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Saúde Pública no Brasil.

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Saúde Pública no Brasil
 Profª Gabriela Henrica 
11/08/2015
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No Início...
O atendimento à saúde 
no começo era por ações 
de filantropia. 
As pessoas eram 
atendidas pelas
 instituições e
 médicos filantropos.
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Antes de 1988...
 O sistema público de saúde atendia a quem contribuía para a Previdência Social.
 Quem não tinha dinheiro dependia da caridade e da filantropia.
 Centralizado e de responsabilidade federal, sem a participação dos usuários.
 Assistência médico-hospitalar. 
Saúde é ausência de doenças. 
30 milhões de pessoas com acesso aos serviços hospitalares.
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“[...]as cidades constituíam também locais de encontro entre doenças epidêmicas e populações [...]”
“As novas aglomerações urbanas se tornavam assim o estopim para que condições de vida e de trabalho viessem a ser tema de investigação e vigilância sistemática por parte dos poderes públicos. A transformação das cidades coloniais brasileiras em cidades modernas foi realizada a partir dessa série de encontros”.
SILVA, MÁRCIA R.B., 2010
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Como as pessoas viviam
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Além dos eventos epidêmicos;
Os problemas individuais de saúde aumentaram;
 Enfermidades graves e menores;
Doenças congênitas ;
Acidentes variados modificavam-se;
Essas situações requeriam um atendimento com uma solução que tivesse ações de caráter coletivo;
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O Estado fazia algumas ações de saúde diante de epidemias;
Ações de vacinação e/ou de saneamento básico; 
No final do século XIX e início do XX com o saneamento do Rio de Janeiro;
Campanha de vacinação contra varíola.
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Vacinação 
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Saúde Pública e Previdenciária
Nos anos de 1920 e os anos 1980, 
O Brasil conviveu com a atenção à saúde e a medicina previdenciária;
Medicina previdenciária – destinada as pessoas pertencentes às categorias de trabalho reconhecidas por lei e para as quais criou-se um seguro social;
O acesso à saúde, estavam associado a carteira assinada ( ao trabalho formal).
MANSUR, 2001
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A maior presença do Estado na saúde pública ocorreu principalmente após a criação, em 1953, do Ministério da Saúde;
Houve uma maior organização dos serviços, foram criados departamentos específicos para cada finalidade. 
O Ministério da Saúde era responsável pela formulação de políticas nacionais de saúde, de alimentação e de nutrição, assim como pelas ações de atenção à saúde de interesse coletivo
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Conferência de ALMA-ATA
Em setembro de 1978 foi realizada a primeira Conferência Internacional sobre Cuidados Primários de Saúde, organizada pela OMS e UNICEF em Alma-Ata, capital do Kazaquistão. A Conferência foi assistida por mais de 700 participantes e resultou na adoção de uma Declaração que reafirmou o significado da saúde como um direito humano fundamental e uma das mais importantes metas sociais mundiais.
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Trajetória do SUS
1988 - A Constituição Brasileira reconhece o direito de acesso universal à saúde a toda a
população, por meio de um Sistema Único de Saúde.
1989 - Registro do último caso de poliomielite no Brasil.
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Sequelas da poliomielite
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1990- Leis n.º 8.080 e n.º 8.142 regulamentam os serviços, a participação da sociedade e as
bases de funcionamento do SUS.
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1991 - Estruturação da rede de atenção básica em saúde com o Programa de Agentes Comunitários de Saúde.
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1992 - Aprovação da Norma Operacional Básica
(NOB 01/1992). Programa de Reorganização
dos Serviços de Saúde.
1993 - Descentralização e municipalização dos serviços e a extinção do Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social (Inamps).
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1994 - Estruturação da Saúde da Família
com equipes multidisciplinares atuando nas comunidades.
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1995 - Regulamentação do Sistema Nacional de Auditoria no âmbito do SUS
1996 - Acesso e distribuição de medicamentos aos
portadores de HIV/aids. Redefinição do modelo de gestão do SUS que disciplina as relações entre União, estados, municípios e Distrito Federal.
1997 - Criação do Piso de Atenção
Básica (PAB) – repasse de recursos ao gestor municipal, por pessoa, para o
atendimento à Saúde. Criação do Disque Saúde.
1998 - Sistema Nacional de Transplantes.
Plano Estratégico de Mobilização -Comunitária para o Combate à Dengue.
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1999 - Criação da Agência Nacional de Vigilância
Sanitária (Anvisa) – uma nova etapa no registro e fiscalização de medicamentos e alimentos.
Política Nacional dos Medicamentos Genéricos.
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2000 - Criação da Agência Nacional de Saúde Suplementar – Regulamentação do setor privado de saúde.
2001 - A Lei n.º 10.216 dispõe sobre a
proteção e os direitos das pessoas portadoras de
transtornos mentais.
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2002 -
Publicação da Norma Operacional de
Assistência à Saúde (NOAS 01/2002), que define a regionalização e a assistência à saúde.
Políticas Nacionais de Saúde da Pessoa Portadora de Deficiência, de Atenção à Saúde dos Povos Indígenas e de Redução da Morbimortalidade por Acidentes e Violências.
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2003 –
 Criação do Serviço de Atendimento
Móvel de Urgência (SAMU).
 O programa “De Volta para Casa” contribui com o processo de reinserção social de pessoas com história de internação psiquiátrica.
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2004
Políticas Nacionais de Atenção Integral à Saúde da Mulher, de Humanização do SUS e de Saúde
do Trabalhador.
Programa “Brasil Sorridente” – Um conjunto de ações para melhorar as condições de saúde bucal.
Programa “Farmácia Popular do Brasil”.
Criação da Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia (Hemobras).
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2005 - Política Nacional de Direitos
Sexuais e Direitos Reprodutivos. 
Publicação do Plano Nacional de Saúde
2006 - Pactos pela Vida, em Defesa do SUS e de
Gestão estabelecidos pelos gestores das esferas federal, estadual e municipal, com objetivos e metas compartilhadas. 
Política de Saúde da Pessoa Idosa.
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2007
Política Nacional sobre o Álcool e veiculação de campanhas sobre o uso abusivo.
O governo decreta a licença compulsória do antirretroviral Efavirenz. 
2008
Ação efetiva para regulamentação da
Emenda Constitucional n.º 29, que trata do financiamento das ações e serviços públicos de saúde.
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2009
Lançamento da Campanha Nacional de Prevenção à Influenza H1N1.
Política Nacional de Saúde do Homem.
Inauguração do centro de estudo para produção de células-tronco.
2010
Criação do primeiro cadastro nacional de
pesquisas clínicas realizadas em seres humanos.
Universidade Aberta do SUS.
Criação da Secretaria Especial de Saúde Indígena.
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2011
Estratégia Rede Cegonha.
Regulamentação da Lei n.º 8.080, de 19/9/1990,
que dispõe sobre a organização do Sistema Único
de Saúde (SUS).
Plano Nacional de Enfrentamento de Doenças
Crônicas Não Transmissíveis.
Regulamentação do Cartão Nacional de Saúde.
Programa Saúde Não Tem Preço.
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O SUS HOJE...
O sistema público de saúde é para toda a população, sem discriminação. Desde a gestação, e por toda a vida, a atenção integral à saúde é um direito.
Descentralizado, municipalizado e participativo, com 100 mil conselheiros de saúde.
Promoção, proteção, recuperação e reabilitação.
Saúde é qualidade de vida.
152 milhões de pessoas têm no SUS o seu único
acesso aos serviços de saúde.
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SUS...
“É uma nova formulação política e organizacional para o reordenamento dos serviços e ações de saúde estabelecida pela Constituição de 1988. O SUS não é o sucessor do INAMPS e nem tampouco do SUDS. O SUS é o novo sistema de saúde que está em construção.” 
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Por que é um sistema único?
Porque segue a mesma doutrina e os mesmos princípios organizativos em todo o território nacional, sob a responsabilidade das três esferas autônomas de governo federal, estadual e municipal. 
 SUS não é um serviço ou uma instituição
SUS é um sistema que significa um conjunto de unidades, de serviços e ações
que interagem para um fim comum. Esses elementos integrantes do sistema, referem-se ao mesmo tempo, às atividades de promoção, proteção e recuperação da saúde. 
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Princípios doutrinários
UNIVERSALIDADE – É a garantia de atenção à saúde por parte do sistema, a todo e qualquer cidadão. Com a universalidade, o indivíduo passa a ter direito de acesso a todos os serviços públicos de saúde, assim como àqueles contratados pelo poder público. Saúde é direito de cidadania e dever do Governo: municipal, estadual e federal. 
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EQÜIDADE – É assegurar ações e serviços de todos os níveis de acordo com a complexidade que cada caso requeira, more o cidadão onde morar, sem privilégios e sem barreiras. Todo cidadão é igual perante o SUS e será atendido conforme suas necessidades até o limite do que o sistema puder oferecer para todos. 
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INTEGRALIDADE – Entender na prática dos serviços de que:
Cada pessoa é um todo indivisível e integrante de uma comunidade; 
As ações de promoção, proteção e recuperação da saúde formam também um todo indivisível e não podem ser compartimentalizadas; 
As unidades prestadoras de serviço, com seus diversos graus de complexidade, formam também um todo indivisível configurando um sistema capaz de prestar assistência integral. 
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“O homem é um ser integral, bio-psico-social, e deverá ser atendido com esta visão integral por um sistema de saúde também integral, voltado a promover, proteger e recuperar sua saúde.”
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Organização do SUS
REGIONALIZAÇÃO e HIERARQUIZAÇÃO – 
“Os serviços devem ser organizados em níveis de complexidade tecnológica crescente, dispostos numa área geográfica delimitada e com a definição da população a ser atendida. Isto implica na capacidade dos serviços em oferecer a uma determinada população todas as modalidades de assistência, bem como o acesso a todo tipo de tecnologia disponível, possibilitando um ótimo grau de resolubilidade (solução de seus problemas).”
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RESOLUBILIDADE - É a exigência de que, quando um indivíduo busca o atendimento ou quando surge um problema de impacto coletivo sobre a saúde, o serviço correspondente esteja capacitado para enfrentá-lo e resolvê-lo até o nível da sua competência.
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DESCENTRALIZAÇÃO - É entendida como uma redistribuição das responsabilidades quanto às ações e serviços de saúde entre os vários níveis de governo. 
O que é abrangência de um município deve ser de responsabilidade do governo municipal; 
O que abrange um estado ou uma região estadual deve estar sob responsabilidade do governo estadual, e, o que for de abrangência nacional será de responsabilidade federal. 
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PARTICIPAÇÃO DOS CIDADÃOS - É a garantia constitucional de que a população, através de suas entidades representativas, participará do processo de formulação das políticas de saúde e do controle da sua execução, em todos os níveis, desde o federal até o local.
Essa participação deve se dar nos Conselhos de Saúde, com representação paritária de usuários, governo, profissionais de saúde e prestadores de serviço.
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Conselhos de Saúde
São órgãos deliberativos, de caráter permanente, compostos com a representatividade de toda a sociedade.
De acordo com a Resolução 33/92 sua composição deve ser paritária, com metade (50%) de seus membros composto por representantes dos "usuários" e a outra metade (50%) composta por representantes de Governo e Prestadores de Serviço (25%) e de Profissionais da Saúde (25%).
 
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Toda essa estrutura criada e construída ao longo do tempo se organiza...
Princípios e diretrizes do SUS;
Art. 7º As ações e serviços públicos de saúde e os serviços privados contratados ou conveniados que integram o Sistema Único de Saúde (SUS), são desenvolvidos de acordo com as diretrizes previstas no art. 198 da Constituição Federal, obedecendo ainda aos seguintes princípios:
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I - Universalidade de acesso aos serviços de saúde em todos os níveis de assistência;
II - Integralidade de assistência, entendida como conjunto articulado e contínuo das ações e serviços preventivos e curativos, individuais e coletivos, exigidos para cada caso em todos os níveis de complexidade do sistema;
III - Preservação da autonomia das pessoas na defesa de sua integridade física e moral;
IV - Igualdade da assistência à saúde, sem preconceitos ou privilégios de qualquer espécie;
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IX - Descentralização político-administrativa, com direção única em cada esfera de governo:
a) ênfase na descentralização dos serviços para os municípios;
b) regionalização e hierarquização da rede de serviços de saúde;
X - Integração em nível executivo das ações de saúde, meio ambiente e saneamento básico;
XI - Conjugação dos recursos financeiros, tecnológicos, materiais e humanos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios na prestação de serviços de assistência à saúde da população;
 
 
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V - Direito à informação, às pessoas assistidas, sobre sua saúde;
VI- Divulgação de informações quanto ao potencial dos serviços de saúde e a sua utilização pelo usuário;
VII- Utilização da epidemiologia para o estabelecimento de prioridades, a alocação de recursos e a orientação programática;
VIII - Participação da comunidade;
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XII - Capacidade de resolução dos serviços em todos os níveis de assistência; e
XIII - Organização dos serviços públicos de modo a evitar duplicidade de meios para fins idênticos.
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Organização do Serviços de Saúde
Atenção Primária
UBS, USF
Atenção Secundária
Atenção Terciária
Os níveis de complexidade vão mudando.
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Referência
Mansur, Marilia Coser. O financiamento federal da saúde no Brasil: tendências da década de 1990. [Mestrado] Fundação Oswaldo Cruz, Escola Nacional de Saúde Pública; 2001. 116 p.
BRASIL.Ministério da Saúde. Conselho Nacional de Saúde. Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 20 set. 1990, Seção 1, p 1.
BRASIL. Ministério da Saúde. ABC do SUS: doutrinas e princípios. Ministério da Saúde - Secretaria Nacional de Assistência à Saúde, Brasília, DF, 1990.
MENDES, Isabel Amélia Costa. Desenvolvimento e saúde: a declaração de Alma-Ata e movimentos posteriores. Rev. Latino-Am. Enfermagem,  Ribeirão Preto ,  v. 12, n. 3, p. 447-448, June  2004 .   Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-11692004000300001&lng=en&nrm=iso>. access on  11  Aug.  2015.  http://dx.doi.org/10.1590/S0104-11692004000300001.

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