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M. Lobato Introdução à química ambiental II Docente: M. sc. Maxwell Ferreira Lobato e-mail: wellobato@hotmail.com Ao se apropriar dos recursos que a natureza lhe ofereceu, o homem se esqueceu de um princípio vital: o equilíbrio que deve existir entre animais e plantas no seu habitat. Sem preservação do equilíbrio ecológico, o planeta morre. Governos de todo o mundo, principalmente nos países sub- desenvolvidos, se encontram hoje com o dramático dilema de decidir onde aplicar os poucos recursos disponíveis para solução de problemas cruciais da população: saúde, educação, transporte, alimentação, moradia, e agora, recuperação do meio ambiente e prevenção de desastres ecológicos. M. Lobato Novembro de 2002: um petroleiro grego, o Prestige, deixou vazar para o oceano 11 milhões de litros de óleo no litoral da Galícia. Apenas 24 horas depois do acidente a mancha de petróleo já atingia 37 quilômetros e 200 metros da costa afetando 700 praias e matando 20 mil aves. M. Lobato Em 1991: o ditador iraquiano Saddam Hussein ordenou que se incendiasse cerca de 700 poços de petróleo no Kuwait, país que tinha invadido e estava sendo expulso pelas tropas dos Estados Unidos. M. Lobato Em 1989: O petroleiro Exxon Valdez colidiu com rochas submersas na costa do Alasca provocando, talvez, o mais grave desastre ecológico por derramamento de óleo (por um navio) até hoje. M. Lobato 1986, Chernobyl: Liberando uma radiação 90 vezes maior que a das bombas de Hiroshima e Nagasáki a explosão de um dos quatro reatores da usina nuclear de Chernobyl, na Ucrânia (uma ex-república soviética) em 1986, matou na hora 32 pessoas e mais de 10 mil nos anos seguintes. M. Lobato Dezembro de 1984: Cerca de 2500 pessoas morreram pelo contato com as substâncias letais e outras 150 mil sofreram com queimaduras nos olhos e pulmões. Tudo começou na tenebrosa madrugada de 3 de dezembro de 1984, em Bhopal, Índia, quando mais de 45 toneladas de gases tóxicos vazaram de um tanque da fábrica de agrotóxicos Union Carbide. M. Lobato 1980, Brasil: Considerado como o “Vale da Morte” pelo jornal americano The New York Times, o pólo petroquímico paulista de Cubatão gerava tanta poluição na região que chegou a produzir bebês sem cérebro chocando a opinião pública em todo o mundo. As indústrias do pólo cuspiam cerca de mil toneladas de gases tóxicos por dia, alimentando uma névoa venenosa que afetava o sistema respiratório e gerava bebês com deformidades físicas, contaminando também a água e o solo da região. M. Lobato Em 1956: Considerado uma vergonha oriental, uma doença batizada de mal de Minamata, que causava paralisias e podia matar, atacou os pescadores desta baía. Mais de 3 mil pessoas morreram. O motivo de tal mal, foi que uma empresa de fertilizantes, a Chisso Corporation, durante 40 anos derramou 27 toneladas de mercúrio no oceano. M. Lobato O Pesadelo atômico de 1945: Um marco do horror nuclear, as duas bombas detonadas em agosto de 1945 nas cidades de Hiroshima e Nagasáki mataram que instantaneamente entre150 mil e 220 mil japoneses. Num raio de até 1 quilômetro do centro da explosão, quase todos os animais e plantas morreram com as ondas de choque e calor. M. Lobato A Química Ambiental procura elucidar as reações químicas que ocorrem na biosfera (hidrosfera, litosfera e atmosfera) e suas interfaces, principalmente aquelas que podem afetar a saúde humana. Como exemplos, podemos citar: Na atmosfera: as reações fotoquímicas e a produção de compostos tóxicos tais como ozônio.. Na hidrosfera: reações de complexação, adsorção de metais e seus efeitos tóxicos para a biota. Na litosfera: reações mediadas por microorganismos (biocidas). M. Lobato a) O uso errôneo e mesmo abusivo de substâncias químicas; b) Poluição e contaminação das águas; c) Poluição do ar; d) Uso inadequado da terra ou ocupação inadequada do espaço; e) Extinção de espécies animais e vegetais. M. Lobato Década de 40: os efeitos da bomba atômica; Década de 50: pesticidas sintéticos (dicloro-difenil-tricloroetano – DDT); Década de 60: eutrofização (excesso de nutrientes com fósforos); Década de 70: Metais pesados; Década de 80: sistema aquático subterrâneo, superficial e pela minimização dos poluentes atmosféricos; Década de 90: efeito estufa, o câncer pulmonar associado à exposição ao radônio, os efeitos da destruição da camada de ozônio e o descarte final de resíduos sólidos industriais. M. Lobato A relação entre os principais componentes da crise ambiental está resumida na figura abaixo: M. Lobato População Recursos naturais Poluição Cresceu de 2,5 bilhões em 1950 para 7 bilhões em 2012, com estimativa de 9 bilhões em 2050; Após a revolução industrial, a taxa de mortalidade diminuiu; O Brasil ocupa cerca de 3% da população mundial Preocupação com os recursos naturais para sustentar a população mundial M. Lobato Quaisquer insumos que os organismos, as populações e os ecossistemas necessitam para sua manutenção. Recursos naturais x tecnologia (magnésio utilizado para ligas metálicas em aviões) Recursos naturais x economia (álcool antes e depois da crise do petróleo) Recurso natural – exploração, processamento e utilização não causem danos ao meio ambiente. M. Lobato Podem ser classificados em dois grandes grupos: os renováveis e os não-renováveis. M. Lobato Recursos Água, ar, biomassa, vento, etc. Minerais não-energéticos: fósforo, cálcio, etc. Renováveis Não renováveis Combustíveis fósseis, urânio, etc. Resultado da utilização dos recursos naturais pela população, é uma alteração indesejável nas características físicas, químicas ou biológicas da atmosfera, litosfera e hidrosfera que cause ou possa causar prejuízo a saúde ou à sobrevivência dos seres humanos ou outras espécies. M. Lobato Quais dessas imagens não são consideradas poluição? M. Lobato Poluição é causada pelas atividades e intervenções humanas no ambiente; Poluição está ligada à concentração ou quantidade de resíduos presentes no ar, água ou solo; Os resíduos podem ser pontuais/ localizadas ou difusas /dispersas; Pontuais – Aterros sanitários, esgoto doméstico Difusas – Gases de escapamento de veículos, agrotóxicos, etc. Os efeitos da poluição podem ter caráter localizado, regional ou global. M. Lobato M. Lobato Fonte: http://www.ibama.gov.br/acidentes-ambientais-janeiro-2012 Será que o problema mundial está na falta de recursos naturais para sustentar a população ou na má distribuição de renda entre os habitantes do planeta? M. Lobato M. Lobato
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