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Apostila BIOQUIMICA

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BIOQUÍMICA CLÍNICA 
TERCEIRA PROVA 
 
Profa. Dra. Cláudia Funchal 
Prof. Dr. Alex Sander Araújo 
Biomedicina 
 
 
FUNÇÃO HEPÁTICAFUNÇÃO HEPÁTICA
9 O fígado é o maior órgão do corpo humano.
9 Pesa entre 1200 a 1600 g.
9 Divide-se em dois lobos.
9 O órgão apresenta amplo aporte sangüíneo.
9 A sua estrutura fundamental é o hepatócito.
9 Fígado: função importante na homeostasia de proteínas, carboidratos e 
lipídeos.
9 Fígado: armazena, detoxifica e excreta compostos endógenos e 
exógenos. 
9 Fígado: glicólise, CK, síntese e degradação de Aa, CR – bem dotado de 
mitocôndrias.
9 Fígado: extenso sistema retículo endotelial para a síntese e degradação 
de hemácias. 
9 Fígado: na árvore biliar excreta produtos hidrossolúveis ao final das vias 
metabólicas. 
99 Atividade sintéticaAtividade sintética
- Proteínas, carboidratos e lipídeos.
– Albumina, fibrinogênio, haptoglobulina, 
transferrina, a-1-fetoproteína, 
protrombina, complemento C3;
- Glicogênese e gliconeogênese.
– VLDL, HDL, conversão de acetil-CoA em 
ácidos graxos, triglicerídeos e colesterol, 
corpos cetônicos;
– Somatomedina, angiotensina, 
ceruloplasmina, metalotioneína;
– Transaminases, fosfatase alcalina, g-GT.
99 Função de armazenamentoFunção de armazenamento
– Ferro (ferritina, hemossiderina), 
glicogênio (manutenção da glicemia), 
lipídios (triglicerídios), vitaminas (A, D, E, 
K, B12).
FISIOLOGIA HEPÁTICAFISIOLOGIA HEPÁTICA
99 Desintoxicação e metabolismo das drogasDesintoxicação e metabolismo das drogas
– Oxidação, redução, hidrólise, hidroxilação, demetilação, carboxilação
99 Excreção (bile).Excreção (bile).
TESTES DE FUNÇÃO HEPÁTICATESTES DE FUNÇÃO HEPÁTICA
9 Detectar anormalidades de função hepática;
9 Documentar anormalidades;
9 Determinar o tipo de anormalidade e o local da lesão;
9 Facilitar o prognóstico e acompanhamento do paciente com 
enfermidade hepática.
Teste bioquímicos de rotinaTeste bioquímicos de rotina
- Alanina aminotransferase
(ALT/TGP)
- Albumina
- Aspartato aminotransferase
(AST/TGO)
- Bilirrubina conjugada e não 
conjugada
- Fosfatase alcalina
- γ-glutamil transferase (γ-GT)
- Proteínas totais
Teste bioquímicos especiaisTeste bioquímicos especiais
- α-fetoproteína
- 5’-nucleotidase
- ácidos biliares séricos
- amônia
- Ceruloplasmina
- Ferro e ferritina séricos
- Leucina aminopeptidase
Testes urináriosTestes urinários
- bilirrubina urinária
- urobilinogênio urinário
Teste imunológicos das Teste imunológicos das 
hepatiteshepatites por víruspor vírus
- Hepatite A
- Hepatite B
- Hepatite C
- Hepatite delta
- Hepatite E
Testes hematológicosTestes hematológicos
- hemograma completo
- contagem de reticulócitos
- estudo de enzimas 
eritrocitárias
- determinação de hemoglobina 
anormais
- tempo de protrombina
- estudo dos fatores de 
coagulação
Testes de Testes de bilogiabilogia molecularmolecular
- Técnicas de hibridização
- Reação em cadeia da polimerase
(PCR)
- Técnica de “branched DNA”
PacintesPacintes com doença com doença hepéticahepética
podem apresentar:podem apresentar:
- Redução dos teores de uréia 
plasmática
- Hipoglicemia
- Funções lipídicas aumentadas
BILIRRUBINABILIRRUBINA
9 Pertence a classe química dos tetrapirróis
9 É insolúvel em água
9 Fórmula química C33H36N4O6
9 Peso molecular 584,65 daltons
99 METABOLISMO DA BILIRRUBINA:METABOLISMO DA BILIRRUBINA:
‰ Após 120 dias, os eritrócitos senis são removidos da circulação
pelos macrófagos do sistema retículo ndotelial onde são destruídos.
‰ O ferro retorna ao plasma e se liga a transferrina, enquanto a 
globina é degradada em seus aminoácidos para posterior reutilização.
‰ A protoporfirina IX é clivada formando biliverdina, que é reduzida a 
bilirrubina.
‰ A bilirrubina é insolúvel em água e, portanto, é transportada ao 
fígado pela albumina.
‰ Ao entrar na célula hepática se liga as proteínas Y e Z, sendo o 
complexo levado ao retículo endoplasmático.
‰ No retículo, a enzima UDPGT (uridina difosfato 
glicuroniltransferase) catalisa a conjugação da bilirrubina com o ácido 
UDP-glicurônico dando origem ao mono e ao diglicuronídio de 
bilirrubina (bilirrubina conjugada), tornando-a solúvel em água.
‰ A bilirrubina conjugada é excretada do hepatócito para a bile por 
um transportador ATP-dependente.
‰ No íleo terminal e intestino grosso, o mono e o diglucoronídio da 
bilirrubina é hidrolisado para formar bilirrubina livre e ácido 
glicurônico
‰ No cólon, a bilirrubina livre é reduzida pela b- glucoronidase para 
formar urobilinogênios (que são oxidados formando urobilinas e 
estercobilinas).
BILIRRUBINEMIA: DOSAGEM SÉRICABILIRRUBINEMIA: DOSAGEM SÉRICA
99 INDICAÇÕES:INDICAÇÕES:
9 Suspeita de lesão hepatocelular de qualquer natureza.
9 Estudo do paciente com icterícia.
9 Hemólise.
9 Pesquisar interferência ou obstrução ao fluxo de bile.
DEGRADADEGRADAÇÇÃO DO HEMEÃO DO HEME
9 Após aproximadamente 12 dias na circulação os eritrócitos são 
captados pelo sistema retículo endotelial (RE), especialmente no 
fígado e no baço.
9 Cerca de 85% do heme destinado à degradação é proveniente dos 
eritrócitos e 15% da renovação de eritrócitos imaturos e citocromos
de tecidos extra-eritróides. 
9 FORMAÇÃO DE BILIRRUBINA: o primeiro passo para 
a degradação do heme é catalisado pelo sistema 
microssomal heme-oxigenase das células do RE. Na 
presença de NADPH e O2 com a oxidação do íon ferroso a 
Fe3+, resultando na clivagem do anel da porfirina, 
formando BILIVERDINA, um pigmento verde, a qual é
ruduzida formando BILIRRUBINA, um pigmento 
vermelho-alaranjado.
9 CAPTAÇÃO DE BILIRRUBINA PELO FÍGADO: a 
bilirrubina é ligeiramente solúvel no plasma e sendo assim 
é transportada para o fígado ligada a albumina. No fígado 
dissocia-se da albumina onde se liga a proteínas 
intracelulares- LIGANDINA.
9 FORMAÇÃO DE DIGLICURATO DE BILIRRUBINA:
no hepatócito a solubilidade de bilirrubina é aumentada 
pela adição de moléculas de ácido glicurônico (conjugação).
9 EXCREÇÃO DE BILIRRUBINA NA BILE: o 
diglicuronato de bilirrubina é transportado ativamente 
contra o gradiente para dentro dos canalículos biliares e a 
seguir para a bile. Passo limitante de velocidade. A 
bilirrubina não conjugada normalmente não é excretada. 
9 FORMAÇÃO DE UROBILINAS NO INTESTINO: o 
diglicuronato de bilirrubina é hidrolisado e reduzido por 
bactérias intestinais produzindo, UROBILINOGÊNIO, um 
composto incolor. A maior parte do urobilinogênio
produzido é oxidado por bactérias intestinais a 
ESTERCOBILINA, que dá as fezes a cor marrom 
característica. A maior parte do urobilinogênio é
reabsorvida e entra no sangue a partir do sistema porta, 
participando do ciclo entero-hepático do urobilinogênio. O 
restante do urobilinogênio é transportado pelo sangue 
para os rins onde é convertido a UROBILINA, que é
amarela e é excretada na urina. 
HIPERBILIRRUBINEMIAHIPERBILIRRUBINEMIA
9 Elevação das concentrações de bilirrubina plasmática produz 
icterícia.icterícia.
9 A icterícia é a pigmentação amarela da pele, esclera, membranas
mucosas e outros tecidos; tornando-se evidente a partir de 3,0 mg/dL
de bilirrubinemia.
9 A concentração sérica de bilirrubina eleva-se em função da maior 
produção de bilirrubina (fração conjugada) ou deficiência na excreção 
(fração não conjugada).
9A bilirrubina não-conjugada (indireta) é lipossolúvel e está ligada à 
albumina; atravessa a barreira hematoencefálica.
9 Em níveis elevados, pode-se acumular no tecido nervoso causando 
lesões, produzindo kernicterus.
9 A ocorrência de kernicterus depende de dois fatores: concentração 
de bilirrubina no sangue e integridade da barreira hematoencefálica.
9 Não há colúria (bilirrubina na urina) pois a bilirrubina está 
fortemente ligada à albumina.
9A bilirrubina não-conjugada (indireta) é lipossolúvel e está ligada à 
albumina; atravessa a barreira hematoencefálica.
9 Em níveis elevados, pode-seacumular no tecido nervoso causando 
lesões, produzindo kernicterus.
9 A ocorrência de kernicterus depende de dois fatores: concentração 
de bilirrubina no sangue e integridade da barreira hematoencefálica.
9 Não há colúria (bilirrubina na urina) pois a bilirrubina está 
fortemente ligada à albumina.
‰‰ Icterícia do recém nascido (critérios diagnósticos):Icterícia do recém nascido (critérios diagnósticos):
9 Baixa atividade de bilirrubina glicuronil tranferase- problemas de 
conjugação. 
9 Aumento nas taxas de bilirrubina de > 5 mg/dL/dia.
9 Bilirrubina total superior a 12,9 mg/dL
9 Bilirrubina total superior a 15 mg/dL em prematuros.
9 Bilirrubina direta superior a 1,5 mg/dL
9 Persistência de icterícia após 10° dia de vida.
9 Persistência de icterícia após duas semanas de vida em prematuros.
HIPERBILIRRUBINEMIA NÃO CONJUGADAHIPERBILIRRUBINEMIA NÃO CONJUGADA
ICTERICTERÍÍCIACIA
9 Refere-se a cor amarelada da pele, do leito ungueal e da esclera, 
causada pela deposição de bilirrubina nesses tecidos, secundária a um 
aumento dos níveis de bilirrubina no sangue (hiperbilirrubinemia). 
9 Não é uma doença, mas um sintoma da existência de uma distúrbio 
subadjacente.
9 TIPOS: hemolítica, obstrutiva, hepatocelular. 
9 ICTERÍCIA HEMOLÍTICA: fígado possui capacidade de conjugar e 
excretar por dia mais de 3000 mg de bilirrubina, cuja produção normal 
é de apenas 300 mg/dia. No caso de lise maciça de eritrócitos- anemia 
falciforme, deficiência de G-6-P-desidrogenase, malária- há uma 
produção de bilirrubina mais alta do que a capacidade hepática de 
conjugá-la. Portanto, mais bilirrubina é excretada na bile, a quantidade 
de urobilinogênio que entra na circulação entero-hepática aumenta e o 
urobilinogênio urnário aumenta. Os níveis de bilirrubina não conjugada 
no sangue tornam-se aumentados, causando icterícia.
9 ICTERÍCIA OBSTRUTIVA: resulta de obstrução do ducto biliar. 
Ex.: tumor hepático ou cálculos biliares podem causar bloqueio dos 
ductos biliares impedindo a passagem de bilirrubina para o intestino. 
Pacientes têm dor gastrointestinal, náuseas e fezes claras. O fígado 
“regurgita” a bilirrubina conjugada para o sangue – hiperbilirrubinemia.
9 ICTERÍCIA HEPATOCELULAR: lesão em hepatócitos podem 
causar aumento dos níveis sangüíneos de bilirrubina não conjugada. 
Ex.: cirrose e hepatite. A bilirrubina conjugada não é eficientemente 
secretada para a bile, mas sim se difunde para o sangue. O 
urobilinogênio aumenta na urina, pois a lesão hepática diminui a 
circulação entero-hepática desse composto, permitindo que uma maior 
quantidade dele chegue ao sangue, onde é filtrado para a urina. Urina 
torna-se escura e as fezes uma cor de argila clara. 
9 ICTERÍCIA EM RECÉM NASCIDOS: bebês acumulam bilirrubina 
pois a atividade da bilirrubina glicuronil transferase hapática é baixa 
ao nascimento. 
9 DETERMINAÇÃO DA CONCENTRAÇÃO DE BILIRRUBINA:
método de van der Bergh. Em solução aquosa a bilirrubina conjugada, que é
solúvel em água, reage prontamente com o reativo e é chamada de 
REATANTE DIRETA. A bilirrubina não conjugada reage mais lentamente . 
‰‰ Icterícia hemolítica: Icterícia hemolítica: 
9 Devida a produtos químicos, reações hemolíticas antígeno-anticorpo, 
câncer, drogas.
‰‰ Síndrome de Síndrome de CliglerCligler--NajjarNajjar::
– Desordem hereditária autossômica rara causada pela deficiência total ou 
parcial de UDPGT.
‰‰ Síndrome de Síndrome de GilbertGilbert::
– Condição hereditária que reduz a atividade da UDPGT (20 a 50%).
9 Resulta da redução de excreção da bilirrubina para a bile, como na 
hepatite ou por impedimento do fluxo biliar até o intestino, por exemplo, 
obstrução biliar.
9 A formação de bilirrubina é sensível a vários insultos, incluindo altos 
níveis de citoxinas que ocorrem em choques sépticos.
9 Elevados teores de bilirrubina conjugada podem elevar, 
secundariamente, o nível da não-conjugada.
9 Mortalidade e morbidade
- De modo diferente da bilirrubina não-conjugada, a conjugada não se liga 
de forma significativa ao tecido neural e não promove kernictericus e 
outras formas de toxicidade.
- A morbidade e a mortalidade está associada a gravidade da doença 
subjacente.
- Em certas doenças, como hepatite alcoólica ou cirrose biliar primária, os 
teores de bilirrubina estão relacionados, mas não contribuem com a 
mortalidade.
HIPERBILIRRUBINEMIA CONJUGADAHIPERBILIRRUBINEMIA CONJUGADA
LABORATÓRIO NA ICTERÍCIALABORATÓRIO NA ICTERÍCIA
9 Eritrograma para pesquisa de hemólise.
9 Transaminases.
9 Exames sorológicos: HBsAg, Anti-HBc, anti HCV.
9 Fosfatase alcalina e γ-GT.
9 Bilirrubina (conjugada e não conjugada).
9 Álcool sangüíneo ou paracetamol
9 Anticorpos antimitocôndria na suspeita de cirrose biliar primária.
9 Anticorpos anti-núcleo e anticorpos anti-músculo nas suspeitas de hepatite 
autoimune.
9 Ferro nas suspeitas de hemocromatose
9 Cobre nas suspeitas de doença de Wilson
9 Alfa-1 antitripsina em doenças hereditárias hepáticas. 
DETERMINAÇÃO DE BILIRRUBINADETERMINAÇÃO DE BILIRRUBINA
99 Paciente:Paciente: jejum de 8h.
99 Amostra:Amostra: soro.
99 Interferentes:Interferentes:
- Resultados falsamente elevados: Acetazolamida, acido ascórbico, 
anticoncepcionais orais, antimaláricos, aspirina, clindamicina, 
colinérgicos, diuréticos tiazídicos, metanol, ferro, levodopa, penicilina,
teofilina, tetraciclinas, sulfonamidas, etanol, fenilbutazona, etc.
- Resultados falsamente reduzidos: Barbitúricos, cafeína, citrato, 
cloro, corticoesteróides, dicofano, fenobarbital, penicilina, salicilatos,
sulfonamidas, etc.
99 Métodos:Métodos:
- Van Der Bergh e Snapper: uso de diazorreagente de Erlich 
(bilirrubina direta) e álcool (bilirrubina indireta) como acelerador.
- Malloy e Evelyn
- Jendrassik e Grof
- Espectofotometria direta (bilirrubinômetro)
- Enzimático
- HPLC
UROBILINOGÊNIO NA URINA E FEZESUROBILINOGÊNIO NA URINA E FEZES
9 Pela ação da b-glicuronidase no intestino, a bilirrubina é liberada 
dos glicuronídios e, a seguir, por redução, é transformada em:
EstercobilinogênioEstercobilinogênio, , mesobilirrubinogêniomesobilirrubinogênio e e UrobilinogênioUrobilinogênio..
9 Por oxidação espontânea produzem: EstercobilinaEstercobilina, , mesobilinamesobilina e e 
urobilinaurobilina.. Que fornecem cor marron às fezes.
99 ConcentraConcentraçções elevadas:ões elevadas: elevada formação e excreção de 
bilirrubina (ex.: icterícia hemolítica).
99 ConcentraConcentraçções reduzidas:ões reduzidas: doenças hepáticas, obstruções 
intrahepáticas ou extrahepáticas.
99 Valor de Referência:Valor de Referência: 0-4 mg/dia.
AMÔNIAAMÔNIA
9 NH3 – produzida pela desaminação oxidativa de Aa provenientes do 
catabolismo protéico.
9 NH3 em baixas concentrações é um metabólito normal no sangue.
9 Teores elevados – NEUROTÓXICA.
9 A maior parte da NH3 é detoxificada pelas células hepáticas-
URÉIA.
9 Enfermidades hepáticas severas a NH3 não é removida de forma 
eficiente e seus níveis sangüíneo se elevam. 
99 OS TEORES DE OS TEORES DE NH3NH3 NÃO DEPENDEM DOS RINS E SIM DO NÃO DEPENDEM DOS RINS E SIM DO 
FÍGADO, DIFERENTE DOS OUTROS NITROGÊNIOS NÃO FÍGADO, DIFERENTE DOS OUTROS NITROGÊNIOS NÃO 
PROTÉICOS. PROTÉICOS. 
HIPERAMONEMIAHIPERAMONEMIA
9 Aumentos de NH3 são forte indícios de distúrbios da homeostase
do nitrogênio. 
9 Principais causas defeitos congênitos do metabolismo e insuficiência 
hepática.
9 A NH3 plasmática deve ser dosada em todos os pacientes 
letárgicos ou comatosos, cuja causa é incerta. 
99 ENFERMIDADE HEPÁTICA SEVERA:ENFERMIDADE HEPÁTICA SEVERA:
- AGUDA: hepatite viral fulminante, hepatite tóxica e síndrome de 
Reye. 
- CRÔNICA: cirrose.
- ENCEFALOPATIA HEPÁTICA: síndrome neuro-psiquiátrica
complexa. GABA e glutamato estão envolvidos.
99 DEFEITOS CONGÊNITOS DE ENZIMAS DO CICLO DA URDEFEITOS CONGÊNITOS DE ENZIMAS DO CICLO DA URÉÉIA: IA: 
- Retardo mental e problemas comportamentais.
99 FFÁÁRMACOSRMACOS:acetazolamida, asparaginase, diuréticos e 5-fluouracil.
99 OUTRAS CAUSAS:OUTRAS CAUSAS: infecção urinária com micoorganismos
produtores de uréia, insuficiência renal, etc.
DETERMINAÇÃO DE AMÔNIADETERMINAÇÃO DE AMÔNIA
99 Paciente:Paciente: jejum de 8h e abster-se de fumar por 10-12h que 
antecedem a coleta.
99 Amostra:Amostra: plasma heparinizado.
99 Interferentes:Interferentes:
- Resultados falsamente elevados: fumo, dieta rica em proteínas, 
terapia com valproato de sódio, diuréticos, acetazolamida, 
asparaginase, 5- fluoroucil.
- Resultados falsamente reduzidos: uso de kanamicina ou neomicina, 
absorção intestinal diminuída, (uso de lactulose) e hiperornitemia. 
99 Métodos:Métodos:
- Difusão.
- Troca iônica.
- Enzimático.
- Eletrodo íon seletivo.
FOSFATASE ALCALINA (FA)FOSFATASE ALCALINA (FA)
9 Pertence a uma grupo de enzimas relativamente inespecíficas que 
catalisa a hidrólise de vários fosfomonoésteres em pH alcalino.
9 pH ótimo = 10
9 Está amplamente distribuída nos tecidos humanos. Mucosa 
intestinal, fígado, túbulos renais, baço, ossos, leucócitos e placenta.
9 A forma predominante no soro de adultos normais origina-se do 
fígado e esqueleto.
9 Sua exata função é desconhecida.
9 Parece estar associada ao transporte de lipídeos no intestino e com 
processos de calcificação óssea. 
HIPERFOSFATEMIA ALCALINAHIPERFOSFATEMIA ALCALINA
99 OBSTRUÇÃO HEPÁTICA:OBSTRUÇÃO HEPÁTICA: como a enzima está localizada na 
membrana dos canalículos biliares, a enzima está elevada no trato 
biliar. 
- Lesões expansivas: carcinoma hepatocelular primário e matástases.
- Hepatite viral e cirrose.
- Fármacos: amoxilina, antifúngicos, benzodiazepínicos, eritromicina, 
esteróides, anabolizantes, estrógenos, inibidores da ECA, 
sulfoniluérias, antinflamatórios não esteróides.
- Outras desordens: mononucleose infecciosa, colangite e cirrose 
biliar primária.
99 OBSTRUOBSTRUÇÇÃO EXTRAÃO EXTRA--HEPHEPÁÁTICA DAS VIAS BILIARES:TICA DAS VIAS BILIARES: cálculos 
biliares e câncer da cabeça do pâncreas. 
99 DOENÇAS ÓSSEAS: DOENÇAS ÓSSEAS: característico de hiperatividade
osteoblástica.
- Doença de Paget.
- Osteomalácia e raquitismo.
- Hiperparatireoidismo primário e secundário.
- Tumores ósseos osteoblásticos primários ou secundários.
- Fraturas ósseas. 
99 GRAVIDEZ:GRAVIDEZ: devido a placenta ter FA.
9 OUTRAS CAUSAS: pancreatite aguda e crônica, insuficiência renal 
crônica, neoplasias, infarto, septicemia, etc. 
DETERMINAÇÃO DE FOSFATASE ALCALINADETERMINAÇÃO DE FOSFATASE ALCALINA
99 Paciente:Paciente: jejum de 8h. 
99 Amostra:Amostra: soro ou plasma heparinizado.
99 Interferências: Interferências: 
- Resultados falsamente elevados: paracetamol, aspirina, agentes 
antifúngicos, barbitúricos, difenilhidantoina, morfina, 
anticoncepcionais orais e tiazidas.
99 MMéétodostodos: 
- β-glicerofosfato.
- p-nitrofenilfosfato
- 4-nitrofenilfosfato
- α-naftolmonofosfato. 
FOSFATASE ÁCIDA (FAC)FOSFATASE ÁCIDA (FAC)
9 Grupo heterogêneo não específico de fosfatases que exibem pH 
ótimo em torno de 4,5 e 7 e catalisam a hidrólise do monoéster
ortofosfórico produzindo um álcool e um grupo fosfato. 
9 Amplamente distribuída nos tecidos. 
9 Maior atividade na glândula prostática, células osteoblásticas do 
osso, fígado, baço, rins, eritrócitos e plaquetas. 
99 IMPORTÂNCIA CLÍNICA:IMPORTÂNCIA CLÍNICA: diagnóstico e monitorização do câncer 
de próstata. Principalmente pelo emprego da fração prostática.
99 HIPERFOFATEMIA ÁCIDA:HIPERFOFATEMIA ÁCIDA: neoplasia de próstata, hipertrofia 
prostática, benigna, após cirurgia ou terapia antiandrogênica, palpação 
retal. 
DETERMINAÇÃO DE FOSFATASE ÁCIDADETERMINAÇÃO DE FOSFATASE ÁCIDA
99 Paciente:Paciente: não é exigido preparo especial.
99 Amostra:Amostra: soro ou plasma heparinizado.
99 Interferências: Interferências: 
- Resultados falsamente elevados: clofibrato.
- Resultados falsamente reduzidos: etanol e terapia com estrogênio.
99 MMéétodostodos: 
- Timolftaleína monofosfato.
- Inibição pelo L-tartarato.
- α-naftol fosfato.
- Enzima imunoensaio.
GAMAGAMA--GLUTAMILTRANSPERTIDASE (GLUTAMILTRANSPERTIDASE (γγGT)GT)
9 Catalisa a transferência do grupo γ-glutamil de um peptídeo para 
outro peptídeo ou Aa produzindo aminoácidos γ-glutamil e cisteinil-
glicina. 
9 Está envolvida no transporte de Aa e peptídeos através das 
membranas celulares, na síntese protéica e na regulação dos níveis de 
glutatião teciduais. 
9 Encontrada no fígado, vias biliares, rim, intestino, fígado, pâncreas, 
pulmões, cérebro e coração. 
99AUMENTO DE ATIVIDADE:AUMENTO DE ATIVIDADE: enzima no soro é de origem do sistema 
hepatobiliar. 
- OBSTRUÇÃO INTRA-HEPÁTICA E EXTRA-HEPÁTICA: cirrose, 
colestase, icterícia obstrutiva, colangite, colecistite. 
- DOENÇAS HEPÁTICAS RELACIONADAS AO ÁLCOOL. 
- HEPATITE INFECCIOSA.
- NEOPLASMAS.
- ESTEATOSE HEPÁTICA.
- FIBROSE CÍSTICA (mucoviscidose).
- CÂNCER PROSTÁTICO
- OUTRAS CAUSAS: lúpus eritematoso sistêmico e hipertireoidismo. 
- FÁRMACOS: basbitúricos, antimicrobianos, benzodiazepínicos. 
DETERMINAÇÃO DE GAMA GTDETERMINAÇÃO DE GAMA GT
99 Paciente:Paciente: jejum de 8h. Não deve ingerir álcool 24h antes da prova. 
99 Amostra:Amostra: soro.
99 Interferências: Interferências: 
- Resultados falsamente elevados: fenitoína, fenobarbital, glutemidina, 
metaqualona. 
99 MMéétodostodos: 
- γ-glutamil-p-nitroanilina.
AMINOTRANSFERASES OU TRANSAMINASESAMINOTRANSFERASES OU TRANSAMINASES
9 Já comentado no IAM.
9 DOENÇAS HEPATOBILIARES: lesão hepática aumenta AST e ALT. 
A ALT é encontrada principalmente no citoplasma do hepatócito
enquanto a AST está presente na mitocôndria. 
9 Em dano hepatocelular leve a forma predominante no soro é a 
CITOPLASMÁTICA, enquanto em lesões graves há liberação da 
enzima mitocondrial, elevando a relação AST/ALT. 
9 Hepatite viral aguda: TG aumentam 1 a 2 semanas antes do 
aparecimento dos sintomas. Atividade máxima entre 7-12° dia, 
declinando entre a 3 e 5° semana, logo após o desaparecimento dos 
sintomas. Na fase aguda a ALT (TGP) geralmente apresenta atividade 
maior que a AST (TGO). Relação AST/ALT menor que 1. 
9 Outras hepatites: auto-imunes, B e C.
9 Cirrose: a atividade da AST (TGO) geralmente é maior que a da ALT 
(TGP). Relação AST/ALT maior que 1. 
9 Mononucleose infecciosa.
9 Colestase extra-hepática aguda. 
PATOLOGIAS HEPÁTICASPATOLOGIAS HEPÁTICAS
99 HEPATITE:HEPATITE: inflamação do fígado provocada por infecções, toxinas 
e outras causas de lesões e necrose hepatocelulares.
‰ HEPATITE VIRAL: Pode ser do tipo A,B,C,D,E. ( F,G,H, estão em 
pesquisa.).
‰ HEPATITE POR AGENTES TÓXICOS: Barbitúricos tricíclicos, 
antiepilépticos, quimioterápicos (vincristina, actinomicina D).
‰ HEPATITE POR OUTRAS VIROSES: Citomegalovírus (CMV), 
Epstein-baar vírus (EBV), Vírus da herpes simples (HSV).
99 CIRROSECIRROSE: Formação de nódulos e fibroses. Alcoolismo, carência 
alimentar, hepatites e colestases extrahepáticas.
99 COLESTASES:COLESTASES: É a obstrução ou impedimento da descarga de bile
no duodeno. 
Colestase Extra-Hepática: BENIGNA- cálculos, áscaris, estenoses.
MALÍGNA: câncer de vesícula, pâncreas, colédoco.
Colestase Intra-Hepática: METABÓLICA: drogas, cirrose, hepatite.
MECÂNICA: cálculos, tumores intra hepáticos.
Hepatite
Cirrose
Fígado com hepatite
FUNÇÃO PANCREÁTICAFUNÇÃO PANCREÁTICA
9 Pâncreas normal secreta cerca de 1500 mL de líquido por dia. 
9 Mais de 90% do líquido protéico é constituído de pró enzimas ou
enzimas que passam quase que inteiramente para o duodeno. 
9 Somente uma pequena fração dessas enzimas alcança o sangue.
9 As de maior interesse clínico são: AMILASE e LIPASE e TRIPSINA
ENZIMAS PANCREÁTICASENZIMAS PANCREÁTICAS
• PÂNCREAS → glândula mista
• endócrina 
• exócrina
• 2 tipos de secreção: 
• aquosa → volume alcalino [ HCO3-] 
• Protéica → enzimas digestivas
• amilolíticas→ amilase (ptialina)• lipolíticas→ lipases
• proteolíticas → tripsina e quimotripsina
AMILASEAMILASE
9 Enzima da classe hidrolase que normalmente atua extracelularmente 
para clivar o amido e glicogênio ingeridos na dieta.
9 AMIDO – forma de armazenamento de glicose em vegetais. 
Constituído de amilose (não ramificado) e amilopectina (ramificado).
9 GLICOGÊNIO: forma de armazenamento de glicose em animais. 
Estrutura simlar a da amilopectina, mas é mais ramificado. 
9 A α-amilase catalisa a quebra da ligação α1 4 da amilose, 
amilopectina e glicogênio, liberando maltose e isomaltose. Não quebra 
ligações α 1 6. 
9 A amilase sérica é secretada, principalmente, pelas glândulas 
salivares (forma S) e células acinares do pâncreas (forma P). É 
secretada no trato intestinal por meio do ducto pancreático.
9 As glândulas salivares secretam amilase que inicia a hidrólise do 
amido presente nos alimentos na boca e esôfago. 
9 Essa ação é desativada pelo conteúdo ácido do estômago.
9 No intestino a ação da amilase pancreática é favorecida pelo meio 
alcalino presente no duodeno.
9 Atividade de amilase é também encontrada no sêmem, testículo, 
ovários, tubos de Fallopio, músculo estriado, pulmões, tireóide, 
amídala, leite, suor, lágrimas e tecido adiposo. 
9 A amilase tem massa molecular de 40.000 a 50.000 dáltons, sendo 
facilmente filtrada pelo glomérulo renal. 
HIPERAMILASEMIA: PANCREATITE AGUDAHIPERAMILASEMIA: PANCREATITE AGUDA
9 Distúrbio inflamatório agudo do pâncreas associado ao edema, 
intumescência e quantidades variadas de autodigestão, necrose e, em 
alguns casos, hemorragia.
9 Pacientes têm dor abdominal é constante e intensa e de localização 
epigástrica com irradiação posterior para o dorso. 
9 Os níveis de amilase da forma P aumentam 2-12h do início do 
episódio de dor abdominal. 
9 A atividade de amilase retorna ao normal entre o 3 e 4° dia.
9 Os valores máximos são 4 a 6 X maiores que os valores de 
referência e são atingidos entre 12-72h. 
9 A magnitude de elevação não se relaciona com a severidade do 
evento pancreático. 
9 20% de todos os casos apresentam amilase normal. 
99 Outros testes laboratoriais:Outros testes laboratoriais: amilase urinária, depuração da 
amilase, avaliação da isoenzimas da amilase, lipase sérica.
9 Amilase urinária está freqüentemente aumentada na amilasemia. 
Seus valores permanecem aumentados por mais tempo.
99 Outros sinais:Outros sinais: no momento do diagnóstico a contagem de 
leucócitos aumentada, glicemia aumentada (maior que 200 mg/dL), 
LDH 2X o normal, ALT 6X o normal. Durante as primeiras 48h:
hematócrito diminuído, cálcio sérico diminuído, pO2 maior que 60 
mm/Hg. 
HIPERAMILASEMIA: OUTRAS CAUSASHIPERAMILASEMIA: OUTRAS CAUSAS
9 Complicações da pancreatite aguda: pseudocisto complicado por 
hemorragia, ascites e efusão pleural.
9 Lesões traumáticas do pâncreas: trauma cirúrgico e investigações 
radiográficas.
9 Cálculo ou carcinoma de pâncreas: obstrução dos ductos 
pancreáticos.
9 Abscesso pancreático: amilasemia aumenta ocasionalmente. 
HIPERAMILASEMIA NÃO PANCREÁTICA HIPERAMILASEMIA NÃO PANCREÁTICA 
9 Insuficiência renal: por declínio da depuração. Aumentos são 
proporcionais à extensão do comprometimento renal. 
9 Neoplasias de pulmão, ovário, mama e cólon.
9 Síndrome de Meigs: associação de ascite, efusão pleural e fibroma 
de ovário. 
9 Lesões das glândulas salivares: caxumba ou cirurgia maxilofacial. 
9 Macroamilasemia: encontradas em 1-2% da população como 
resultado da combinação da molécula de amilase com imunoglobulinas 
(IgA e IgG) ou outras proteínas plasmáticas normais ou anormais para 
formar um complexo muito grande para ser filtrado pelo glomérulo. 
Nesse evento não ocorre amilasúria aumentada e não indica doença. 
HIPERAMILASEMIA POR DESORDENS DE ORIGEM HIPERAMILASEMIA POR DESORDENS DE ORIGEM 
COMPLEXACOMPLEXA
9 Possui mecanismo desconhecido ou incerto. 
9 Doença do trato biliar: colecistite aguda com aumento de até 4X os 
valores de referência.
9 Eventos intra-abdominais (não pancreáticos): úlcera péptica 
perfurada, obstrução intestinal, infarto mesentérico, peritonite, 
apendicite aguda, gravidez ectópica rompida, aneurismas aórticos e 
oclusão mesentérica. 
9 Trauma cerebral: pode estar associada com trauma das glândulas 
salivares e/ou abdominais.
9 Queimaduras e choques traumáticos: eleva a amilase pancreática.
9 Hiperamilasemia pós-operatória: ocorre em 20% dos pacientes 
submetidos a intervenções cirúrgicas, incluindo procedimentos extra-
abdominais.
9 Cetoacidose diabética: presente em 80% dos pacientes, sendo mais 
freqüente quando os teores de glicemia estão acima de 500 mg/dL. 
Aumenta as formas S e P. 
9 Transplante renal: 1/5 dos pacientes apresentam hiperamilasemia. 
9 Alcoolismo agudo.
9 Pneumonia e enfermidades não neoplásicas. Aumenta a S.
9 Fármacos: opiatos e heroína por constrição do esfíncter de Oddi e 
ductos pancreáticos, com conseqüente elevação da pressão 
intraductal, provocando regurgitação da amilase para o soro. 
AMILSASE URINÁRIAAMILSASE URINÁRIA
99 HIPERAMILASÚRIA: HIPERAMILASÚRIA: reflete elevações séricas da amilase.
9 Atividade da amilase urinaria é detectada em amostras de urina de 
1h ou de 24h.
9 Na pancreatite aguda a reabsorcão tubular da amilase está 
diminuída, provavelmente secundária a competição com outras 
proteínas de baixa massa molecular.
9 A hiperamilasúria ocorre também em quase todas as situações que 
elevam a amilase sérica. 
DEPURAÇÃO DA AMILASEDEPURAÇÃO DA AMILASE
9 A relação entre a depuração renal da amilase e a depuração de 
creatinina é útil no diagnóstico diferencial da pancreatite aguda.
9 A depuração da amilase é, geralmente, maior do que a depuração da 
creatinina, causando elevação na relação. 
9 O mecanismo é em parte atribuído a um distúrbio na reabsorção 
tubular da amilase.
9 As determinações de amilase e creatinina séricas são realizadas em 
amostras obtidas ao mesmo tempo da coleta de urina.
9 A comparação entre as 2 depurações permite corrigir as alterações 
na velocidade de filtração glomerular, condição também encontrada na 
insuficiência renal severa. 
9 O cálculo dessa relaçõ pode diferenciar a macroamilasemia de 
outras causas de hiperamilasemia.
9 Em função do tamanho do complexo de macroamilase sua depuração 
renal é reduzida, fornecendo valores baixo de 1%. 
DETERMINAÇÃO DE AMILASEDETERMINAÇÃO DE AMILASE
99 Paciente:Paciente: não é exigido preparo especial.
99 Amostra:Amostra: soro sem hemólise e não lipêmico. A atividade amilásica
requer cálcio e cloretos como co-fatores, assim, quelantes como 
citrato, oxalato, EDTA são impróprios para essa análise. Urina de 1 ou
24h sem conservantes. 
99 Interferentes:Interferentes:
- Falsos aumentados: aspirina, grandes quantidades de etanol, 
analgésicos narcóticos, anticoncepcionais orais, colinérgicos, 
contrastes radiográficos.
- Falsos reduzidos: glicose e fluoretos. 
9 Métodos: 
- Aminoclásticos (iodométricos): baseada na capacidade do iodo 
formar cor azul intensa com o amido. Após a ação da amilase sobre o 
substrato de amido em tempo determinado, a cor azul é medida 
fornecendo a quantidade de polissacarídeo remanescente. É eficiente 
e rápido. 
- Sacarogênicos.
- Ensaios cromolíticos.
- Monitoração contínua.
- Turbidimétricos. 
LIPASELIPASE
99 LIPASE:LIPASE: enzima altamente específica que catalisa a hidrólise dos 
ésteres de glicerol de ácidos graxos de cadeia longa triglicerídeos) em 
presença de sais biliares e um cofator, a colipase. 
9 As ligações ésteres nos carbonos 1 e 3 são preferencialmente 
rompidas, produzindo 2 móis de ácidos graxos de cadeia longa e 1 mol 
de triglicerídeo hidrolisado. 
9 Tanto a lipase quanto a colipase são sintetizadas pelas células 
acinares do pâncreas.
9 A lipase também é encontrada na mucosa intestinal, leucócitos, 
células do tecido adiposo, língua e leite.HIPERLIPASEMIAHIPERLIPASEMIA
9 Medida de atividade da lipase no soro, plasma, líquido ascítico e 
pleural é usada para diagnóstico de dosagens pancreáticas, geralmente 
pancreatite aguda. 
9 Os níveis de lipase são normais nos casos de envolvimento de 
glândulas salivares. 
99 PANCREATITE AGUDA:PANCREATITE AGUDA: lipase aumenta entre 4-8 após o início do 
quadro, atingindo pico máximo em 24h. Os valores voltam ao normal 
entre 8-14 dias. Geralmente os aumentos são paralelos ao da amilase, 
mas os níveis podem se aumentar antes da amilase. A atividade lipásica
não é necessariamente proporcional a severidade do ataque. 
99 COMPLICAÇÕES DA PANCREATITE AGUDA:COMPLICAÇÕES DA PANCREATITE AGUDA: a pancreatite aguda 
pode produzir líquido ascítico ou líquido pleural, ou ambos. 
99 PANCREATITE CRÔNICA:PANCREATITE CRÔNICA: nos últimos estágios da enfermidade 
resulta em diminuição da quantidade da enzima na circulação.
99 DESORDENS INTRADESORDENS INTRA--ABDOMINAIS AGUDAS:ABDOMINAIS AGUDAS: o diagnóstico de 
pancreatite às vezes é dificultado por outras desordens abdominais 
com achados clínicos similares: úlceras duodenais ou gástricas 
perfuradas, obstrução intestinal mesentérica e colecistite aguda. 
99 ENFERMIDADE RENAL AGUDA OU CRÔNICA:ENFERMIDADE RENAL AGUDA OU CRÔNICA: aumento da 
atividade lipásica não é tão freqüente e pronunciado como a atividade 
da amilase.
99 OBSTRUÇÃO DO DUCTO PANCREÁTICO:OBSTRUÇÃO DO DUCTO PANCREÁTICO: por cálculo ou 
carcinoma de pâncreas pode elevar a atividade da lipase sérica, 
dependendo da obstrução e a quantidade de tecido lesado. 
DETERMINAÇÃO DE LIPASEDETERMINAÇÃO DE LIPASE
99 Paciente:Paciente: não é exigido cuidados especiais.
99 Amostra:Amostra: soro isento de hemólise.
99 Interferentes:Interferentes: falsos aumentados- codeína, heparina, morfina,.
99 Métodos:Métodos: enzima atua na interface éster-água. Os substratos para 
o ensaio devem ser emulsões.
- Titulometria.
- Turbidimetria.
- Enzimático: a lipase hidrolisa o substrato contendo TG produzindo 
glicerol livre que e quantificado por diferentes métodos. 
TRIPSINATRIPSINA
99 TRIPSINA: TRIPSINA: enzima proteolítica produzida no pâncreas, na forma 
precursora de tripsinogênio inativo. 
9 O tripsnogênio é transformado em tripsina no duodeno pela 
enteroquinase. 
9 A tripsina está presente nas fezes de crianças pequenas, com 
redução dos teores em crianças maiores e em adultos, em virtude da 
destruição da tripsina pelas bactérias intestinais. 
9 A ausência de tripsina nas fezes é encontrada em pacientes com 
insuficiência pancreática, fibrose cística avançada, má absorção em 
crianças e pancreatite crônica. 
METABOLISMO MINERAL E ÓSSEOMETABOLISMO MINERAL E ÓSSEO
‰ Tecido ósseo é composto por: sais minerais orgânicos e matriz orgânica.
‰‰ SAIS MINERAIS INORGÂNICOS CRISTALINOS:SAIS MINERAIS INORGÂNICOS CRISTALINOS: 75% do peso seco.
9 Compostos por fosfato de cálcio e carbonato de cálcio. Pequenas
quantidades de magnésio, sódio, potássio, hidróxido, fluoreto, estrôncio, 
zinco, rádio, cloreto e sulfato. 
‰‰ MATRIZ ORGÂNICA:MATRIZ ORGÂNICA: 25% do peso seco.
9 Formado 94% de fibras de colágeno, com elevado conteúdo de Aa prolina
e hidroxiprolina, 5% de substância básica que incluem líquido extracelular, 
albumina, mucoproteína, sulfato de condroitina, ácido hialurônico, 
osteocalcina, lipídeos e pequenos peptídeos além de 1% de citrato. 
‰ Mesmo na vida adulta o osso está em estado dinâmico.
‰ Os processos de formação e de reabsorção óssea são controlados por 
várias influências hormonais e metabólicas. 
‰ O osso é formado pela ação de osteócitos e osteoclastos, cuja a 
atividade é refletida no nível de fosfatase alcalina no soro. 
CÁLCIOCÁLCIO
‰ O cálcio está presente em três compartimentos:
- Esqueleto (na forma de hidroxiapatita: rede cristalina formada de cálcio, 
fósforo e hidróxido). 99% do cálcio do corpo. 
- Tecidos moles
- Líquido extracelular
- Cálcio presente no líquido extracelular é muito pequena em relação ao 
armazenado nos osso. 
‰‰ FUNÇÕES FISIOLÓGICAS DO CÁLCIO:FUNÇÕES FISIOLÓGICAS DO CÁLCIO:
9 Cálcio intracelular: transmissão neural, relaxamento do músculo 
esquelético e cardíaco; regulação do cAMP; regulação de muitas funções 
das organelas celulares.
9 Cálcio extracelular: mineralização óssea, coagulação sangüínea, 
manutenção de potencial de membrana.
9 Cálcio do esqueleto: principal armazenamento e mobilização de cálcio 
para o “pool” extracelular e intracelular. Osso é constantemente
remodelado. 
9 Parte do cálcio ingerido é absorvido por um processo ativo, 
principalmente no duodeno e é favorecido em pH ácido. A vitamina D é 
essencial nesse processo. 
‰ O cálcio existente no plasma humano normal apresenta-se sob 3 
formas distintas. 
9 Cálcio não ionizado (40-45% do total): fração não-difusível consiste, 
em grande parte em Ca2+ ligado às proteínas plasmáticas, 
especialmente, à albumina.
9 Cálcio ionizado livre (45-50% do total): é a forma fisiologicamente 
ativa. Regulado pelo paratormônio (PTH).
9 Cálcio complexado (5-10% do total): ligado a ânions- citrato, 
fosfato, lactato, bicarbonato e outros íons. 
‰ As distribuições relativas das 3 formas são modificadas como 
resultado de variação no pH sangüíneo ou do teor de proteínas 
plasmáticas.
‰ A manutenção da homeostase do cálcio envolve a participação de 3 
órgãos maiores : intestino delgado, rins e esqueleto. 
REGULAÇÃO DO METABOLISMO DO CÁLCIOREGULAÇÃO DO METABOLISMO DO CÁLCIO
‰ O nível de cálcio no líquido extracelular e a integridade do conteúdo 
de minerais ósseos são mantidos homesotaticamente durante anos de 
ingestão variável de cálcio, através de um equilíbrio eficaz entre 
foemação e distribuição óssea e a absorção e excreção do cálcio.
‰ Vários compostos estão envolvidos na regulação do cálcio 
plasmático, e geralmente afetam os níveis de potássio também. 
‰ Os níveis de calcemia são controlados por um sistema complexo de 
“feedback” que envolve:
9 Hormônio paratireoideo (PTH)
9 Vitamina D
9 Calcitonina
9 Hormônios tireóideos, esteródes adrenais, prostaglandinas, fator
ativador dos osteoclastos.
9 Proteína PTH-relacionada – proteína humoral que atua sobre o 
esqueleto para aumentar a reabsorção óssea e sobre o rim para 
diminuir a excreção do cálcio.
principais
¾¾ Hormônio paratireoideo (PTH):Hormônio paratireoideo (PTH):
9 Rins:
– Eleva a reabsorção tubular do cálcio pelo cAMP.
– Reduz a reabsorção do fosfato, sódio e íons bicarbonato nos 
túbulos proximais.
– Estimula a produção de 1,25-diidroxicolecalciferol pelos rins: 
aumenta a reabsorção do cálcio e inibe a reabsorção do fosfato.
9 Ossos: o PTH aumenta a calcemia por retirada do cálcio ósseo.
- Efeito total do PTH: aumento do cálcio ionizado plasmático e 
redução da fosfatemia.
- O excesso prolongado de PTH está associado à hipercalcemia, 
hipofosfatemia e aumento da fosfatase alcalina (estimulação dos 
osteoblastos).
- Deficiências prolongadas de PTH (hipoparatireoidismo) promove a
hipocalcemia e hiperfosfatemia.
¾¾ Calcitonina:Calcitonina:
- É um polipeptídio produzido e secretado pelas células 
parafoliculares da tireóide (células C) e, em menor grau, pelas 
paratireóides, timo e medula supra-renal.
- Eleva sua secreção nos aumentos do cálcio ionizado.
- Mecanismo de ação no osso: inibe a reabsorção óssea 
osteoclástica reduzindo a perda de cálcio e fósforo do osso.
- Inibe a reabsorção do cálcio e fósforo pelos túbulos renais.
¾¾ Vitamina D:Vitamina D:
9 O 1, 25-diidroxicolecalciferol (calcitrol) – forma ativa da 
vitamina D:
– Estimula a absorção do cálcio e fósforo no intestino delgado.
– Aumenta a mobilização do cálcio do osso.
– Eleva a reabsorção renal do cálcio e fósforo.
9 O efeito total é o aumento plasmático do fósforo, do cálcio total 
e ionizado.
HIPERCALCEMIAHIPERCALCEMIA
‰‰ HIPERCALCEMIA:HIPERCALCEMIA: existência de cálcio sérico total acima de10,5 
mg/dL em adultos. 
‰ A elevação cálcio plasmático é um problema sério que pode levar a 
enfermidade renal, arritmia cardíaca e mau estado geral. 
‰ A elevação dos teores de cálcio podem provocar: náusea, vômito, 
alterações do “status” mental, dor abdominal, constipação, letargia, 
depressão, fraqueza, poliúria, dor de cabeça.
‰ Elevações severas de cálcio pode causar coma.
‰‰ MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS:MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: a maioria dos pacientes são 
assintomáticos (60%). Os sinais e sintomas não são específicos. 
- Hipertensão e bradicardia (não específicas para a hipercalcemia).
- Pode existir pancreatite ou úlcera.
- Anorexia, náusea, poliúria, desidratação, letargia, torpor, coma.
- Fraqueza muscular proximal em hipercalcemias prolongadas.
‰‰ CAUSAS:CAUSAS: hiperparatireoidismo primário, doenças malignas, 
desordens granulomatosas, neoplasmas, agentes farmacológicos, etc.
99 Hiperparatireoidismo primário:Hiperparatireoidismo primário:
- Produção autonôma de PTH em ausência de estímulo fisiológico 
apropriado – a elevação da calcemia é devida ao aumento da absorção 
intestinal do cálcio mediado pelo PTH que induz a síntese da 1,25-
diidroxivitamina D.
- Elevação da calcemia resulta em aumento na filtração renal do cálcio. 
Mas, devido a absorção do cálcio no túbulo distal mediada pelo PTH, 
menos cálcio é excretado.
- Na hipercalcemia mediada pelo PTH, os ossos não exercem papel 
ativo pois a maioria da lise óssea nos osteoclastos (mediado pelo PTH) 
é compensada pela deposição óssea induzida pela hipercalcemia.
- A hipercalcemia no hiperparatireoidismo pode permanecer moderada 
por longos períodos porque alguns adenomas da paratireóide 
respondem ao “feedback” gerado pelos níveis de cálcio.
- No hiperparatireoidismo encontram-se: hipercalcemia, 
hipofosfatemia, fosfatase alcalina aumentada.
99 Doenças malignas: Doenças malignas: diferente da hipercalcemia mediada pelo PTH, a 
elevação do cálcio nas doenças malignas geralmente continua se 
agravando até que a terapia seja iniciada. É resultante do aumento da 
atividade osteoclástica óssea. Resulta de dois mecanismos:
– Metástase osteolítica de tumores sólidos.
– Doenças malignas causadas pela Proteína PTH relacionada (o gene
dessa proteína está presente em muitos tecidos malignos).
99 Desordens granulomatosas:Desordens granulomatosas: elevados teores de 1, 25-
diidroxivitamina D podem ser encontrados em pacientes com 
sarcoidose e outras doenças granulomatosas. Nessas desordens, o 
aumento dos níveis de 1, 25-diidroxivitamina D resulta da produção no 
interior dos macrófagos, que constitui a maior porção de alguns 
granulomas.
99 Neoplasmas (nãoNeoplasmas (não--paratireóideo) :paratireóideo) : presentes nas metástases 
ósseas devido a câncer de mama, mieloma múltiplo e doenças malignas 
hematológicas. O câncer de mama é o mais comum dos neoplasmas 
responsáveis pela hipercalcemia.
99 Não metastáticos (humoral induzidos)Não metastáticos (humoral induzidos):: ovário, pulmão, cabeça e 
pescoço, esófago, cérvix, doença linfoproliferativa, neoplasia 
endócrina múltipla, feocromocitoma, hepatoma.
99 Agentes farmacológicos:Agentes farmacológicos: tiazida, carbonato de cálcio (anti-ácido), 
hipervitaminose D, hipervitaminose A, lítio, síndrome leite-álcalis, 
teofilina.
99 Endocrinopatias:Endocrinopatias: hipertireoidismo, insuficiência adrenal, 
feocromocitoma.
99 HipercalciúriaHipercalciúria--hipercalcemia familiar:hipercalcemia familiar: doença rara transmitida por 
gene dominante autossômico.
99 Outras causas:Outras causas: imobilização, hipofosfatasia, hiperparatireoidismo 
infantil primário, AIDS, doença hepática avançada.
LABORATÓRIO NA HIPERCALCEMIALABORATÓRIO NA HIPERCALCEMIA
‰‰ Determinação do cálcio:Determinação do cálcio: alterações nos teores das proteínas 
séricas modificam a concentração do cálcio total mas não afetam a 
fração não ligada. O cálcio total representa o cálcio ligado e o não 
ligado, portanto, quando os teores estão aumentados ou reduzidos, 
deve-se calcular o teor verdadeiro de cálcio:
Cálcio total corrigido (mg/dL) = (cálcio total medido mg/dL) +
0,8 (4,4 – albumina medida g/dL)
‰ O valor 4,4 representa a média de albumina sérica normal.
‰ Como as causas mais comuns de hipercalcemia são doenças malignas, 
hiperparatireoidismo ou hipertireoidismo, a avaliação deve inciar com:
– PTH circulante
– Peptídio PTH-relacionado (PTHrP)
– Metabólitos da vitamina D
– Outros eletrólitos: fósforo, cloretos.
TRATAMENTO DA HIPERCALCEMIA TRATAMENTO DA HIPERCALCEMIA 
‰ Hidratar adequadamente o paciente (salina).
‰ Aumentar a excreção urinária do cálcio.
‰ Inibir a atividade osteoclástica no osso.
‰ Tratamento da causa subjacente (quando possível).
HIPOCALCEMIAHIPOCALCEMIA
‰ A hipocalcemia deve ser examinada sob a luz das variáveis que 
afetam fisiologicamente o cálcio ionizado ativo, principalmente, em 
relação ao teor de proteínas plasmáticas (albumina) e pH sangüíneo.
‰‰ HISTÓRIA CLÍNICA:HISTÓRIA CLÍNICA: Cãimbras, respirações curtas secundárias 
ao broncoespasmo, contrações tetânicas, insensibilidade das 
extremidades distais, sensações de enformigamento.
‰ Manifestações crônicas incluem catarata, pele seca, unhas 
quaebradiças, psoriasis e dentição pobre.
‰‰ CAUSAS:CAUSAS:
9 Hipoalbuminemia: causa mais comum de hipocalcemia. Pode ser 
causada por: cirrose, nefrose, desnutrição, queimaduras, doença 
crônica, septicemia.
9 Hipomagnesemia: promove resistência ao PTH e inibe o mecanismo 
de “feedback” hipocalcêmico. As causas de hipomagnesemia são: 
pancreatite, tratamento aminoglicosídico, amfotericina B, diuréticos 
de alça, alcoolismo, desnutrição.
9 Hiperfosfatemia: pacientes críticos e que ingeriram enemas 
contendo fosfatos. O fosfato se liga fortemente ao cálcio, causando 
hipocalcemia aguda.
9 Causas multifatoriais:
- Pancreatite aguda: os ácidos graxos quelam o cálcio, causando 
saponificação no retroperíneo.
- Rabdomiólise: aumenta o fósforo do lactato e bicarbonato que 
quelam o cálcio.
- Septicemia causa hipocalcemia.
- Níveis aumentados de calcitonina baixam o cálcio.
- Malignidade: metástases osteoblásticas (câncer de mama, câncer de 
próstata) e síndrome de lise tumoral baixam o cálcio por diferentes 
mecanismos.
- Insuficiência hepática ou renal: calciurese, hipomagnesemia, 
hipoalbuminemia, níveis reduzidos de vitamina D ativa.
- Doença infiltrativa: sarcoidose, tuberculose e hemocromatose pode 
infiltrar na paratireóide. 
- Aumento da ligação protéica em pH elevado e na liberação de ácidos 
graxos devido a elevação das catecolaminas.
- Elevada quelação aniônica: fosfatos aumentados- insuficiência renal, 
rabdomiolise, isquemia mesentérica, administração oral de enemas
contendo fosfatos; citrato elevado: transfusão sangüínea massiva, 
corantes de radiocontraste; níveis elevados de bicarbonato, lactato e 
oxalato.
9 Fármacos: calcitonina e bifosfonatos; fenobarbital e dilantina 
aumentam o catabolismo da vitamina D e reduz a reabsorção do cálcio 
no intestino; fluoreto quela o cálcio e causa hipocalcemia profunda; 
estrogênio inibe a reabsorção óssea; alumínio e álcool suprime o PTH.
LABORATÓRIO NA HIPOCALCEMIALABORATÓRIO NA HIPOCALCEMIA
‰ Hipocalcemia: cálcio total abaixo de 8,5 mg/dL ou nível de cálcio 
ionizado <1,0 mmol/L.
‰ Resultados falsamente elevados: níveis altos de paracetamol 
(acetaminofen), hidrazalina, etanol e hemólise.
‰ Resultados falsamente reduzidos: heparina, oxalato, citrato ou 
hiperbilirrubinemia.
‰ Uréia e creatinina aumentados podem indicar disfunção renal.
DETERMINAÇÃO DE CÁLCIODETERMINAÇÃO DE CÁLCIO
‰‰ Paciente:Paciente: jejum de 8h. 
‰‰ Amostra:Amostra: soro ou plasma heparinizado, urina de 24h. 
‰‰ Interferentes:Interferentes:
- Falsos aumentados: hemólise, desidratação ou hiperproteinemia. 
- Falsos reduzidos: hipovolemia dilucional, administração de NaCl por 
via endovenosa 2 dias antes da coleta. 
‰‰ Métodos:Métodos: 
- O-Cresoftaleína
- Espectroscopia de absorção atômica.
- Diluição isotópica. 
- Arsenzo III
FÓSFOROFÓSFORO
‰ O fósforo é o sexto elemento mais abundante do organismo.
‰ É crítico na mineralização do osso, na estrutura celular, no código 
genético e metabolismo energético.
‰ Regulação do transporte do oxigênio através da síntese da 2,3-
difosfoglicerato (2,3-DPG) nos eritrócitos.
‰ Atua como tampão no plasma e urina.
‰ Participa do processo de fosforilação.
‰ Está presente virtualmente em todos os alimentos. A média de 
consumo por adultos é 800-1500 mg/dia dos quais cerca de 70% é 
absorvido principalmente pelo jejuno e o restante é excretado pelas 
fezes no intestino delgado.
‰‰ DISTRIBUIÇÃO DE FÓSFORO:DISTRIBUIÇÃO DE FÓSFORO:
9 Fósforo intracelular (15% do total). Fonte de alta energia como o 
ATP que mantém a contractilidade muscular, função neurológica e 
transporte eletrolítico.
9 Fósforo no esqueleto (80-90% do total). Juntamente com o cálcio, é 
o principal componente da hidroxiapatita.
9 Fósforo extracelular (1% do total). Fornece o substrato para a 
mineralização dos ossos.
‰ Níveis elevados de fosfato ocasionalmente precipitam na forma de 
cristais de fosfato de cálcio com formação de cálculos nos rins e 
bexiga. 
‰ A homeostasia do fósforo é mantida por diversos mecanismos.
‰ Os órgãos envolvidos são: intestino delgado, rins e esqueleto.
‰ Ao redor de 2/3 do fósforo ingerido é absorvido pelo jejuno e o 
restante é excretado pelas fezes.
‰ Os níveis séricos de fósforo são inversamente proporcionais aos de 
cálcio sérico.
‰‰ Hormônio paratireóideo (PTH)Hormônio paratireóideo (PTH) libera cálcio e fósforo para a 
circulação, mas como a reabsorção tubular do fósforo é inibida, o nível 
de fósforo não se eleva, provocando o aumento do cálcio sangüíneo.
‰‰ Vitamina DVitamina D aumenta a reabsorção óssea e absorção do lúmem 
intestinal. Eleva também, a reabsorção tubular de fósforo.
‰‰ Hormônio de crescimento (GH)Hormônio de crescimento (GH) regula a absorção intestinal e a 
reabsorção renal de Ca e P.
HIPERFOSFATEMIAHIPERFOSFATEMIA
‰ Os níveis séricos são maiores de 5 mg/dL em adultos ou 7 mg/dL em 
crianças e adolescentes.
‰‰ CAUSAS:CAUSAS:
9 O equilíbrio entre o fósforo do compartimento intracelular e 
extracelular, e entre o osso e outros tecidos pode ser influenciado por 
vários fatores.
9 Insuficiência renal (aguda ou crônica) – causa mais comum.
9 Catabolismo aumentado ou ferimento. Rabdomiólise, trauma, 
queimaduras, esmagamento, choque, exercícios exaustivos, imobilização 
prolongada, hipertermia maligna, hipotermia, hemólise massiva, infecções 
severas, intestino isquêmico.
A hiperfosfatemia causa hipocalcemia
pela precipitação de cálcio, redução na 
produção de vitamina D e o 
impedimento da reabsorção óssea 
PTH-óssea
9 Endocrinopatias. Hipoparatireoidismo, pseudohipoparatireoidismo, 
acromegalia, tirotoxicose, deficiência de glicocorticóide.
9 Envenenamento, administração ou ingestão excessiva. Terapia 
bifosfonatos, intoxicação por vitamina D, ingestão ou administração de 
sais de fosfato (laxantes orais/retáis, enemas, fosfato intravenoso), 
queimaduras por fósforo branco, síndrome leite-álcali, transfusão com 
sangue envelhecido.
9 Neoplasma. Leucemia, linfoma, tumores ósseos, lise tumoral após 
quimioterapia.
9 Acidose. Acidose respiratória aguda, acidose láctica, cetoacidose 
diabética, cetoacidose alcoólica.
9 Alcalose.
9 Outras. Calcinose tumoral, hiperostose cortical, síndrome 
hiperfosfatemia intermitente familiar, hiperbilirrubinemia (causa 
controversa).
LABORATÓRIO NA HIPERFOSFATEMIALABORATÓRIO NA HIPERFOSFATEMIA
‰ Fosfato sérico: >5 mg/dL em adultos e >7 mg/dL para crianças e 
adolescentes.
‰ Cálcio sérico.
‰ Eletrólitos (Na, K, Cl)
‰ Uréia e creatinina
‰ Magnésio sérico (pode estar reduzido)
‰ Hemólise ou hiperlipidemia no soro pode provocar teores séricos de 
fósforo falsamente elevados.
HIPOFOSFATEMIAHIPOFOSFATEMIA
‰ A redução do fosfato pode comprometer diferentes órgãos de 
forma isolada ou combinada.
‰ Devido ao papel crítico exercido pelo fósforo em cada célula, tecido 
e órgão, se explica a natureza sistêmica dos danos causados pela
hipofosfatemia.
‰ Valores de referência para o fósforo: 2,5 a 5 mg/dL.
‰ Hipofosfatemia discreta: 2 a 2,5 mg/dL.
‰ Hipofosfatemia moderada: 1 a 2 mg/dL.
‰ Hipofosfatemia severa: <1,0 mg/dL.
‰ A redução do fosfato pode comprometer diferentes órgãos de 
forma isolada ou combinada.
‰ Devido ao papel crítico exercido pelo fósforo em cada célula, tecido 
e órgão, se explica a natureza sistêmica dos danos causados pela
hipofosfatemia.
‰ Valores de referência para o fósforo: 2,5 a 5 mg/dL.
‰ Hipofosfatemia discreta: 2 a 2,5 mg/dL.
‰ Hipofosfatemia moderada: 1 a 2 mg/dL.
‰ Hipofosfatemia severa: <1,0 mg/dL.
‰‰ Hipofosfatemia é causada por:Hipofosfatemia é causada por:
9 Deslocamento do fósforo do espaço intracelular para o espaço 
extracelular.
9 Aumento da excreção urinária de fosfato.
9 Redução da absorção do fosfato urinário.
9 A hipofosfatemia pode ser transitória pelo deslocamento moderado 
de fosfato para o interior das células e com conseqüências clínicas 
mínimas. Pode também refletir um profundo estado de depleção do 
fosfato do organismo com seqüelas significantes.
9 Alcoolismo crônico.
9 Cetoacidose diabética.
9 Ingestão crônica de antiácidos ligadores de fosfato.
9 Pacientes com nutrição parenteral e com suplementação inadequada
de fósforo.
LABORATÓRIO NA HIPOFOSFATEMIALABORATÓRIO NA HIPOFOSFATEMIA
‰ Magnésio. A hipomagnesemia muitas vezes está associada com o 
deslocamento de fosfato pra o inetrior das células. 
‰ Cálcio. Hipercalcemia é comum no hiperparatireoidismo primário.
‰ Potássio. Alterações séricas estão associadas com cetoacidose
diabética e alcoolismo.
DETERMINAÇÃO DE FÓSFORODETERMINAÇÃO DE FÓSFORO
‰‰ Paciente:Paciente: jejum de 8-12h. 
‰‰ Amostra:Amostra: soro ou plasma heparinizado e urina de 24h. 
‰‰ Interferentes:Interferentes:
- Falsos aumentados: enemas ou infusão de fosfato, fenitoína, 
heparina calcica.
- Falsos reduzidos: andrógenos, antiácidos, bitartarato de adrenalina, 
borato de adrenalina, cloridrato de adrenalina, diuréticos, esteróides
anabólicos, glucagon, insulina e salicilatos.
‰‰ Métodos: Métodos: o fósforo dos líquidos biológicos forma um complexo com 
molibdato de amônio em pH ácido. O complexo fósforo-molibdato é 
medido em 340 mm. 
- Enzimático.
MAGNÉSIOMAGNÉSIO
‰ É o quarto catíon mais abundante no organismo e o segundo catíon 
do espaço intracelular.
‰ Seu teor no líquido intracelular (LIC) é 10 vezes maior que no líquido 
extracelular (LEC).
‰ Mais da metade do magnésio está associado ao cálcio e o fosfato no 
esqueleto.
‰ É absorvido no íleo e excretado nas fezes e urina.
‰ O rim é o principal regulador dos teores de Mg. A absorção ocorre 
no túbulo proximal e alça de Henle.
‰‰ FUNÇÕES:FUNÇÕES:
9 Síntese protéica e do DNA.
9 Neurotransmissão.
9 Ligação hormônio-receptor.
9 Componente da GTPase.
9 Cofator da ATPase, adenilato ciclase e fosfofrutoquinase.
9 Necessário da produção de hormônio paratireoideo.
‰ 67% do magnésio está associado ao cálcio e ao fósforo no esqueleto.
‰ Restante é encontrado no músculo esquelético, cardíaco, rim, fígado 
e líquido intersticial. 
‰ 1% é encontrado no plasma. 
‰ O mecanismo de regulação no 
plasma é pouco conhecido.
‰ É afetado pelo pH, hormônio 
paratireoideo, aldosterona. 
‰ O Mg da dieta é absorvido no 
íleoe excretado na urina e fezes. 
‰ A avaliação do estado do magnésio é difícil. 
‰ As medidas rotineiras laboratoriais medem a concentração de Mg 
sérico, que tem pouca correlação com o Mg intracelular, especialmente 
em desordens crônicas. 
‰ Diagnóstico geralmente se baseia no exame clínico.
HIPOMAGNESEMIAHIPOMAGNESEMIA
‰ Raramente ocorre como fenômeno isolado, geralmente acompanhada 
por desordens no metabolismodo potássio, cálcio e fósforo. 
‰‰ Causas:Causas:
9 Perdas gastrointestinais: diarréia crônica, abuso de laxantes, 
doença inflamatória intestinal ou neoplasma.
9 Desnutrição. As fontes de magnésio incluem saladas verdes, frutas, 
peixes, carne fresca e cereais.
9 Perdas renais por causas primárias ou secundárias: drogas, 
hormônios, sobrecarga osmótica.
9 Desordens renais primárias causam hipomagnesemia por decréscimo 
de reabsorção tubular de Mg. Esta condição ocorre na fase diurética 
da necrose tubular aguda, diurese pós-obstrutiva e acidose tubular 
renal.
9 Fármacos (tiazida, diuréticos de alça) podem causar perda de 
magnésio. Há perda de potássio e cálcio.
9 Aldosteronismo primário reduz os níveis de magnésio pelo aumento 
do fluxo renal. Hipoparatireoidismo e hipertiroidismo podem causar 
perda renal de Mg.
9 Diurese osmótica resulta em perda de magnésio pelo rim.
9 Diabéticos, especialmente aqueles com controle precário da glicose, 
desenvolvem hipomagnesemia por diurese osmótica induzida pela 
glicose. Alcoólatras tornam-se parcialmente hipomagnesêmico pela 
diurese osmótica provocada pelo álcool. A perda renal é 2-3 vezes 
maior que os valores de referência.
9 Lactação excessiva pode desenvolver uma significante perda de 
magnésio.
9 Expansão do volume extracelular, como na cirrose ou admnistração 
parenteral de líquidos.
‰‰ SINTOMAS:SINTOMAS: usualmente não aparecem até que os sinais 
extracelulares tenham caído a 0,5 mmol/L ou menos. 
‰ Alterações similares às provocadas pela redução de Ca: convulsão, 
arritmia cardíaca, irritabilidade neuromuscular severa. As alterações 
refletem a deficiêcia de Mg ionizado. 
LABORATÓRIO NA HIPOMAGNESEMIALABORATÓRIO NA HIPOMAGNESEMIA
‰ O teor de magnésio sérico não é uma determinação confiável para o 
estudo da depleção de todo o organismo, pois somente uma pequena
fração do magnésio no corpo está no LEC.
‰ Como o magnésio extracelular está ligado à proteínas, a proteínemia 
do paciente deve ser considerado para a correta interpretação do
magnésio sérico.
‰ A hipomagnesemia contribui para a hipocalemia, o que pode ser 
devido a defeitos da ATPase da membrana ou perda renal de potássio. 
HIPERMAGNESEMIAHIPERMAGNESEMIA
‰ É rara, pois o rim é bastante efetivo na excreção do excesso do íon.
‰ A sintomatologia ocorre mais freqüentemente em pacientes renais. 
‰‰ CAUSAS:CAUSAS: são variadas mas, em geral, são iatrogênicas, 
especialmente secundárias aos erros nos cálculos de infusões 
apropriadas e/ou para pacientes com insuficiência renal.
9 Ingestão de antiácidos ou catárticos contendo Mg por pacientes 
com insuficiência renal crônica.
9 Insuficiência renal aguda.
9 Mães com eclâmpsia tratadas com infusões de Mg.
9 Crianças nascidas de mães tratadas com infusões de magnésio.
9 Redução da eliminação no sistema gastrointestinal causado por 
hipomoticidade e subseqüente aumento de absorção do magnésio:
– Fármacos: narcóticos e anticolinérgicos
– Hipomotilidade
9 Síndrome da lise tumoral
9 Insufuciência adrenal
9 Rabdomiólise
9 Síndrome leite-álcali
9 Hipotireoidismo
9 Hipoparatireoidismo
9 Neoplasma com envolvimento do 
músculo esquelético
9 Intoxicação pelo lítio
9 Contração do volume extracelular da 
cetoacidose diabética
‰ SINTOMAS:SINTOMAS: manifestações mais comuns na intoxicação por 
magnésio. Redução dos reflexos dos tendões. Fraqueza muscular. 
Arritmia, incluindo fibrilação atrial. Atrazo da condução 
intraventricular. Assístole. Bloqueio cardíaco. Insuficiência 
respiratória. Coma. Morte. 
LABORATÓRIO NA HIPERMAGNESEMIALABORATÓRIO NA HIPERMAGNESEMIA
‰ Hipercalemia e hipercalcemia muitas vezes estão presentes 
concomitantemente.
‰ Uréia e creatinina. A depuração da creatinina examina a capacidade 
do rim em excretar magnésio. Os níveis de magnésio no soro aumentam 
quando a depuração estiver abaixo de 30 mL/min.
‰ Nas suspeitas de rabdomiólise avaliar a creatina fosfoquinase ou a 
mioglobina urinária.
‰ Gasometria arterial nas suspeitas de acidose respiratória.
‰ Hipotireoidismo é uma causa rara de hipermagnesemia.
‰ Realizar testes de função tireoideana quando não houver uma boa 
explicação para a hipermagnesemia. 
DETERMINAÇÃO DE MAGNÉSIODETERMINAÇÃO DE MAGNÉSIO
‰‰ Paciente:Paciente: não é exigido cuidados especiais. 
‰‰ Amostra:Amostra: soro ou plasma heparinizado e urina de 24h. 
‰‰ Interferentes:Interferentes:
- Falsos aumentados: antiácidos e catárticos.
- Falsos reduzidos: hiperbilirrubinemia, terapia com líquidos 
intravenosos, hiperalimentação, transfusão de sangue, 
corticoesteróides, diuréticos, antibióticos, insulina.
‰‰ Métodos:Métodos: o método de escolha é espectrofotometria de absorção 
atômica. A maioria dos laboratórios não dispões esse equipamento e 
fazem métodos fluorescentes, colorimétricos e enzimáticos.
9 8-hidroxi-quinolisulfônico.
9 Amarelo titan.
9 Azul de metiltimol.
9 Calmagite.
9 Clorofosfonazo.
DOENÇAS ÓSSEASDOENÇAS ÓSSEAS
‰‰ Osteoporose:Osteoporose: grande problema de saúde pública. Caracterizada por 
redução da massa óssea. A perda acelerada de osso é secundária e
pode ser causada por: drogas como corticoesteróides, imobilizaç@ão, 
fumo, álcool, síndrome de Cushing, insuficiência das gônodas, 
hipertireoidismo, doença gastrointetinal. 
‰‰ OsteomaláciaOsteomalácia:: mineralização óssea defeituosa em adultos. 
‰‰ Raquitismo:Raquitismo: defeitos na minerelização em crianças e adolescentes.
‰‰ Doença de Doença de PagetPaget:: atividade osteclástica aumentada, o que leva a 
uma reabsorção óssea aumentada. 
‰‰ ANÁLISES BIOQUÍMICAS:ANÁLISES BIOQUÍMICAS:
9 Cálcio
9 Albumina
9 Fósforo
9 Fosfatase alcalina
9 Magnésio
9 PTH
9 25-hidroxicolicalciferol
ELETRÓLITOSELETRÓLITOS
‰ Ânions e cátions com cargas 
elétricas negativa ou positiva.
‰ Principais no homem: Na+, K+, Ca2+, 
Mg2+, Cl-, HCO3-, HPO42-, SO42- , 
lactato, ácidos orgânicos, proteínas, 
oligoelementos.
‰ As necessidades dietéticas dos 
eletrólitos variam muito.
‰ A ingestão excessiva leva a um aumento na excreção. 
‰ Os eletrólitos têm papel bastante variados no organismo.
9 Manter a pressão osmótica e distribuição de água nos vários 
compartimentos do corpo. 
9 Manter o pH fisiológico.
9 Regular a função apropriada do coração e músculo.
9 Participar de reações de óxido-reduções.
9 Co-fatores de reações.
‰ Níveis alterados de eletrólitos podem ser a causa ou a conseqüência 
de várias desordens. 
‰ As desordens de homeostase de água e eletrólitos resultam em 
várias síndromes como desidratação, edema, hipo e hipernatremia. 
SÓDIOSÓDIO
‰ É o cátion preponderante no líquido extracelular.
‰ É o principal responsável pela osmolalidade do líquido extracelular.
‰ Exerce importante papel na excitabilidade neuromuscular.
‰ São ingeridos 4-5 g/d de cloreto de sódio absorvidos pelo intestino 
delgado.
‰ Suas concentrações extracelulares são mantidas pela Na+/K+
ATPase presente na membrana celular que expulsa o Na+ das células, 
enquanto promove a captação ativa de K+. 
‰ O conteúdo de Na extracelular é muito maior que o intracelular.
‰ A concentração de Na depende primariamente da ingestão e 
excreção de água e em menor extensão da capacidade renal de 
excretar o Na quando ocorre excessiva ingestão do sal e conservar 
quando a ingestão é baixa. 
REGULAÇÃO DO SÓDIO PLASMÁTICOREGULAÇÃO DO SÓDIO PLASMÁTICO
‰ As concentrações de sódio sérico e a osmolaridade sérica são mantidas sob 
controle de mecanismos homeostáticos envolvendo a sede, o hormônio 
antidiurético (HAD) e a filtração renal do sódio. Isso é conseguido por:
– Mecanismo renal
– Sistema renina-angiotensina-aldosterona
– Peptídio natriurético atrial (NAP)
– Dopamina
‰‰ MECANISMO RENALMECANISMO RENAL
9 Os rins têm a capacidade de conservar ou excretar grandes quantidades de 
Na+ dependendo do conteúdo no LEC.
9 Ao redor de 60-75% do Na+ filtrado é reabsorvido no túbulo proximal. O 
restante do Na+ filtradoé reabsorvido nos túbulos distais e alça de Henle – sob 
o controle da aldosterona – e é trocado pelo K+ e H+.
9 A excreção aumentada de Na+ pelos túbulos renais reduz o volume do LEC.
‰‰ SISTEMA RENINASISTEMA RENINA--ANGIOTENSINAANGIOTENSINA--ALDOSTERONAALDOSTERONA
9 A renina é uma enzima proteolítica secretada pelo aparelho justaglomerular. 
Sua secreção é estimulada pela redução da pressão da arteríola renal ou pela 
diminuição do suprimento de Na+ no túbulo distal.
9 A renina atua sobre o angiotensinogênio para formar angiotensina I, depois 
transformada em angiotensina II pela ação da enzima angiotensina-conversora no 
endotélio vascular, sobretudo nos pulmões.
9 Tanto a angiotensina II como o seu produto metabólico, a angiotensina III, são 
farmacologicamente ativos e estimulam a liberação de aldosterona pelas 
suprarenais, provocando a etenção de sódio e a perda de K+ ou H+ pelos túbulos 
distais.
9 ALDOSTERONA: diminui a excreção urinária de Na aumentando a reabsorção 
de Na nos túbulos renais as custas de K. 
‰‰ PEPTÍDEO NATRIURÉTICO ATRIAL (NAP)PEPTÍDEO NATRIURÉTICO ATRIAL (NAP)
9 É liberado pelo átrio do miocárdio em resposta à expansão do 
volume, promovendo a excreção do sódio pelo rim. O NAP provoca: 
aumento da taxa de filtração glomerular, natriurese, kaliurese, diurese 
e redução da excreção de renina e aldosterona.
‰‰ DOPAMINADOPAMINA
9 Aumentos dos níveis de Na filtrado causam elevação na síntese de 
dopamina pelas células do túbulo proximal. A dopamina atua sobre o 
túbulo distal estimulando a secreção de Na.
HIPERNATREMIAHIPERNATREMIA
‰ Aumento dos níveis de Na no soro.
‰ Apresenta sódio plasmático >145 mmol/L.
‰ Fatores de risco:
9 Idade acima de 65 anos.
9 Incapacidade físca e mental.
9 Hospitalização.
9 Cuidados de infermagem inadequados.
9 Defeito na concentração de urina.
9 Diurese osmótica.
9 Terapia diurética.
‰ É comum a hipernatremia estar associada a um volume reduzido de 
líquido intracelular (LEC). 
‰ Um paciente pode ter hipernatremia devido: depleção de água, 
depleção de água e Na, ingestão ou retenção excessiva de Na no LEC, 
raramente insuficiência renal juntamente com incapacidade de 
excretar Na. 
‰‰ SINTOMAS:SINTOMAS:
-Sede
- Desidratação
– Inquietação e impaciência
– Irritabilidade
– Desorientação
– Boca seca
– Febre
‰ É menos comum que a hiponatremia. 
‰‰ TRATAMENTO:TRATAMENTO: se possível dar água oralmente ao paciente, se não 
administrar dextose 5% intravenosa. É importante não corrigir muito 
rapidamente devido à perda de água. 
‰ A hiernatremia é agrupada em 3 categorias:
99 COM SÓDIO TOTAL ORGÂNICO DIMINUÍDO: COM SÓDIO TOTAL ORGÂNICO DIMINUÍDO: também 
chamada de hipernatremia hipovolêmica. A concentração sérica de Na 
está aumentada, pois a magnitude de perda de água excede a de perda 
de Na. É caracterizada por desidratação e hipovolemia. Ex.: suor 
excessivo, diarréia, vômitos, queimaduras, diurese osmótica. 
99 COM SÓDIO TOTAL ELEVADO:COM SÓDIO TOTAL ELEVADO: também chamada de 
hipernatremia hipervolêmica. O aumento de Na é maior que o de água. 
É incomum. Iatrogênica (administração inapropriada de soluções 
parenterais hipetônicas em pacientes hospitalizados), 
hiperaldoesteronismo primário, excesso de mineralocorticóides
(síndrome de Cushing).
99 COM SÓDIO TOTAL NORMAL:COM SÓDIO TOTAL NORMAL: tabém chamada de hipernatremia
normovolêmica. É devido ao déficit de água. Diabetes insípido. 
‰‰ QUAIS LÍQUIDOS ADMINISTRAR?QUAIS LÍQUIDOS ADMINISTRAR?
9 Água: deve ser administrada sob a forma de dextrose 5% (glicose). Se for 
infundida como água pura pode provocar hemólise. Será distribuído no LEC e 
LIC. 
9 Cloreto de sódio isotônico (NaCl 0,9%): será distribuído por todo LEC. 
9 Plasma, sangue total ou expansores do plasma: compensam déficits de 
volume no compartimento do plasma somente. 
AVALIAÇÃO LABORATORIAL NA HIPERNATREMIAAVALIAÇÃO LABORATORIAL NA HIPERNATREMIA
‰ Diagnóstico baseado na concentração elevada de Na sérico.
‰ Outros dados como os eletrólitos e osmolaridade urinária são de 
grande utilidade. 
‰ Sódio >150-170 mEq/L indica desidratação.
‰ Sódio >170 mEq/L indica Diabetes insípido.
‰ Sódio >190 mEq/L indica ingestão crônica de sal.
‰ Diabetes mellitus: sódio urinário geralmente é baixo, poliúria.
‰ Coma hiperosmolar: glicemia elevada, redução de excreção urinária, 
aumento da osmolalidade urinária.
‰ Ingestão crônica de sal: sódio urinário elevado, aumento da 
osmolalidade urinária.
‰ Desidratação hipertônica: sódio urinário reduzido, osmolalidade 
urinária elevada.
HIPONATREMIAHIPONATREMIA
‰ Dimunuição dos níveis de Na no soro. 
‰ Níveis séricos abaixo de 135 mmol/L. 
‰ Não existem sinais e sintomas específicos. Manifestações clínicas 
inespecíficas. 
‰‰ Hiponatremia hipovolêmica: Hiponatremia hipovolêmica: redução da água total do corpo com 
uma grande diminuição do sódio (Na+) total do corpo. O volume do
líquido extracelular está diminuído. Ex.: uso de diuréticos tiazídicos, 
perda de líquido hipotônico (queimaduras, vômitos, diarréia), 
insuficiência de mineralocorticóides, cetoacidose diabética. 
‰‰ Hiponatremia normovolêmica ou euvolêmica: Hiponatremia normovolêmica ou euvolêmica: aumento no volume de 
água total do corpo com sódio total normal. O volume do LEC está
levemente diminuído sem a presença d edema. Ex.: retenção aguda de 
água, retenção crônica de água, doença renal crônica. 
‰‰ Hiponatremia hipervolêmica: Hiponatremia hipervolêmica: aumento do sódio total do corpo e um 
grande aumento do volume do líquido total do corpo. O LEC está 
marcadamente elevado e o edema está presente. Ex.: insuficiência
renal, insuficiência cardíaca congestiva, estados hipoprotéicos.
‰‰ Hiponatremia redistributiva: Hiponatremia redistributiva: desvio da água do compartimento 
intracelular para o extracelular ocorre com a resultante diluição do 
sódio. O volume total de água do corpo e o sódio total estão estáveis. 
Ex.: administração de manitol, hiperglicemia. 
HIPONATREMIA: PATOFISIOLOGIAHIPONATREMIA: PATOFISIOLOGIA
‰ O sódio plasmático é regulado pela sede, ADH, sistema renina-angiotensina-
aldosterona e variações na filtração renal do sódio.
‰ Aumentos na osmolaridade sérica acima dos valores de referência (280-300 
mOsm/kg) estimulam os osmoreceptores hipotalâmicos, que causam um aumento 
na sede e nos níveis de ADH circulante. 
‰ O ADH aumenta a reabsorção de água livre da urina com oligúria com 
osmolaridade relativamente baixa e levando a osmolaridade sérica para a 
normalidade.
‰ A aldosterona, sintetizada pelo cortex adrenal, é regulada principalmente pela 
potassemia, mas também em resposta à hipovolemia através do sistema renina-
angiotensina- aldosterona. A aldosterona causa a absorção do sódio no túbulo 
distal renal. A retenção do sódio provoca a retenção de água livre, ajudando a 
corrigir o estado hipovolêmico.
‰ Rins saudáveis regulam o equilíbrio do sódio independentemente do ADH ou 
aldosterona pela variação do grau de absorção do sódio no túbulo distal. Estados 
hipovolêmicos, como a hemorragia ou desidratação, prontamente elevam a 
absorção do sódio no túbulo proximal. Aumentos no volume vascular suprimem a 
reabsorção tubular de sódio, resultando em natriurese e ajuda a restabelecer o 
volume vascular normal.
‰ O tratamentotratamento farmacológico baseia-se no suprimento eletrolítico ao 
paciente hiponatrêmico. A salina hipertônica é usada para promover o 
rápido aumento do sódio sérico em pacientes com hiponatremia aguda
ou crônica.
AVALIAÇÃO LABORATORIAL NA HIPONATREMIAAVALIAÇÃO LABORATORIAL NA HIPONATREMIA
‰ História do paciente (vômitos, diarréia, medicamentos), exame 
clínco e exame laboratorial.
‰ Osmolaridade urinária. Poliúria.
‰ Sódio urinário e no soro.
‰ Ácido úrico aumentado.
‰ TSH e cortisol.
‰ Albumina, TG, eletroforese de proteínas no soro.
NATRIÚRIANATRIÚRIA
‰ Dosagem de Na na urina.
‰ É útil na avaliação da funçãotubular.
‰ Teste tem utilidade na avaliação do estado de hidratação do 
paciente.
‰‰ HIPERNATRIÚRIA:HIPERNATRIÚRIA: encontrada no estágios iniciais de 
hiponatreamia. Hipoaldosteronismo, insuficiência de supra-renal, 
nefrite com perda de sal, insuficiência renal aguda. Causas fisológicas: 
aumento de Na na alimentação e diurese pós menopausa.
‰‰ HIPONATRIÚRIA:HIPONATRIÚRIA: associada a baixa ingestão de Na e retenção 
pré-menstrual de Na e água. Patologias: hiperfusão adrenocortical, 
hiperaldosteronismo, taxa de filtração reduzida, doença hepática, 
estados hipoprotéicos. 
DETERMINAÇÃO DE SÓDIODETERMINAÇÃO DE SÓDIO
‰‰ Paciente:Paciente: não é exigido cuidados especiais.
‰‰ Amostra:Amostra: soro, plasma heparinizado ou urina de 24h. 
‰‰ Interferências:Interferências:
- Falsos aumentados: colheita de sangue em local próximo a infusão 
intravenosa de NaCl. Pacientes submetidos a esteróides anabólicos, 
bicarbonato de sódio, clonidina, corticóides, etanol, anticoncepcionais 
orais, estrogênio, manitol, metildopa, tetraciclinas, reserpina. 
- Falsos reduzidos: anfotericina B, amitriptilina, anti-inflamatórios não 
esteróides, clofibrato, diuréticos orais, heparina, cincristina.
‰‰ Métodos:Métodos: métodos químicos, fotometria de chama, espectrofotometria 
de absorção atômica e por eletrodo íons seletivos.
9 Fotometria de chama: a amostra é atomizada, produzindo átomos em 
estado excitado capazes de emitir luz em comprimento de onda específico 
dependendo do elemento usado. Na chama Na emite luz amarela e K cor 
violeta. A intensidade de cor emitida é proporcional ao teor desses 
elementos na amostra. 
9 Eletrodo íons seletivo: empregam uma membrana semi-permeável para 
desenvolver um potencial reduzido pela diferença nas concentrações em 
cada lado da membrana. São usados 2 eletrodos. Um tem potencial 
constante (referência). A partir da diferença entre os potenciaisdo
eletrodo de referência e o eletrodo de medida, e calculada a concentração 
do íon na solução.
9 Ionóforo macrolíticos cromogênicos.
9 Enzimáticos.
POTÁSSIOPOTÁSSIO
‰ É o catíon predominante no interior das células com teores 23 vezes maior que 
no espaço extracelular.
‰ Os níveis intra e extracelulares são mantidos pela atividade da “bomba iônica” 
de Na+K+-ATPase localizada na membrana celular.
‰ A “bomba iônica” é um fator crítico na manutenção e ajuste dos gradientes 
iônicos dos quais dependem o impulso nervoso, a transmissão e a contractilidade 
dos músculos esqueléticos e cardíacos.
‰‰ FUNÇÕES:FUNÇÕES:
9 Atua na regulação de vários processos metabólicos celulares.
9 Participa da excitação neuromuscular; isso se deve à relação do teor de K+ 
intra e extracelular que é determinante do potencial de membrana.
9 Esse potencial permite a geração de potencial de ação necessário para a 
função neural e muscular. Desequilíbrios da relação levam à arritmias cardíacas e 
paralisia muscular.
‰ CONTROLE:
9 Valores de referência do potássio sérico: 3,5 a 5,0 mmol/L. O K+ total do 
corpo é de 50 mmol/kg. l Em condições normais, são ingeridos 50-150 mmol/d de 
potássio que são distribuídos para os tecidos.
9 Parte do K+ da dieta é captado pelas células, mas a maior porção do K+ da dieta 
é excretada pelos rins.
9 Ao contrário do Na+, entretanto, não há nenhum limiar renal para o K+, sendo 
que esse catíon continua a ser excretado na urina mesmo em estados de depleção 
de K+ sérico.
9 A quantidade de K excretado na urina varia com o conteúdo na dieta.
9 Quase todo o K+ filtrado é reabsorvido no túbulo proximal. Menos de 10% 
atinge o túbulo distal, onde ocorre a principal regulação desse íon.
9 A excreção do K+ em resposta as variações na ingestão, tem lugar no túbulo 
distal, no túbulo coletor do cortex e no ducto coletor.
9 Quando o Na+ é reabsorvido no túbulo distal, o lúmem tubular torna-se 
eletronegativo em relação as células adjacentes e os catíons das células (K+, H+) 
movem-se para o lúmem e neutralizam a carga elétrica negativa.
9 A velocidade do movimento do K+ para o lúmem depende da:
– existência de captação suficiente de Na+ pelo túbulo distal
– velocidade do fluxo urinário
– concentração do K+ na célula tubular
9 A concentração do K+ na célula tubular é devida:
– enzima Na+K+-ATPase dependente para a troca com o líquido peritubular
– mineralocorticóides
– variações ácido-básicas
– teor de K+ no LEC.
9 O K+ da célula tubular aumenta na hipercalcemia pelo excesso de
mineralocorticóides e por alcalose, mecanismos que tendem a incrementar a 
excreção do K+.
9 Aldosterona:
- Eleva a reabsorção tubular renal do sódio, com o conseqüente aumento na 
excreção de potássio ou íon hidrogênio (o H+ compete com o K+ na troca pelo 
Na+) nos túbulos distais sem ativar o sistema reninaangiotensina.
- A aldosterona eleva a excreção urinária do K+ para manter o seu nível 
plasmático normal.
HIPOPOTASSEMIA OU HIPOCALEMIAHIPOPOTASSEMIA OU HIPOCALEMIA
‰Pode ocorrer mesmo quando a 
quantidade de total de potássio do 
corpo está normal.
‰ É definida quando os níveis de 
potássio estão abaixo de 3,5 
mmol/L.
‰ Hipopotassemia moderada é quando a potassemia está entre 2,5 a 3 
mmol/L.
‰ Hipopotassemia severa quando a potassemia está abaixo de 2,5 
mmol/L
‰‰ SINAIS E SINTOMAS:SINAIS E SINTOMAS: hipotensão, arritmias ventriculares, 
bradicardia ou taquicardia, poliúria, noctúria, hipoventilação, 
sofrimento respiratório, insuficiência respiratória, letargia ou outros 
alterações mentais, redução da força muscular, redução dos reflexos 
dos tendões, edema.
‰‰ CAUSAS:CAUSAS:
9 Perdas renais de potássio. Acidose tubular renal, 
hiperaldosteronismo, depleção do magnésio, leucemia (mecanismo 
desconhecido).
9 Perdas gastrointestinais. Vômitos ou sucção gastrointestinal, 
diarréia, enemas ou uso de laxantes.
9 Efeitos de medicações. Diuréticos, agonistas betaadrenérgico, 
esteróides, teofilina, aminoglicosídios.
9 Deslocamento transcelular. Insulina e alcalose.
9 Desnutrição ou redução da ingestão na dieta.
LABORAÓRIO NA HIPOPOTASSEMIALABORAÓRIO NA HIPOPOTASSEMIA
‰ Nível de potássio: <3,5 mmol/L.
‰Uréia e creatinina – para a avaliação do “status” renal.
‰ Glicose, magnésio, cálcio, e/ou fósforo se existir suspeita de 
distúrbios eletrolíticos.
‰ Nível de digoxina em usuários; a hipopotassemia pode potenciar 
arritmias induzidas por digitálicos.
‰ Gasometria celular: alcalose pode deslocar o potássio do LEC para o 
LIC.
TRATAMENTO DA HIPOPOTASSEMIATRATAMENTO DA HIPOPOTASSEMIA
‰ O potássio oral é a rota preferível pois é fácil de administrar, 
seguro, barato e rapidamente pelo trato gastrointestinal.
‰ Pacientes com hipopotassemia moderada e sintomas mínimos, a 
reposição oral é suficiente.
‰ Pacientes com hipopotassemia severa é necessário potássio oral e
parenteral.
HIPERPOTASSEMIA OU HIPERCALEMIAHIPERPOTASSEMIA OU HIPERCALEMIA
‰ É uma doença potencialmente letal que pode ser difícil de diagnosticar 
clinicamente devido a escassez de sinais e sintomas fidedignos.
‰ Pacientes com risco de hipercalemia devem ser submetidos prontamente 
a ECG para se assegurar que os sinais eletrocardiográficos estajam ou não 
presentes.
‰ A hiperpotassemia é definida quando o nível de potássio ultrapassa 5,5 
mmol/L e é assim dividido:
- 5,5 a 6,0 mmol/L – hiperpotassemia leve
- 6,1 a 7,0 mmol/L – hiperpotassemia moderada
- >7,0 mmol/L – hiperpotassemia severa
‰‰ SINAIS E SINTOMAS:SINAIS E SINTOMAS: são sutis. Predominam queixas cardíacas e 
neurológicas. Pacientes podem ser assintomáticos ou ter queixas de: fadiga 
generalizada, fraqueza, parestesis, paralisia, palpitações.
‰‰ CAUSAS:CAUSAS:
9 Redução ou impedimento da excreção do potássio. Insuficiência renal 
aguda e crônica (mais comum), diuréticos, obstrução urinária, anemia 
falciforme, doença de Addison, defeito na secreção tubular, lupus 
eritematoso sistêmico e fármacos (ciclosporina, diuréticos, 
antiinflamatórios não esteróides).
9 Potássio

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