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O ROMANTISMO NO BRASIL 1

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O ROMANTISMO NO BRASIL
O progresso geral do Brasil durante e fase da permanência da Corte Portuguesa, imediatamente seguida pela Independência (1822), teve indisputável expressão cultural e literária. O Rio de Janeiro tornou-se, além da sede do governo, a capital literária, e, com a liberdade de impressão desencadeou-se intenso movimento de imprensa por todo o país, em que se misturavam a literatura e a política numa feição bem típica da época. O Romantismo coincidiu com a valorização das nossas tradições e origens, com a definição da nacionalidade. Fomos muito influenciados, desde o pré-romantismo, pelos europeus, entre eles Ferdinand Denis e Almeida Garret.
No momento em que o Romantismo brasileiro é natural pelos temas e pelo estilo, se preocupa com o sentido da sua universalidade.
O Romantismo brasileiro também procura exprimir as peculiaridades da natureza, história, costumes e língua dos brasileiros; o ideal da pureza amorosa contraposto às convenções sociais, o sentimento da natureza como um refúgio e o gosto pelas paisagens exóticas, a valorização do passado e do individualismo. Seu marco inicial é com a publicação de Suspiros poéticos e saudades (1836), de Domingos Gonçalves de Magalhães. Juntamente com Araújo Porto Alegre e Dutra Melo, Gonçalves de Magalhães publica, apoio de Dom Pedro!, a revista Nictheroy, com o objetivo de consolidar uma cultura brasileira.
CARACTERÍSTICAS
Três fundamentos do estilo romântico : o egocentrismo , o nacionalismo e liberdade de expressão .
O egocentrismo : também chamado de subjetivismo , ou individualismo . Evidencia a tendência romântica à pessoalidade e ao desligamento da sociedade . O artista volta-se para dentro de si mesmo , colocando-se como centro do universo poético . A primeira pessoa ("eu") ganha relevância nos poemas .
O nacionalismo : corresponde à valorização das particularidades locais . Opondo-se ao registro de ambiente árcade , que se pautava pela mesmice , vendo pastoralismo em todos os lugares , o Romantismo propõe um destaque da chamada "cor local", isto é , o conjunto de aspectos particulares de cada região . Esses aspectos envolvem componentes geográficos , históricos e culturais . Assim , a cultura popular ganha considerável espaço nas discussões intelectuais de elite .
A liberdade de expressão : é um dos pontos mais importantes da escola romântica . "Nem regra , nem modelos "- afirma Victor Hugo , um dos mais destacados românticos franceses . Pretendendo explorar as dimensões variadas de seu próprio "eu", o artista se recusa a adaptar a expressão de suas emoções a um conjunto de regras pré-estabelecido . Da mesma forma , afasta-se de modelos artísticos consagrados , optando por uma busca incessante da originalidade .
Como decorrência da supremacia do sujeito na estética romântica , o sentimentalismo ganha destaque especial . A emoção supera a razão na determinação das ações das personagens românticas . O amor , o ódio , a amizade o respeito e a honra são valores sempre presentes .
Na sua luta contra a racionalidade , o artista romântico valoriza todo e qualquer estado onírico , isto é , dominado pelo sonho , pela fantasia e pela imaginação . São momentos de suspensão passageira ou definitiva da razão que definem o ser humano passional , dentro do Romantismo . Toda loucura é válida .
E se o mundo não corresponde aos anseios românticos , o artista parte para a idealização criando um universo independente , particular , original . Nesse universo ele deposita suas aspirações de liberdade e à perfeição física. A figura da mulher amada , por exemplo , será associada à sempre um exemplo moral a ser seguido pelos leitores, por sua inteireza de caráter e sua moralidade irrepreensível .
Se de um lado temos sempre a figura do herói associada ao Bem , de outro é quase obrigatória nos romances a presença de um vilão , que encarna o Mal . Essa concepção moral de oposição absoluta entre Bem e Mal recebe o nome de maniqueísmo . No romantismo , o maniqueísmo constituiu mesmo a espinha dorsal das narrativas .
Normalmente , associamos o Romantismo a imagens de inocência e lirismo . Mas ele tem sua face escura e tétrica e trágica. O pessimismo romântico aparece nas referências à morte e no arrebatamento passional , que às vezes conduz à loucura ou aos finais infelizes .
A Natureza , tão fundamental no Neoclassicismo , ganhará contornos particulares no Romantismo . No primeiro estilo , servia sempre como pano de fundo harmoniosos para o cenário bucólico e pastoril . No segundo , acompanha os estados de espírito do poeta ou das personagens dos romances . Assim , momentos de tristeza ou desilusão corresponderão a paisagens lúgubres ; bem como instantes de alegria aparecerão sempre associados a imagens luminosas .
O romântico , ao desenvolver um mundo particular , pode transformá-lo em seu espaço de fuga : é o escapismo . As saídas , para o artista , são aquelas apontadas anteriormente : o sonho , a morte , a Natureza exótica . Ainda dentro do escapismo , destaque-se um espaço particular de fuga : o passado . Ele pode aparecer de forma pessoal , associado à felicidade inocente da infância , ou de maneira mais social , nas freqüentes alusões à Idade Média .
PRIMEIRA GERAÇÃO
Essa geração é nacionalista, indianista e religiosa. O indianismo brasileiro teve várias fases, começando por Anchieta (indianismo Barroco), Basílio da Gama (indianismo arcádico), ainda o indianismo exótico importado, o indianismo popular folclórico, o indianismo português, o indianismo romântico e o indianismo cultural, até que chega o indianismo gonçalvino (de Gonçalves Dias).
O índio estava dentro de Gonçalves Dias, em seu sentimento, na sua imaginação poética, estivesse ele no Brasil ou em Coimbra. O seu índio dos poemas líricos ou épicos seria índio mesmo, e não índio de cartão postal. Sua obra indianista está contida em Poesias Americanas, que são: "Canção do Exílio", "O Canto do Guerreiro", "O Canto do Piaga", entre outras.
Outro representante dessa geração é José de Alencar, que escreve não somente sobre o índio, mas sobre o Brasil como um todo, dos campos e das cidades, dos negros e dos índios, da burguesia e do povo e encontra sua própria dimensão, sua íntima razão literária. É a partir de seu exaltado romantismo que os futuros literatos do Brasil, irão traçar as diretrizes para a aquisição de um estilo nacional. 
SEGUNDA GERAÇÃO
É marcada pelo mal do século, apresenta egocentrismo exacerbado, pessimismo, satanismo e atração pela morte. Seus principais representantes são os poetas Álvares de Azevedo, Casimiro de Abreu, Fagundes Varela e Junqueira Freire.
Álvares de Azevedo, considerado uma mini-Byron brasileiro, construía os seus textos ora nebulosamente aéreos ora terrenamente pantagruélico e libertinos, era (pelo menos na poética reconstrução Pires de Almeida) de estrita ortodoxia ultra-romântica. O ambiente onde ele escrevia as suas bíblias do satanismo, como a "Noite na Taverna e Macário", era paradigmático.
Fagundes Varela era alcoólatra e contestava muito a sociedade burguesa, por isso sua obra representa a sublimação em transferência dessa voluntária vida e, no entanto sofrida jornada humana. Já sua poesia, em vez de egocêntrica, é voltada para os problemas sociais e políticos do Brasil, em alguns poemas defende a pátria, o índio e a nacionalidade e critica a escravidão. Em suas obras é possível perceber a abundância de imagens. Todas essas inovações de Varela foram retomadas e ampliadas mais tarde por Castro Alves.
TERCEIRA GERAÇÃO
Foi formada pelo grupo condoreiro, desenvolve uma poesia de cunho político e social. A maior expressão desse grupo é Castro Alves.
Toda a obra de Castro Alves pode ser lida em chave social e política, porque até mesmo os versos mais autobiográfica e intimistamente amorosos estão penetrados daquela consciência de pertencer a uma humanidade dolorosamente coral que no lamento de uma companheiro pode ouvir refletida a sua própria dor individual. Na sua poesia, reúnem-se,destarte, como um grande final, todas as linhas de força da poesia romântica brasileira: tanto no plano das influências externas quanto no das afinidades eletivas nacionais.
Joaquim Manuel de Macedo
Célebre por dar início à produção prosaica do romantismo brasileiro, Joaquim Manuel de Macedo ou Dr. Macedinho, como era conhecido pelo povo, escreveu um dos mais populares romances da literatura romântica do Brasil. O romance "A moreninha" fez um enorme sucesso dentre a classe burguesa brasileira que se sentia extremamente agradada por um novo projeto de literatura: A literatura original do Brasil. Uma literatura que continuava a seguir os padrões das histórias de amor européias tão populares entre a classe burguesa, mas que ao mesmo tempo inovava ao trazer tais histórias tão clássicas para ambientes legitimamente brasileiros que faziam os leitores identificarem os ambientes mencionados. Trata-se de um escritor que estava voltado para as narrativas urbanas e tinha como foco a cidade do Rio de Janeiro, capital do Império do Brasil, e a alta sociedade carioca em seus saraus e festas sociais. Seus romances em forma de folhetim, eram como as atuais telenovelas, só que escritos em episódios num jornal. As obras de Joaquim Manuel de Macedo apresentam uma visão superficial dos hábitos e comportamentos dos jovens da época, buscando ilustrar a pompa e o luxo da alta classe capitalista, e com isso, escondendo a hipocrisia e a dissimulação da burguesia. A grande importância de sua obra é em despertar no público brasileiro, o gosto pela produção literária nacional, ambientada em cenários facilmente identificáveis. Seus romances posteriores a "A moreninha" seguem sua mesma "fórmula". Dentre as principais obras de Joaquim Manuel de Macedo estão:
A Moreninha - É a história de um rapaz burguês que vai estudar medicina no Rio de Janeiro. Morando em uma república estudantil, Augusto, faz vários amigos, dentre eles Filipe que o convida para veranear na Ilha de Paquetá. Augusto aceita o convite, e ele e seus amigos apostam que ele não se apaixonaria por nenhuma moça, caso o fizesse, teria de escrever romances de amor revelando sua paixão. Augusto, contra a aposta com seus amigos, inevitavelmente se apaixona por Dona Carolina, irmã de Filipe, que recusa enamorar-se com Augusto pois em sua infância havia jurado amor eterno a um certo menino e Augusto, curiosamente, também havia jurado amor eterno e casamento a uma certa menina. Por fim, ao descobrirem que um era a paixão infantil do outro, entregam-se a esse sentimento. A pureza e discrição dos personagens, assim como a beleza de um amor pudico, conquistaram os leitores burgueses tornando esse romance um dos maiores sucessos do romantismo brasileiro.
O Moço Loiro
As vítimas-algozes
José de Alencar
José de Alencar é considerado o patriarca da literatura brasileira. Inaugurou novos estilos românticos e consolidou o romantismo no Brasil desenhando o retrato cultural brasileiro de forma completa e abrangente. E devido a essa visão ampla do cenário brasileiro, sua obra iniciaria um período de transição entre Romantismo e Realismo. Suas narrativas apresentam um desenvolvimento dos conflitos femininos da mulher burguesa do século XIX, já que seus romances a tinha como público alvo. Sua obra pode ser fragmentada em três categorias:
Romances Urbanos
Romances ambientados no Rio de Janeiro, protagonizados por personagens femininos, mostravam o luxo e a pompa das atividades sociais burguesas, no entanto apresentavam uma critica sutil aos hábitos hipócritas da burguesia e seu caráter capitalista. São exemplos de romances urbanos de José de Alencar:
Senhora - Faz crítica ao casamento por interesse, à hipocrisia, à cobiça e à soberba burguesa.
Lucíola - Critica o fato de a burguesia, que financia a prostituição durante a noite, ter aversão às mesmas durante o dia.
Diva - Ressalta a beleza das jovens e ricas burguesas, o virtuosismo e a pureza e, em contrapartida, critica o casamento por interesse financeiro.
Romances Regionalistas
Narrativas que se sucedem em centros afastados da capital imperial, ou seja, histórias que acontecem em lugares tipicamente brasileiros, mais pitorescos, menos influenciados pela cultura européia. Apesar de José de Alencar narrar seus romances regionalistas com uma incrível fluência e suavidade, as histórias narradas são superficiais devido ao fato de que o autor não viajara para as regiões que descreveu, mas pesquisara a fundo sobre elas. Basicamente, são romances que procuram ser mais fiéis ao projeto de brasilidade e propaganda do Brasil independente, o objetivo é fazer propaganda aos próprios brasileiros, expondo a diversidade do país. São Exemplos de romances regionalistas de José de Alencar:
O Gaúcho
O Sertanejo
O Tronco do Ipê
Romances Históricos e Indianistas
Romances que revelam a preocupação de José de Alencar em exibir o índio como herói nacional. Enquanto os autores românticos da europa retratavam o saudosismo através de menções à época medieval, no Brasil, Alencar procurou buscar na cultura indígena brasileira o passado fiel da história brasileira. Seus romances trazem uma linguagem mais original, com vocábulos do tupi, retratam o índio como símbolo de bravura, de pureza e de amor ao ambiente natural. Pode-se dizer que suas narrativas tendiam ao estilo poético por entrelaçar o caráter básico da prosa com o lirismo do gênero poético. Em resumo, suas obras utilizam o indianismo como forma de revelar um conceito mais original de brasilidade e criar um projeto de língua brasileira. Dentre as obras mais importantes de José de Alencar nesse ramo do romantismo, estão:
O Guarani
Ubirajara
As Minas de Prata
Iracema
A Importância da Obra de José de Alencar
Considerado o mais importante escritor do Romantismo brasileiro, é ele quem consegue expressar o perfeito retrato da cultura brasileira, explorando novas vertentes da produção literária, criando e abrindo caminhos para a criação de uma literatura brasileira original, ampla e de boa qualidade. E por isso foi o autor que mais se aproximou do objetivo da escola romântica, mesclando a idealização e o sonho com um realismo sutil, valorizando os elementos naturais da cultura brasileira e o índio como figura-mãe da original cultura brasileira. Suas obras foram capazes de inspirar nos burgueses o gosto pela leitura nacional e também, de inspirar diversos autores a seguir caminhos por ele traçados, concretizando assim seu projeto nacionalista de revelar o Brasil num todo.
Visconde de Taunay
Outro importante autor da vertente regionalista do romantismo brasileiro, que tomou por cenário de suas narrativas a província de Mato Grosso. Sua obra caracteriza-se pela precisão de detalhes e pela descrição minuciosa da paisagem mato-grossense, abusando de detalhes sobre a flora, a fauna e o relevo do cerrado central do Brasil. Seus romances apresentam a habitual estrutura romântica linear e acessórios realistas. Caracterizados por estarem integrados à vertente sertanista, preocupando-se em retratar de forma rica e real o ambiente particular da região centro-oeste brasileira. Dentre as principais de obras de Visconde de Taunay estão:
Inocência - O romance tem como protagonistas a pura e ingênua Inocência, que é vendida pelo pai ao fazendeiro Manecão, e Cirino, um curandeiro que se finge de médico para ganhar a vida e que numa de suas "consultas" cura Inocência e entrega uma carta ao pai da moça, Seu Pereira. Inocência e Cirino se apaixonam, e a frágil moça se torna forte em nome de seu real amor, num de seus encontros amorosos o casal é descoberto o que leva Seu Pereira e Manecão a planejarem uma emboscada para Cirino. Cirino e Inocência terminam mortos. Visconde de Taunay inova por apresentar um desfecho infeliz com a morte dos dois protagonistas.
A Retirada da Laguna
Manuel Antônio de Almeida
O que melhor descreve a sua importância no romantismo brasileiro é o seu envolvimento com o romance de costumes. Sua obra procurou retrataros hábitos, a moda, o folclore e a religiosidade das classes populares do início do século XIX, desmascarando violentamente a baixa sociedade brasileira colonial, o que a torna singular dentre as obras românticas que procuraram tratar dos costume e dos valores da alta sociedade imperial. Seu romance de costumes ironizava os padrões e normas românticos, criticava a desequilibrada baixa classe brasileira sarcasticamente e pôs em crise a idealização romântica devido ao fato de seus personagens serem malandros, cafajestes e praticamente marginais. Um dos principais traços da obra de Manuel Antônio de Almeida é o predomínio do humor sobre o dramático, suas personagens eram caricaturizadas, com ênfase aos seu defeitos, os acontecimentos da trama desmentiam as aparências das personagens (o quebra mais um padrão romântico cujas obras apresentavam acontecimentos que validavam as aparências das personagens). Seu romance era Picaresco, relativo a picadeiro, ou seja, eram romances cômicos e tendiam ao patético, substituindo o dramático habitual do romantismo por um humor crítico e sagaz. Sua produção apresenta uma ausência da tragédia humana em função de quebrar mais um cacoete romântico. Caracteriza-se como autor precursor do realismo por sua objetividade e sua descrença nos valores sociais, destruindo assim, o caráter subjetivo e bajulador do romantismo. Apesar de toda essa quebra de valores, não só a sua localização temporal, mas também a presença da linearidade e a proteção dos valores burgueses, encaixam a sua obra dentro do romantismo brasileiro. Dentre as obras de Manuel Antônio de Almeida destaca-se:
Memórias de um Sargento de Milícias - Conta a história de Leonardo, um homem que conta as memórias de sua vida desgraçada. Filho de Leonardo Pataca e Maria das Hortaliças, Leonardo foi abandonado ainda criança por sua mãe, que fugiu com um marinheiro, e por seu pai que não o queria. Passou a viver com o padrinho que não tinha filhos e o criara com muita dedicação, encobrindo todas as suas travessuras. Era um menino insuportável. Mais tarde torna-se um boêmio arruaceiro, que quase sempre era preso e logo depois solto teve por um bom tempo o sargento Vidigal em sua cola. Devido a essa freqüência na cadeia, Leonardo cria amizades no meio militar e logo, por apadrinhamento, ganha a patente de sargento de milícias. Após ganhar tal cargo, decide-se casar para fazer jus à sua patente casa-se com Luisinha que estava recém viúva e foi o primeiro amor na sua adolescência. "Memórias de um Sargento de milícias" causou um grande impacto no público burguês, sendo lido principalmente por intelectuais da literatura da época e alcançando o ápice de sucesso após a morte de Manuel Antônio de Almeida em um naufrágio. A narrativa é linear, apesar de "começar pelo final", é farta de humor, e o núcleo principal caracteriza-se pela falta de classe e de valores.
Os principais autores do Romantismo brasileiro são: 
Na poesia: Gonçalves de Magalhães, Gonçalves Dias, Casimiro de Abreu, Castro Alves. 
Na prosa: Joaquim Manuel Macedo, José de Alencar, Visconde de Taunay.

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