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VIAS DE ADMINISTRAÇAO DE MEDICAMENTOS

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VIAS DE ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS
PROFª ANNE EVELYNE FRANCO DE SOUZA
Via de administração 
Definição 
		É o caminho pelo qual uma droga (fármaco) é colocada em contato com o organismo.
Organismo 
Efeito 
Droga 
Interação 
Vias de administração 
Considerações para escolha
Ação desejada (efeito sistêmico/localizado)
Rapidez do efeito
Características físico-químicas do medicamento 
Dissolução da forma farmacêutica 
PRINCIPAIS VIAS DE ADMINISTRAÇÃO
Classificação das vias de administração 
1. ENTERAL
2. PARENTERAL 
3. TÓPICA 
4. OUTRAS 
1. ENTERAL
	O medicamento é administrado via trato digestivo.
Pela Boca (Via Oral)
Pelo Tubo Gástrico
Pelo Reto
2. Parenteral
		Administração direta (IV) ou indiretamente (IM) na corrente sanguínea.
Efeito sistêmico extremamente rápido 
IV: 100% de biodisponibilidade (fração do fármaco que atinge a circulação sem ser alterada e se torna disponível para a sua distribuição sistêmica)
3. Tópica
		O medicamento é aplicado diretamente no local onde deseja-se sua ação.
4. Outras
Inalatória 
Transdérmica ou Transcutânea
1.Enteral
1.1. Via Oral (VO)
Via de administr. da maioria das drogas nas mais diversas formas farmacêuticas (cápsulas, comprimidos, soluções, suspensões, etc) 
Absorção pela mucosa oral ou mucosa gastrintestinal, após deglutição
Forma mais segura, mais conveniente e menos dispendiosa de administração de fármacos
1.Enteral
1.2.Via sublingual
Absorção rápida de pequenas doses de alguns fármacos, 
Vasto suprimento sanguíneo e pouca espessura da mucosa absortiva: chega rapidamente na corrente sanguínea sem passar pelo metabolismo de primeira passagem
Ex.: anti-hipertensivos, ansiolíticos, nitroglicerina (vasodilatação das coronárias, artérias e veias periféricas em crises de angina, ICC).
1. Enteral 
1.3. Pelo Tubo Gástrico
sondas e tubos de alimentação/nutrição enteral (gastrostomia, jejunostomia)
1. Enteral 
1.4. Via Retal 
Via de escolha quando há vômitos persistentes, o animal está inconsciente quando não consegue deglutir, se deseja efeito local.
Administração de várias drogas em forma de supositório ou enema.
2. Parenteral 
2.1. Via Intravascular (IV)
Fármaco administrado diretamente na corrente sanguínea
Intra-arterial (desuso: ↑ pressão)
Intravenosa (IV) ou endovenosa (EV)
Soluções isotônicas, estéreis
Controle da dose
Rápida obtenção dos efeitos farmacológicos 
2. Parenteral 
2.1. Via Intravascular (IV) (cont.)
Administração
Direta: pequenos volumes
Bólus: – de 1 min
Lenta: de 3 a 5 min
Perfusão intermitente ou contínua: grandes volumes (min-hs)
Infusões de grandes volumes: flebóclise, venóclise ou perfusão endovenosa
Animais de grande porte: veia jugular
Cães e gatos: veias radial, femoral, caudal 
2. Parenteral 
2.2. Via Intramuscular (IM)
Fármaco sofre rápida difusão do músculo para corrente sanguínea 
Músculo estriado: rica vascularização e pouca inervação (fibras sensitivas)
Administração de volumes moderados de várias vacinas, soluções oleosas, suspensões 
Região glútea e Músculos da região posterior da coxa
2. Parenteral 
2.3. Via Subcutânea (SC)
Administração de medicamento na hipoderme (Via hipodérmica)
Absorção de forma lenta e gradual (suspensões e pellets) 
Absorção de forma contínua/constante (soluções)
Difusão do fármaco para o endotélio dos capilares vasculares e linfáticos
2. Parenteral 
2.3. Via Subcutânea (SC)
Mínimo traumatismo tecidual
Administração de pequenos volumes (soluções aquosas e suspensões não irritantes): 0,5 a 2,0 ml. 
Heparina (anticoagulante) e insulina (hipoglicemiante)
Locais de aplicação: face externa da porção superior do braço, face anterior da coxa, abdômen inferior (barriga), região glútea.
2. Parenteral 
2.4. Via Intradérmica 
Administração do medicamento na pele entre a derme e a epiderme
usada com fins diagnósticos em testes para alergia
baixa absorção sistêmica: produz efeito local (reação)
2. Parenteral 
2.4. Via Intradérmica 
administração de pequenas quantidades nas camadas mais externas da pele: 0,5ml ou menos
Local de aplicação: face ventral do antebraço (homem), abdômen (animais): pouca pigmentação, poucos pelos, pouca vascularização e fácil acesso
2. Parenteral 
2.4. Via Intradérmica 
Uso: diagnóstico de alérgenos
Ex.: tuberculina (teste para tuberculose) → Ag + Ac = resposta imune (inflamação, prurido, edema)
avaliar a presença de sensibilidade cutânea ao Mycobacterium spp., agente da tuberculose.
 ÂNGULO DE APLICAÇÃO
 POSIÇÃO DO BISEL
 TAMANHO DA AGULHA
 VOLUME ADMINISTRADO 
Principais vias parenterais
QUAIS SÃO ESSAS VIAS???? 
A, B, C, D??????
2. Outras vias parenterais
*Anestesias aplicadas entre as vértebras 
2.5. Via Epidural ou peridural 
injeção ou infusão do fármaco entre as vértebras, diretamente no líquor, no caso de substâncias de difícil passagem do sangue para o tecido nervoso 
soluções aquosas neutras e isotônicas rigorosamente estéreis e apirogênicas
aplicada no espaço entre a dura-máter e a parede do canal raquideano para cirurgias abdominais
Grandes quantidades de anestésicos, administradas continuamente por um cateter fixado na coluna vertebral
2. Outras vias parenterais
2.6. Via Intratecal ou subaracnóidea 
injeção ou infusão do fármaco entre as vértebras, diretamente no líquor, aplicada entre as membranas pia-máter e aracnóidea (SNC)
anestesia raquideana (“ráqui”)
Pequenos volumes de anestésicos, ação praticamente imediata, única aplicação, com duração limitada
2.7. Via Intraperitoneal (IP)
comumente utilizada em experimentação animal
administração de grandes volumes de drogas sistêmicas e fluidos (ou remoção: diálise peritoneal)
grande superficie de absorção (peritônio visceral): substâncias entram rapidamente na circulação 
raramente usada na clínica (perigos de infecção, perfuração de vísceras, formação de aderências)
2. Outras vias parenterais
2. Outras vias parenterais
2.8. Via Intracardíaca (IC)
exclusivo para casos extremos de reanimação cardíaca (‘ressuscitação’)
injeção direta de adrenalina no ventrículo esquerdo 
via de alto risco (perfuração pulmonar)
em desuso
2. Outras vias parenterais
2.9. Injeção Intra-articular
deposita as medicações diretamente na cavidade articular 
efeito antiinflamatório local, alívio de dores, preservar a função, prevenir contraturas e retardar a atrofia muscular 
Adm. de corticosteróides (AIES), anestésicos e lubrificantes (ácido hialurônico)
3. Via Tópica
3.1. Epidérmica ou Cutânea (aplicação sobre a pele)
Pele: efetiva barreira à passagem de substâncias
Absorção: depende da área de exposição, difusão do fármaco na derme (alta lipossolubilidade), temperatura e estado da pele. 
Formas farmacêuticas comumente empregadas: cremes, pomadas, pastas, óleos, loções, unguentos
3. Via Tópica
3.2. Ocular ou conjuntival
antibióticos para conjuntivite (colírios)
3. Via Tópica
3.3. Via otológica 
antibióticos e corticóides para otite externa 
3. Via Tópica
3.4. Intranasal
sprays (descongestionantes, limpeza) 
3. Via Tópica
3.5. Intramamária 
Via de escolha para tratamento de patologias de glândulas mamárias
Administração de fármacos de rápida difusão e ação farmacológica (tempo de permanência mínima nas glândulas mamárias no animal em lactação)
Baixa concentração de resíduos no leite
Mastite bovina: 
	inserção de cânulas (2-3mm)
3. Via Tópica
3.6. Via Gênito-urinária
Usualmente empregadas para obtenção de efeitos locais
Formas farmacêuticas: óvulos vaginais, geléias, cremes e pomadas.
4. Outras vias 
4.1. Inalatória 
Efeitos locais e sistêmicos (absorção pulmonar)
pequenas doses para rápida ação e minimização de efeitos adversos sistêmicos
inalação de anestésicos (cirurgias)
medicamentos sob a forma de gás ou contidas em pequenas partículas líquidas ou sólidas, geradas
por aerossóis ou nebulização
 
4. Outras vias
4.2. Transdérmica ou Transcutânea
Gera Efeitos sistêmicos (diferente da via tópica cutânea ou epidérmica)
Fornecimento de forma lenta e contínua do medicamento em baixas concentrações plasmáticas
doses diárias relativamente pequenas
Efeito durante muitas horas ou dias
Emplastro de opióides (analgésico potente) transdérmicos para terapia da dor, anticoncepcionais, nicotina 
UTILIZAÇÃO, VANTAGENS E DESVANTAGENS DAS VIAS DE ADMINISTRAÇÃO
VANTAGENS 
Segura
Prática e econômica
Administrações em dose única e/ou por longo período
Fácil administração
Indolor
Efeitos locais e sistêmicos
Formas farmacêuticas: cápsulas, comprimidos....
DESVANTAGENS
Grande período de latência (efeito: 4, 6, 8, 12hs após administração): poucas drogas 
Variação do grau de absorção 
Ação irritante (náuseas, vômitos e diarréia)
Efeito de “primeira passagem” 
Interação com alimentos
Propriedades organolépticas desagradáveis (cor, odor, sabor, consistência)
Via Oral
*RUMINANTES
RÚMEN
compartimento diluidor (60L bovinos e 4 a 5L ovinos e caprinos): altera a velocidade de absorção dos fármacos (VO) (Homem: 1,5 a 4L)
pH (5,5 a 6,5): dificulta a absorção de fármacos de caráter básico (forma ionizada: polar, hidrossolúvel, difícil absorção)
flora bacteriana: inativação de medicamentos por redução ou reações de hidrólise
Absorção de fármacos no TGI
Estômago (pH = 3,4): maior absorção de drogas com caráter ácido (forma não ionizada, apolar, lipossolúvel); pequena área de absorção e pouca vascularização; muco;
Intestino (pH = 7,4): maior absorção de drogas com caráter básico (forma não ionizada, apolar, lipossolúvel); grande área de absorção; grande vascularização.
Brodie (1964): “A forma não ionizada de uma droga será absorvida mais rapidamente do que a forma ionizada em qualquer lugar do TGI. No entanto, a velocidade de absorção de um fármaco no intestino será maior do que a no estômago mesmo quando o fármaco estiver predominantemente ionizado.”
Via Sublingual
VANTAGENS
Fácil acesso 
Período de latência curto (emergência); 
Cai direto na circulação sistêmica
Evita met. de 1ª passagem, enzimas digestivas e formação de complexos com alimentos
DESVANTAGENS
Uso restrito: imprópria para substâncias irritantes ou de sabores desagradáveis
Pouco utilizada em Medicina Veterinária (animais não tem consciência para ficar ‘segurando’ o cpdo)
Via Retal
VANTAGENS
Evita sistema porta e enzimas digestivas: Não sofre efeito de primeira passagem (biotransforma-ção hepática)
Casos em que a via oral está impedida; 
Animal inconsciente ou com vômito intermitente 
DESVANTAGENS
Absorção irregular e incompleta
Irritação da mucosa retal
Incômodo (animal e aplicador)
Fácil Expulsão
Uso restrito em Veterinária
Via Parenteral
Cuidados essenciais
	Assepsia do local e do material utilizado
Material utilizado
	Descartável
	Adequação ao tipo de medicamento e ao animal
Equipo 
Scalp 
Jelco ou gelcons 
Seringas e agulhas
Via Intravenosa
VANTAGENS
Cai direto na circulação sistêmica
100% BIODISPONÍVEL
Evita sistema porta e enzimas digestivas: Não sofre efeito de primeira passagem (biotransformação hepática)
Efeito extremamente rápido (ação imediata do medicamento)
Administração de pequenos e grandes volumes 
Introdução de substâncias irritantes (devidamente diluídas)
Controle da dose
DESVANTAGENS 
Sobrecarga circulatória
Infecções por contaminantes (septicemia)
Reações anafiláticas (Efeito imediato)
Flebites, tromboflebites
Administração por profissional competente, especializado
Material esterilizado
Maiores custos 
Acesso venoso em equinos
Em Bólus 
Acesso venoso em equinos
Fixação de catéter
Acesso venoso em equinos
Infusão 
Infusão em caprinos
Jugular externa
Acesso venoso em cães
Tricotomia 
Palpação da veia 
Inserção da agulha, escalpe, cateter, gelcon 
Acesso venoso em cães
Acesso venoso em suínos
Suínos
Fixação do equipo
Via Intramuscular
VANTAGENS
Efeito rápido com segurança da dose
Volumes pequenos a moderados
Veículos aquosos, oleosos, suspensões;
DESVANTAGENS
Via dolorosa
Substâncias irritantes ou com pH diferente podem acarretar processos inflamatórios e endurecimento no local de aplicação
Absorção relacionada com tipo de substância: 
Solução aquosa - Difusão rápida, 
Solução oleosa - Difusão lenta e dolorosa
Limitação de volume
Via Intramuscular
Músculo escolhido
Bem desenvolvido
Facilidade de acesso
Não possuir vasos de grande calibre
Não ter nervos superficiais no seu trajeto
Assepsia com álcool iodado
Aplicação de injeção intramuscular em equinos
Marcação base do pescoço 
Aspirar e injetar
Base do pescoço, quadrante superior externo das nádegas ou peitoral
Injeção IM em suíno
Base do pescoço ou quadrante superior externo das nádegas 
 Fonte: Lumb&Jones’
Via intramuscular – riscos
Trauma ou compressão acidental de nervos
*Homem: quadrante mais externo das nádegas para não pegar o nervo ciático
Injeção acidental em veia ou artéria
*Importante: aspirar antes de aplicar (se vier sangue não aplica)
Injeção em músculo contraído (quebrar agulha)
Lesão do músculo por soluções irritantes
Abscessos
Via Subcutânea
VANTAGENS 
Absorção lenta para suspensões e pellets
Ação prolongada
DESVANTAGENS
Irritação
Dor
Pequenos volumes
Via Subcutânea
Locais de aplicação
Regiões dorsal ou lateral do tórax ou do abdome
Via Inalatória
VANTAGENS
Absorção rápida e quase completa 
Ausência de efeito de primeira passagem hepática
Fácil aplicação
DESVANTAGENS
Difícil de se estabelecer uma dose adequada
Irritação do epitélio pulmonar
Via Tópica cutânea
VANTAGENS
Efeitos locais 
Fácil acesso
Poucos efeitos colaterais
DESVANTAGENS
Pele íntegra (barreira)
 X 
 Pele alterada (inflamada, com cortes: porta de entrada)
Composição da forma farmacêutica
Via Ocular
VANTAGENS
efeitos locais
absorção rápida pela córnea
DESVANTAGENS
absorção sistêmica por drenagem do canal nasolacrimal
efeitos farmacológicos sistêmicos indesejáveis

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