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Nutrição, Dieta e Saúde Bucal
A saúde bucal não pode ser considerada uma entidade independente da saúde geral e um indivíduo não pode ser considerado saudável se não tiver boa saúde bucal. Sabe-se que as consequências dos problemas bucais não estão limitadas a cavidade oral e que doenças infecciosas podem atuar como focos de disseminação de microrganismos patogênicos.								A nutrição e a dieta apresentam forte influência sobre o binômio saúde/doença da cavidade bucal. O estado nutricional do paciente pode influenciar a formação da estrutura dental, alterar a resposta das mucosas bucais frente aos microrganismos patogênicos, provocar alterações nas mucosas, especialmente língua e tecido gengival, e ainda atuar na função e na secreção de glândulas salivares. A dieta assume um papel de atuação tópica na superfície bucal, podendo provocar a erosão do esmalte e a cárie, que afeta de maneira negativa a qualidade de vida, pois pode provocar alteração na função da mastigação, dor, ansiedade e problemas sociais.
PALMA, D. ESCRIVÃO, M., A., M., S. OLIVEIRA, F., L., C. Guia de Nutrição Clínica na Infância e na Adolescência. Barueri, SP: Manole, 2009.
Dentes em perfeito estado e gengivas saudáveis dependem, como todos os tecidos, de um adequado suprimento de sangue para levar os nutrientes essenciais à cavidade oral. Suprimentos adequados de cálcio, de fósforo e de vitamina D, são essenciais para o desenvolvimento e calcificação dos dentes. Uma vez estes completados, a prevenção de cáries dentárias torna-se o principal objetivo, na qual a dieta tem muita influência.
BODINSKI, L., H. Dietoterapia: princípios e prática. São Paulo: Editora Atheneu, 2006.
A cárie dentária é uma doença infecciosa, envolvendo as estruturas dentais, o biofilme dental ou placa bacteriana (microrganismos) e a dieta como fatores locais.
PALMA, D. ESCRIVÃO, M., A., M., S. OLIVEIRA, F., L., C. Guia de Nutrição Clínica na Infância e na Adolescência. Barueri, SP: Manole, 2009.
A principal interação entre os fatores dietéticos e a placa dental envolve os glicídios, onde parte do amido consumido fica retida na cavidade oral, sobre as coroas ou em suas proximidades. A maltose e a glicose penetram na placa gerando um substrato nutritivo para os microrganismos resistentes. O glicídio mais importante na formação da placa e na etiologia da cárie é a sacarose.
Existem alimentos cariogênicos, cariostáticos e anticariogênicos.
Alimentos cariogênicos: frequência da ingestão de carboidratos e o tempo de permanência na boca para que as bactérias metabolizam os CHO fermentáveis e produzam ácidos. Os caramelos são muito agressivos em função da sua aderência à superfície do dente.
Alimentos cariostáticos: alimentos que não contribuem para a cárie (alimentos proteicos, ovos, peixes, carnes e aves, gomas de mascar e doces sem açúcar).
Alimentos anticariogênicos: impedem a placa de reconhecer o alimento acidogênico quando consumido primeiro (queijos, gomas de mascar de xilitol, pois estimulam a produção salivar, reduzem a placa bacteriana e aceleram o tempo de limpeza do alimento na superfície do dente).
Fatores que afetam a cariogenicidade dos alimentos:
-Frequência e consumo de CHO fermentáveis;
-Forma de alimentos: sólida que se dissolve lentamente;
-Sequência de consumo dos alimentos;
-Combinação dos alimentos;
-Composição dos nutrientes dos alimentos e bebidas;
Exemplo de cariogenicidade alta:
Consumir bebida adoçada 6x ao dia, doces ou calda de caramelo, consumir biscoitos no final de uma refeição, bolachas com geleia, leite com açúcar.
Prevenção:
-Escovar os dentes pelo menos 2 vezes ao dia (após-refeição);
-Enxaguar a boca após as refeições e lanches quando a escovação não for possível;
-Usar gomas de mascar sem açúcar por 15 a 20 minutos após as refeições e lanches;
-Usar fio dental 2 vezes ao dia;
-Usar pastas dentrifícias fluoretadas;
-Combine alimentos cariogênicos com cariostáticos;
-Limitar a alimentação e ingestão de líquidos de CHO fermentáveis entre as refeições.
Uma vez instalada a cárie dentária, o método de tratamento envolve o tratamento dentário restaurador, a higiene individual adequada da boca, as aplicações periódicas de flúor entre outros.
Tratamento nutricional
Dieta sem concentração de dissacarídeos;
Consumir alimentos cariostáticos como: queijos, chicletes com xilitol após as refeições durante 15 minutos;
Líquidos (água): os líquidos são importantes para hidratação e mecanismo de limpeza;
Fibras: são importantes pela limpeza e pelo favorecimento de irrigação;
Consistência da dieta: a liquida é menos cariogênica que a normal, pois é menor tempo de retenção e aderência na boca;
Cereais integrais (favorecem mecanismo de limpeza) associados a laticínios;
Alimentos ricos em vitamina C (síntese de colágeno): acerola, caju, laranja;
Alimentos ricos em vitamina B: fígado, gérmen de trigo;
Alimentos ricos em ácido fólico (suprimento sanguíneo adequado): feijão, espinafre, abacate;
Alimentos ricos em vitamina A (tecido epitelial): salsa, fígado, cenoura;
Alimentos ricos em vitamina D (absorção de cálcio e fósforo): sardinha, salmão, fígado de galinha.
Combinações de alimentos como: goiaba com queijo, banana com cereal e leite, cream cracker com queijo são menos cariogênicos;
Evitar:
Alimentos cariogênicos como: o açúcar , frutas secas, balas duras, banana pura, cream cracker puro, salgadinhos, bolos, tortas, chocolates, sorvetes, biscoitos recheados. Pães feitos com farinha branca e bebidas como refrigerantes e cervejas.
Doença periodontal
A periodontite é uma inflamação da gengiva com destruição do aparato de ligação do dente ao osso.
Tratamento nutricional: aumentar o consumo de proteínas para minimizar o catabolismo presente e favorecer a cicatrização, sem concentração de glicídios para evitar a fermentação, evitar frituras, aumentar o consumo de vitaminas com destaque para A, B, C, e folato visando à ação antiinflamatória cicatrizante e ao equilíbrio da barreira gengival, diminuindo assim a suscetibilidade à doença periodontal. Aumentar o consumo de minerais objetivando a cicatrização e a prevenção de anemia, com exceção do sódio, que deve ser ingerido em menores quantidades, devido à dor. Ingerir bastante líquidos, fracionar as refeições em mais vezes durante o dia, temperatura normal e sem extremos para evitar dor além da consistência liquida a pastosa da comida.
Úlceras aftosas (as famosas aftas)
É uma úlcera rasa de bordas mais ou menos regulares, cercada de eritema, recoberta por uma pseudomembrana, apresentando tendência a recidivas. São muitas vezes doloridas.
Tratamento nutricional: aumentar o consumo de proteínas, para minimizar o catabolismo e colaborar na cicatrização, rica em vitaminas. Devem-se evitar as frutas cítricas, chocolates e concentrados em sacarose a fim de minimizar a excitação da mucosa.
Cândida albicans
Causada por um fungo e constitui-se em placas branco-leitosas, com diminuição das papilas, ardência, sangramento, dor, febre. Pode infectar a boca, vagina e áreas úmidas na pele. 
Tratamento nutricional: 
Evitar: Pão, bolo, biscoito, queijos fermentados, batatas de todos os tipos, suco de laranja, qualquer coisa que contenha fermento, frituras, chimarrão, entre outros.
Evitar também: Frutas secas (ameixa, uvas-passa entres outras, que além de açúcar tem fungos e inseticidas). Nozes, castanhas e amêndoas em geral também são sujeitas a fungos. Amendoim é um grande formador de cândida. Vinagre de qualquer tipo. Comidas que provoquem reações alérgicas, pois enfraquecem o sistema imunológico e assim abrem mais portas para a cândida. Café e chá preto, porque contêm cafeína e afetam o equilíbrio do açúcar no sangue. Bebidas alcoólicas, que são basicamente açúcar fermentado. 
REIS, N., T. Nutrição Clínica Sistema Digestório. Rio de janeiro: Copyrigth: 2003.
Portanto, a alimentação de acordo com padrões adequados exerce um importante papel na determinação da saúde bucal, e pode, assim, auxiliar na preservação da saúde do indivíduo ao longo da vida. 
BATISTA,L. et. al. Alimentação, estado nutricional e condição bucal da criança. Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2007.

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