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* AVALIAÇÃO NUTRICIONAL DE ADULTOS E IDOSOS * INTRODUÇÃO Transição demográfica: o brasileiro vive em média 66 anos. Há declínio da mortalidade e do número de nascimentos (fecundidade) aumento de adultos e idosos na pirâmide etária. Doenças cardiovasculares (DCV) principal causa de morbi-mortalidade (1/3 das mortes no Brasil). * INTRODUÇÃO Obesidade: -caracterizada pelo acúmulo de gordura corporal. -doença crônica epidêmica segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), por sua prevalência crescente e alarmante no mundo. -fator de risco para DCV -associada com maior risco de adoecer e morrer por hipertensão arterial, doença coronariana, acidente vascular cerebral. * INTRODUÇÃO Obesidade: -Principal problema nutricional na população adulta brasileira (PNSN, 1989: 32% de indivíduos com sobrepeso, maior prevalência em mulheres. -Ascensão se deve à mudanças no padrão de consumo alimentar (dieta rica em gorduras de origem animal, açúcar e alimentos industrializados e reduzida em carboidratos complexos e fibras - Favorecida pelo estilo de vida sedentário * INTRODUÇÃO Obesidade: -Ações de prevenção: Política Nacional de Alimentação e Nutrição (PNAN), onde a obesidade é apontada como de controle prioritário. Incentivo a hábitos de vida e alimentação saudável. A realização da avaliação nutricional em adultos é uma importante ferramenta para avaliar o estado de saúde e nutrição, realizando diagnóstico para detectar grupos de maior risco. * INDICADORES PRECONIZADOS Índice de Massa Corporal (IMC) -Melhor escolha para diagnóstico nutricional de adultos. IMC= peso (Kg)/ (altura (m))² -Vantagens: Medidas de peso e altura são de simples obtenção Alta correlação com a massa corporal e indicadores de composição corporal (embora sem distinção entre massa gorda e massa magra) Capacidade de predição de riscos de morbi-mortalidade (especialmente em seus limites extremos) * INDICADORES PRECONIZADOS Índice de Massa Corporal (IMC) -Vantagens: Não necessita de comparação com curvas de referência Propicia diagnóstico nutricional nas esferas individual e coletiva, com base em pontos de corte aceitos internacionalmente Permite comparações de grupos/indivíduos. * INDICADORES PRECONIZADOS Índice de Massa Corporal (IMC) -Vantagens: Não necessita de comparação com curvas de referência Propicia diagnóstico nutricional nas esferas individual e coletiva, com base em pontos de corte aceitos internacionalmente Permite comparações de grupos/indivíduos. * INDICADORES PRECONIZADOS Índice de Massa Corporal (IMC) -Aferição de peso: Deve ser feita depois de esvaziar a bexiga e não imediatamente após uma refeição; Posicionar a balança em superfície perfeitamente plana; Checar o ponto zero da balança (calibração); Posicionar o indivíduo no centro da plataforma da balança, sem contato nenhum com outra estrutura, orientado-o a olhar para frente, com a cabeça ereta; O indivíduo deve estar com roupas leves ou avental cirúrgico, sem sapatos e adornos; * INDICADORES PRECONIZADOS Índice de Massa Corporal (IMC) -Aferição de peso: Se necessário, solicitar ao indivíduo e pesar as roupas depois; Anotar qualquer anormalidade, principalmente edema (geral ou parcial). * INDICADORES PRECONIZADOS Índice de Massa Corporal (IMC) -Utilizado na população adulta com a padronização: Variáveis: peso e altura Índice: IMC Referência: não utilizada Classificação: Kg/m² Pontos de corte: principalmente 18,5/25,0/30,0 * INDICADORES PRECONIZADOS Índice de Massa Corporal (IMC) -Permite avaliação do estado nutricional, bem como de riscos à saúde do adulto. Fonte: OMS, 1997 * INDICADORES PRECONIZADOS Índice de Massa Corporal (IMC) O risco de associação com DCV não é o mesmo para todos os indivíduos com sobrepeso, o risco está diretamente associado com o aumento do IMC. Indivíduos obesos merecem atenção especial, devendo ser pesquisados fatores de risco associados e avaliado se a tendência ao ganho de peso vem sendo contínua. A prevenção e o adequado manejo dos casos de pré-obesidade evitará o agravamento da alteração nutricional. * INDICADORES PRECONIZADOS Índice de Massa Corporal (IMC) Importante ressaltar que a relação entre o IMC e risco de co-morbidades pode ser afetada por consumo elevado de gorduras, sedentarismo, tabagismo e história familiar, dentre outros. O diagnóstico laboratorial e clínico e informações sobre consumo alimentar complementam a avaliação antropométrica, para correta intervenção nutricional. Deve haver incentivo a hábitos saudáveis de vida mesmo a indivíduos com IMC adequado (prevenção e promoção da saúde) * INDICADORES PRECONIZADOS Índice de Massa Corporal (IMC) Diagnóstico coletivo: % de baixo peso= n° de adultos com IMC<18,5 x 100 Total de adultos examinados % de obesidade= n° de adultos com IMC ≥ 30,0 x 100 Total de adultos examinados * INDICADORES PRECONIZADOS Outros indicadores (para complementar o diagnóstico nutricional): Circunferência da cintura (CC) Circunferência do quadril (CQ) Utilizadas na avaliação da distribuição da gordura em adultos, permitindo a construção do indicador “Relação Cintura-quadril (RCQ)”, com boa correlação com a gordura abdominal e associada com maior risco para DCV. Valores preconizados para risco: RCQ>0,95 (homens) RCQ>0,80 (mulheres) * INDICADORES PRECONIZADOS Circunferência da cintura (CC) Estimativa do conteúdo de gordura abdominal Instrumento: fita métrica inelástica e flexível, precisão de 0,1cm e largura de 0,7cm, no máximo. Não usar fita comum. Medidas devem ser realizadas duas vezes e utilizar o valor da média. Indivíduo ereto, abdômen relaxado, pés separados e região ao redor da cintura despida; mede-se a menor curvatura localizada entre as costelas e a crista ilíaca. Não sendo possível encontrar a menor curvatura: ponto médio entre as costelas e a crista ilíaca. * INDICADORES PRECONIZADOS Circunferência da cintura (CC) * INDICADORES PRECONIZADOS Circunferência do quadril(CQ) Indivíduo ereto, pés juntos e região ao redor do quadril despida; mede-se o maior diâmetro da região glútea. * INDICADORES PRECONIZADOS Outros indicadores (para complementar o diagnóstico nutricional): Pregas cutâneas Circunferência muscular do braço (CMB) Bioimpedância elétrica (BIA): avalia gordura corporal * INDICADORES PRECONIZADOS Pregas cutâneas Utiliza-se o plicômetro ou adipômetro Aferidas 3 vezes, utilizando-se a média como valor final Indivíduo em pé. Lugares onde as pregas refletem melhor a adiposidade: bicipital, tricipital, subescapular, suprailíaca e na parte superior da coxa. * INDICADORES PRECONIZADOS Pregas cutâneas -PREGA CUTÂNEA TRICIPITAL Ponto médio na parte posterior do braço (processo acrômico ao olécrano no cotovelo) . Braço relaxado, estendido e ligeiramente afastado do corpo. Braço não-dominante. * INDICADORES PRECONIZADOS Pregas cutâneas -PREGA CUTÂNEA TRICIPITAL * INDICADORES PRECONIZADOS Pregas cutâneas -PREGA CUTÂNEA BICIPITAL Medição a 1cm acima do ponto médio do braço, na região anterior. Braço relaxado, estendido e ligeiramente afastado do corpo * INDICADORES PRECONIZADOS Pregas cutâneas -PREGA CUTÂNEA BICIPITAL * INDICADORES PRECONIZADOS Pregas cutâneas -PREGA CUTÂNEA SUBESCAPULAR Mede-se logo abaixo do ângulo inferior da escápula, diagonalmente, num ângulo de, aproximadamente 45° ao plano horizontal do corpo. Após localizar esse ponto, medir a prega, na diagonal a 45°. Em situações nas quais haja dificuldade em identificar o local (obesos), solicitar que o indivíduo dobre o braço nas costas, na linha da cintura para que o local fique mais definido. * INDICADORES PRECONIZADOSPregas cutâneas -PREGA CUTÂNEA SUBESCAPULAR * INDICADORES PRECONIZADOS Pregas cutâneas -PREGA CUTÂNEA SUPRAILÍACA Mede-se na linha superior à crista ilíaca, em linha oblíqua (45°). Posição ereta * INDICADORES PRECONIZADOS Pregas cutâneas -PREGA CUTÂNEA SUPRAILÍACA * INDICADORES PRECONIZADOS Pregas cutâneas -PREGA CUTÂNEA PARTE SUPERIOR DA COXA Ponto médio entre dobra inguinal e a borda proximal da patela. A perna deve estar relaxada. * INDICADORES PRECONIZADOS Circunferência muscular do braço (CMB) Obtida a partir das medidas de perímetro braquial (PB) e prega cutânea tricipital (PCT) Estimativa do compartimento muscular do braço. CMB= PB- (3,14 x PCT) Pontos de corte: Homens: 25,3 cm Mulheres: 23,2 cm Ponto de corte: <p5 * IDOSOS Maior longevidade da população: crescimento da população de idosos (>60 anos). Grupo de risco pela freqüência e gravidade com que são acometidos por doenças: crônico-degenerativas e outras que dificultam habilidades funcionais (caminhar, vestir, alimentar), prejudicando a vida social. Faixa de 60 a 69 anos: alterações nutricionais assemelham-se às do adulto, com sobrepeso tendo papel fundamental na mortalidade por DCV. Após 70 e 80 anos: emagrecimento/baixo peso pode tornar-se o problema mais relevante. * IDOSOS Antropometria: útil para diagnóstico nutricional, método simples e de boa predição para doenças futuras, mortalidade e incapacidade funcional. Grupo de grande heterogeneidade, sendo de grande importância o olhar individual, “caso a caso”. Ex: idoso com deformidade na coluna vertebral obtenção da altura comprometida, diagnóstico com base em estimativas. * IDOSOS Alterações fisiológicas nas medidas antropométricas: Altura: Declina com o avançar da idade. Taxa: 0,5 a 1,5cm/década, podendo ser mais rápida em idades mais avançadas. Motivos: compressão vertebral, perda do tônus muscular, alterações posturais. Peso: Declina, devido à redução do conteúdo de água corporal, além da massa muscular (mais evidente nos homens). Perda ou ganho de peso de mais de 10% em 6 meses ou menos: vigilância, importância clínica. * IDOSOS Alterações fisiológicas nas medidas antropométricas: Alterações ósseas: osteoporose Mudanças na quantidade e distribuição do tecido adiposo subcutâneo (gordura redistribuída das extremidades para área visceral): perímetros e pregas podem ser subestimados. Perdas musculares, alterações na elasticidade dos tecidos * INDICADORES PRECONIZADOS IMC Mudanças nos pontos de corte Os extremos parecem associar-se com maior mortalidade, mas deve-se combinar o risco nutricional com outros fatores de risco (ex: doenças preexistentes) * INDICADORES PRECONIZADOS IMC Diminui após os 70-75 anos para ambos os sexos. Dificuldades para coleta dos dados: altura para indivíduos que não ficam em pé e necessidade de maiores cuidados na manipulação de idosos acamados. Diagnóstico nutricional deve ser avaliado em conjunto com dados clínicos e laboratoriais (hemoglobina, glicose, lipídeos, etc). fd * INDICADORES PRECONIZADOS Outros indicadores (complementares): Circunferência da panturrilha (avaliação da massa muscular)-maior circunferência da panturrilha. Perímetro braquial Prega cutânea (tricipital) Estimativa de altura: -altura do joelho (distância entre o calcanhar e o joelho) envergadura: distância entre os braços estendidos * INDICADORES PRECONIZADOS Altura do joelho Feita com a fita métrica inelástica. Distância do calcanhar do pé esquerdo até a patela do joelho. Joelho flexionado a 90° Fórmulas de estimativa: Homens: 2,02 x altura do joelho (cm) – 0,04 x idade (anos) + 64,19 Mulheres: 1,83 x altura do joelho (cm) – 0,24 x idade (anos) + 84,88 * INDICADORES PRECONIZADOS Envergadura: Feita com a fita métrica inelástica. Distância entre as extremidades dos dedos do meio (maior) de ambas as mãos, com os braços estendidos lateralmente nivelando os ombros. Ajustar a fita com a altura do ombro do indivíduo. Corresponde , aproximadamente, a altura do indivíduo
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