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Apostila de Parasitologia

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Livro didático – 2ª edição - 2007 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA – RS 
Centro de Ciências da Saúde 
Departamento de Microbiologia e Parasitologia 
Dra. Sílvia Gonzalez Monteiro 
Professora de Parasitologia Veterinária 
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Universidade Federal de Santa Maria 
Centro de Ciências da Saúde 
Departamento de Microbiologia e Parasitologia 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Este livro didático tem a finalidade de auxiliar os alunos em Medicina Veterinária no 
estudo dos parasitas dos animais domésticos. 
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INDICE: 
 
 
• Conteúdo Programático 13
• Conceitos em Parasitologia 17
• Tipos de Parasitos 17
• Tipos de Hospedeiros 18
• Tipos de Ciclo dos Parasitos 18
• Especificidade dos Parasitos 18
• Ação do Parasito sobre o Hospedeiro 18
• Períodos de Parasitismo 19
• Classificação dos Seres Vivos 19
• Regras Internacionais de Nomenclatura Zoológica 20
• Filo Arthropoda 22
• Classe Arachnida 23
• Ordem Acari (Acarina) 24
• Subordem Mesostigmata 24
• Família Dermanyssidae 24
o Gênero Dermanyssus 24
• Família Macronyssidae 25
o Gênero Ornithonyssus 26
• Família Laelapidae 26
o Gênero Laelaps 26
• Família Macrochelidae 27
o Gênero Macrocheles 27
• Família Varroidae 28
o Gênero Varroa 28
• Família Raillietidae 29
o Gênero Raillietia 29
• Subordem Metastigmata (Carrapatos) 30
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• Família Ixodidae (carrapatos duros) 30
o Gênero Rhipicephalus 33
o Gênero Boophilus 35
o Gênero Amblyomma 37
o Gênero Anocentor 38
• Família Argasidae (carrapatos moles) 38
o Gênero Argas 39
o Gênero Ornithodorus 40
o Gênero Otobius 41
• Pôster Carrapatos 42
• Subordem Astigmata (sarnas) 43
• Morfologia das Sarnas 44
• Família Sarcoptidae 45
o Gênero Sarcoptes 45
o Gênero Notoedres 45
• Família Cnemidocoptidae 46
o Gênero Cnemidocoptes 46
• Família Psoroptidae 47
o Gênero Psoroptes 47
o Gênero Otodectes 48
o Gênero Chorioptes 48
• Subordem Actinedida (Prostigmata) 54
• Família Cheyletidae 54
o Gênero Cheyletiella 54
• Família Myobiidae 54
o Gênero Myobia 54
• Família Demodecidae 55
o Gênero Demodex 55
• Família Trombiculidae 57
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o Gênero Trombicula, Eutrombicula 57
• Subordem Cryptostigmata 58
• Família Oribatidae 58
• Classe Insecta 59
• Classificação dos insetos 64
• Ordem Phthiraptera (Piolhos) 65
• Subordem Amblycera (Antenas escondidas) 66
o Gênero Menopon 67
o Gênero Menacanthus 67
o Gênero Heterodoxus 68
• Subordem Ischnocera (Antenas livres) 68
o Gênero Trichodectes 68
o Gênero Bovicola 69
o Gênero Felicola 69
o Gênero Goniodes 69
o Gênero Lipeurus 70
• Subordem Anoplura (Picadores - Sugadores) 70
o Gênero Pediculus 70
o Gênero Pthirus 72
o Gênero Haematopinus 73
o Gênero Linognathus 74
• Pôster Piolhos 76
• Ordem Hemiptera 77
o Família Reduviidae (Barbeiros) 77
• Gênero Panstrongylus 78
• Gênero Triatoma 78
• Gênero Rhodnius 79
o Família Cimicidae (Percevejos) 79
• Gênero Cimex 79
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o Gênero Ornithocoris 80
• Ordem Siphonaptera (Pulgas) 82
o Gênero Tunga 83
o Gênero Ctenocephalides 84
o Gênero Pulex 85
o Gênero Xenopsylla 85
• Pôster Pulgas 87
• Ordem Diptera 88
• Classificação dos Diptera 89
• Subordem Nematocera - Classificação 91
• Subordem Nematocera (Mosquitos) 92
o Gênero Anopheles 92
o Gênero Aedes 93
o Gênero Culex 94
o Gênero Culicoides 96
o Gênero Lutzomyia 98
• Gênero Simulium 100
• Subordem Brachycera Tabanomorpha (Mutucas) 102
o Gênero Chrysops 104
o Gênero Tabanus 105
• Subordem Brachycera Cyclorrapha (Moscas) 107
o Gênero Musca 108
o Gênero Fannia 109
o Gênero Stomoxys 109
o Gênero Haematobia 110
o Gênero Cochliomyia 111
o Gênero Chrysomyia 113
o Gênero Phaenicia 114
o Gênero Sarcophaga 114
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• Gênero Oestrus 115
• Gênero Dermatobia 116
o Gênero Gasterophilus 118
• Seção Pupipara 119
• Família Hippoboscidae 119
o Gênero Hippobosca 119
o Gênero Pseudolinchia 119
o Gênero Lipoptena 120
o Gênero Melophagus 120
• Filo Protozoa – Chave de Classificação 121
• Filo Protozoa (Unicelulares) 122
• Subfilo Sarcomastigophora 123
• Classe Mastigophora – Locomoção por Flagelos 124
o Gênero Tritrichomonas 125
o Gênero Giardia 126
o Gênero Histomonas 127
o Gênero Trypanosoma 128
o Gênero Leishmania 131
• Subfilo Apicomplexa 134
• Classe Sporoazida ou Coccidia 134
o Gênero Eimeria 136
o Gênero Isospora 137
o Gênero Cryptosporidium 138
o Gênero Toxoplasma 139
o Gênero Cystoisospora 137
o Gênero Neospora 140
o Gênero Hepatozoon 142
• Classe Piroplasmasida 144
o Gênero Babesia 144
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• Ordem Rickettsias 147
o Gênero Ehrlichia 147
o Gênero Anaplasma 149
• Helmintologia (Metazoários) 151
• Filo Plathelmintos (Vermes Achatados) 151
• Classe Trematoda (Vermes em forma de folha) 152
o Gênero Fasciola 153
o Gênero Eurytrema 154
o Gênero Paramphistomum 156
o Gênero Schistosoma 156
• Classe Cestoda (Vermes segmentados) 159
o Gênero Taenia 161
o Gênero Echinococcus 163
o Gênero Davainea 165
o Gênero Raillietina 165
o Gênero Dipylidium 166
o Gênero Amoebotaenia 167
o Gênero Anoplocephala 168
o Gênero Paranoplocephala 168
o Gênero Moniezia 170
o Gênero Thysanosoma 171
• Filo Nemathelminto (Vermes redondos) – Chave de 
Classificação 
173
• Classe Nematoda 174
• Ordem Rhabditida 176
o Gênero Strongyloides 176
• Ordem Oxyurida 178
o Gênero Oxyuris 178
• Ordem Ascaridida 179
o Gênero Heterakis 179
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o Gênero Ascaridia 180
o Gênero Ascaris 180
o Gênero Parascaris 181
o Gênero Neoascaris 182
o Gênero Toxocara 182
o Gênero Toxascaris 183
• Ordem Strongylida 184
o Gênero Strongylus 185
o Gênero Triodontophorus 188
o Gênero Syngamus 189
o Gênero Stephanurus 190
o Gênero Oesophagostomum 192
o Gênero Ancylostoma 194
o Gênero Bunostomum 196
o Gênero Trichostrongylus 198
o Gênero Haemonchus 199
o Gênero Cooperia 201
o Gênero Ostertagia 202
o Gênero Hyostrongylus 203
o Gênero Dictyocaulus 205
o Gênero Nematodirus 206
• Ordem Spirurida 207
o Gênero Habronema 207
o Gênero Draschia 208
o Gênero Dipetalonema 209
o Gênero Dirofilaria 210
• Ordem Enoplida 211
o Gênero Trichuris 211
o Gênero Capillaria 213
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o Gênero Dioctophyma 213
• TÉCNICAS 215
• Coleta e montagem de endoparasitas 215
• Pesquisa de ectoparasitas 217
• Pesquisa e coletade ácaros produtores de sarna 220
• Técnicas helmintológicas 221
• Técnica de Willis 222
• Técnica de Hoffman 222
• Técnica de Baermann 223
• Técnica de Sedimentação pelo acetato de etila 224
• Técnica de centrífugo-flutuação 225
• Técnica de Mac Master 225
• Exame direto de fezes 227
• Coprocultura 227
• Esfregaço direto de fezes 228
• Método da gota espessa 228
• Fórmulas 230
• Exame de fezes de cão e gato 232
• Exame de fezes de ruminantes 238
• Exame de fezes de suínos 246
• Exame de fezes de equinos 251
• Exame de fezes de aves 257
• Diagnóstico dos principias protozoários 261
• Principais
artefatos encontrados em exame de fezes 271
 
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Livro didático de Parasitologia Veterinária da Universidade Federal de Santa Maria 
Profa Silvia Gonzalez Monteiro 
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO 
 
Disciplina: Parasitologia Veterinária 
Curso: Medicina Veterinária 
Departamento: Microbiologia e Parasitologia 
Horas/aula: 90 
Validade: a partir de 2002 
 
EMENTA: Estudo morfológico, ecológico, 
biológico e sistemático dos principais parasitas 
dos animais domésticos. Estudo do controle e 
diagnóstico. 
 
OBJETIVOS: 
Oferecer aos estudantes do Curso de Medicina 
Veterinária: 
Conhecimentos sobre taxonomia, nomenclatura, 
sinonímias, morfologia, fisiologia, localização e 
hospedeiros dos parasitos dos animais 
domésticos. 
Conhecimentos sobre o ciclo evolutivo, a 
epidemiologia e a importância econômica dos 
parasitos dos animais domésticos. 
Aplicação das técnicas de diagnóstico 
parasitológico para identificação dos parasitas 
dos animais domésticos. 
 
MATERIAL PARA AULAS PRÁTICAS: 
Jaleco, Agulha histológica, pinça. 
 
AVALIAÇÕES: 
Os alunos serão avaliados através de duas 
provas (práticas, escritas e/ou orais) e 
apresentação de coleção de parasitas. 
 
COLEÇÃO: 
A coleção é composta por seis alunos. 
Os ectoparasitos devem ser entregues em 
álcool 70oC, identificados com nome do 
espécime, data e local da coleta. A etiqueta 
deve ser escrita em papel de seda à lápis e 
imersa dentro do vidro onde está o parasito. 
 
Os endoparasitos devem ser fixados em Railliet-
Henry (ácido acético+formol+água), 
identificados com nome do espécime, data e 
local da coleta. A etiqueta deve ser escrita em 
papel de seda a lápis e imersa dentro do vidro 
onde está o parasito. 
 
PROGRAMA DA DISCIPLINA: 
 
UNIDADE I 
 
INTRODUÇÃO A PARASITOLOGIA 
- Conceito 
- Definição de Parasito 
- Tipos de parasito 
- Tipos de Hospedeiro 
- Tipos de ciclos do parasito 
- Especificidade dos Parasitos 
- Ação do parasito sobre o hospedeiro 
- Períodos de Parasitismo 
 
REGRAS INTERNACIONAIS DE 
NOMENCLATURA 
-Classificação dos seres vivos 
-Classificação das Espécies, Gêneros, Famílias, 
-Ordem e Classes. 
 
UNIDADE II 
FILO ARTHROPODA 
1.1-CLASSE ARACHNIDA 
1.1.1-Ordem Acarina 
Subordem Mesostigmata 
13
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Livro didático de Parasitologia Veterinária da Universidade Federal de Santa Maria 
Profa Silvia Gonzalez Monteiro 
-Família Dermanyssidae 
-Família Macronyssidae 
-Família Laelapidae 
-Família Macrochelidae 
-Família Varroidae 
-Família Raillietidae 
 
Sub-Ordem Metastigmata 
- Família Ixodidae 
- Família Argasidae 
 
Sub-Ordem Astigmata 
- Família Sarcoptidae 
- Família knemidocoptidae 
- Família Psoroptidae 
 
Sub-Ordem Prostigmata 
Famílias: 
- Demodecidae- Demodex 
- Myobiidae- Myobia 
-Cheyletidae- Cheyletiella 
-Trombiculidae- Trombicula 
 
Sub-Ordem Cryptostigmata 
- Família Oribatidae 
 
1.2.- CLASSE INSECTA 
1.2.1. – Ordem Phthiraptera 
a- Sub-Ordem Amblycera 
- Família Menoponidae 
- Família Boopidae 
 
b- Sub-Ordem Ischnocera 
- Família Trichodectidae 
- Família Philopteridae 
 
c- Sub-Ordem Anoplura 
- Família Haematopinidae 
- Família Pediculidae 
 
1.2.2. – Ordem Hemiptera 
a- Sub-Ordem Gymnocerata 
- Família Reduviidae 
- Família Cimicidae 
 
1.2.3. – Ordem Siphonaptera 
a- Sub-Ordem Fracticipta 
- Família Hystrichopsyllidae 
 
b- Sub-Ordem Integricipta 
- Família Hectopsyllidae 
- Família Pulicidae 
 
1.2.4. –Ordem Diptera 
a- Sub-Ordem Nematocera 
- Família Culicidae 
- Família Ceratopogonidae 
- Família Simulidae 
- Família Psychodidae 
 
b- Sub-Ordem Brachycera Tabanomorpha 
- Família Tabanidae 
 
c- Sub-Ordem Brachycera Cyclorrhapha 
- Família Muscidae 
- Família Calliphoridae 
- Família Sarcophagidae 
- Família Oestridae 
- Família Cuterebridae 
- Família Gasterophilidae 
- Família Hippoboscidae 
 
UNIDADE III 
Protozoários 
- Conceito. Morfologia Geral 
- Endamoebidae, Trichomonadidae 
14
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Profa Silvia Gonzalez Monteiro 
- Hexamitidae, Mastigoamoebidae 
- Trypanosomatidae 
- Eimeridae 
- Sarcocystidae 
- Plasmodidae, Haemoproteidae, 
- Hepatozoidae 
- Babesiidae, Theileridae 
- Anaplasmataceae e Rickettsiaceae 
 
UNIDADE IV 
Trematoda 
- Conceito. Morfologia Geral 
- Fasciolidae, Dicrocoelidae 
- Paramphistomatidae 
- Schistosomatidae 
- Técnicas de exames de fezes 
 
UNIDADE V 
Cestoda 
- Conceito. Morfologia Geral 
- Taeniidae. 
- Davaineidae, Hymenolepidae 
- Dilepididae, Anoplocephalidae. 
 
UNIDADE VI 
Nematoda 
- Conceito. Morfologia Geral 
- Rhabditidae, Strongyloididae 
- Oxyuridae 
- Ascaridae, Subuluridae, Heterakidae 
- Ancylostomatidae, Syngamidae, 
- Stephanuridae. 
- Trichostrongylidae. 
- Protostrongylidae, Dioctophymatidae. 
- Spiruridae, Ascaropidae. 
- Physalopteridae. 
- Acuriidae, Tetrameridae, Thelazidae. 
- Dipetalonematidae, Filariidae, 
- Trichuriidae 
 
AULAS PRÁTICAS 
 
- Coleta e conservação de Artrópodes 
- Mallophaga e Anoplura 
- Diptera 
- Culicidae,Ceratopogonidae, Psychodidae e 
Simulidae 
- Brachycera e Muscidae 
- Calliphoridae, Sarcophagidae, Oestridae, 
Cuterebridae, Gasterophilidae 
- Acari, Gamasida e Oribatida 
- Ixodida e Acaridida 
- Coleta e conservação de Helmintos 
- Técnicas de exame de fezes 
- Morfologia de ovos e oocistos 
- Diagnóstico de Hemoparasitos 
- Identificação de larvas de Trichostrongylidae 
- Morfologia de Nematódeos 
- Morfologia de Cestódeos 
- Morfologia de Trematódeos 
- Morfologia de Protozoários 
 
BIBLIOGRAFIA 
BARRIGA, O. O. 2002. Las Enfermedades 
Parasitarias de los animales domésticos em la 
américa latina. Editorial Germinal, Santiago do 
Chile. 1a edição. 247 p. 
 
CARRERA, M. 1991. Insetos de Interesse 
Médico-Veterinário. Editora UFPR. 1a edição 
228 p. 
 
COSTA LIMA, A 1960. Insetos do Brasil – vols. 
1, 2 e 4. Ed. ENA/UFRRJ. 
 
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Contato: 
sgmonteiro@uol.com.br 
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Livro didático de Parasitologia Veterinária da Universidade Federal de Santa Maria 
Profa Silvia Gonzalez Monteiro 
FLECHTMANN, C. H. W. 1975. Elementos de 
Acarologia. Editora Nobel. 344p. 
 
FORATINI, O. P. 1973. Entomologia Médica. 
Volume 1-4 1a edição Universidade de São 
Paulo, 535 p. 
 
FORTES, E. 1987. Parasitologia Veterinária – 
Editora Sulina 453 p. 
 
FREITAS, M. G. et al – 1982. Manual de 
Acarologia Médica e Veterinária
6a edição 
UFMG, 252 p. 
 
GEORGI, J.R. Parasitologia veterinária. 
Philadelphia. Portuguesa, Saunders. 1980. 
 
HARDWOOD, R. F. & JAMES, M. T. 1979. 
Entomology in Human and Animal Health, 548 p 
HOFFMANN, R. P. 1987. Diagnóstico de 
Parasitismo Veterinário. Editora Sulina. 156 p. 
 
NEVES, J. 1983. Diagnóstico e Tratamento das 
Doenças Infecciosas e Parasitárias. Rio de 
Janeiro, Guanabara Koogan. 1248p. 
 
PESSOA, S. B. 1978. Parasitologia Médica – 
10a edição Guanabara Koogan. Rio de Janeiro. 
851 p. 
 
PINTO, C. 1938. Zooparasitos de Interesse 
Médico Veterinário. Pimenta de Mello & Cia, Rj. 
375 p. 
 
REY, L. 2001. Parasitologia. 3a ed. Rio de 
Janeiro: Guanabara-Koogan. 856 p. 
 
REY. L. 2002. Bases da Parasitologia Médica. 
Editora Guanabara-Koogan. Segunda edição. 
380 p. 
 
SLOSS, M. W. 1999. Parasitologia clínica 
veterinária. 60edição. Editora Manole. 208 p. 
 
SOULSBY, E. J. L. 1977. Helminths, Arthropods 
& Protozoa of Domestic Animals. 6aed. Lea & 
Febiger 824 p. 
 
URQUART,G.M.; ARMOUR, J.; DUNCAN, J. L.; 
DUNN, A. M.; JENNINGS, F. W. 1998. 
Parasitologia Veterinária. Segunda edição. 
Editora Guanabara koogan. 273 p. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
E-mail: sgmonteiro@uol.com.br 
Homepage: http://w3.ufsm.br/parasitologia 
E-mail laboratório:parasito@w3.ufsm.br 
16
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Contato: 
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Profa Silvia Gonzalez Monteiro 
I - CONCEITOS EM PARASITOLOGIA 
 
1) PARASITO: 
 Origem grega significa ser que se alimenta de 
outro (hospedeiro). 
Indivíduo que necessita outro ser para ter 
abrigo, alimento, para reproduzir e perpetuar a 
espécie. A relação parasita - hospedeiro é muito 
importante, por exemplo: 
 - Acantocéfalos e cestóides: têm uma 
dependência de 100 % do hospedeiro, pois 
necessitam deles para sua nutrição. 
 - Nematóides: têm uma dependência menor, 
pois possuem tubo digestivo e obtêm seu O2 no 
próprio habitat. 
 
2) ENDOPARASITOS: 
São aqueles que têm contato profundo com 
tecidos e órgãos dos hospedeiros. Ex: helmintos 
e protozoários. 
 
3) ECTOPARASITOS: 
São aqueles que têm contato com a pele dos 
hospedeiros. Ex: artrópodes (ácaros e insetos) 
como berne, carrapatos, pulgas. 
 
4) INFECÇÃO: 
 Invasão de um hospedeiro por organismos 
(vírus, bactérias, protozoários, helmintos).Termo 
 
 
 
utilizado para endoparasitos (pode ocorrer 
infecção sem haver manifestação de doença). 
 
5) INFESTAÇÃO: 
 É o estado ou condição de ser infestado, 
restrito à presença de parasitas externos.Termo 
utilizado para ectoparasitos. 
 
 
II - TIPOS DE PARASITOS: 
1) OBRIGATÓRIO: 
Aquele que precisa de um hospedeiro para 
sobreviver. Ex: Toxoplasma. 
 
2) FACULTATIVO: 
Aquele que pode ou não viver parasitando, ou 
seja têm fase de vida livre. Ex.: Sarcophagidae 
(As moscas são atraídas pelo exsudato das 
lesões, botam ovos, eclodem as larvas que se 
alimentam do tecido necrosado. Normalmente 
essas larvas são encontradas em animais em 
putrefação. 
 
3) ACIDENTAL: 
Acidentalmente entra em contato com o 
hospedeiro porém não evolui nele. Aquele que 
vai a outro lugar que não o ideal e fica por 
acaso. Ex.: Dipylidium. 
 
4) TEMPORÁRIO: 
Procura o hospedeiro somente para se 
alimentar. Ex.: pulgas e mosquitos. 
 
CAPÍTULO I 
 Conceitos e Classificação 
____________________________________________________________________________________ 
17
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Profa Silvia Gonzalez Monteiro 
5) PERMANENTE: 
Permanece no hospedeiro em todas suas fases. 
Ex.: sarnas. 
 
6) PERIÓDICO: 
 Apenas em uma determinada fase de sua vida 
é parasito. Aquele que parasita por tempo 
determinado. Ex: carrapato, berne, miíase. 
 
III - TIPOS DE HOSPEDEIROS 
 
1) DEFINITIVO (HD): 
É aquele onde o parasito é encontrado na sua 
forma adulta. Em protozoários, ele se encontra 
na fase sexuada. 
 
2) INTERMEDIÁRIO (HI): 
É aquele onde se encontra a forma imatura do 
parasito. Em protozoários, ele se encontra na 
fase assexuada. Ex: Anopheles (HI do 
Plasmodium). 
 
3) PARATÊNICO: 
Hospedeiro de transporte. É aquele que alberga 
o parasito. É quase indispensável, entra no ciclo 
por acidente. Ex: Heterakis (no ciclo do 
Histomonas). 
 
4) VETOR: 
Usado para Artrópodes. 
Podem ser: 
 - Mecânico: 
Mero transportador. Ex: o ácaro Macrocheles 
usa o besouro para se transportar. 
 - Biológico: 
 É como um HI, pois vai haver um 
desenvolvimento do parasito. Ex: a mosca do 
berne ovipõe na mosca de estábulo e passa de 
ovo à larva. 
 
IV - TIPO DE CICLO DO PARASITO 
 
1) MONOXENO: 
Infesta ou infecta diretamente seu HD, sem 
necessitar de HI. Ex: Haemonchus. 
 
2) HETEROXENO: 
Quando existe um ou mais HIs ou HDs . Ex: 
Ciclo de Dipylidium, Fasciola. 
 
V - ESPECIFICIDADE DOS PARASITOS 
 
1) ESTENOXENOS: 
Quando são muito específicos, só aceitam 
aquele hospedeiro. Ex: Plasmodium . 
 
2) EURIXENOS: 
Quando são pouco específicos, tendo uma 
variedade de hospedeiros. Ex: Toxoplasma . 
 
VI - AÇÃO DO PARASITO SOBRE O 
HOSPEDEIRO 
 
1) AÇÃO MECÂNICA: 
 A) Obstrução: como a de Ascaris, formam 
bolos de vermes no intestino e o obstruem. 
 
 B) Compressão: como a do cisto hidático, 
que conforme vai crescendo vai comprimindo os 
orgãos. 
 
2) AÇÃO ESPOLIADORA: 
Seqüestram nutrientes e fluidos do hospedeiro. 
Ex: Haemonchus. 
 
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3) AÇÃO INFLAMATÓRIA/ IRRITANTE: 
Penetração ativa de larvas na pele. Ex: 
Strongyloides papillosus. 
 
4) AÇÃO DE TRANSMISSÃO: 
Transmitem agentes patogênicos. Ex: Carrapato 
transmitindo Babesia. 
 
VII - PERÍODOS DE PARASITISMO 
 
1) PERÍODO PRÉ-PATENTE (PPP): 
Do momento da infecção até a maturidade 
sexual. 
 
2) PERÍODO PATENTE (PP): 
Da fase adulta até a fase de fim da vida dos 
parasitos ou fim da infecção. Em protozoários, é 
a fase de reprodução sexuada. 
 
CLASSIFICAÇÃO DOS SERES VIVOS 
 
-NECESSIDADE: 
Distribuição dos seres em grupos formados 
segundo as afinidades mais ou menos íntimas e 
que pareçam evidentes para o especialista. 
 
CLASSIFICAÇÃO NATURAL: 
Apoia-se em dados filogenéticos (estuda a 
evolução de um grupo ou espécie de plantas ou 
animais, estudo da evolução das espécies), 
ontogênicos (estudo da origem e 
desenvolvimento desde o nascimento até 
adulto) e biogeografia procurando evidenciar as 
diferenças e as relações de parentesco entre os 
pontos extremos da árvore genealógica dos 
seres vivos e que representam as espécies
atuais conhecidas. Desta forma procura-se 
esclarecer a história da evolução destes seres. 
 
CLASSIFICAÇÃO ARTIFICIAL: 
Apoia-se em caracteres de certos órgãos 
estudados pelo especialista e por ele escolhidos 
arbitrariamente. 
 
DIVISÕES: 
 
ESPÉCIE - é a reunião de indivíduos que 
possuem características semelhantes e que ao 
reproduzirem-se transmitem a sua descendência 
esses mesmos caracteres, dando origem assim 
a novos indivíduos igualmente semelhantes. 
A espécie distingue-se pelos seus caracteres 
próprios, porém podem possuir certo número de 
caracteres comuns com outros organismos que 
lhes são vizinhos. Descendência comum: Graus 
de variação quase que imperceptíveis; até em 
indivíduos da mesma geração, há grande 
semelhança entre eles. Cada grupo de 
indivíduos representante da unidade zoológica 
constitui uma espécie. São tão semelhantes 
entre si como os descendentes de um só 
indivíduo, tendo traços comuns a todos eles e 
que são denominados de caracteres 
específicos. 
 
VARIEDADE E RAÇA: 
Na mesma espécie podem ocorrer um ou mais 
grupos com uma ou várias pequenas diferenças 
da forma específica típica, e que se perpetuam 
na geração. Este grupo ou grupos recebem o 
nome de variedade ou raça. 
Pode desaparecer ao modificar o meio em que 
vivem. 
 
SUB-ESPÉCIE: 
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Formas intermediárias entre espécie e 
variedade. Grupo de indivíduos que apresenta 
dentro da espécie alguma característica 
particular que se transmite por herança. Ex: 
Felis catus domesticus. 
 
GÊNERO: 
A reunião de espécies chama-se de GÊNERO. 
Muitos gêneros, além dos caracteres que lhes 
são peculiares, apresentam (em comum com 
outros gêneros) certo número de caracteres 
também semelhantes, e a reunião desses 
grupos todos constituem um conjunto mais vasto 
que se denomina FAMÍLIA. 
Grupos de espécies consideradas próximas 
entre si pela comunidade de certos caracteres 
denominados genéricos, recebendo cada grupo 
o nome de gênero (genus). A validade dos 
caracteres genéricos apoiados em poucos 
caracteres podem carecer de base, pois a 
descoberta de grupos intermediários de 
espécies nas quais estes aspectos apresentam 
grande gama de variação, levam o especialista 
a agrupar vários gêneros sob uma designação 
única. 
 
GRUPOS SUPERIORES AO GÊNERO: 
Família – Terminam sempre em idae. Conjunto 
de gêneros que mantêm entre si grandes 
afinidades, oferecendo certo número de traços 
comuns. No caso da existência de famílias 
também com certo número de características 
comuns com outras famílias, sua reunião vai se 
constituir numa ORDEM. 
Ordem – Conjunto de Famílias. As diversas 
ORDENS do mesmo modo podem reunir-se 
formando uma CLASSE. 
Classe – Conjunto de Ordens. 
Ramo ou Filo – Conjunto de Classes. 
Os diversos ramos ou filos pertencem ao Reino 
animal ou ao Reino vegetal. 
 
TERMOS INTERMEDIÁRIOS: 
Há necessidade, em diversos casos, de 
fazermos grupamentos intermediários entre os 
diversos grupos, antepondo-se prefixos sub ou 
super conforme o grupamento situar-se 
respectivamente abaixo ou acima de um certo 
grupo. Desta forma, podemos Ter: FILO – sub-
filo, CLASSE – sub-classe. 
ORDEM – sub-ordem – super-família – FAMÍLIA 
– sub-família – Tribu. 
GÊNERO – sub-gênero – ESPÉCIE – sub-
espécie – variedade. 
 
REGRAS INTERNACIONAIS DE 
NOMENCLATURA ZOOLÓGICA 
 
Código que visa impedir confusões na 
designação científica dos animais 
uniformizando-a. Tem como ponto de partida a 
classificação de Linnaeus 1758. 
 
Nomenclatura Zoológica é o sistema de nomes 
científicos aplicados aos animais vivos ou 
fósseis. A nomenclatura zoológica é 
independente de outros sistemas. 
 
Uma só palavra (uninominal): 
O nome de um grupo superior à espécie. Ex: 
Necator (gênero), Ancylostomidae (família), 
Strongyloidea (superfamília), Nematoda 
(Classe). 
 
Duas palavras (binominal): 
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O nome de espécie. Ex: Necator americanus, 
Ancylostoma caninum. 
 
Três palavras (trinominal): 
O nome de subespécie. Ex: Hymenolepis nana 
fraterna, Trypanosoma vivax vienes. 
 
Parênteses: 
O nome de um subgênero é escrito dentro de 
parênteses, entre o nome genérico e o nome 
específico. Ex: Heterakis (Heterakis) gallinarum, 
Oesophagostomum (Bovicola) radiatum. 
 
A nomenclatura deve ser em latim ou latinizada; 
se for uma combinação arbitrária de letras deve 
ser formado de modo a ser tratado como palavra 
latina. 
 
O nome genérico (gênero) deve ser empregado 
como substantivo no nominativo singular e 
sempre escrito com a primeira letra maiúscula. 
Ex: Oxyuris equi, Babesia caballi. 
 
O nome específico (espécie) deve ser sempre 
escrito em letra minúscula. Um nome específico 
dedicado a uma mulher deve terminar em ae e 
se for para homem em i. Ex: cuvieri – ruthae. 
 
-O nome de uma sub-família é formado 
acrescentando-se inae. Ex: Culicinae 
 
-O nome de família é formado acrescentando-se 
idae. Ex: Eimeriidae 
 
-O nome de uma superfamília deve ter a 
terminação oidea. Ex: Strongyloidea 
 
-Tribo deve terminar em ini. Ex: Anophelini 
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FILO ARTHROPODA (ARTHRON= 
ARTICULAÇÃO, E PODOS=PÉS) 
 
CARACTERÍSTICAS: 
- Apêndices articulados. 
- Simetria bilateral. 
- Corpo geralmente segmentado (somitos, 
metâmeros) e articulado exteriormente. 
- Cabeça, tórax e abdômen diferenciados 
(insetos) ou fusionados (ácaros). 
- Exoesqueleto endurecido (quitina). 
- Fazem mudas. 
 
 
- Tubo digestivo completo. 
- Sistema circulatório aberto (a hemolinfa não 
está contida em vasos, é transparente, contém 
hemócitos e circula entre os órgãos). 
- Respiração por traquéias, brânquias e/ou 
pulmões. 
- Fecundação interna. 
- Presença de órgãos de sentido como antenas, 
pêlos sensitivos. 
- Reprodução sexuada. 
 
 
CLASSES DE IMPORTÂNCIA MÉDICA VETERINÁRI A: 
 
Classes ARACHNIDA INSECTA PENTASTOMIDA 
Exemplos Aranha, escorpião, 
carrapato e sarna. 
Piolho, pulga, mosca, 
mosquito. 
Linguatul ídeos. 
Regiões do corpo Cefalotórax, abdômen Cabeça, tórax, abdômen Corpo lanceolado 
Peças bucais Quelíceras, palpos Labro, mandíbulas, 
maxilas e lábio 
Dois pares de ganchos 
No de Antenas Áceros Díceros Áceros 
Pares de patas 4 pares patas 3 pares patas Ápodes 
Ciclo evolutivo Direto, exceto acarinos indireto Indireto 
CAPÍTULO II 
 Artrópodes 
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CLASSE ARACHNIDA 
Ordem Acarina (Acari) 
 
MESOSTIGMATA 
(sem dentes no hipostômio) 
 
METASTIGMATA 
(Estigma entre o 3o e 4o par 
de patas ou atrás do 4o par 
de patas e hipostômio com 
dentes recurrentes) 
 
PROSTIGMATA 
(estigma situado 
anteriormente) 
 
ASTIGMATA 
(sem estigma respiratório) 
 
ORIBATIDA 
Cryptostigmata 
(respiração 
cutânea) 
 
Dermanyssidae -Dermanyssus 
 
Macronyssidae- Ornythonissus 
 
Laelapidae- Laelaps 
 
Varroidae- Varroa 
 
Macrochelidae - Macrocheles 
 
Railletidae- Railletia 
 
 
 Argas 
Argasidae- Ornithodorus 
 Otobius 
 
 
Ixodidae- Rhipicephalus 
 Boophilus 
 Amblyomma 
 Anocentor 
 
 
Demodecidae- Demodex 
 
 
Myobiidae- Myobia 
 
Cheyletidae - Cheyletiella 
 
 
Trombiculidae- Trombicula 
(só a larva é parasita, com 
3 pares de patas) 
 
 Notoedres 
Sarcoptidae - Sarcoptes 
 
Knemidocoptidae- Knemidocoptes 
 
Psoroptidae- Psoroptes 
 Otodectes 
 Chorioptes 
 
 
 Myocoptidae- Myocoptes 
 
Analgidae- Megninia 
 
Acaridae - Ácaros da poeira 
 
 
Oribatuloidea 
 
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Ácaros - Mesostigmata 
FILO ARTHROPODA 
CLASSE ARACHNIDA 
 
ORDEM ACARI (ACARINA) 
CARACTERÍSTICAS: 
- Ácaros de pequeno porte. 
- Quelíceras modificadas e palpos curtos. 
- Cefalotórax e abdômen fusionados. 
- Corpo coberto por placas dorsais e ventrais. 
- Larvas com três pares de patas. 
- Ninfas e adultos com quatro pares de patas. 
- Respiração cutânea ou traqueal. 
 
SUBORDEM MESOSTIGMATA (Gamasida) 
(meso - mediano; stigmata - espiráculo) 
 
CARACTERÍSTICAS: 
- Um par de estigmas respiratórios ao nível da 
coxa II e III abrindo-se em peritremas 
alongados. 
- Presença de escudo dorsal. 
- Hipostômio desprovido de dentes recurrentes. 
- Podem ser de vida livre ou parasitas internos 
(vias respiratórias) ou externos de répteis, 
aves e mamíferos. 
- Podem ser vetores de agentes patogênicos, 
provocar reações cutâneas e alguns podem 
causar anemia. 
- Ciclo: ovo - larva - protoninfa - deutoninfa - 
adultos 
 
FAMÍLIA DERMANYSSIDAE 
 
GÊNERO: Dermanyssus 
ESPÉCIE: Dermanyssus gallinae 
 
CARACTERÍSTICAS: 
- Escudo dorsal redondo. 
- Quelíceras que terminam em quelas 
(bifurcação). 
- Todas as patas com garras e carúnculas. 
- Escudos truncados posteriormente. 
- Chamado vulgarmente de piolhinho, ácaro 
vermelho das aves). 
- Passa a maior parte do tempo fora do 
hospedeiro, em frestas e gaiolas. Quando no 
hospedeiro, preferem a região da cloaca. 
- Especificidade baixa e ciclo rápido (45 dias). 
 
HOSPEDEIROS: 
Parasita de galinhas e outras aves 
(principalmente canários). 
 
CICLO: 
PARTE I 
 Mesostigmata 
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Figura 1. Visão dorsal do ácaro das aves, 
Dermanyssus sp. 
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Ácaros - Mesostigmata 
A fêmea desse ácaro inicia a postura 12 a 24 
horas após se alimentar de sangue no 
hospedeiro. Ovos são depositados em fendas 
ou detritos acumulados no galinheiro, ninhos 
das galinhas ou de outras aves. As fêmeas 
fazem várias posturas sucessivas, sendo cada 
postura precedida de uma alimentação de 
sangue. 48 a 72 horas após a postura há a 
eclosão das larvas (estas não se alimentam) e 
em 24 a 48 horas passam a protoninfa. 24 a 48 
horas passam a deutoninfa (estas se alimentam) 
e em mais 24 a 48 horas passam a adultos. 
O ciclo todo pode ser completado em 7 dias. 
Adultos podem sobreviver até 4 a 5 meses no 
ambiente sem alimentação. 
O hábito alimentar é noturno. De dia são 
encontrados nos ninhos e frestas dos 
galinheiros. 
 
IMPORTÂNCIA EM MEDICINA VETERINÁRIA 
E SAÚDE PÚBLICA: 
- Provoca diminuição da postura, perda de 
peso, irritação, anemia, influencia no 
desenvolvimento das aves jovens. 
- Pode atacar o homem causando dermatites. 
- Podem ser vetores de agentes patogênicos 
(vírus, bactérias). 
- A anemia pode levar a morte dos animais. 
 
- CONTROLE: 
- Remoção dos ninhos das aves. 
- Limpeza dos galinheiros, gaiolas. 
- Aplicação de acaricidas nas paredes e pisos 
das instalações. 
- Higiene e isolamento das aves parasitadas. 
- Aquisição de aves livres de ácaros. 
 
FAMÍLIA MACRONYSSIDAE 
GÊNERO Ornithonyssus 
ESPÉCIES: Ornithonyssus bursa, 
Ornithonyssus sylviarum 
 
CARACTERÍSTICAS: 
- Escudo dorsal pontiagudo. 
- Quelíceras finas e longas. 
- Especificidade baixa e ciclo rápido. 
- Geralmente passa todo o ciclo sobre a ave. 
- Hematófago. 
- Fora do hospedeiro pode sobreviver até dois 
meses sem alimentação. 
- Localização preferida é na cloaca que fica com 
aparência de suja (escura), mas em grandes 
infestações é encontrado em todo o corpo da 
ave. 
 
HOSPEDEIROS: 
Galinhas e outras aves domésticas (perus, 
patos) e silvestres (pombos, pardais). 
 
ESPÉCIE: Ornithonyssus bacoti 
Figura 2. Dermanyssus sp. montado em 
lâmina 
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Ácaros - Mesostigmata 
 
CARACTERÍSTICAS: 
- Parasita de ratos silvestres, podendo parasitar 
ratos brancos e camundongos, pois podem 
entrar em laboratórios. 
 
CICLO: 
As fêmeas fazem a postura sobre o hospedeiro 
ou nos ninhos, sendo grande o número de ovos 
nas plumas das aves - As larvas eclodem em 
cerca de três dias (não se alimentam) - em 17 
horas passam a protoninfas que se alimentam - 
mais 1 a 2 dias passam a deutoninfas - mais 1 a 
2 dias à adultos. 
Ciclo pode ser completado em 7 dias. 
 
IMPORTÂNCIA EM MEDICINA VETERINÁRIA 
E SAÚDE PÚBLICA: 
Mesmo do gênero Dermanyssus. 
 
CONTROLE: 
Mesmo do gênero Dermanyssus, porém os 
animais devem ser tratados com acaricidas. 
 
FAMÍLIA LAELAPIDAE 
GÊNERO Laelaps 
ESPÉCIES: Laelaps nuttalli, Echinolaelaps
echidninus 
 
- O 1o par de patas é em forma de S e projeta-
se anteriormente. 
- Placa genito-ventral ou placa epiginial em 
forma de gota e escavada posteriormente. 
- Presença de cerdas no corpo. 
- Placa dorsal não é dividida e cobre quase todo 
o dorso. 
 
HOSPEDEIROS: 
Ratos 
 
CICLO: 
São ovovivíparos. A fêmea dá nascimento a 
larvas que não se alimentam após 10 a 12 horas 
da fecundação - em 3 a 8 dias passam a 
protoninfa - em 3 a 8 dias passa a deutoninfa - e 
em mais 5 a 6 dias a adultos. 
Habitam os ninhos dos ratos. 
Figura 4. Ácaro Laelaps sp. 
Figura 3. Ornithonyssus adulto. 
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Ácaros - Mesostigmata 
 
IMPORTÂNCIA EM MEDICINA VETERINÁRIA 
E SAÚDE PÚBLICA: 
Tem importância em animais de laboratório. O 
Echinolaelaps serve de hospedeiro definitivo de 
um protozoário (Hepatozoon muris) que se aloja 
no fígado dos ratos. 
Os ácaros adquirem o protozoário ao 
parasitarem ratos infestados. O rato ao ingerir o 
ácaro adquire a infecção. 
O Echinolaelaps pode provocar dermatite no 
homem. 
 
CONTROLE: 
Limpeza das gaiolas, esterilizá-las com calor, 
vapor, acaricidas. 
Aplicação de acaricida nos ratos. 
 
FAMÍLIA MACROCHELIDAE 
GÊNERO Macrocheles 
ESPÉCIE Macrocheles muscaedomesticae 
 
CARACTERÍSTICAS: 
- Quelíceras queladas fortemente. 
- Placa dorsal única. 
- Primeiro par de patas mais fino, mais longo e 
sem carúnculas e garras que os demais. 
- Escudo ventral e genital separados. 
- Encontra-se em fezes de ruminantes, eqüinos 
e aves de postura. 
- Alimentam-se de larvas de moscas e 
nematóides. 
- Funciona como controle biológico dos outros, 
pois os insetos carregam agentes patogênicos 
(bactérias). 
- Parasita outros artrópodes. 
 
HOSPEDEIROS: 
Moscas (principalmente Musca domestica) e 
outros insetos. 
 
CICLO: 
As fêmeas deste ácaro utilizam-se das moscas 
e outros insetos para dispersão e efetuam a 
postura nos locais de criação de mosca (fezes). 
As larvas eclodem em 6 a 10 horas apresentam 
3 pares de patas e não se alimentam. Em 6 a 11 
horas mudam para protoninfas, em 13 a 24 
horas para deutoninfas e levam quase 24 horas 
da fase de deutoninfa à adultos. 
Figura 5. Ácaro Macrocheles sp. 
Figura 6. Ácaro Macrocheles parasitando 
Musca domestica. 
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Ácaros - Mesostigmata 
O ciclo é completado em 2 a 3 dias. 
Enquanto a mosca completa 1 geração o ácaro 
completa 3 gerações. 
As fêmeas podem ficar ovipositando por até 24 
dias e cada uma coloca um total de 90 ovos. 
 
IMPORTÂNCIA: 
- Os adultos são predadores dos ovos e larvas 
de 1o ínstar de moscas, enquanto que as 
ninfas alimentam-se mais comumente de 
nematóides promovendo um controle 
biológico. 
- É problemático em insetos criados em 
laboratório. 
 
CONTROLE: 
- Por ser um problema em laboratórios, 
recomenda-se o uso de telas nas janelas e 
portas para impedir o acesso de moscas, já 
que estas podem estar dispersando os ácaros. 
- Pulverizar as fezes para controlar as larvas 
(não é ideal porque mata também os 
predadores e passada a ação do inseticida há 
uma superpopulação de larvas) e pulverizar o 
ambiente (instalações). 
 
CONTROLE BIOLÓGICO: 
É complicado por requerer ambiente úmido, 
porém não fluído e não se alimentam de larvas 
de 2o e 3o ínstar, consomem em média dez 
presas por dia, não são muito longevos (a fêmea 
vive em média três semanas). 
 
FAMÍLIA VARROIDAE 
GÊNERO Varroa 
ESPÉCIE Varroa jacobsoni 
 
CARACTERÍSTICAS: 
- Escudos desenvolvidos e bastante 
quitinizados (ex: escudo metapodal ou 
metapodossomal). 
- Patas bem desenvolvidas com ventosas. 
- Corpo mais largo do que longo. 
- A larva da abelha morre ou tem disfunção de 
alguma estrutura devido à alimentação do 
ácaro com hemolinfa. 
 
HOSPEDEIROS: 
Abelhas. 
 
CICLO: 
Pouco conhecido. Alguns estudos relatam a 
Figura 7. Visão ventral (acima) e dorsal de 
Varroa jacobsoni. 
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Ácaros - Mesostigmata 
preferência desse ácaro por zangões, pois estes 
têm livre acesso a outras colméias, levando a 
dispersão do ácaro. 
 
IMPORTÂNCIA: 
Ocorrem grandes prejuízos em apiários, 
principalmente em regiões frias pelo estresse, o 
ácaro parasita principalmente larvas e pupas, o 
que causa má formação dos insetos ou morte. 
Quando os insetos adultos são 
parasitados eles tem diminuição na sua 
produção e no caso de zangões há o perigo do 
ácaro alastrar-se para 
outras colméias 
Os prejuízos maiores são em colméias puras 
onde os insetos são mais sensíveis (Europa, 
EUA), no Brasil com os 
cruzamentos das espécies melíferas, estas 
adquirem maior resistência a esse ácaro. 
 
FAMÍLIA RAILLIETIDAE 
GÊNERO Raillietia 
CARACTERÍSTICAS: 
- Parasita o conduto auditivo externo. 
- Escudo dorsal sem forma. 
- Presença de placa anal. 
 
ESPÉCIES Raillietia flecthmanni, Raillietia 
auris, Raillietia caprae. 
 
HOSPEDEIROS: 
Raillietia flecthmanni - búfalos e bovinos 
Raillietia auris - bovinos 
Raillietia caprae - caprinos (principal) e ovinos 
 
CICLO: 
As fêmeas, machos e larvas localizam-se no 
ouvido externo do animal, as proto e deutoninfas 
no meio ambiente. As fêmeas dão nascimento 
as larvas (ovovivíparas) que não se alimentam. 
Esse ácaro provoca escarificação da pele do 
animal ao fixar-se (o pedicelo possui garras) o 
que leva a uma otite bacteriana subclínica 
(facilita a penetração das bactérias). Os 
zebuínos são mais sensíveis a esse ácaro do 
que o gado europeu, e a presença do ácaro no 
ouvido é comum nos animais (20-40 ácaros por 
ouvido). 
 
IMPORTÂNCIA EM MEDICINA VETERINÁRIA 
E SAÚDE PÚBLICA: 
Tem importância apenas como porta de entrada 
para bactérias e conseqüentemente otites 
bacterianas. 
 
CONTROLE: 
Limpeza e aplicação de acaricida no conduto 
auditivo, pois a presença do ácaro pode levar a 
otite. 
 
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Carrapatos - Metastigmata 
FILO ARTHROPODA 
CLASSE ARACHNIDA 
 
ORDEM ACARI (ACARINA) 
CARACTERÍSTICAS: 
- Ácaros de pequeno porte. 
- Quelíceras modificadas e palpos curtos. 
- Cefalotórax e abdômen fusionados. 
- Corpo coberto por placas dorsais e ventrais.
- Larvas com três pares de patas. 
- Ninfas e adultos com quatro pares de patas. 
- Respiração cutânea ou traqueal. 
 
SUBORDEM METASTIGMATA (carrapatos) 
(meta - atrás; stigmata - espiráculo) 
 
FAMÍLIA IXODIDAE 
 
CARACTERÍSTICAS: 
- Possuem um par de estigmas respiratórios ao 
nível da coxa IV abrindo-se em peritremas 
curtos. 
- Fêmeas com área porosa na base do capítulo. 
- Hipostômio com dentes recurrentes. 
- Carrapatos com escudo dorsal cobrindo toda a 
face dorsal no macho e somente 1/3 face 
dorsal da fêmea, ninfa e larva. 
- Podem ser vetores de agentes patogênicos, 
provocarem reações cutâneas e causarem 
anemia. 
- Dimorfismo sexual nítido. 
- Ciclo: ovo - larva - ninfa – adultos. 
 
CICLO GERAL DOS IXODÍDEOS: 
As fêmeas após se destacarem dos hospedeiros 
procuram um abrigo próximo ao solo, onde 
põem grande quantidade de ovos. 
O período de ovipostura é de vários dias. 
Terminada a oviposição as fêmeas morrem. 
Os ovos são castanhos, esféricos e pequenos. 
O desenvolvimento do ovo até adulto depende 
muito das condições de temperatura. As baixas 
temperaturas prolongam os estádios de 
desenvolvimento. 
Figura 9. Teleógina de carrapato. 
PARTE II 
 Carrapatos 
____________________________________________________________________________________ 
Figura 8. Escudo incompleto na fêmea e 
completo no macho de Ixodidae. 
Escudo 
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Durante o desenvolvimento os ixodídeos 
passam pelos estádios de larva hexápoda, ninfa 
octópoda e adulto. 
Larvas eclodidas sobem pelas gramíneas e 
arbustos e esperam a passagem do hospedeiro 
para os quais se transferem. 
Após sugar o sangue dos hospedeiros durante 
alguns dias, a larva sofre muda da cutícula e se 
transforma em ninfa. Esta que é octópoda 
espera alguns dias para o enrijecimento da 
cutícula, ingurgita-se de sangue e muda 
novamente de cutícula para se transformar em 
adultos (macho ou fêmea). 
As fêmeas repletas de sangue se desprendem 
do hospedeiro e no solo após um período de 
descanso, iniciam a ovipostura. 
Os machos permanecem mais tempo no 
hospedeiro. A cópula usualmente ocorre sobre o 
hospedeiro. 
 
CLASSIFICAÇÃO DO CICLO DE ACORDO 
COM O NÚMERO DE HOSPEDEIROS: 
1- Monoxeno - Carrapato de um só hospedeiro 
– É quando todos os três estádios (larva, ninfa e 
adulto) se alimentam no mesmo hospedeiro, 
Figura 11. Ciclo de Boophilus microplus. 
Figura 10. Postura de Ixodidae. 
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onde também realizam as mudas. 
 
2- Dioxeno – Carrapato de dois hospedeiros – 
Os estádios de larva e ninfa são no mesmo 
hospedeiro, onde também é realizada a primeira 
ecdise. A segunda ecdise se realiza no solo e o 
ixodídeo adulto procura um segundo 
hospedeiro. 
 
3- Trioxeno – Carrapato de três hospedeiros – 
Para cada estádio há um hospedeiro, todas as 
mudas são feitas fora do hospedeiro. 
 
Figura 12. Ciclo de um carrapato monoxeno. 
Amblyomma (Trioxeno)
Figura 13. Ciclo de um carrapato trioxeno. 
1- Larvas se alimentam no animal 
e ingurgitam. 
2- Larva muda para ninfa no solo. 
3- Ninfa se alimenta, ingurgita e 
deixa o animal. 
4- Ninfa muda para macho ou 
fêmea 
5- Machos e fêmeas copulam e se 
alimentam no animal. 
6- Fêmea vai ao solo fazer 
postura. 
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Chave para identificação dos gêneros da família Ixodidae encontrados no Brasil 
1- Escudo sem ornamentação 
 Escudo com ornamentação 
2 
4 
2- Olhos ausentes 
 Olhos presentes 
3 
4 
3- Festões ausentes e sulco anal anterior ao ânus 
 Festões presentes, sulco anal posterior ao ânus, segundo artículo dos palpos angular 
lateralmente 
Ixodes 
Haemaphysalis 
4- Festões presentes 
 Festões ausentes 
5 
6 
5- Com 11 festões e olhos presentes 
 Com 7 festões e olhos presentes 
Festões presentes somente nos machos, escudo usualmente sem ornamentação, coxa I 
com 2 espinhos longos, com 4 placas adanais ventrais (2 pouco desenvolvidas) 
Amblyomma 
Anocentor 
Rhipicephalus 
6- Sulco pós-anal ausente nas fêmeas e pouco evidente nos machos, Coxa I com dois 
espinhos curtos em ambos os sexos, com 4 placas adanais bem desenvolvidas 
Boophilus 
 
 
GÊNERO: Rhipicephalus 
 
CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: 
- Palpos e rostro curtos. 
- Base do gnatossoma geralmente hexagonal. 
Figura 14. Ninfa de Rhipicephalus sanguineus. 
Base do 
capítulo 
hexagonal 
Figura 15. Macho de Rhipicephalus 
sanguineus. 
Placas adanais 
OBS: 
Larvas – Possuem 3 pares de patas e escudo incompleto. 
Ninfas – Possuem 4 pares de patas e escudo incompleto. 
Fêmeas – Possuem 4 pares de patas e aparelho genital. 
Machos- Possuem 4 pares de patas, escudo completo e aparelho genital. 
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- Escudo sem ornamentação; olhos e festões 
presentes, coxa I bífida. 
- Machos com um par de placas adanais 
desenvolvidas e um par rudimentar. 
- Peritremas em forma de vírgula acentuados no 
macho e pouco acentuados na fêmea. 
 
ESPÉCIE: Rhipicephalus sanguineus 
 
HOSPEDEIROS: - Parasita de cães, mas pode 
parasitar também gato e carnívoros silvestres. 
 
CICLO: É um carrapato que exige três 
hospedeiros para completar o ciclo (trioxeno), 
pois todas as mudas são feitas fora dos 
hospedeiros. 
As fêmeas põem de 2000 a 3000 ovos em toda 
sua vida. 
 
 
PARÂMETROS BIOLÓGICOS 
PERÍODO DIAS 
Pré- postura 
Incubação 
Sucção da larva 
Muda da larva 
Sucção da ninfa 
Muda da ninfa 
Sucção da fêmea 
3 
17-60 
2-7 
5-23 
4-9 
11-73 
6-30 
 
 
SOBREVIVÊNCIA 
As larvas não alimentadas podem sobreviver até 
oito meses e meio. 
As ninfas seis meses. 
Adultos até 19 meses. 
 
IMPORTÂNCIA EM MEDICINA VETERINÁRIA 
E SAÚDE PÚBLICA: 
Este carrapato é comum em cães. 
Altas infestações provocam desde leves 
irritações até anemia por ação espoliadora. 
O carrapato pode atacar qualquer região do 
corpo, porém é mais freqüente nos membros 
anteriores e nas orelhas. É considerado o 
principal transmissor da babesiose
canina; a 
transmissão pode ser transovariana ou 
transestadial, pode também transmitir vírus e 
Figura 16. Cão parasitado por Rhipicephalus 
sanguineus. 
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bactérias. Pode atacar o homem causando 
dermatites. 
 
CONTROLE: 
-Aplicação de banhos carrapaticidas nos cães, 
repetindo-se o tratamento duas ou três vezes 
com intervalos de 14 dias. 
-Limpeza dos canis. 
-Aplicação de acaricidas nas paredes, teto e 
piso das instalações. 
-Higiene e isolamento dos cães. 
 
GÊNERO Boophilus ou 
Rhipicephalus 
Atualmente, após sequenciamento genético o 
gênero Boophilus passou a ser subgênero de 
Rhipicephalus, passando então a se chamar 
Rhipicephalus (Boophilus) microplus. 
 
CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: 
- Rostro e palpos curtos, achatados, rugosos 
lateral e dorsalmente. 
- Base do gnatossoma hexagonal. 
- Escudo sem ornamentação. 
- Olhos presentes. 
- Festões ausentes. 
- Peritremas arredondados ou ovais. 
- Machos com dois pares de placas adanais 
desenvolvidas e geralmente com 
prolongamento caudal. 
 
ESPÉCIE Rhipicephalus (Boophilus) 
microplus 
 
HOSPEDEIROS: 
Bovídeos, pode ser encontrado em outros 
hospedeiros domésticos e silvestres. 
 
CICLO: 
O R.(B.) microplus é um carrapato de um só 
hospedeiro (monoxeno). 
As fêmeas ingurgitadas (denominadas 
teleóginas) e prestes a darem início a 
ovoposição desprendem-se naturalmente do 
hospedeiro e no solo procuram um lugar 
apropriado para a ovipostura. 
A oviposição pode durar vários dias. As 
teleóginas realizam a postura de 3000 a 4000 
ovos que permanecem aglutinados. Terminada 
a ovoposição a fêmea morre. 
Figura 18. Macho de Boophilus microplus. 
Figura 17. Gnatossoma de 
Rhipicephalus (Boophilus) microplus 
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A duração do ciclo não parasitário varia muito 
dependendo das condições climáticas, sendo 27 
0C e 80% umidade as condições ideais para o 
desenvolvimento do ciclo. 
 
 
IMPORTÂNCIA EM MEDICINA VETERINÁRIA: 
1- Dano direto causado pela picada do 
carrapato, com irritação local e perda de sangue 
-A picada do carrapato provoca irritação e 
predispõe o animal a ataques de moscas – 
miíases. 
-A pele irritada serve de via de acesso para 
infecções secundárias. 
-Cada fêmea suga em toda a sua vida 1,5 ml de 
sangue, o que provoca anemia e perda na 
produtividade de carne e leite. 
-Desvio de energia: Há um enorme esforço do 
animal para compensar os danos causados pelo 
carrapato o que representa um desvio de 
energia que seria convertida para produção. 
-Desvalorização dos couros e diminuição na 
produção das vacas leiteiras. 
 
2- Inoculação de toxinas 
-Durante a sucção eles injetam substâncias 
tóxicas prejudiciais a saúde dos bovinos. 
-As picadas podem produzir uma paralisia que 
se inicia nos membros anteriores e em poucos 
dias atinge todos os órgãos. Não se tem notícia 
disso no Brasil. 
 
3- Transmissão de doenças 
-Transmite a Babesia e o Anaplasma agentes 
causadores da tristeza parasitária bovina. 
-Pode transmitir também viroses e bactérias. 
 
CONTROLE: 
*NAS PASTAGENS: 
a)Limpeza das pastagens 
Mudança de vegetação através de drenagem, 
calagem e gradagem do solo diminui 
consideravelmente a quantidade de larvas na 
pastagem. 
A limpeza, com corte de pastos, de arbustos 
(abrigos naturais das larvas) contribui para 
diminuição da infestação dos rebanhos. 
 
b)Rotação das pastagens 
Consiste na mudança dos rebanhos para novas 
pastagens em épocas estratégicas, de acordo 
com a biologia do carrapato. 
A pastagem deve permanecer em descanso por 
determinado tempo até que as larvas morram 
por falta de alimentação. 
 
c)Queima das pastagens 
É um método bastante utilizado no Brasil, porém 
pouco eficaz, pois algumas larvas não morrem 
porque penetram no solo ou nas partes mais 
profundas da vegetação. 
 
d)Tratamento das pastagens com 
carrapaticida 
Não compensa, é uma operação difícil e 
onerosa. 
 
*CONTROLE NO HOSPEDEIRO 
a)Banho de Imersão 
É o método preferido há vários anos. 
Utilizado para propriedades com grande número 
de animais, pois o custo das instalações e gasto 
com produtos químicos é alto. 
 
b)Aspersão ou spray 
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É econômico e prático, utilizado em pequenas 
propriedades. 
Os resultados dependem muito da habilidade e 
do cuidado do operador. 
O jato de deve molhar o animal no sentido 
oposto a implantação do pelos. 
É mais seguro que o de imersão para animais 
novos e vacas gestantes. 
Deve-se seguir a risca as instruções dos 
fabricantes dos carrapaticidas. 
 
RECOMENDAÇÕES NA APLICAÇÃO DOS 
BANHOS: 
- Verificar o nível da suspensão ou emulsão no 
tanque carrapaticida, ajustando o volume com 
adição de água ou de carrapaticida. 
- Homogeneizar a emulsão ou suspensão, 
revolvendo o sedimento antes de banhar o 
gado. 
- Fazer a recarga do banheiro de acordo com as 
instruções do fabricante. 
- Banhar os animais descansados e sem sede. 
- Banhar os animais nas horas mais frescas do 
dia. 
- Evitar exposição dos animais ao sol quente. 
- Evitar banhar os animais em dias de chuva, e 
não deixar que entrem em açudes após o 
banho. 
- Enviar ao laboratório se preciso, amostras do 
banho para medir concentração do 
medicamento. 
 
GÊNERO Amblyomma 
 
CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: 
- Palpos e hipostômio longos. 
- Geralmente ornamentado. 
- Olhos e festões presentes. 
- Base do gnatossoma de formas variadas. 
- Placas adanais ausentes no macho. 
- Peritremas em forma de vírgula ou triangular. 
 
ESPÉCIE Amblyomma cajennense 
 
HOSPEDEIROS: 
- Parasita a maioria dos animais domésticos e 
alguns silvestres. 
- Pode parasitar o homem. 
 
CICLO: Figura 19. Peritrema de Amblyomma. 
Figura 20. Carrapato Amblyomma sp. 
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É um carrapato que exige três hospedeiros para 
completar o ciclo (trioxeno), pois todas as 
mudas são feitas fora dos hospedeiros. 
A fêmea põe de 6000 a 8000 ovos em toda sua 
vida. 
 
IMPORTÂNCIA:
Pode transmitir vários agentes patogênicos, 
como Borrelia, agente da doença de Lyme e 
Rickettsia rickettsi causadora da febre 
maculosa. 
A sua picada pode originar ferimentos na pele 
de cura demorada. 
 
CONTROLE: 
Mesmo do Rhipicephalus. 
 
GÊNERO Anocentor 
. 
CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: 
- Rostro e palpos relativamente curtos. 
- Peritremas circulares (parece um dial de 
telefone). 
- Escudo sem ornamentação. 
- Com sete festões. 
- Coxas IV muito maiores que as demais. 
- Sem placas adanais. 
 
ESPÉCIE Anocentor nitens 
 
HOSPEDEIROS: Eqüídeos. 
 
LOCALIZAÇÃO: Principalmente no pavilhão 
auricular. 
 
CICLO: 
Monoxeno. 
As fêmeas põem em média 3000 ovos no solo. 
As larvas podem resistir até 71 dias sem se 
alimentar quando as condições são favoráveis. 
 
IMPORTÂNCIA: 
Pode transmitir vários agentes patogênicos 
como Babesia. 
A sua picada pode originar ferimentos na pele 
com até perda da orelha. 
Favorece miíases. 
 
FAMÍLIA ARGASIDAE 
CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: 
- Não possuem escudo. 
- Gnatossoma ventral nos adultos e nas ninfas e 
anterior nas larvas. Figura 21. Peritrema de Anocentor 
nitens
Figura 22. Fêmea de A. nitens 
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- Palpos livres. 
- Orifício genital entre as coxas I e II. 
- Fêmeas sem áreas porosas na base do 
capítulo. 
- Tegumento coriáceo, rugoso e granuloso. 
- Peritrema entre o 3 e 4 par de coxas. 
- Dimorfismo sexual pouco acentuado. 
 
GÊNEROS DE IMPORTÂNCIA: 
Argas, Ornithodorus e Otobius. 
 
GÊNERO Argas 
CARACTERÍSTICAS MORFOLOGICAS: 
- Face dorsal separada da ventral por um bordo 
lateral nítido. 
- Achatado dorso-ventralmente. 
- Aparelho bucal na face ventral. 
 
HOSPEDEIROS: 
Galinha, peru, pombo e outras aves. Carrapato 
comum em galinheiros. 
 
CICLO: 
− Durante o dia os adultos permanecem 
escondidos em buracos e frestas, sob cascas de 
árvores, lugares protegidos da luz. 
− À noite saem dos esconderijos e sobem nas 
aves para sucção que dura em média 30 
minutos. 
− Após a alimentação as ninfas e adultos 
voltam para os esconderijos e as fêmeas se 
preparam para postura. 
− Cada sucção corresponde a uma postura de 
120 a 180 ovos. 
− A fêmea põe ao todo uns 600 ovos. 
− O período de incubação dos ovos é de três 
semanas dependendo da temperatura e 
umidade. 
− A larva hexápoda ataca as aves, fixando-se 
geralmente na pele do peito e sob as asas onde 
Figura 23. Carrapato Argas sp. 
Figura 24. Face dorsal e ventral de Argas sp.. 
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Carrapatos - Metastigmata 
suga durante 5 a 10 dias, depois disso ela 
retorna ao esconderijo. 
− Depois de ingurgitada ela volta ao 
esconderijo onde muda a cutícula 
transformando-se na N1 (ninfa 1 ou protoninfa). 
− Esta procura o hospedeiro e alimenta-se por 
30 a 60 min. 
− Regressa ao abrigo e muda para N2. 
− Esta também procura o hospedeiro se 
alimenta e muda. 
− Após a muda aparecem os adultos. 
− Ciclo biológico em condições favoráveis de 
temperatura e umidade se completa em 2 
meses. 
− Os adultos copulam fora do hospedeiro, nos 
esconderijos, e as fêmeas só realizam postura 
após o repasto sangüíneo. 
 
IMPORTÂNCIA EM MEDICINA VETERINÁRIA 
E SAÚDE PÚBLICA: 
-Tem importância pela sua ação espoliadora 
levando à anemia e mortalidade de aves, 
principalmente as jovens. 
- Há lesões hemorrágicas na pele. 
-Os carrapatos irritam as aves, estas bicam a 
pele e conseqüentemente há diminuição da 
postura. 
-Há desenvolvimento retardado das aves novas. 
-Serve como transmissor de microorganismos 
(Borreliose). 
 
DIAGNÓSTICO: 
Procurar os ácaros à noite, larvas a qualquer 
hora do dia principalmente embaixo das asas. 
 
GÊNERO Ornithodorus 
CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: 
-Argasidae sem limitação das faces dorsal e 
ventral. 
- Formato de corpo retangular. 
-Hipostômio bem desenvolvido nos adultos. 
 
HOSPEDEIROS: 
Homem e animais domésticos. 
 
CICLO: 
Vivem em solo arenoso, em áreas sombreadas, 
ao redor de árvores. 
Muito parecido com o anterior, só mudam os 
hospedeiros e passam por duas ou mais fases 
de ninfa antes de chegarem a adultos. 
Figura 25. Ciclo do carrapato de aves Argas. 
 
1- Adultos ingurgitam sobre a ave. 
2- Fêmea cai e faz postura dos ovos. 
3- Larvas fixam-se na ave. 
4- Larvas ingurgitam. 
5- Larvas caem e fazem ecdise. 
6- Ninfas 1 fixam-se na ave e ingurgitam. 
7- Ninfas 1 caem e fazem ecdise para Ninfas 2 
8- Ninfas 2 sobem na ave e ingurgitam. 
9- No solo as N2 passam a adultos, macho e fêmea. 
10- Adultos sobem na ave e alimentam-se. 
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Carrapatos - Metastigmata 
 
IMPORTÂNCIA EM MEDICINA VETERINÁRIA 
E SAÚDE PÚBLICA: 
-Transmissor da Borrelia causadora da doença 
de Lyme. 
-São hematófagos e provocam grande irritação. 
 
CONTROLE: 
Destruição dos esconderijos, aplicação de 
acaricidas. 
 
GÊNERO Otobius 
CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: 
- Argasidae com tegumento granuloso no 
estádio adulto. 
- Olhos ausentes. 
- Hipostômio bem desenvolvido na ninfa e 
vestigial nos adultos. 
 
HOSPEDEIROS: 
- Eqüinos. 
- Ruminantes. 
- Suínos. 
- Caninos. 
- Homem. 
 
ESPÉCIE: Otobius megnini 
 
CARACTERÍSTICAS: 
- Vive nos estádios larvais e ninfais nas orelhas 
de eqüídeos, bovinos, ovinos e outras 
espécies. 
- Os adultos não são parasitos. 
- Todas as mudas são realizadas no 
hospedeiro. 
- Os parasitos sugam sangue e causam 
irritação que resulta em inflamações. 
- As larvas e ninfas localizam-se na orelha. 
- Os adultos vivem em esconderijos como 
galhos de árvores onde ocorre a cópula e a 
postura (adultos não se alimentam). 
- As larvas eclodem, vão até o hospedeiro 
(orelha) em 5 a 15 dias passam a ninfa1 – 
ninfa2 – podem ficar até seis meses na orelha 
– deixam o hospedeiro e vão para lugares 
altos e secos onde se transformam em 
adultos. 
 
DIAGNÓSTICO: 
Otoscopia para visualizar larvas e ninfas. 
Figura 26. Vista dorsal e ventral de 
Ornithodorus sp. 
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Carrapatos - Metastigmata 
 
Laboratório de Parasitologia Veterinária da UFSM
Responsável: Dra Silvia Gonzalez Monteiro
Principais Carrapatos de Importância Médica Veterinária
Boophilus
Anocentor
Amblyomma
Amblyomma (peritrema)
Anocentor (peritrema)
Boophilus (peritrema)
Rhipicephalus
Rhipicephalus (Peritrema)
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Sarnas - Astigmata 
SUBORDEM: SARCOPTIFORMES OU 
ASTIGMATA 
 
CARACTERÍSTICAS: 
-Ácaros sem estigmas respiratórios (trocas 
gasosas pela pele). 
-Coxas fundidas a face ventral do corpo. 
-Quelíceras com quelas. 
-Corpo pouco quitinizado. 
-Tarsos com empódio unciforme ou em forma de 
ventosa. 
-Olhos ausentes. 
 
TRANSMISSÃO: 
Ocorre quando os ácaros são transferidos para 
 
um hospedeiro susceptível. Contato direto entre 
os animais e fômites. 
 
PERÍODO DE INCUBAÇÃO: 
Varia com a espécie, susceptibilidade do 
hospedeiro, número de ácaros transferidos e 
local de transferência. Varia de 2 a 6 semanas. 
 
ESTÁGIOS DE DESENVOLVIMENTO: 
Ovos, larvas, duas gerações de ninfas e adultos. 
 
CICLO COMPLETO 
 -Psoroptidae: 8 a 20 dias / -Sarcoptidae: 10 a 
20 dias. 
 
Família Gênero Hospedeiro Vertebrado Espécie 
Sarcoptes Homem 
Eqüinos 
Cães 
Suínos 
Bovinos 
Ovinos 
Caprinos 
Sarcoptes scabiei 
S. scabiei var. equi 
S. scabiei var. canis 
S. scabiei var. suis 
S. scabiei var. bovis 
S. scabiei var. ovis 
Sarcoptidae 
(Ácaros escavadores) 
Notoedres Gatos, coelhos,rato Notoedres cati, N. cuniculi, N. muris 
Cnemidocoptidae 
(Ácaros escavadores) 
Cnemidocoptes 
(sarna podal das aves) 
Galiformes 
Galiformes 
Periquito 
Cnemidocoptes gallinae 
Cnemidocoptes mutans 
Cnemidocoptes pilae 
 
 
Psoroptes 
 
 
Eqüinos 
Coelhos 
Ovinos 
Bovinos 
 
Psoroptes equi 
Psoroptes cuniculi 
Psoroptes ovis 
Psoroptes natalensis 
Psoroptes bovis 
Psoroptes caprae 
 
Chorioptes 
 
Ruminantes, eqüinos e coelhos 
 
Chorioptes ovis, Chorioptes bovis, Chorioptes 
equi, Chorioptes cuniculi 
 
 
 
Psoroptidae 
(Ácaros superficiais) 
Otodectes Cão, Gato, e outros carnívoros Otodectes cynotis 
PARTE III 
 Sarnas 
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Sarnas - Astigmata 
MORFOLOGIA DAS SARNAS: 
 
 
 
Figura 29. 
Cnemidocoptes sp. 
Figura 27. Sarcoptes sp.
Figura 28. Notoedres sp. 
Figura 32. Otodectes sp. 
Figura 31. Chorioptes sp. 
Figura 30. Psoroptes sp 
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Sarnas - Astigmata 
1-FAMÍLIA SARCOPTIDAE: (ESCAVADORES) 
- Escavam galerias na pele (intradérmicas) na 
qual penetram profundamente provocando um 
espessamento da pele, sem formação de 
crostas. 
- Corpo globoso. 
- Rostro curto e largo. 
- Patas curtas e grossas 
- Patas posteriores encaixadas total ou 
parcialmente no idiossoma (parte final do 
corpo). 
- Machos sem ventosas copuladoras adanais. 
- Gêneros: Sarcoptes, Notoedres. 
 
GÊNERO: Sarcoptes 
ESPÉCIE: Sarcoptes scabiei: var. equi, var. 
canis, var. suis. 
 
CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: 
- 0,2 a 0,5 mm 
- Gnatossoma cônico, tão longo quanto largo. 
- Corpo estriado com áreas escamosas e 
espinhos curtos e grossos na face dorsal. 
- Machos com ventosas nas patas I, II, e IV. 
- Fêmeas com ventosas nas patas I e II. 
- Ânus terminal. 
- Pedicelo longo e simples 
- Corpo globoso. 
GÊNERO: Notoedres 
ESPÉCIE: Notoedres cati (gato), muris(rato) 
 
CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: 
- Sarna da cabeça do gato. 
- Ânus dorsal. 
- Corpo globoso. 
- 0,1 a 0,25 mm. 
- Machos com ventosas nas patas 1, 2 e 4. 
- Fêmeas com ventosas nas patas 1 e 2. 
Figura 33. Túneis escavados por Sarcoptes e 
Notoedres na epiderme. 
Figura 34. Sarna do gênero Sarcoptes sp. 
Presença de 
espinhos 
Figura 35. Sarna do gênero 
Notoedres
Ânus dorsal 
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Sarnas - Astigmata 
- Face dorsal com escamas rombas. 
 
CICLO BIOLÓGICO: 
GÊNERO Sarcoptes e Notoedres 
Em seu ciclo evolutivo passam pelas fases de 
ovo, larva, duas fases de ninfa, macho, fêmea 
imatura e fêmea adulta ou ovígera. A 
transformação da fêmea imatura em adulta 
ocorre após a fertilização. A fêmea fertilizada 
escava galerias na epiderme, onde se nutre de 
linfa. À medida que escava seu túnel, vai 
efetuando a postura dos ovos. Esses vão 
surgindo com 2 a 3 dias de intervalo e se 
sucedem durante dois meses, ficando para trás 
os mais velhos. A fêmea gasta cerca de meia 
hora para atravessar a camada córnea da pele. 
O trajeto das galerias pode ser reconhecido pelo 
aspecto irritativo e pelas excreções enegrecidas 
que a fêmea vai deixando. Os ovos dão 
nascimento, em cerca de cinco dias, a larvas 
hexápodes que passam para a superfície da 
pele onde procuram alimento, abrigo e passam 
por uma ecdise, surgindo as ninfas, octópodes. 
Após nova muda de pele, surgem os machos e 
as fêmeas imaturas; o primeiro procura essas 
últimas para a fertilização. Passados alguns 
dias, a fêmea imatura, já fertilizada, passa por 
nova ecdise resultando na fêmea adulta, que 
procura penetrar na pele recomeçando o ciclo. 
Assim, o ciclo se completa em 10 a 14 dias. 
 
2- FAMÍLIA CNEMIDOCOPTIDAE 
GÊNERO Cnemidocoptes 
ESPÉCIE Cnemidocoptes mutans 
CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: 
- Sarna podal dos galináceos. 
- Não possuem espinhos na face dorsal. 
- Corpo estriado, face dorsal com saliências 
mamelonadas. 
- Gnatossoma mais largo do que longo. 
- Fêmeas sem ventosas nas patas. 
- Machos com cerdas longas e ventosas em 
todas as patas. 
- Pedicelos não segmentados. 
- Ânus terminal 
- Apresentam duas cerdas ao lado do ânus 
 
Ciclo biológico do gênero Cnemidocoptes 
As fêmeas não praticam galerias como fazem as 
do gênero Sarcoptes; elas permanecem 
sedentárias e sua presença determina uma 
proliferação epidérmica acompanhada de 
aumento da substância córnea. Essa 
Figura 36. Sarna do gênero Cnemidocoptes 
Gnatossoma mais 
largo que longo 
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