
 
Tratamento pré-hospitalar 
 
1. Controle a hemorragia por pressão direta. 
2. Estabilize, manualmente, o objeto encravado. 
3. Exponha o local do ferimento, se necessário, corte as vestes próximas ao 
objeto a ser estabilizado. 
4. Utilize um curativo volumoso, auxiliando na estabilização e fixe-o com fita 
adesiva ou ataduras. 
5. Evite a movimentação desnecessária do paciente, para que o objeto 
encravado não se mova, agravando, assim, a lesão. 
 
31 
 
6. Previna o estado de choque. 
7. Forneça apoio emocional. 
 
Em algumas situações, será necessário o corte do objeto, para permitir um 
atendimento e transporte adequados. Transporte o paciente administrando oxigênio 
suplementar. 
O socorrista deverá estar atento para não restringir os movimentos respiratórios, 
exercendo pressão excessiva no tórax com as ataduras, ao fixar o objeto. 
 
 
(MS CONCURSOS 2010) Os acidentes mais comuns de trabalho são os ferimentos, 
que podem ser leves ou superficiais, (com hemorragia moderada), ou profundos 
(com hemorragia mais substancial). Em ferimentos profundos onde existam 
“objetos encravados”, assinale a alternativa CORRETA. 
 
a) Retire o objeto se o mesmo estiver bem visível, ou seja, pode-se perceber a olho nu 
que não perfurou nenhum órgão importante. O transporte será melhor efetuado, pois à 
vítima estará mais tranquila. 
 
b) Depois de retirar os objetos encravados, proteja a área com pano limpo, após efetuar 
os curativos e estancamentos necessários. 
c) Sempre retire objetos encravados, (madeira, ferro, arame, vidros, galho, etc.). A 
retirada não provocará mais lesões nos órgãos, pois deixará o ferimento amostra, 
podendo-se fazer uma melhor avaliação.d) Não retire objetos encravados, (madeira, ferro, arame, vidros, galho, etc.). A retirada 
pode provocar lesões nos órgãos e graves hemorragias, pois libera o ponto de pressão 
que está fazendo. Proteja a área com pano limpo, sem retirar o objeto, fixando-o para 
evitar movimentação durante o transporte. 
 
Comentário: Letra D. Os objetos encravados não devem ser removidos para não 
agravar o sangramento do paciente. 
 
 
 
32 
 
 
 
Há uma exceção 
Quando o objeto encravado está na bochecha e tem risco de obstrução de vias aéreas, 
nesse caso o objeto pode ser retirado para prevenir uma parada respiratória. 
6.7. Pneumotórax 
 
O pneumotórax que representa ar no espaço pleural, entre a pleura visceral 
(pulmonar) e a pleura parietal (caixa torácica) deve ser diferenciado do pneumotórax 
hipertensivo. 
O pneumotórax é simplesmente a entrada de ar nesse espaço, que pode ser por 
mecanismos aberto (ferimentos abertos) ou fechado por trauma fechado ou 
barotrauma. Quando o ar nesse espaço começa a pressionar o lado contralateral 
deve ser chamado de pneumotórax hipertensivo e deve ser atendido como 
prioridade, pois rapidamente conduz o paciente para choque obstrutivo e 
complicações hemodinâmicas. 
 
 
 
33 
 
6.8. Pneumotórax hipertensivo 
 
Entre o pulmão e a caixa torácica existe o espaço das pleuras parietal (que recobre 
a parede torácica) e a visceral que reveste o pulmão. Entre essas pleuras existe um 
espaço que tem o objetivo de não gerar atrito com o movimento respiratório. Não 
deve haver ar nesse espaço, porém nos traumas torácicos o ar invade esse espaço, 
causando problemas, entre eles o pneumotórax hipertensivo. Quando há sangue no 
espaço pleural passa a ser chamado de hemotórax. Essas alterações são graves e 
podem levar a insuficiência respiratória. 
 
 
 
O pneumotórax hipertensivo ocorre quando há acúmulo de ar no espaço pleural e 
esse ar não sai da cavidade. Na medida em que o ar se acumula, a pressão 
intratorácica aumenta bruscamente, comprimindo o coração e o pulmão. A 
hemorragia no interior da caixa torácica, hemotórax, também provoca compressão 
do pulmão, levando à insuficiência respiratória. 
 
 
 
Sinais e sintomas: 
 Insuficiência respiratória. 
 Pulso fraco. 
 
34 
 
 Desvio de traqueia contralateral. 
 Hipotensão. 
 Estase jugular. 
 Cianose. 
 Sinais de choque. 
 
6.9. Tratamento pré-hospitalar 
 
1. Avalie a circulação e a respiração (simultaneamente), procedam as 
intervenções necessárias. 
2. Ministre oxigênio suplementar. 
3. Monitore constantemente os sinais vitais. 
4. Transporte o paciente. 
 
Quando suspeitar ou critérios de inclusão de pneumotórax? 
 
 
 
Vamos analisar o atendimento do Pneumotórax pelo manual do SAMU? 
 
1. Realizar avaliação primária com ênfase para: 
• avaliação da ventilação: presença de dispneia ou desconforto respiratório, 
taquipneia, presença de sinais de hipoxia (ansiedade e agitação ou apatia) e 
presença de cianose; 
• avaliação da parede torácica anterior e posterior (se possível) para detecção do 
ferimento; e 
 
35 
 
• cobrir imediatamente o ferimento com curativo oclusivo com plástico ou papel 
metálico, com 3 pontos/lados de fixação. 
 
 
 
O objetivo desse curativo é formar uma válvula para que o ar saia da cavidade e não 
retorne. Observe como isso foi cobrado na prova! 
 
 
(Prefeitura do RJ 2015) No atendimento a vítima de trauma torácico aberto, a 
primeira providência a ser tomada é: 
 
a) deitar a vítima para facilitar a respiração 
b) lavar o local com água corrente, evitando, assim, maior contaminação da lesão 
c) ocluir a lesão com o objetivo de evitar a entrada de ar pelo ferimento 
d) elevar os membros inferiores da vítima para facilitar a circulação 
 
Comentários: 
Letra C 
A questão nos traz o atendimento imediato ao trauma torácico. Deverá ter o cuidado 
de fazer o curativo no local para evitar a entrada de ar no tórax, porém devemos lembrar 
que não se pode, simplesmente, ocluir a lesão de tórax por completo. 
O procedimento indicado seria o curativo de três pontas, pois esse é indicado para 
que permita a saída do ar expirado pelo paciente. Se o curativo for fechado nas 4 pontas, 
ocorrerá acúmulo de ar no espaço pleural resultando num pneumotórax hipertensivo, por 
 
36 
 
isso deve-se fechar o curativo em apenas 3 pontas, para que um lado fique livre para o ar 
sair. 
A letra A está errada, pois deitar a vítima dificulta a respiração. 
A letra B está errada porque lavar a lesão não é a primeira providência a ser tomada. 
 
 
 
(FCC 2009) Durante um conflito, um jovem é vítima de violência e agressão 
interpessoal. Apresenta-se taquidispneico, com um ferimento aberto em região 
inframamilar esquerda. O tratamento imediato de lesão aberta no tórax, 
caracterizada pela comunicação da cavidade pulmonar e meio externo, consiste na 
realização de curativo: 
 
a) com irrigação com soro fisiológico. 
b) compressivo. 
c) de três pontas. 
d) com enfaixamento torácico. 
e) aberto. 
 
Comentários: 
Letra C 
Essa lesão trata-se de um trauma torácico apresentando um pneumotórax aberto 
como consequência, que é a entrada de ar nos pulmões. O curativo a ser feito é o de três 
pontas, que tem a função de saída de ar expiração da vítima, e impede que o ar retorne 
quando ele inspirar novamente. 
 
 
Vamos continuar com as condutas nosso atendimento pelo manual do SAMU, ok? 
 
2. Administrar O2 em alto fluxo para manter SatO2 ≥ 94%. 
3. Monitorizar a oximetria de pulso. 
4. Realizar avaliação secundária (Protocolo BT2). 
5. Manter atenção para a ocorrência de novo esforço respiratório após essa 
abordagem inicial. 
 
37 
 
6. Em caso de piora do esforço respiratório, remover o curativo de 3 pontos para 
permitir a descompressão da tensão acumulada, fixando-o novamente em seguida. 
7. Considerar a possibilidade de ocorrência de parada respiratória. Nesse caso, 
iniciar ventilação sob pressão positiva com BVM (Bolsa-valva-máscara) com 
reservatório após aplicação do curativo plástico. 
8. Realizar a mobilização cuidadosa e a imobilização adequada da coluna cervical, 
tronco e membros em prancha longa com alinhamento anatômico, sem atraso para o 
transporte. 
9. Realizar contato com a Regulação Médica e passar os dados de forma 
sistematizada. 
10. Aguardar orientação da Regulação Médica para procedimentos e/ou transporte 
para a unidade de saúde. 
 
Vamos praticar? 
 
No Brasil, o trauma é a principal causa de morte do indivíduo jovem. Mais de 120.000 
brasileiros morrem por ano em consequência de acidentes, e estima-se que 4 a 5 
vítimas ficam com sequelas permanentes para cada óbito. Frente a essa realidade, é 
fundamental que se desenvolvam serviços de atendimento pré-hospitalar eficazes. 
No exame primário, procede-se à identificação e ao tratamento imediato das 
seguintes condições ameaçadoras de vida, EXCETO: 
 
a) Imobilização cervical. 
b) Controle da hemorragia. 
c) Avaliação do estado neurológico. 
d) Manutenção da via aérea e ventilação. 
e) Colocação de cateter de PIC (pressão intracraniana). 
 
Comentários: 
Letra E. A colocação do cateter de verificação de pressão intracraniana deve ser instalada 
no centro-cirúrgico e não no ambiente pré-hospitalar. 
Esse cateter é de fundamental importância para verificação da pressão intracraniana e 
seguimento do paciente na UTI. 
 
 
 
38 
 
 
 
(CILISPA 2014) Um paciente do sexo masculino, 30 anos de idade, sofreu queda de 
motocicleta. Ao examinar a vítima,na cena do acidente, o socorrista identifica sinais 
de contusão em tórax, frequência ventilatória de 25ipm, estase de jugular, pressão 
arterial de 100X80mmHg, bulhas cardíacas abafadas, extremidades frias e 
cianosadas e alteração do nível de consciência. Diante do quadro clínico é possível 
que a vítima apresente: 
 
a) Tamponamento cardíaco 
b) Tórax instável 
c) Pneumotórax hipertensivo 
d) Choque hipovolêmico 
 
Comentário: 
Letra A 
O tamponamento cardíaco é secundário a um trauma torácico e ocorre quando entre a 
camada do miocárdio (parte muscular do coração) e o pericárdio que é a camada externa 
que envolve o coração, aparece uma lesão e sangramento. Esse sangramento neste 
espaço restringe o batimento cardíaco e pode gerar um choque do tipo obstrutivo para a 
maioria das literaturas, pois ocorre uma obstrução ao fluxo sanguíneo, mas outras 
literaturas abordam o tamponamento cardíaco como choque cardiogênico. 
 
 
 
 
 
(FCC 2015) No trauma de tórax, as condições de imediato risco de morte que devem 
ser identificadas e tratadas na fase de avaliação inicial, são causadas, dentre outras, 
por: 
 
a) ruptura diafragmática. 
b) lesão esofágica. 
c) lesão buco-maxilar. 
d) contusão pulmonar não associada a tórax instável. 
e) pneumotórax hipertensivo. 
 
 
 
39 
 
 
Comentário: 
Letra E. 
 
Vamos revisar o pneumotórax hipertensivo? 
 
O pneumotórax hipertensivo desenvolve-se quando o ar proveniente do(s) pulmão(ões) ou 
do meio ambiente (pneumotórax traumático) passa para a cavidade pleural, com a 
possibilidade de que este possa ser comprimido devido a um mecanismo valvular. 
Numa fase inicial, o colapso parcial do pulmão pode não ter sintomas. No entanto, quando 
o pulmão colapsado está muito comprimido ocorre quadro de insuficiência da ventilação 
pulmonar, o que pode representar uma grave ameaça para a vida. 
No quadro do pneumotórax hipertensivo, o ar preso e comprimido na cavidade pleural pode 
colapsar fortemente o pulmão. Quando unilateral, o pneumotórax hipertensivo determina o 
desvio do mediastino para o lado oposto. 
Este aumento da pressão intrapleural dificulta a ventilação pulmonar. Isto ocorre devido a 
angulação da veia cava, pelo desvio mediastinal, que irá diminuir o retorno venoso para o 
coração, e consequentemente a circulação venosa do sangue dentro da cavidade torácica 
que irá levar a um quadro de baixo débito cardíaco e posterior colapso do indivíduo se não 
houver intervenção. Nestes casos de o pneumotórax hipertensivo, o tratamento deve 
imediato, com descompressão torácica e colocação de dreno de tórax. 
 
 
 
40 
 
 
As demais alternativas não são graves ao ponto de trazer risco de vida. 
Atenção para o item C: lesão buco-maxilar, esse item seria logo descartado porque é 
secundário a um trauma de face e não de tórax. 
 
 
 
Finalizamos nossa aula sobre traumas, trauma de crânio (TCE), face, coluna (TRM) e 
tórax. Na próxima aula abordaremos o trauma de abdome e de extremidades, espero 
por vocês! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
41 
 
QUESTÕES SEM COMENTÁRIOS 
 
 
1. (PC BA CEFET 2008) São sinais do Traumatismo Crânio-Encefálico, exceto: 
 
 a) rinorragia. 
 b) dispnéia. 
 c) otorragia. 
 d) sinal de Batlle. 
 e) olhos de guaxinim. 
 
 2. (Prefeitura do RJ 2015) Perda momentânea da consciência com alteração 
da memória após traumatismo crânio encefálica sem lesão de tecido cerebral. 
Essa é a definição de: 
 
a) contusão cerebral 
b) crise convulsiva 
c) concussão cerebral 
d) edema cerebral 
 
3. (CESPE 2014) Com relação às ações de primeiros socorros nos primeiros 
momentos após o agravo da saúde de uma pessoa, julgue os itens a seguir. 
Supondo que, durante a avaliação do estado geral feita nos primeiros socorros, 
uma vítima de queda tenha apresentado sinais evidentes de anisocoria, tendo-
se verificado a ausência de fratura ou afundamento do crânio, a possibilidade 
de lesão encefálica deverá ser descartada. 
 
4. (FGV/2014) Para que um Traumatismo Crânio-Encefálico (TCE) 
seja classificado como moderado, pelos parâmetros da Escala de Glasgow, 
ele deve ter a seguinte pontuação: 
 
 
 
42 
 
 
 a) de 3 a 8 pontos. 
 b) de 9 a 12 pontos. 
 c) de 13 a 15 pontos. 
 d) de 15 a 17 pontos. 
 e) de 17 a 20 pontos. 
 
5. (MS 2014) Em seu plantão no SAMU, você recebeu um chamado para 
atender um acidente de trânsito, carro x carro, colisão traseira, com duas 
vítimas. A vítima era uma mulher de 28 anos, condutora do veículo atingido, 
que se encontrava consciente, porém desorientada, relatando cervicalgia 
intensa. A vítima apresentava uma cervicalgia intensa, causada por efeito 
chicote. Esse sintoma é característico de qual trauma? 
a) Cranioencefálico. 
b) Torácico. 
c) Abdominal. 
d) Vertebromedular. 
e) Músculo-esquelético. 
 
6. (CESGRANRIO UNIRIO 2016) Um trabalhador sofreu traumatismo 
raquimedular que provocou, além de paralisia dos músculos intercostais e 
abdominais, dificuldade respiratória importante e tetraplegia. Qual é a área da 
coluna vertebral de ocorrência de tal trauma ou lesão? 
 
 a) Cervical 
 b) Torácica 
 c) Lombar 
 d) Sacral 
 e) Coccígea 
 
 
43 
 
 
7. (COSEAC 2014) Na classificação dos traumatismos toracoabdominais, 
existem os traumas não penetrantes que são causados em sua maioria por: 
 
a) feridas por arma branca. 
b) quedas sobre objetos pontiagudos. 
c) ferida por projétil de arma de fogo. 
d) iatrogenia em massagem cardíaca. 
e) acidentes de veículos a motor. 
 
8. (CILISPA 2014) Sobre os Ferimentos por Arma de Fogo (FAF), é CORRETO 
afirmar que: 
 
a) ao avaliar a vítima, a prioridade é procurar por ferimentos de entrada e de saída 
do projétil. 
b) a bala esmaga os tecidos no seu trajeto e uma cavidade é criada a partir do seu 
rastro. 
c) a partir da identificação dos orifícios de entrada e de saída, é possível identificar 
todos os tipos e a quantidade de balas que penetraram no corpo da vítima. 
d) sempre haverá orifício de saída da bala. 
 
9. (MS CONCURSOS 2010) Os acidentes mais comuns de trabalho são os 
ferimentos, que podem ser leves ou superficiais, (com hemorragia moderada), 
ou profundos (com hemorragia mais substancial). Em ferimentos profundos 
onde existam “objetos encravados”, assinale a alternativa CORRETA. 
 
a) Retire o objeto se o mesmo estiver bem visível, ou seja, pode-se perceber a olho 
nu que não perfurou nenhum órgão importante. O transporte será melhor efetuado, 
pois à vítima estará mais tranquila. 
 
b) Depois de retirar os objetos encravados, proteja a área com pano limpo, 
 
44 
 
após efetuar os curativos e estancamentos necessários. 
 
c) Sempre retire objetos encravados, (madeira, ferro, arame, vidros, galho, etc.). A 
retirada não provocará mais lesões nos órgãos, pois deixará o ferimento amostra, 
podendo-se fazer uma melhor avaliação. 
 
d) Não retire objetos encravados, (madeira, ferro, arame, vidros, galho, etc.). A 
retirada pode provocar lesões nos órgãos e graves hemorragias, pois libera o 
ponto de pressão que está fazendo. Proteja a área com pano limpo, sem retirar o 
objeto, fixando-o para evitar movimentação durante o transporte. 
 
10. (Prefeitura do RJ 2015) No atendimento a vítima de trauma torácico aberto, 
a primeira providência a ser tomada é: 
 
a) deitar a vítima para facilitar a respiração 
b) lavar o local com água corrente, evitando, assim, maior contaminaçãoda lesão 
c) ocluir a lesão com o objetivo de evitar a entrada de ar pelo ferimento 
d) elevar os membros inferiores da vítima para facilitar a circulação 
 
11. (FCC 2009) Durante um conflito, um jovem é vítima de violência e 
agressão interpessoal. Apresenta-se taquidispneico, com um ferimento 
aberto em região inframamilar esquerda. O tratamento imediato de lesão 
aberta no tórax, caracterizada pela comunicação da cavidade pulmonar e 
meio externo, consiste na realização de curativo: 
 
a) com irrigação com soro fisiológico. 
b) compressivo. 
c) de três pontas. 
d) com enfaixamento torácico. 
e) aberto. 
 
 
45 
 
 
12. No Brasil, o trauma é a principal causa de morte do indivíduo jovem. 
Mais de 120.000 brasileiros morrem por ano em consequência de 
acidentes, e estima-se que 4 a 5 vítimas ficam com sequelas permanentes 
para cada óbito. Frente a essa realidade, é fundamental que se 
desenvolvam serviços de atendimento pré-hospitalar eficazes. No exame 
primário, procede-se à identificação e ao tratamento imediato das 
seguintes condições ameaçadoras de vida, EXCETO: 
 
a) Imobilização cervical. 
b) Controle da hemorragia. 
c) Avaliação do estado neurológico. 
d) Manutenção da via aérea e ventilação. 
e) Colocação de cateter de PIC (pressão intracraniana). 
 
13. (CILISPA 2014) Um paciente do sexo masculino, 30 anos de idade, sofreu 
queda de motocicleta. Ao examinar a vítima, na cena do acidente, o 
socorrista identifica sinais de contusão em tórax, frequência ventilatória de 
25ipm, estase de jugular, pressão arterial de 100X80mmHg, bulhas cardíacas 
abafadas, extremidades frias e cianosadas e alteração do nível de 
consciência. Diante do quadro clínico é possível que a vítima apresente: 
 
a) Tamponamento cardíaco 
b) Tórax instável 
c) Pneumotórax hipertensivo 
d) Choque hipovolêmico 
 
14. (FCC 2015) No trauma de tórax, as condições de imediato risco de morte 
que devem ser identificadas e tratadas na fase de avaliação inicial, são 
causadas, dentre outras, por: 
 
 
46 
 
a) ruptura diafragmática. 
b) lesão esofágica. 
c) lesão buco-maxilar. 
d) contusão pulmonar não associada a tórax instável. 
e) pneumotórax hipertensivo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
47 
 
GABARITO 
 
 
1 B 
2 C 
3 Errado 
4 B 
5 D 
6 A 
7 E 
8 B 
9 D 
10 C 
11 C 
12 E 
13 A 
14 E 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
48

Outros materiais