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acessória é uma exigência da legislação para que o sujeito passivo faça ou deixe de fazer algo no interesse da arrecadação ou da fiscalização dos tributos; se não cumprida, transforma-se em obrigação principal em razão da multa aplicável. 2.3 – Fato Gerador da Obrigação Tributária Fato gerador é um evento, previsto em lei, que, no momento de sua ocorrência, faz surgir a obrigação de pagar tributo ou de fazer ou deixar de fazer algo no interesse da arrecadação ou da fiscalização de tributo. Alguns exemplos: circulação de mercadoria é fato gerador do ICMS; ser proprietário de automóvel é fato gerador do IPVA; auferir renda é fato gerador do Imposto de Renda. Uma obrigação tributária tem quatro elementos: fato gerador é a causa da obrigação tributária; sujeito ativo é o credor (Estado); sujeito passivo é o devedor; objeto é a prestação a ser cumprida (dar, fazer ou não fazer). 2.4 – Sujeitos da Obrigação Tributária Na relação jurídico-tributária, o sujeito ativo será, sempre, uma das pessoas jurídicas de direito público interno: União, Estado, Distrito Federal ou Município; estes são os titulares da competência conferida pela Constituição Federal para instituir, arrecadar e fiscalizar tributo. O sujeito passivo da relação jurídico-tributária é a pessoa física ou jurídica – contribuinte ou responsável, que está obrigada a satisfazer a obrigação tributária. Aquele que tem relação pessoal e direta com o fato gerador da obrigação tributária é chamado de contribuinte. Há também o responsável tributário, que, por disposição expressa em lei, mesmo sem ser contribuinte, tem a obrigação de satisfazer o objeto da relação jurídico-tributária. Um exemplo desse tipo acontece com o imposto de renda retido na fonte, do qual o contribuinte é o assalariado; contudo, a fonte pagadora, por disposição expressa em lei, é responsável por reter o imposto, devendo efetuar o recolhimento à União. 2.5 – Base de Cálculo, Alíquota e Lançamento Tributário A base de cálculo corresponde ao valor tributável na operação considerada. A alíquota é um percentual, definido em lei, a ser aplicado sobre a base de cálculo para determinar o valor do tributo. O lançamento tributário é um procedimento que faz nascer o crédito tributário. É atividade privativa da administração. Quando declarado pelo contribuinte, fica sujeito a homologação. O Imposto de Renda Pessoa Física incide basicamente sobre os vencimentos percebidos pelos trabalhadores e a renda dos profissionais liberais. O Imposto de Renda Pessoa Jurídica é baseado no lucro das empresas. base de cálculo: é o valor da operação de circulação de mercadoria ou da prestação de serviço; alíquotas: têm limites fixados pelo Senado Federal e suas reduções são condicionadas à aprovação de todos os Estados mediante convênio; variam conforme as regiões do país e de acordo com a natureza do produto; não-cumulatividade: ao final de cada período de apuração, o contribuinte, por mecanismo de débito e crédito, deduz do imposto relativo às operações que praticou o imposto já pago em operações ou prestações anteriores. 5.1.2.3 – Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores – IPVA Possui as seguintes características: fato gerador: é a propriedade de veículo automotor de qualquer espécie (aeronaves, embarcações, automóveis, caminhões, motocicletas, enfim, qualquer veículo cuja propulsão dependa de motorização); contribuinte: é o proprietário do veículo; base de cálculo: é o valor venal do veículo; alíquotas: diferem conforme a espécie de veículo. O Imposto de Importação tem a finalidade de regular o comércio exterior. Quando se quer estimular a importação de determinado produto, sua alíquota é reduzida ou zerada; quando se deseja o contrário, sua alíquota é aumentada. Em algumas situações, como a importação de bens, a incorporação de equipamentos ao patrimônio da empresa e outras, é o comerciante ou o industrial quem paga o ICMS. De acordo com alguns doutrinadores, há ainda duas outras espécies de tributos: os empréstimos compulsórios e as contribuições especiais ou parafiscais. A legislação tributária compõe-se de: tratados e convenções internacionais; leis; decretos; normas complementares. 3 – LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA A expressão “legislação tributária” compreende todas as fontes formais do direito tributário: leis, tratados e convenções internacionais, decretos e normas complementares. As leis constituem o ordenamento jurídico aprovado pelas casas legislativas. Há leis complementares, leis ordinárias, leis delegadas e medidas provisórias. A lei complementar é exigida em determinados assuntos previstos na Constituição, e sua aprovação depende de número mínimo de votos favoráveis, de acordo com o regimento da casa legislativa. As leis ordinárias têm elaboração e tramitação simplificada. A aprovação se dá por maioria simples. São elas que criam e majoram tributos. As leis delegadas, características de regime parlamentarista de governo, são normas editadas pelo Executivo por delegação do Legislativo. Com a CF/88, surgiram as medidas provisórias, que são normas editadas pelo Poder Executivo, com força de lei, mas que devem ser submetidas ao legislativo em trinta dias para conversão definitiva em lei; caso não apreciadas nesse prazo, perdem a validade desde a edição. Um tributo somente poderá ser instituído se previsto na Constituição Federal e, mesmo assim, sem lei que o institua, não é possível a cobrança. 5.1.1.5 – Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguro, ou relativas a Títulos ou Valores Mobiliários – IOF Possui as seguintes características: fato gerador: depende da espécie de operação financeira; nas operações de crédito, é o valor objeto da operação; nas operações de câmbio, é a efetivação da operação (troca de moedas); nas operações de seguro, é a emissão da apólice; nas operações relativas a títulos e valores mobiliários, é a emissão, a transmissão, o pagamento ou os resgates desses títulos, na forma da legislação específica; contribuinte: é quem se beneficia da operação financeira; base de cálculo: é o valor da operação; alíquotas: podem ser alteradas administrativamente em razão da política econômica do governo federal, não estando sujeitas ao princípio da anterioridade. 5.1.1.6 – Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural – ITR Possui as seguintes características: fato gerador: é a propriedade de imóvel localizado fora da zona urbana do Município; contribuinte: é o proprietário; base de cálculo: é o valor da terra nua, a ser fornecido pelo contribuinte em sua declaração; alíquotas: são variáveis, conforme o percentual de utilização da propriedade, em escala constante na lei e que leva em consideração também a área total do imóvel e sua localização geográfica no Brasil. 5.1.1.3 – Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza – IR Possui as seguintes características: fato gerador: é a renda, ou seja, o produto do capital, do trabalho ou da combinação de ambos, e os proventos de qualquer natureza, assim entendidos os acréscimos patrimoniais não compreendidos no conceito de renda; contribuinte: é o titular da renda ou dos proventos; base de cálculo: é o montante da renda ou dos proventos tributáveis; alíquotas: são progressivas e variáveis para as pessoas físicas e para as pessoas jurídicas. O Imposto de Renda é o mais importante dos tributos diretos. É progressivo, na medida em que há alíquotas diferenciadas, além da faixa de isenção. 5.1.1.4 – Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI Possui as seguintes características : fato gerador: o desembaraço aduaneiro, quando o produto for de procedência estrangeira;