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Monitoria de Teorias da Dinâmica Capitalista / 2016.1
Monitor: Marcos Monteiro
Professor: Ana Cristina Reif de Paula
Lista Nº 1-Kalecki (capítulos 1, 2 e 3) 
1) Apresente e caracterize o modelo de determinação dos preços da firma por Kalecki:
Inicialmente, vale apontar que, segundo Kalecki, existem dois tipos de alterações de preços no curto prazo: as alterações que são determinadas pelas variações na Demanda (relacionado a matéria prima, commodities, etc..) e apresenta oferta inelástica, ou seja, caso haja uma expansão da demanda, não será possível atendê-la, visto que a elasticidade da oferta é muita baixa ou inelástica, logo nesse caso o preço sobe; e os preços também são determinados à partir dos custos diretos de produção e cuja oferta é elástica (produtos acabados, transformados e manufaturados). Nesse segundo caso, há 3 hipóteses a serem seguidas: i) a oferta é elástica, pois existe capacidade ociosa; ii) os Custos diretos unitários (como salários, matéria-prima...) são estáveis para uma amplitude relevante da produção (não há rendimentos decrescentes, logo um aumento na produção não gera um aumento de custos); iii) os Custos indiretos (como aluguel, ordenados, seguros, etc...) não influenciam diretamente no processo de fixação de preços.
Desta forma, no Processo de Precificação, para fixar preços a firma leva em conta seus custos diretos e os preços das firmas que produzem similares: 
P=mu +np , onde:
m = >0 (necessariamente) margem que incide sobre custos diretos de produção (MARK UP);
u = custos unitários diretos (MP + W :matéria-prima somada à salários);
n = coeficiente<<<1; 
P = nível de preços; p=preço médio das firmas que produzem similares (são as firmas concorrentes);
-m e n refletem grau de monopólio (o poder de mercado que a firma têm para fixar preços) da firma; u: custos diretos (salários e matéria prima) e que determinarão o mark-up. 
Já em relação a fixação de preço na indústria (média ponderada pelas produções), acaba por envolver a figura da firma representativa, em que supõe-se que P=p, isto é, que os preços da firma são os mesmos do preço das concorrentes. Então:
 P = mu + nP P – np = mu P(1-n) = mu 
 P = m/(1–n).u
 P = k.u, sendo u o custo direto unitário, influenciado pela média ponderada nas produções. E m e n sendo a média ponderada dos coeficientes, elementos que refletem grau de monopólio da indústria m/(1-n)=k
Nesse caso os custos mudam por dois motivos: se m e n mudam, ou se os custos diretos mudam, isto é, u.
Nesse sentido, é fundamental apresentar a importância do grau de monopólio, em que quanto maior o mesmo, maior será o preço em relação aos custos diretos (o mark-up sobre os custos diretos deverá ser suficiente para cobrir os custos diretos e indiretos e, também, acabar gerando lucro).
Importante comentar também que existem certas evidências (empíricas, observadas por Kalecki) que ajudam a compreender as causas das mudanças no grau de monopólio:
Processo de concentração de capital (tendência à concentração), que leva a formação de corporações gigantescas. Firmas que representam uma parcela substancial da produção, sabem que, seu preço p influência de forma apreciável o preço médio p, e então, as outras firmas do ramo se verão compelidas na mesma direção, já que a formação de preços delas depende do preço médio p. Assim, o grau de monopólio se eleva de modo substancial, podendo ocorrer por meio de um acordo tácito ou formal entre as grandes corporações, que se dá mediante a fixação de preços por uma firma grande, a firma “líder”, com as outras firmas seguindo esses preços, e podendo inclusive se transformar num cartel, que seria o monopólio completo, limitado apenas pelo medo da entrada de novos membros.
Acordo tácito ou formal entre as grandes corporações (quanto maior a concentração entre corporações, maior o grau de monopólio);
Esforços de vendas:
Concorrência através de campanhas publicitárias (com o desenvolvimento propaganda, publicidades, diferenciação de produtos, etc). Esse tipo de estratégia substitui concorrência via preço. Onde quanto mais bem-sucedida determinada campanha, maior o grau de monopólio e quanto maior for a concorrência, menor o grau de monopólio;
Influência de modificações no nível dos custos indiretos em relação aos diretos – Mudanças nos Overheads:
Em períodos marcados pela depressão na economia, os rendimentos decrescem na mesma proporção que os custos diretos, se o grau de monopólio permanece sem alteração. E, ao mesmo tempo, o total dos custos indiretos acaba caindo menos do que os custos diretos, nesse período. Sendo assim, na busca de proteção dos lucros, as firmas tendem a aumentar as margens sobre custos diretos, fazendo com que o preço não caia na mesma proporção daqueles e o grau de monopólio seja ampliado.
d) Poderio dos Sindicatos: 
A existência de fortes sindicatos pode influenciar o limite de grau de monopólio, até porque podem criar uma tendência, no sentido de promover a redução da margem de lucro, havendo uma alta razão entre lucros e salários, os sindicatos podem pressionar por aumentos de salários, de forma à torna-los mais compatíveis com o nível de lucros existente. Este processo poderia acabar levando a um repasse para o nível de preços (que os sindicatos perceberão), o que iria gerar novas demandas por maiores salários e basicamente criar uma espiral entre nível de preços e salários. Essa possibilidade acaba levando as firmas a optarem por adotar políticas de margens de lucro mais baixas, sendo assim, o grau de monopólio será mantido em nível mais baixo, graças a ação dos sindicatos.
2) Discuta o processo de distribuição da renda Nacional (ressaltando os determinantes da parcela do salário na renda):
A distribuição funcional da renda (processo de distribuição da Renda Nacional) é determinada no nível micro, ela decorre do processo de fixação de preços e está diretamente relacionada com o grau de concentração (poder de mercado). A participação da massa de salário no VA (valor agregado ou valor adicionado) pode ser escrita por:
, onde j = M/W
w = W/Y participação dos salários na Renda;
P = lucro bruto (lucro retido, dividendos, depreciação, aluguéis, juros), ou seja, engloba parte dos custos indiretos;
W = massa de salários (salários unitário * número de trabalhadores);
M = gasto total com matérias primas;
Y = PIB (valor agregado);
j=M/W = gasto total com matérias primas em relação ao gasto total com salários;
k= mark-up sobre os custos diretos, determinado pelo grau de monopólio;
Ou seja, a parcela dos salários na renda é determinada tanto por k quanto por j, onde quanto maior o grau de monopólio (expressa em k) e/ou a razão entre matérias primas e salário (expressa em j), menor será a participação dos salários no montante da renda. 
Analisando individualmente “k”, vemos que o mesmo é anticíclico, ou seja, nas fases recessivas ele sobe, para proteger o lucro dos capitalistas, visto que os cursos indiretos não caem tanto, e nas fases expansivas, por outro lado, ele cai;
Já “j”(M/W) é pró-cíclico, visto que o preço de M (matérias primas, que, como vimos, é determinado pela demanda), é maior nos períodos de expansão (crescimento econômico), em relação aos salários, logo a razão sobe, e contrariamente, no caso de depressão, a razão cai.
Cabe ressaltar, adicionalmente, o impacto da composição industrial (composição do valor da renda bruta do setor privado), elemento que abarca o peso dos diversos setores com diferentes “k” e “j” na economia e que também influenciará a parcela de salários em relação à renda. Logo “k”, “j” e a composição industrial são os FATORES QUE AFETAM A DISTRIBUIÇÃO (w=f {k, j e composição industrial}).
É importante tratar também da questão relacionada à parcela relativa da remuneração do fator trabalho como um todo na renda bruta do setor privado, levando em consideração tanto os salários quanto os ordenados. 
Seja W = salários + ordenados, em que a parcela dos salários na renda bruta do setor privado tende a ser relativamenteestável ao longo do ciclo. Mas o mesmo não se verifica quando se analisa o impacto quanto à parcela relativa dos salários e ordenados em conjunto. Até porque, como os últimos são custos indiretos (razoavelmente estáveis no processo), acabam por cair menos do que a renda em uma eventual depressão, portanto, a razão entre ordenado/renda aumenta. E acabam por se elevar menos do que a renda em eventuais fases de prosperidade, fazendo a razão entrar em queda.
Sendo assim, W = salários + ordenados, em que W deve flutuar menos do que Y ao longo do ciclo, logo:
W = αY + B => W/Y = α + B/Y
B > 0, B constante no curto prazo e sujeito a variações no longo prazo.
0<α<1
Desta forma, pode-se esperar que salários e ordenados “reais” W acabem flutuando menos no desenrolar do ciclo do que a renda bruta “real” do setor privado, Y. Consequentemente, podemos escrever:
W=αY+B, onde B é um valor positivo e constante em curto prazo, embora sujeito a modificações no Longo Prazo. O coeficiente α é menor do que 1 porque W<Y e B>0. Por fim, caso optarmos por dividir os dois termos dessa equação pela renda “real” Y, vamos obter:
W/Y=α+B/Y, em que W/Y é a parcela relativa dos salários e ordenados na renda bruta do setor privado.
3) Apresente o processo de determinação do lucro para o autor e o seu modelo de 3 departamentos, abstraindo o governo e o setor externo e considere a propensão a consumir dos trabalhadores igual a 1:
Para o autor, o processo de Determinação dos Lucros e da Renda (em um modelo simplificado) passa pela seguinte equação: 
Y = P + W (ótica da apropriação dos rendimentos, ou ótica aproximada da Renda) e também,
Y = C + I , onde C = Ck + Cw , portanto:
Y = Ck + Cw + I (ótica da Demanda), onde: 
I: Investimento Bruto, que contempla capital fixo e estoques, responsabilidade dos capitalistas;
Ck: Consumo dos capitalistas;
Cw: Consumo dos trabalhadores;
W: Salários e ordenados (renda dos trabalhadores);
P: Lucro dos capitalistas (lucro não distribuído, dividendos, depreciação, aluguéis, juros).
Considerando que os trabalhadores acabam por consumir tudo o que recebem (em que Cw=W, ou seja, o gasto dos trabalhadores passa a depender da renda imediatamente recebida, PMgC trabalhadores = 1), então:
 P = I + Ck PDE (Princípio da Demanda Efetiva de Kalecki, onde a “seta de causalidade”, isto é, o mecanismo de transmissão, nesse caso, parte de que o Consumo dos Capitalistas somado ao Investimento dos Capitalistas, é que determinam o Lucro). Vale ressaltar que os capitalistas podem decidir consumir e investir mais num dado período que no procedente, mas não podem decidir ganhar mais. Portanto, são suas decisões quanto a investimento e consumo que determinam os lucros e não vice-versa. Os lucros influenciam, mas não determinam, os gastos dos capitalistas, enquanto estes determinam os lucros (além disso, os capitalistas em geral não decidem consumir e investir num dado período precisamente o que ganharam no anterior, e isto explica por que os lucros não permanecem estacionários, mas flutuam com o tempo).
Sendo assim, pelo PDE, gasto determina a renda, em que:
Igualando as duas Óticas, a aproximada da Renda e da Demanda(Yr = Yd):
P+W = I + Ck +Cw , onde de acordo com a hipótese supracitada W=Cw, ou seja: P = I + Ck
Em relação ao modelo de departamentos (Esquema Departamental), o autor procura aplicar a conclusão que chegou no processo de determinação de lucros em um modelo tri-departamental, onde:
	D1
	D2
	D3
	TOTAL
	W1
	W2
	W3
	W
	P1
	P2
	P3
	P
	I
	Ck
	Cw
	Y
D1 = produz bens de capital;
D2 = produz bens de consumo para os capitalistas;
D3 = produz bens de consumo para os trabalhadores;
Hipóteses: 1º Cw = W qw = 1 (Propensão Marginal à Consumir = 1);
 2º I e Ck são dados;
 3° Distribuição de Renda é dada (W/Y = w)
D1: I = W1 + P1, Onde: P1 = I - W1 “o lucro cai na mesma proporção que aumenta-se de salários”;
D2: Ck = W2 + P2, Onde: P2 = Ck - W2 
D3: Cw = P3 - W3, mas: Cw = W1 + W2 + W3, e então: 
P3 = Cw – W3 = W1 + W2 + W3 – W3 P3 = W1 + W2 , (PMgC = 1). Logo:
P = P1 + P2 + P3 P = I – W1 + Ck – W2 + W1+ W2
Logo: P = Ck + I (onde P é determinado por Ck + I).
Dada a distribuição de renda W/Y = w e Cw = W, então:
W = P.w/(1-w) = Cw 
Portanto, sabendo os gastos dos capitalistas (consumo e investimento) e a distribuição de renda, dada a hipótese de que os trabalhadores não poupam, é possível determinar todos os componentes da demanda, assim como os salários, o lucro e a renda total da economia (bem como nível de produção e emprego):
Y = Cw + Ck + I -->= W + P

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