UFRJ Aula 5 2016 1

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(Aula 5)
A Construção do Direito no Brasil: 
Pluralismo e 
Diversidade Cultural
UFRJ – FND
Prof.a Hanna Helena 
Sonkajärvi
2016/1
O Período Imperial
A Carta Constitucional (outorgada em dez. 1823, 
mas jurada pelo Imperador em 25 de março de 
1824):
• monarquia constitucional
• Estado central
• poder moderador (imperador como chefe 
supremo, árbitro, e primeiro representante da 
nação)
• A câmara dos deputados eletiva (sistema de 
eleição censitária); o senado, mas poderoso,
composto por senadores nomeados pelo 
imperador 
• a pessoa do Imperador “inviolável e sagrada”
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A Legislação Imperial
• Código Criminal (1830)
• Código de Processo Criminal (1832) 
• Código Comercial (1850) e Regulamento 
n°737 (1850, = regulamento do processo 
comercial) 
• Lei de Terras (1850)
• Lei Hipotecária (1864)
⇒ Código Civil só em 1919 e Código de 
Processo Civil em 1939! 
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A Cultura Jurídica
• Uma primeira geração de juristas formada em 
Coimbra 
• As primeiras faculdades de direito do Brasil 
(desde 1827, em Olinda e São Paulo, depois em 
Recife) com os paradigmas franceses e alemães
• Nas comarcas, muitos leigos agiram como 
advogados
• Uma pequena elite jurídica: Muitos magistrados 
tipicamente tornaram-se deputados e exerciam, 
assim, o papel de legisladores
• A grande maioria dos brasileiros continuava fora 
da nação (escravos)
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A Abolição da Escravidão
• Lei Eusébio Queirós, 1850: sancionando o 
tráfico já abolido pelo tratado com a 
Inglaterra em 1826
• Lei do Ventre Livre de 1871
• Lei Áurea de 1888: a abolição definitiva 
⇒ Entretanto, esse processo foi 
acompanhado pela introdução das leis que 
facilitaram a generalização do trabalho 
forçado. 
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O Período Republicano
- 4 constituições democráticas: 1891; 1934; 1946; 1988
A Primeira Republica (1889-1930)
• Federativa e liberal; federalização da Justiça
• Três poderes: Executivo, Legislativo, Judiciário
• Voto direto e universal: eleitores todos os cidadãos 
brasileiros masculinos maiores de 21 anos (excluídas 
certas categorias, como os analfabetos, os mendigos, 
os praças militares) → somente 5% da população 
tinha direito de voto!
• Separação entre Estado e Igreja
• Controle de constitucionalidade difuso (1891) : Todos 
os juízes poderiam deixar de aplicar uma lei qualquer 
por considerá-la contraria à Constituição. 
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A Era Vargas: A Segunda República de 1934
• Modelo constitucional corporativo: A
metade dos membros da Câmara dos
Deputados eleita por sufrágio universal – a
outra metade por representação
profissional.
• Criação de uma Corte Suprema, uma
Justiça Eleitoral, uma Justiça do Trabalho
• Os direitos dos trabalhadores incluídos na
Constituição.
• Estado Novo (1937-45): Constituição
chamada de “polaca” fez desaparecer a
Justiça Federal.
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A Terceira República: República Nova (1945-
1964)
• Nova constituição (1946), consagrou 
liberdades que existiam na Constituição de 
1934, mas haviam sido retiradas em 1937
• A separação dos três Poderes; a garantia 
ampla de defesa do acusado; a garantia de 
prisão só em flagrante delito, a liberdade 
de expressão e a liberdade de consciência, 
de crença e de culto religioso
• Introdução do voto obrigatório feminino 
A Quarta República: A Constituição de 1988
Em 1985
• Legalização de todos os partidos políticos 
Em 1988:
• A democracia oficialmente reinstaurada pela 
Constituição de 1988
• Restabelecimento das eleições diretas para a 
presidência da república
• Direito de voto aos analfabetos (facultativo)
Em 1993:
• Um plebiscito aprovando o sistema 
presidencial e republicano de governo
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Literatura
• FAUSTO, Boris. História do Brasil. São Paulo: Edusp, 
1994.
• FONSECA, Ricardo Marcelo, A Cultura Jurídica Brasileira 
e a Questão da Codificação Civil no Século XIX. Revista 
da Faculdade de Direito. Universidade Federal do 
Paraná, v. 44, p. 61-76, 2006.
• LOPES, José Reinaldo de Lima. O Direito na História. 
Lições introdutórias. São Paulo: Atlas, 2008, p. 295-374.
• MORGAN, Zachary R. The Legacy of the Lash: Race and
Corporal Punishment in the Brazilian Navy. 
Bloomington: Indiana University Press, 2014.
• WOLKMER, Antônio Carlos. História do Direito 
Brasileiro. Rio de Janeiro: Forense, 1998.
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