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Alunos: Felipe Goulart, Ligia Novaes, 
Disciplina: Escola e Currículo - Turma: 0830 - Educadora: Bianca Guizzo 
Teorias do currículo: o que é isto?
O capitulo se inicia nos trazendo um breve conceito de Teoria, onde a mesma representa, reflete e espelha a realidade. A Teoria é uma representação, imagem, reflexo e um signo de uma realidade que cronologicamente existe. A Teoria do Currículo se inicia supondo que existe “lá fora” esperando para ser descoberta e explicada uma coisa chamada “currículo”. O Currículo seria um objeto que vem antes da Teoria, esta que só entraria em cena para descobri-lo, descrevê-lo e enfim explica-lo.
Os estudos sobre currículo nasceram nos Estados Unidos, nos anos vinte. Em conexão com o processo de industrialização e movimentos migratórios que intensificaram a popularização da escolaridade, houve um impulso por parte de pessoas ligadas a administração da educação, para racionalizar o processo de construção, desenvolvimento e testagem dos currículos. 
Neste período se desenvolveu uma “tendência” inicial, mais conservadora, a de Hobitt, nesta se buscava igualar o sistema educacional ao sistema industrial, utilizando o modelo organizacional e administrativo de Frederick Taylor. No modelo de Hobbitt o currículo deveria ser um processo industrial e administrativo onde os estudantes deveriam ser processados como um produto fabril. É importante ressaltar que “aquilo” que Hobbitt definiu como currículo, tornou-se realidade na época. 
Mais importante do que buscar a definição última de “currículo” é saber quais questões uma “teoria” do currículo busca responder. O ponto principal é saber qual conhecimento deve ser ensinado. Qual conhecimento ou saber é considerado importante para ser parte do currículo?
As teorias do currículo, tendo decidido quais conhecimentos devem ser selecionados buscam justificar por que “esses conhecimentos” e não “aqueles” devem ser selecionados. Mais precisamente, o currículo busca modificar as pessoas que vão “seguir” aquele currículo. Na medida em que as teorias do currículo deduzem o tipo de conhecimento considerado importante justamente a partir de descrições sobre o tipo de pessoa que elas consideram ideal a um determinado currículo. A cada um desses “modelos” de ser humano corresponderá um tipo de conhecimento, um tipo de currículo.
	Além de uma questão de conhecimento, o currículo também é uma questão de identidade. Podemos dizer que o currículo é também uma questão de poder. Privilegiar um tipo de conhecimento é uma operação de poder. Destacar entre as diversas possibilidades, uma identidade ou subjetividade como sendo a ideal é uma operação de poder. As teorias do currículo estão envolvidas em garantir o consenso de obter hegemonia. 
É a questão de poder que vai separar as teorias tradicionais das teorias críticas e pós-criticas do currículo. 
Teorias Tradicionais: Teorias neutras, científicas e desinteressadas. Acabam concentrando questões técnicas, se preocupam com questões de organização, técnica, visando a melhor forma de transmitir o conhecimento. 
Teorias Críticas /Pós-Criticas: Argumentam que nenhuma teoria é neutra, cientifica ou desinteressada, mas que está implicada em relação de poder. Estas teorias estão preocupadas com conexões entre saber, identidade e poder.
Uma teoria define-se pelos conceitos que utiliza para conceber a “realidade”. Os conceitos de uma teoria organizam e estruturam nossa forma de ver a “realidade”.
Neste sentido, as teorias críticas de currículo ao se deslocar do simples conceitos pedagógicos de ensino e aprendizagem para os conceitos de ideologia e poder, por exemplo, nos permitem ver a educação de uma nova perspectiva. Da mesma forma, ao enfatizarem o conceito de discurso em vez do conceito de ideologia, as teorias pós-críticas de currículo realizaram um importante deslocamento na nossa maneira de compor o currículo.

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