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Crescimento dos Incidentes Virtuais no Brasil – A Problemática do Cibercrime As novas tecnologias são uma realidade na vida cotidiana de grande parte das pessoas, as inovações tecnológicas foram responsáveis pela ruptura nas diversas formas de comportamentos e comunicações, permitindo inclusive interatividade em tempo real, com qualidade técnica cada vez melhor e na maioria dos casos demonstrando eficiência intuitiva, permitindo seu uso por pessoas com maior ou menor grau de instrução, crianças e idosos. Essa realidade também traz malefícios inerentes ao convívio social, digital ou não, onde pessoas mal intencionadas passam a explorar esse campo virtual com o infeliz intuito de delinquir. Dados do Cert.br mostram que entre 2013 e 2014 houve um crescimento de 500% dos crimes virtuais no Brasil, saltando de 85 mil para 450 mil crimes ou suspeita de crimes praticados na internet relacionados a fraudes virtuais. A SaferNet Brasil divulgou em meados de 2015 que houve aumento de 34,15% de sites com conteúdo racista e crescimento de 365,46% (sim, 365,46%) de sites com conteúdos xenofóbicos. Os dados são alarmantes e o crescimento de incidentes reportados ao CERT.br é vertiginoso, no gráfico é possível ver essa crescente. Fonte: CERT.br Um estudo realizado pela ONU na Conferência sobre Comércio e Desenvolvimento (Unctad, 2015) mostrou que o Brasil está entre os cinco países com maior número de crimes virtuais. De acordo com a Norton Security, em 2016 mais de 42 milhões de brasileiros foram vítimas de crimes cibernéticos, contra 22 milhões em 2013, acumulando prejuízo superior a U$S 10 bilhões. Mesmo com esses números, a pesquisa informou que mais da metade dos usuários de smartphones, notebooks, tablets e outros gadgets confiam que a proteção de fábrica é suficiente para evitar incidentes em seus dispositivos. Mais da metade dos incidentes reportados partiram do Brasil: Fonte: CERT.br Os dados mostram a importância de investimentos em segurança da informação como forma de proteção frente a realidade dos crimes digitais, seja através de testes de segurança, compliance digital, prevenção de perda de dados, inteligência competitiva digital e ações de contra inteligência. A empresa de consultoria Gartner apontou investimentos em cibersegurança próximos a U$S 80 bilhões em 2016. Também é de extrema importância o aculturamento por parte dos usuários, e para isso são necessários investimentos em educação digital, não apenas no que tange o comportamento dos usuários como quis o Marco Civil da Internet, mas também conhecimento sobre as novas tecnologias e formas seguras de utilização, sob pena da insegurança do ciberespaço desestimular seu uso, provocando prejuízos cada vez maiores e dando azo a um preocupante retrocesso. Rodrigo Coxe Advogado – 286338SP Profº. Universitário Mestrando em C.T.S (UFSCar)
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