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SJSXXI Cap 01 Sociologia Introd I o que é

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Sociologia: dialogando com você
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O QUE É SOCIOLOGIA?
Parte I
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Por que estudar Sociologia? 
Por que ela é importante? 
De que forma esse conhecimento se relaciona com as nossas vidas?
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Alguns estudantes podem também perguntar: 
Afinal, para que serve a Sociologia?
Talvez possamos responder assim:
 
Vivemos numa sociedade altamente
tecnologizada, em que se exige tanto ao
jovem como aos adultos uma utilidade prática
nos conhecimentos adquiridos em todas as
disciplinas do Ensino Médio. 
Por conta disso, não podemos “perder tempo”... 
Concordam?
Então, será que estudar Sociologia significará 
“perda de tempo”?
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As respostas às questões apresentadas nos slides anteriores, por mais simples que sejam, não deixam de representar uma certa análise sociológica da nossa parte. Por quê? Ora, porque estamos dizendo, de certa forma, aquilo que a sociedade espera de nós. 
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Então, vamos pensar em outra coisa...
Todos sabem que a eletricidade é um fenômeno estudado por uma ciência chamada Física,
Todos sabem que os organismos que possuem células são estudados pela Biologia,
Já elementos químicos como o oxigênio e o carbono são objetos de estudo da Química,
Certo?
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 Da mesma forma, enquanto ciência, a Sociologia estuda os fenômenos sociais. Ou seja, as relações que os indivíduos estabelecem entre eles próprios, gerando normas de comportamento, atitudes, formação de grupos e
elaboração de ideias sobre os mesmos grupos. 
Enfim, estes são alguns dos objetos de estudo
da Sociologia.
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Vejamos outro exemplo:
Todos sabem que o que o cigarro faz mal à saúde. 
 Mas o professor de Química pode nos explicar que os elementos químicos encontrados no cigarro (alcatrão e nicotina), além de provocar dependência química, causam uma determinada reação no organismo 
que, ao final de alguns anos, 
pode provocar câncer de pulmão. 
 A professora de Biologia vai explicar
como essas substâncias deterioram os pulmões, 
cuja função é vital para o corpo humano.
Mas, mesmo assim, alguns continuam fumando. Por quê?
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Então, vamos pedir explicação para um Psicólogo. 
Ele pode nos dizer que, talvez, os fumantes sejam pessoas extremamente ansiosas e que utilizam o cigarro para tentarem se tranquilizar.
Além disso, são facilmente influenciados por outros fumantes e pela publicidade. 
Esta poderia ser uma forma de explicação sobre o comportamento das pessoas que fumam.
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Mas, diante de tantas evidências de que o cigarro é prejudicial à saúde, por que se produzem ainda muitos cigarros? 
Por que o governo, por um lado,
apesar das novas regras de propaganda e de leis que limitam o seu uso em locais públicos, ainda permite a venda de cigarros?
Por outro lado, por que proíbe,
por exemplo, a venda de maconha?
Nem a Química, nem a Biologia e nem a Psicologia conseguem responder a isso. Aqui, então, é que entra em cena a SOCIOLOGIA!
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A SOCIOLOGIA vai explicar que são os interesses econômicos das grandes
empresas multinacionais, cujo principal objetivo é o lucro, que determinam a produção de cigarros.
Esses interesses são legitimados pela maioria dos governos do mundo e a obtenção de lucro é o
principal fator da existência do capitalismo. 
O capitalismo é um sistema econômico, social
e político que é objeto de estudo da Sociologia.
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Enfim, os efeitos químicos do cigarro são 
objetos sui generis da Química;
as consequências orgânicas para os pulmões são 
objetos sui generis da Biologia. 
Entretanto,
o motivo que leva os proprietários das fábricas de cigarro a produzir o cigarro 
é
objeto sui generis de estudo da SOCIOLOGIA.
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Vocês já viram como eram as propagandas de cigarros antigamente?
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Portanto, nesse exemplo, podemos compreender que para se entender o uso do cigarro na sociedade é necessário entendê-lo sob o
ponto de vista da Química, 
da Biologia e 
da Psicologia 
– assim como da SOCIOLOGIA.
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Uma questão básica: nossa vida cotidiana é social, ou seja, não estamos sós no mundo. Estabelecemos
relações com outros indivíduos e 
criamos regras de convivência. 
Algumas já existiam quando
nascemos e, provavelmente, existirão depois
de nosso falecimento. Concluímos, então,
que o indivíduo é um produto social, isto é, o
que as pessoas fazem é condicionado, muitas
vezes, pela convivência com outros indivíduos
e grupos de indivíduos.
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Um sociólogo norte-americano chamado Charles Wright Mills escreveu, em 1959, que a Sociologia nos ajuda a entender o que acontece no mundo e como nos situamos nele.
Ele utilizou dois exemplos bem simples: o desemprego e o divórcio.
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O problema do desemprego
Quando, em uma cidade de milhares de habitantes, somente um indivíduo está desempregado, isto é um problema pessoal desse indivíduo. E para entender esse problema, talvez tenhamos que observar o caráter dessa pessoa, suas habilidades e suas oportunidades. 
Porém, quando temos 15 milhões de desempregados num país de 50 milhões de trabalhadores (ou seja, pessoas em idade produtiva, que podem exercer uma ou outra profissão), isto já não é um problema de caráter ou de habilidades, mas um problema público, que tem a ver com uma estrutura e com um certo funcionamento da sociedade.
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A questão do divórcio
Num casamento, o homem e a mulher podem ter perturbações pessoais, levando-os ao divórcio. Mas, quando o número de divórcios cresce numa cidade e, de cada 1.000 casais nos primeiros quatro anos de casamento, 250 se separam, isto pode ter alguma relação com a instituição do casamento naquela determinada sociedade. 
Wright Mills vai dizer que a recorrência de muitos divórcios pode estar relacionada à estrutura da família enquanto instituição. 
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“A imaginação sociológica”
Enfim, Wright Mills está nos apresentando uma questão simples e que serve para pensar nossas vidas, ou seja, aquilo que experimentamos na vida em vários e específicos ambientes cotidianos, como o desemprego, as separações etc., muitas vezes é influenciado pelas modificações culturais, econômicas ou outras de caráter mais geral que ocorrem nas sociedades. 
Por isso é que ele diz que precisamos ter consciência da ideia e da existência de uma estrutura da sociedade, das relações sociais, e utilizá-las com sensibilidade, para sermos capazes de identificar as ligações entre as nossas diversas experiências da vida cotidiana. Ter essa consciência e essa capacidade é ter o que Wright Mills intitula como imaginação sociológica. 
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Mais algumas reflexões...
Além da seção que trata do tema da imaginação sociológica, vamos ler também a última seção do Capítulo 1 do livro didático, e depois responder às seguintes questões:
Quais são os seus problemas cotidianos? 
Quais são as questões que mais lhe preocupam? 
Será que essas questões têm a ver só com o seu comportamento individual, com as suas atitudes ou com o seu modo de ser? 
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Enfim, voltando às perguntas iniciais, será que a Sociologia pode ajudá-lo a pensar sobre a sua vida cotidiana? O que acha?
Então, vamos viajar um pouco no
mundo da Sociologia a partir de agora...
Antes, segue uma reflexão final, proposta pelo cartunista argentino Quino.
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El hombre moderno del Siglo XXI
Con el paso de los siglos el ser humano ha incorporado nuevo valores que se ajustan a los tiempos que corren…
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Referência:
OLIVEIRA, L. F.; COSTA, R. C. R. Sociologia para Jovens do Século XXI. 4ª ed. Rio de Janeiro: Imperial Novo Milênio, 2016, p. 08-18 [Cap. 1].

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