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DIREITO CIVIL – INTRODUÇÃO CONCEITO DE DIREITO É o conjunto de norma, estabelecidas pelo poder político, que se impõem e regulam a vida social de um dado povo em determinada época (Maria Helena Diniz); NORMAS JURÍDICAS Conjunto de normas que compõem o ordenamento jurídico e são responsáveis por regular a conduta do indivíduo, tendo por objetivo principal a ordem e a paz social. Características: bilateralidade, generalidade, abstratividade, imperatividade e coercibilidade. Ordenamento jurídico: agrupamento das normas jurídicas entre si de forma harmoniosa. DIVISÃO DO DIREITO O Direito é uno, indivisível, mas para efeitos didáticos tornou-se necessário organizar o Direito Positivo em Direito Público e Direito Privado. • Direito Público: Regula as relações estatais (Estado-Estado/ Estado-particular). Contém normas de ordem pública, dotadas de imperatividade absoluta. Por isso, há uma relação de subordinação. • Direito Privado: Regula as relações intersubjetivas, ou seja, entre os particulares. Não há relação de subordinação FONTES DO DIREITO Diretas (próprias; puras): lei, costumes e os princípios gerais de direito. Finalidade: produzir o direito. Indiretas (impróprias; impuras): doutrina e jurisprudência. Finalidade: interpretar o direito. CONCEITO E HISTÓRICO DO DIREITO CIVIL Ramo do Direito que disciplina todas as relações jurídicas da pessoa, seja uma com as outras (físicas e jurídicas), envolvendo relações familiares e obrigacionais, seja com as coisas (propriedade e posse). Remonta à Era Medieval e ao Direito Romano (Corpus Juris Civilis), do século VI. Legados do Direito Romano: teoria da personalidade, capacidade de direito, teoria dos bens, direitos reais, teoria da posse, teoria geral das obrigações e a sucessão. HISTÓRICO DO DIREITO CIVIL Idade Média: - Preponderância do Direito Natural - Supervalorização do Direito Canônico Idade Moderna: - Desenvolvimento das universidades - Redescoberta do Direito Romano - Movimento de codificação moderna, no Séc. XIX - Código de Napoleão (1804) e Código Civil alemão (1896): inspirações dos Códigos Civis brasileiros DIREITO CIVIL BRASILEIRO Antes da independência do Brasil: Durante muito tempo, não houve no Brasil uma legislação própria. Aplicavam-se aqui as leis de Portugal. Ordenações filipinas: inspiração do direito romano e canônico. Após a independência do Brasil: A primeira Constituição brasileira de 1824 determinou que se organizasse um Código Civil baseado na Justiça e na equidade. 1855: Consolidação das Leis Civis, por Teixeira de Freitas. 1858: autorização do Governo imperial para a elaboração do Código Civil. Sobrevieram daí vários projetos feitos por vários juristas, até que, após mais de 15 anos, foi aprovado o primeiro Código Civil brasileiro, promulgado em 1916. CÓDIGO CIVIL DE 1916 Possuía uma parte geral (noções e relações jurídicas das pessoas, dos bens e dos fatos jurídicos) e uma parte especial (direito de família, direito das coisas, direito das obrigações e direito das sucessões). Era precedido de uma Lei de Introdução substituída pelo Decreto- lei 4657-42, atual Lei de Introdução ao Código Civil, para soluções dos conflitos intertemporais e de direito internacional privado. Era patriarcal, autoritário e preocupava-se com o ter e não com o ser. CÓDIGO CIVIL DE 2002 Em 1969 foi criada uma comissão para rever o Código Civil, com a coordenação de Miguel Reale. Em 2001 o projeto finalmente foi levado a votação, sendo sancionada a Lei 10.406 de 10 de janeiro de 2002, que instituiu o novo Código Civil brasileiro. O CC/02 entrou em vigor em 11 de janeiro de 2003. O Código Civil possui 2.046 artigos e está dividido basicamente em três partes: 1ª - Parte Geral; 2ª - Parte Especial; 3ª - Livro Complementar; PARTE GERAL: 3 LIVROS 1. Das Pessoas ( sujeito das relações jurídicas) 2. Dos Bens (objetos das relações jurídicas) 3. Dos Fatos Jurídicos (acontecimentos mediante os quais as relações jurídicas nascem, vivem e se extinguem) PARTE ESPECIAL: 5 LIVROS 1. Do Direito das Obrigações (normas que tratam das relações jurídicas entre devedor e credor) 2. Do Direito de Empresa (normas que tratam das relações de comércio) 3. Do Direito das Coisas (normas que regulam as relações jurídicas referentes aos bens capazes de serem apropriados pelo ser humano). 4. Do Direito de Família (normas que regulam o casamento, as relações entre pais e filhos, o vinculo de parentesco e institutos com a tutela e a curatela) 5. Do Direito das Sucessões (normas que regulam a transmissão do patrimônio de alguém que morreu) PRINCÍPIOS NORTEADORES DO CC/02 PRINCÍPIO DA SOCIABILIDADE PRINCÍPIO DA ETICIDADE PRINCÍPIO DA OPERABILIDADE CONSTITUCIONALIZAÇÃO DO DIREITO CIVIL Novas exigências da sociedade bem como o surgimento de novas ideias solidaristas e humanistas levaram ao fenômeno da descentralização ou descodificação do Direito Civil. Surgimento dos microssistemas jurídicos, com princípios próprios e normas direcionadas a institutos isolados. Ex: CDC, ECA, Lei do Inquilinato, etc. Emigração dos princípios do Direito Civil para a CF/88: a propriedade, a família e o contrato Personalização do direito privado Hoje, o Direito Civil Constitucional está baseado numa visão unitária do ordenamento jurídico.
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