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POLUIÇÃO do SOLO - apostila

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MEIO AMBIENTE
Prof. Delfim S. Neves
POLUIÇÃO DE SOLO
POLUIÇÃO:
	É uma alteração indesejável (provocada pelas atividades e intervenções humanas), nas características físicas, químicas ou biológicas na atmosfera, litosfera e hidrosfera que cause ou possa causar prejuízo à saúde, à sobrevivência ou às atividades dos seres humanos e outras espécies ou ainda deteriorar materiais. 
POLUENTES antrogênicos:
	São resíduos gerados pela atividade humana, causando impacto ambiental negativo, ou seja, uma alteração indesejável. 
POLUIÇÃO DE SOLO RURAL
Até o advento da revolução industrial, os fertilizantes disponíveis eram quase sempre provenientes da produção própria e local obtida de resto de vegetais decompostos e dos excrementos de animais (estrume). Sendo naturais, sua biodegradação e incorporação às cadeias alimentares associados ao solo eram imediatas e não havia criação de desequilíbrios ou danos maiores.
A partir da produção do adubo artificial, aumentou o seu uso fazendo crescer os riscos de sua acumulação ambiental até concentrações tóxicas, tanto de nutrientes como de outros elementos tidos como impurezas no processo de fabricação.
Como qualquer processo físico, químico e biológico, a eficiência nunca é de 100%, provocando, em conseqüência um excedente que passa a incorporar-se no solo, fixando-se à sua parte sólida ou solubilizando-se e movimentando-se em conjunto com a água do solo. Estes elementos se solubilizam e são lixiviados, entrando nos cursos d’água elevando seus teores na água (contaminação) ou superfertilizando as águas (eutrofização). 
A parcela que se fixou no solo, tende acumular-se em concentrações crescentes que poderão torná-lo impróprio para a agricultura.
Defensivos agrícolas são classificados em grupos de acordo com o tipo de “praga” que combate:
Inseticidas; fungicidas; herbicidas; acaricidas; rodenticidas, etc.
Os primeiros defensivos foram sintetizados em busca de um efeito mais duradouro de sua aplicação. Em 1939, surge o DDT, de elevada resistência à decomposição no ambiente. Se por um lado ele foi eficaz no controle de doenças como a malária, no aumento da produtividade agrícola, por outro, sua permanência no ambiente aumentava suas chances de se disseminar na biosfera, seja por meio de fenômenos físicos (movimentação das águas e vento) e pelas cadeias alimentares.
 De repente, os resultados de pesquisas começaram a registrar a presença de DDT nas calotas polares e em órgãos de animais (bioacumulação) de habitats muito afastados dos locais de sua aplicação e em teores elevadíssimos. 
Os efeitos ambientais ou indiretos podem ser resumidos em:
Mortandade inespecífica. (mesmo quando são específicos para uma determinada praga eles circulam dentro da cadeia alimentar)
Redução da natalidade e da fecundidade de espécies. (mesmo naquelas que têm relações distantes na teia alimentar) 
A severidade dos efeitos depende:
Do agente ativo (princípio ativo) do produto
Da quantidade aplicada
Do modo como aplicação é feita
Muitas pragas podem ser controladas por ação de outros seres vivos (controle biológico) no lugar destes defensivos. Nesse caso, as espécies nocivas são controladas pelo uso ou a introdução de predadores naturais ou microorganismos que causem doenças específicas.
O manejo integrado de pragas (MIP) visa controlar as pragas de modo a minimizar as perdas econômicas por meio de sua redução populacional sem que seja necessária elimina-la.
Os métodos de controle devem ser aplicados de acordo com sua maior eficiência. Temos como exemplo: 
O controle biológico
 Mudanças no padrão de plantio
 Plantas resistentes (melhoradas geneticamente, transgênicas)
 O uso seletivo e correto de defensivos 
Uso de transgênicos tem como vantagens:
Aumento na produtividade.
Redução do custo de produção.
Tem como desvantagens:
A restrição de grandes mercados consumidores (Europa, Japão e China).
A lei de patentes que proíbe o uso de sementes transgênicas.
Não há resultados de pesquisas de efeitos crônicos de longo prazo.
SALINIZAÇÃO
Em locais de relevo mais baixo, em regiões áridas, semi-áridas e próximas do mar, apresentando elevadas concentrações de sais solúveis, pode haver a ocorrência salinização do solo.
 	A irrigação mal feita, bem como, o uso excessivo e contínuo de adubos químicos pode levar a esse processo.
	
POLUIÇÃO DE SOLO URBANO
A poluição de solo urbano é proveniente dos resíduos gerados pelas atividades econômicas típicas das cidades, como a indústria, comércio e serviços, além de residências.
Devido à grande quantidade produzida e sua baixa mobilidade, os resíduos sólidos são aqueles que se mostram mais intensamente no ambiente. Contudo, os resíduos líquidos que atingem os solos urbanos provenientes de efluentes líquidos de processos industriais e, principalmente de esgoto sanitário que não são lançados nas redes públicas de esgotos, podem chegar ao solo tendo como conseqüências a poluição que agride o olfato e a visão, problemas de saúde pública. 
	
Resíduos sólidos urbanos
	
São constituídos pelo o que chamamos de “lixo” (mistura de resíduos domésticos, comércio e serviços, atividades públicas, varrição de ruas) até resíduos especiais em geral problemáticos e perigosos, provenientes de processo industrial e atividades hospitalares.
Segundo a norma brasileira (NBR 10.004) eles podem ser classificados em:
- Resíduo Classe I ou perigosos: Constituídos por aqueles que isoladamente ou por mistura, em função de suas características de toxidade, inflamabilidade, corrosividade, reatividade, radioatividade e patogenicidade, podem apresentar riscos à saúde pública ou efeitos adversos ao meio ambiente, se manuseados ou dispostos sem devidos cuidados. 
- Resíduo Classe III ou inertes: Constituídos por aqueles que não se solubilizam ou que não têm em nenhum de seus componentes solubilizados, concentrações superiores aos padrões de potabilidade de água, quando submetidos a um teste padrão de solubilização 
Resíduo Classe II ou não inertes: São aqueles que não se enquadram em nenhuma das categorias anteriores.
Em geral a quantidade de lixo gerada por pessoa fica em torno de 0,6 a 0,7 Kg/dia, podendo chegar a 1 Kg em países desenvolvidos. 7.200 toneladas lixo/dia em uma cidade de 12 milhões de habitantes. 
DISPOSIÇÃO NO SOLO DO LIXO DOMICILIAR
	Em geral são orgânicos como: restos de alimentos, alguns resíduos como latas, vidros e sintéticos como o plástico.
	Em quase todos os processos de disposição são utilizadas as estações de transbordo ou transferência, onde o lixo será selecionado, compactado e em quantidades preestabelecidas e transferido para unidades de tratamento.
	
São processados basicamente de 4 maneiras: 
Incineração, Compostagem, Uso em biodigestor e Aterro sanitário.
 
INCINERAÇÃO
É um método que reduz em até 85% o peso e em 95% o volume, facilitando sua disposição final. É caro, pois o incinerador deve funcionar em temperaturas elevadas. Devem ser usados métodos para a retenção de gases nocivos (dioxinas) evitando jogá-los na atmosfera. 
Dependendo da natureza do lixo ele poderá ser usado como adubo ou na complementação asfaltíca. Pode-se aproveitar o poder calorífico do lixo através de acoplamento de sistemas térmico geradores de energia. 
A incineração é indicada para resíduos hospitalares e farmacêuticos, cujos vetores biológicos patogênicos são destruídos a altas temperaturas.
COMPOSTAGEM
Consiste na decomposição biológica controlada do lixo orgânico previamente separado dos demais componentes. Em pequenas quantidades, é disposto em pilhas (leiras) que são periodicamente revolvidas para garantir a aeração do material. Durante o processo, a temperatura pode atingir acima de 500C, quando é utilizada a irrigação para seu resfriamento e a sobrevivência de microorganismos decompositores. Após 2 ou 3 meses obtém-se o compostoque é então utilizado como adubo (pois contém nutrientes para as plantas) e melhora as condições físico-químicas do solo.
BIODIGESTOR
O conteúdo orgânico do lixo é submetido a decomposição biológica anaeróbica produzindo principalmente o gás metano (CH4) que é captado e utilizado para diversos fins. (consumo residencial e veículos).
ATERRO SANITÁRIO
 Consiste em dispor os resíduos sólidos sob a terra, segundo padrões de engenharia, de maneira a evitar danos ambientais e à saúde pública. O lixo é depositado em áreas de lençol freático profundo, dispostos em camadas de aproximadamente de 2m (células) alternadas com cerca de 15 cm de solo compactado.
Devido a grande quantidade de material orgânico, os microorganismos iniciam o processo de decomposição inicialmente aeróbico, passando posteriormente anaeróbico, ocorrendo aí a produção de gás metano e o chorume, um líquido escuro de odor desagradável. 
A fim de evitar a contaminação do solo, são instalados durante a execução do aterro, sistemas de drenagem (drenos) por onde passará o gás e o chorume que será transportado para lagoas de estabilização para ser completada sua decomposição. 
Ao término do aterro, após período de estabilização do solo, poderá ser utilizado para fins recreacionais.
Apesar de todos estes métodos, ainda existem os lixões a céu aberto que tanto prejudicam o ambiente como também causam inúmeras doenças e prejuízo a saúde pública, além da depreciação econômica das áreas ao redor.
RECICLAGEM
 
Nas últimas décadas, tem aumentado a pressão de países desenvolvidos para reduzir a quantidade de material descartado como o lixo para um único uso. O objetivo é a conservação de fontes naturais, incluindo a energia, reduções de volume de material que seriam dispostos em aterros ou incinerados.
A filosofia de gerenciamento de resíduos emprega os 3 Rs:
REDUZIR, REUTILIZAR, RECICLAR 
Os materiais freqüentemente coletados para reciclagem são: papel, alumínio, aço e vidro. Apesar disso, deve-se levar em conta, o custo da mão de obra, custos de energia e a poluição associadas à coleta, à seleção e ao transporte dos materiais para onde possam ser reutilizados, em qualquer análise de implantação envolvendo as operações de reciclagem.
METAIS PESADOS NO SOLO 
Os metais pesados acumulam-se freqüentemente na camada superior do solo, sendo acessíveis para as raízes das plantas cultivadas em plantações.
Os metais pesados podem ser retidos no solo por 2 vias principais:
Por adsorção (fixação dos metais pesados na superfície de outra substância) sobre partículas minerais.
Por complexação pelas substâncias húmicas das partículas orgânicas.
No primeiro caso, os íons de metais pesados (Cd, Hg) são adsorvidos, com freqüência, sobre as superfícies de materiais, principalmente, os orgânicos que estão em suspensão na água, em vez de encontrá-los como íons livres ou formando complexos com biomoléculas solúveis. Poluentes adsorvidos pelas plantas podem entrar na cadeia alimentar se tais partículas forem consumidas por organismos que se desenvolvem no fundo de corpos de água.
No segundo caso, os materiais húmicos (derivados do húmus) têm grande afinidade pelos cátions de metais pesados, de maneira que os retiram da água que possa através deles. A fixação ocorre em grande parte pela formação de complexos com íons metálicos através dos grupos COOH do ácido húmico.
Principais Metais pesados) 
	METAL
	APLICAÇÃO/ LOCAL DE CONTAMINAÇÃO
	SINTOMAS
	Alumínio
	Áreas urbanas e industriais.
	Osteomalacia, neurotoxidade,
 Seu acúmulo está associado à demência senil. (Alzheimer)
	Arsênio
	Usado na fabricação de inseticidas, dissecantes de plantas e detergentes, farmacêutica, e têxtil.
	Efeitos envolvem o sistema respiratório, gastrintestinal, cardiovascular e nervoso, pele, desordens neurológicas, fraqueza, perda de apetite, náuseas, etc.
	Bário
	Aplicado em fluido de perfuração.
	Náuseas, vômitos, diarréias, gastrenterite, paralisia muscular.
	Cádmio
	Usado em galvanoplastia, produção de ligas para proteção contra a corrosão, manufaturas de baterias e de cerâmicas de vidro e alguns biocidas. 
	Pneumonites agudas com edema pulmonar letal, náuseas, vômitos salivação, cãibras, problemas renais, etc. 
	Chumbo
	Aplicado na fabricação de baterias, pigmentos e produtos químicos.
	Fadiga, anemia, desordens neurológicas. Dependendo do nível e duração da exposição pode resultar em morte
	Cobalto
	Manufaturas de ligas e indústria do petróleo.
	Anorexia, náusea, vômitos, diarréias, perda do olfato, problemas gastrintestinais, trombose, etc.
	Cobre
	Usado na indústria de fiação elétrica, galvanização, produção de ligas e tubulações hidráulicas, conservante de pinturas.
	Queimação gástrica seguidas de vômitos e diarréia.
	Cromo
	Usado na fabricação de ligas, incineradores municipais, lodo de esgoto.
	Náusea, diarréias, danos ao fígado, aos rins, hemorragias internas, dermatites, bronquite, pneumonia, rinite, etc.
	Manganês
	Produção de ligas
	Insônia, alucinação, anorexia rigidez muscular.
	Mercúrio
	Produção de biocidas, Indústria farmacêutica e manufatura de polímeros sintéticos.
	Dores no peito, dispnéia, tosse, falta de ar, faringite, dores abdominais, náuseas, diarréias sanguinolentas
	Níquel
	Áreas industrializadas
	Exposição exagerada leva a irritação da pele, rinite e sinusite.
	Selênio
	Produção de vidro, retíficas, de ligas metálicas e de borracha.
	Queda de cabelos, enfraquecimento dos dentes, irritações nos olhos.
REMEDIAÇÃO DE SOLOS CONTAMINADOS 
As tecnologias disponíveis para a remediação (correção) de locais contaminados são:
Retenção ou imobilização
Mobilização
Destruição
Biorremediação
 
Em geral as técnicas podem ser aplicadas IN SITU (no local) ou EX SITU (removendo a matéria contaminada do local).
A Retenção constitui o isolamento dos resíduos do ambiente circundante (construindo paredes em volta e cimentados). 
Mobilização inclue a lavagem do solo (com água, solução aquosa ácida ou básica, solução com agentes quelantes).
A destruição se dá principalmente por incineração. 
A Biorremediação é o uso de organismos vivos, em geral microorganismos para degradar resíduos ambientais. É particularmente usada para a remediação de depósitos de lixo e solos contaminados com compostos orgânicos semivoláteis. Ela explora a capacidade de bactérias e fungos na degradação de muitos tipos de resíduos. O resultado é a eliminação permanente.
A eficiência da Biorremediação se dá nas seguintes condições: 
Os resíduos devem ser suscetíveis à degradação biológica e estar presente sob forma física disponível para os microorganismos.
2- Os microorganismos apropriados devem estar disponíveis.
As condições ambientais (pH, temperatura e O2) devem estar adequadas.
Um exemplo é a biodegradação de hidrocarbonetos por bactérias do solo quando a terra esta contaminada com gasolina ou petróleo.
BIORREMEDIAÇÃO
Durante a década de 60, foram descobertos microorganismos capazes de degradar produtos químicos xenobióticos.
Obs. Químicos xenobióticos – (xenos = estrangeiro) não naturais sintéticos. Exs:
 
 Herbicidas, Pesticidas, Solventes e outros compostos orgânicos.
Esses fungos e bactérias degradam os resíduos poluentes, tornando-os solúveis e, portanto, menos perigosos e impactantes 
A biorremediação in situ pode realizar-se fornecendo nutrientes para fortalecer os microorganismos já existentes ou adicionando novos e diferentes microorganismos ao local.
Na maior parte dos casos, as bactérias degradadoras convertem compostos químicos aromáticos em compostos facilmente metabolizáveis por outros organismos. 
As bactérias do gênero Pseudomonas constituem o grupo mais representativo. (detoxificam mais de 100 compostos orgânicos diferentes). 
O petróleo é formado por uma mistura complexa de hidrocarbonetos, as bactérias sofrem um processo de adaptação, passandoa reconhecer o petróleo como fonte de carbono. 
A Biorremediação usa, para a remoção de poluentes, o potencial fisiológico de bactérias. Estas transformam petróleo em biomassa, água e dióxido de carbono. São as chamadas bactérias Hidrocarbonoclásticas:
 
A resposta da comunidade bacteriana a derrames depende:
- Características do ambiente poluído
- Tipo de óleo e da sua concentração
- Quantidade e qualidade da matéria orgânica disponível nos sedimentos do local
- Tempo decorrido desde o derrame e o nº de exposições do local ao óleo
- Interações ambientais entre os componentes do petróleo e as populações bacterianas.
Vantagens:
Moderado investimento capital; Pouco gasto de energia; Segurança para o meio ambiente; Não criação de lixo e um Modelo auto-sustentável.
A técnica chega a ser 65% a 85% mais barata que outros modelos convencionais de descontaminação e tratamento de resíduos. Só para dar uma idéia, o custo para incinerar uma tonelada de resíduos varia de U$ 250 a U$ 300, enquanto que o tratamento biológico exige gastos da ordem de U$ 40 a U$ 70.
FITORREMEDIAÇÃO
Uso de vegetação para a descontaminação local eliminando os metais pesados e poluentes orgânicos. As plantas podem remediar poluentes por meio de 3 mecanismos principais:
Ingestão direta dos contaminantes e acumulação nos tecidos da planta (fitoextração).
Liberação no solo de substâncias bioquímicas, como enzimas que estimulam a biodegradação dos poluentes. 
Intensificação da degradação por fungos e bactérias localizadas na interface raiz–solo.
Vantagens: o custo baixo e benefícios estéticos. 
Desvantagens: as plantas crescem devagar.
RESÍDUOS PERIGOSOS
DEFINIÇÃO:
São aqueles que sozinhos ou combinados com outros podem ser nocivos, no presente e no futuro a saúde humana, a outros organismos e ao meio ambiente.
Devido ao seu grande número, torna-se complexa uma classificação aceita por todos. Além disso, novas substâncias surgem constantemente.
	Setor
	Fonte
	Resíduos perigosos
	
Serviços, Comércio e Agricultura.
	Veículos
Aeroportos
Lavagem a seco
Transformadores
Hospitais
Fazendas
Parques municipais, etc.
	Óleos lubrificantes.
Fluídos hidráulicos. 
Bifenilas policloradas (PBS).
Resíduos patogênicos.
Resíduos de pesticidas.
Embalagens contaminadas.
	
Indústrias de pequeno e médio porte.
	Tratamento de metais:
Galvanização Eletrodeposição
Fábrica de tintas.
Curtumes
	
Lodos contendo metais pesados.
Solventes, borras, tintas.
Lodos contendo cromo.
	
Indústrias de grande porte.
	Processo de extração da Bauxita (alumínio)
Refinaria de petróleo
Produção de Cloro
Química
	Resíduos de desmonte de cubas de redução.
Catalisadores, resíduos oleosos.
Lodos com mercúrio.
Resíduos de fundo de coluna de destilação.
CLASSIFICAÇÃO:
A - Biomédicos: (devem ser incinerados no mesmo local e as cinzas, depositadas em aterro sanitário).
- resíduos cirúrgicos;
- animais usados para experiências e cadáveres;
- embalagens de resíduos químicos e de drogas;
- bandagens, panos e tecidos empregados em práticas médicas;
- utensílios: agulhas, seringas;
- equipamento, alimentos e outros resíduos contaminados.
B - Químicos:
Grande quantidade de substâncias produzidas pela atividade industrial e utilizadas direta ou indiretamente pela sociedade.
Pouco se sabe sobre a atuação, quantidade e suas interações, para ter idéia do impacto ambiental.
 	Compostos de Hg, Pb, Cd e arsênico – tóxicos em baixas concentrações podem ser bioacumulados na cadeia alimentar, são lançadas na atmosfera pela queima de determinadas substâncias. Deve-se procurar efetuar a reciclagem de resíduos perigosos. Resíduos oriundos de subprodutos de processos industriais podem ser utilizados como matéria-prima em outros processos.
A disposição desses resíduos deve ser escolhida dependendo da:
Natureza do resíduo;
Das características do meio receptor;
Das leis vigentes;
Aceitação da sociedade.
Monitoramento de quantidades e características dos resíduos.
Disposição
- aterros de armazenamento;
- lagoas de espera;
- armazenamento em formações geológicas subterrâneas;
- injeções em poços.
- uso de tambores (muito usado, porem com alto risco de deterioração)
Deve-se observar a impermeabilização adequada do meio (não observado nos poços).
TRATAMENTO DE RESÍDUOS
	
Consistem em transformar de algum modo, os resíduos em materiais menos perigosos.
1º -Tratamento biológico: 
Por microrganismos que degradem as substâncias. O uso de Engenharia genética pode ser uma alternativa. Aplicável em: Fenóis, óleos e resíduos de refino de petróleo.
2º-Tratamento físico-químico: 
Consiste em separá-los da solução aquosa que os resíduos se encontram para serem concentrados para tratamento posterior. Processos de:
Absorção por carvão ativado;
Destilação;
Troca iônica;
Eletrodiálise;
Osmose reversa;
Recuperação de solventes.
 3º-Tratamento químico:
Tem como base as rações químicas.
 Ex.: Neutralização de ácidos e bases; Oxidação e redução de compostos;
 Remoção de metais pesados por meio de precipitação.
A situação do lixo no Estado do Rio de Janeiro
Estudo realizado pela Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe)
O volume de lixo coletado no Estado em 2009 foi de 19.681 toneladas/dia.
Volume coletado que teve destino correto esteve próximo de 11.613 toneladas/dia. Já 7.189 toneladas/dia de lixo não tiveram destinação adequada, e cerca de 880 toneladas/dia, não são coletados (ficam definitivamente no fundo de lagoas, rios e baias, ou largadas ao longo de estradas e em áreas desmatadas).
Destinação dos resíduos:
Rio de janeiro: Brasil:
Aterro sanitário = 66,4% Aterro sanitário = 56,8% 
Aterro controlado = 22,1% Aterro controlado = 23,9%
Lixão = 11,5% Lixão = 19,3%
Média de resíduos produzidos per capta/dia:
Rio de Janeiro = 1,2 kg/dia
Região Sudeste = 1,1 kg/dia
Brasil = 1,0 kg/dia
A porcentagem de Municípios do Rio de janeiro e a destinação que dão à seus resíduos:
Aterro sanitário = 13%
Aterro controlado = 9,8%
Lixões = 53%
Utilizam aterros sanitários vizinhos = 12%
Utilizam aterros controlados vizinhos = 1,1%
Utilizam lixões vizinhos = 3,3%
No estudo da Abrelpe, considerou-se o aterro de Gramacho com status de aterro controlado, porém o INEA (Instituto Estadual do Ambiente) diz que emitiu licenciamento que concede apenas a remediação e o encerramento do aterro de Gramacho, e que, portanto, este não pode ser considerado um aterro sanitário, mesmo que ele esteja recebendo intervenções, como a aproveitamento do gás metano e o controle na estabilidade do solo. Portanto, o Rio de janeiro sem incluir Gramacho, que muitos não consideram um aterro sanitário, o percentual de destinação inadequada do lixo passaria para 76%. São Paulo é o estado que mais destina adequadamente seu lixo. Em São Paulo, a destinação inadequada do lixo chega a 24%.
Hoje, 8 novos aterros, municipais ou privados, estão licenciados e logo entrarão em operação. O de Teresópolis é um exemplo. Estes aterros foram construídos por consórcio de municípios do interior do estado. Alem disso, outros 9 aterros novos estão sendo licenciados. Mesmo assim, o Estado do Rio de Janeiro ainda não alcançará 100% de destinação adequada de seu lixo.
O Rio de Janeiro possui produção de média de lixo per capta/ano de países desenvolvidos, porem com disposição final e coleta de seus resíduos de países pobres. Portanto, a questão sobre a gestão dos resíduos sólidos fica cada vez mais problemática em termos ambientais para os estados brasileiros.
Em países desenvolvidos que já alcançaram o percentualpróximo de zero em destinação inadequada de seus resíduos, nota-se a criação de uma variedade de soluções de gestão de resíduos, não ficando apenas na instalação de aterros sanitários. Um exemplo são as usinas de lixo biodigestoras (produzem energia a partir da queima do lixo, com filtragem dos gases). 
A perspectiva é que nós precisamos encarar os resíduos sólidos como um problema de saneamento básico, e a busca por alternativas para tratá-los adequadamente devem incluir a aplicação de novas tecnologias. Por exemplo, a utilização do biogás, ou mesmo a queima da biomassa como recursos para aproveitamento energético (energia limpa e renovável) já são uma realidade em vários paises. 	 
Plano plurianual (PPA) do município do RJ, Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Comlurb, Rio-águas, CEDAE, Diagnóstico do manejo dos resíduos sólidos urbanos 2007, Inventário de Emissões de Gases do Efeito Estufa do Estado do RJ 2005/Coppe-UFRJ
Pesquisa (2009):
Como o carioca percebe as questões ambientais tratadas no PPA?
Poluição do ar na cidade
	Regular 
	40%
	Bom / Muito bom
	20%
	Ruim / Muito ruim
	39%
Sujeiras, Acúmulo de Lixo em logradouros públicos
	Regular 
	29%
	Bom / Muito bom
	12%
	Ruim / Muito ruim
	59%
Poluição dos rios, córregos e riachos
	Regular
	31%
	Bom / Muito bom
	8%
	Ruim / Muito ruim
	60%
O Lixo Carioca em 2009
	
Volume total de lixo recolhido pela Comlurb – Lixo Domiciliar
	
9 mil ton./dia
	
Lixo público (varrição + retirado de comunidades)
	
4287 ton./dia
	
Cobertura da coleta regular do lixo pela Comlurb
	
100%
	
Volume de detritos capazes de serem reciclados 
(40% do lixo domiciliar)
	
1715 ton./dia
	
Cobertura atual da coleta seletiva pela Comlurb
	
41 bairros
	
Lixo reciclável recolhido atualmente pela Comlurb
	
19 ton./dia
	
Volume do lixo depositado no aterro de Gramacho
	
7,2 mil ton./dia
	
Volume do lixo depositado no aterro de Gericinó
	
1,8 mil ton./dia
	
	
Você deve lembrar que um gestor, principalmente da área ambiental deve saber alguns aspectos “muito importantes e recentes” sobre as determinações legais da gestão dos resíduos sólidos no Brasil.
Fiz um resumo de alguns destaques e alguns aspectos relevantes dessa nova legislação. 
Nova Política Nacional de Resíduos Sólidos (2010)
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Art. 1o 
Esta Lei institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos e dispõe sobre diretrizes gerais aplicáveis aos resíduos sólidos no País.
Art. 2o 
São diretrizes da Política Nacional de Resíduos Sólidos:
I - proteção da saúde pública e da qualidade do meio ambiente;
II - não-geração, redução, reutilização e tratamento de resíduos sólidos, bem como destinação final ambientalmente adequada dos rejeitos;
III - desenvolvimento de processos que busquem a alteração dos padrões de produção e consumo sustentável de produtos e serviços;
IV - educação ambiental;
V - adoção, desenvolvimento e aprimoramento de tecnologias ambientalmente saudáveis como forma de minimizar impactos ambientais;
VI - incentivo ao uso de matérias-primas e insumos derivados de materiais recicláveis e reciclados;
VII - gestão integrada de resíduos sólidos;
VIII - articulação entre as diferentes esferas do Poder Público, visando a cooperação técnica e financeira para a gestão integrada de resíduos sólidos;
IX - capacitação técnica continuada na área de resíduos sólidos;
X - regularidade, continuidade, funcionalidade e universalização da prestação de serviços públicos de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos, com adoção de mecanismos gerenciais e econômicos que assegurem a recuperação dos custos dos serviços prestados, como forma de garantir sua sustentabilidade operacional e financeira;
XI - preferência, nas aquisições governamentais, de produtos recicláveis e reciclados;
XII - transparência e participação social;
XIII - adoção de práticas e mecanismos que respeitem as diversidades locais e regionais;
XIV- integração dos catadores de materiais recicláveis nas ações que envolvam o fluxo de resíduos sólidos.
Art. 3o 
O Poder Público e a coletividade são responsáveis pela efetividade das ações que envolvam os resíduos sólidos gerados.
Art. 4o 
Aplicam-se aos resíduos sólidos, além do disposto nesta Lei e na Lei no 11.445, de 5 de janeiro de 2007, as normas estabelecidas pelos órgãos do Sistema Nacional do Meio Ambiente - SISNAMA, Sistema Nacional de Vigilância Sanitária - SNVS e pelo Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial - INMETRO.
Art. 5o 
Estão sujeitas à observância desta Lei as pessoas físicas ou jurídicas, de direito público ou privado, responsáveis direta ou indiretamente pela geração de resíduos sólidos e as que desenvolvam ações no fluxo de resíduos sólidos.
Art. 6o 
“Esta Lei não se aplica aos rejeitos radioativos, os quais deverão reger-se por legislação específica”.
Art. 7o 
Para os efeitos desta Lei, entende-se por:
I - análise do ciclo de vida do produto: técnica para levantamento dos aspectos e impactos ambientais potenciais associados ao ciclo de vida do produto;
II - avaliação do ciclo de vida do produto: estudo das conseqüências dos impactos ambientais causados à saúde humana e à qualidade ambiental, decorrentes do ciclo de vida do produto;
III - ciclo de vida do produto: série de etapas que envolvem a produção, desde sua concepção, obtenção de matérias-primas e insumos, processo produtivo, até seu consumo e disposição final;
IV - coleta diferenciada: serviço que compreende a coleta seletiva, entendida como a coleta dos resíduos orgânicos e inorgânicos, e a coleta multi-seletiva, compreendida como a coleta efetuada por diferentes tipologias de resíduos sólidos, normalmente aplicada nos casos em que os resultados de programas de coleta seletiva implementados tenham sido satisfatórios;
V - consumo sustentável: consumo de bens e serviços, de forma a atender às necessidades das atuais gerações e permitir melhor qualidade de vida, sem comprometer o atendimento das necessidades e aspirações das gerações futuras;
VI - controle social: conjunto de mecanismos e procedimentos que garantam à sociedade informações, representações técnicas e participações nos processos de formulação de políticas, de planejamento e de avaliação relacionados aos serviços públicos de manejo de resíduos sólidos;
VII - destinação final ambientalmente adequada: técnica de destinação ordenada de rejeitos, segundo normas operacionais específicas, de modo a evitar danos ou riscos à saúde pública e à segurança, minimizando os impactos ambientais adversos;
VIII - fluxo de resíduos sólidos: movimentação de resíduos sólidos desde o momento da geração até a disposição final dos rejeitos;
IX - geradores de resíduos sólidos: pessoas físicas ou jurídicas, públicas ou privadas, que geram resíduos sólidos por meio de seus produtos e atividades, inclusive consumo, bem como as que desenvolvem ações que envolvam o manejo e o fluxo de resíduos sólidos;
X - gerenciamento integrado de resíduos sólidos: atividades de desenvolvimento, implementação e operação das ações definidas no Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos, a fiscalização e o controle dos serviços de manejo dos resíduos sólidos;
XI - gestão integrada de resíduos sólidos: ações voltadas à busca de soluções para os resíduos sólidos, de forma a considerar as dimensões políticas, econômicas, ambientais, culturais e sociais, com a ampla participação da sociedade, tendo como premissa o desenvolvimento sustentável;
XII - logística reversa: instrumento de desenvolvimento econômico e social, caracterizada por um conjunto de ações, procedimentos e meios, destinados a facilitar a coleta e a restituição dos resíduos sólidosaos seus geradores para que sejam tratados ou reaproveitados em novos produtos, na forma de novos insumos, em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos, visando a não geração de rejeitos;
XIII - resíduos sólidos: resíduos no estado sólido e semi-sólido, que resultam de atividades de origem urbana, industrial, de serviços de saúde, rural, especial ou diferenciada;
XIV - reutilização: processo de reaplicação dos resíduos sólidos sem sua transformação biológica, física ou físico-química;
XV - manejo de resíduos sólidos: conjunto de ações exercidas, direta ou indiretamente, com vistas à operacionalizar a coleta, o transbordo, o transporte, o tratamento dos resíduos sólidos e a disposição final ambientalmente adequada de rejeitos;
XVI - limpeza urbana: o conjunto de ações exercidas, direta ou indiretamente, pelo Distrito Federal e pelos Municípios, relativa aos serviços de varrição de logradouros públicos; limpeza de dispositivos de drenagem de águas pluviais; limpeza de córregos e outros serviços, tais como poda, capina, raspagem e roçada, bem como o acondicionamento e coleta dos resíduos sólidos provenientes destas atividades; 
XVII - tecnologias ambientalmente saudáveis: tecnologias de prevenção, redução ou eliminação de resíduos sólidos ou poluentes, propiciando a redução de desperdícios, a conservação de recursos naturais, a redução ou eliminação de substâncias tóxicas presentes em matérias-primas ou produtos auxiliares, a redução da quantidade de resíduos sólidos gerados por processos e produtos e, conseqüentemente, a redução de poluentes lançados para o ar, solo e águas;
XVIII - tratamento ou reciclagem: processo de transformação dos resíduos sólidos, dentro de padrões e condições estabelecidas pelo órgão ambiental, que envolve a alteração de suas propriedades físicas, físico-químicas ou biológicas, tornando-os em novos produtos, na forma insumos, ou em rejeito.
DOS RESÍDUOS SÓLIDOS
Da Classificação dos Resíduos Sólidos
Art. 11. Os resíduos sólidos serão classificados:
I - quanto à origem:
a) resíduos sólidos urbanos: resíduos sólidos gerados por residências, domicílios, estabelecimentos comerciais, prestadores de serviços e os oriundos dos serviços públicos de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos, que por sua natureza ou composição tenham as mesmas características dos gerados nos domicílios;
b) resíduos sólidos industriais: resíduos sólidos oriundos dos processos produtivos e
instalações industriais, bem como os gerados nos serviços públicos de saneamento básico, excetuando-se os relacionados na alínea “c” do inciso I do art. 3o da Lei no 11.445, de 2007;
c) resíduos sólidos de serviços de saúde: resíduos sólidos oriundos dos serviços de saúde, conforme definidos pelo Ministério da Saúde em regulamentações técnicas pertinentes;
d) resíduos sólidos rurais: resíduos sólidos oriundos de atividades agropecuárias, bem como os gerados por insumos utilizados nas respectivas atividades; 
e) resíduos sólidos especiais ou diferenciados (perigosos): aqueles que por seu volume, grau de periculosidade, de degradabilidade ou outras especificidades, requeiram procedimentos especiais ou diferenciados para o manejo e a disposição final dos rejeitos, considerando os impactos negativos e os riscos à saúde e ao meio ambiente; 
II - quanto à finalidade:
a) resíduos sólidos reversos: resíduos sólidos restituíveis, por meio da logística reversa, visando o seu tratamento e reaproveitamento em novos produtos, na forma de insumos, em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos; 
b) rejeitos: resíduos sólidos que, depois de esgotadas todas as possibilidades de tratamento e recuperação por processos tecnológicos acessíveis e disponíveis, não apresentem outra possibilidade que não a disposição final ambientalmente adequada.
DAS RESPONSABILIDADES
Art. 17. 
Compete ao gerador de resíduos sólidos a responsabilidade pelos resíduos sólidos gerados, compreendendo as etapas de acondicionamento, disponibilização para coleta, coleta, tratamento e disposição final ambientalmente adequada de rejeitos.
Parágrafo 1º: A contratação de serviços de coleta, armazenamento, transporte, tratamento e destinação final ambientalmente adequada de rejeitos de resíduos sólidos, não isenta a responsabilidade do gerador pelos danos que vierem a ser provocados.
Parágrafo 2º: Somente cessará a responsabilidade do gerador de resíduos sólidos, quando estes forem reaproveitados em produtos, na forma de novos insumos, em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos.
Art. 18. 
O gerador de resíduos sólidos urbanos terá cessada sua responsabilidade com a disponibilização adequada de seus resíduos sólidos para a coleta.
Art. 19. 
No caso de dano envolvendo resíduos sólidos, a responsabilidade pela execução de medidas mitigatórias, corretivas e reparatórias será da atividade ou empreendimento causador do dano, solidariamente, com seu gerador.
Parágrafo 1º: A responsabilidade disposta no caput somente se aplica ao gerador de resíduos sólidos urbanos quando o dano decorrer diretamente de seu ato ou omissão.
Parágrafo 2º: O Poder Público deve atuar no sentido de minimizar ou cessar o dano, logo que tome conhecimento do evento lesivo ao meio ambiente ou a saúde pública.
Parágrafo 3º: Caberá aos responsáveis pelo dano ressarcir o Poder Público pelos gastos decorrentes das ações empreendidas para minimizar ou cessar o dano.
DAS PROIBIÇÕES
Art. 28. 
Ficam proibidas as seguintes formas de disposição final de rejeitos:
I - lançamento nos corpos hídricos e no solo, de modo a causar danos ao meio ambiente, à saúde pública e à segurança;
II - queima a céu aberto ou em recipientes, instalações e equipamentos não licenciados para esta finalidade;
III - outras formas vedadas pelo Poder Público.
Parágrafo único: No caso de decretação de emergência sanitária, a queima de resíduos a céu aberto poderá ser realizada, desde que autorizada e acompanhada pelo órgão ambiental competente.
Art. 29. 
Ficam proibidas, nas áreas de disposição final de rejeitos, as seguintes atividades:
I - utilização dos rejeitos dispostos, como alimentação;
II - catação em qualquer hipótese;
III - fixação de habitações temporárias e permanentes; 
IV - outras atividades vedadas pelo Poder Público.
Art. 30. 
Fica proibida a importação de resíduos sólidos e rejeitos cujas características causem danos ao meio ambiente e à saúde pública, ainda que para tratamento, reforma, reuso, reutilização ou recuperação.
Parágrafo único: Os resíduos e rejeitos importados que não causem danos ao meio ambiente e à saúde pública serão definidos em regulamento.
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