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1 
 
 
 
 
 
 
Análise de Cenários Econômicos 
 
 
 
Aula 3 
 
 
 
Prof. Joaquim Israel Ribas Pereira 
 
 
 
 
 
 
2 
Conversa Inicial 
Vimos, na aula anterior, o que é macroeconomia, qual o conceito de PIB 
e quais são os itens que o compõem. Vamos, agora, avançar no estudo da 
macroeconomia. 
Uma análise de cenários bem feita deve, além de identificar as variáveis 
importantes, entender quais são as consequências para cada mudança. Por 
exemplo, quando o governo lança um pacote de investimentos na 
infraestrutura, qual o efeito que ele espera obter? 
Antecipar os movimentos da economia, considerando a dificuldade de 
fazer estimativas, é de suma importância para uma tomada de decisão 
racional. 
Teremos como objetivo nesta aula entender as variações no PIB, na 
inflação e no índice de desemprego. 
 
Contextualizando 
O que veremos adiante são teorias e modelagens que auxiliam no 
estudo das flutuações do produto, e também na determinação do nível de 
preços e da taxa de inflação. Entendendo essas ferramentas, será possível 
saber por que a economia se desvia de uma trajetória de crescimento e 
compreender quais são as políticas disponíveis para o governo reduzir o 
desemprego e aumentar o produto. 
Vamos trabalhar com definições simplificadas de demanda e oferta 
agregada, e de relação entre nível de emprego e inflação, as quais, entretanto, 
fornecem-nos respostas robustas sobre os efeitos desses fatores sobre a 
economia. Exemplo: para o crescimento de longo prazo, a economia depende 
de alterações no lado da oferta e não da demanda. 
Veremos, também, o papel das expectativas e como elas são formadas. 
Você entenderá como as expectativas futuras — ou como os cenários futuros 
— fazem parte da tomada de decisão. 
O conceito de inflação será apresentado, e você verá que existe mais de 
 
 
3 
um indicador de preços, e que cada um deles serve para uma finalidade 
diferente. 
 
Pesquise 
Procure saber sobre previsões econômicas, tente achar relatórios que 
mostrem estimativas para o próximo ano, veja se você consegue compreender 
as informações contidas neles. 
 
Tema 1 – Oferta Agregada e Demanda Agregada, Parte I 
Vamos, agora, apresentar o modelo de oferta e demanda agregadas, 
que é umas das análises essenciais em macroeconomia, para entender as 
flutuações do produto, assim como a determinação do nível geral de preços e 
da taxa de inflação. Utilizaremos esse modelo para compreender por que a 
economia se distancia de sua trajetória ‘natural’ de crescimento ao longo do 
tempo e para explorar as políticas governamentais destinadas a aumentar o 
crescimento ou a reduzir o desemprego. Deslocamentos das curvas de 
demanda e oferta fornecem-nos respostas que permitem entender por que os 
preços subiram mais em um ano do que em outros; por que a oferta de 
empregos cresce em certos anos, e o que as políticas públicas podem fazer 
para impedir períodos de queda da renda e aumento do desemprego. 
O primeiro passo que daremos aqui é apresentar as definições 
simplificadas dos conceitos de oferta e demanda agregada, segundo 
Dornbusch, Fischer e Startz (2013, p. 95): 
 
 Curva de oferta agregada: essa curva descreve, para cada nível 
de preços, a quantidade de produtos que as empresas estão 
dispostas a fornecer. A curva é positivamente inclinada porque as 
empresas estão dispostas a ofertar mais produtos a preços 
maiores. 
 
 
 
4 
 Curva de demanda agregada: essa curva mostra as combinações 
do nível de preços e do nível de produto, em relação aos quais o 
mercado de bens e o mercado monetário estão simultaneamente 
em equilíbrio. A curva tem inclinação negativamente porque os 
preços mais elevados reduzem o valor da oferta monetária, que por 
sua vez reduz a demanda por produto. 
 
Fique tranquilo, aluno, se você não conseguiu compreender essas 
definições neste primeiro momento, pois iremos, por meio de gráficos e de 
exemplos, que serão apresentados a seguir, ajudá-lo a entender. 
Vamos começar pela curva de demanda agregada. Ela indica a 
quantidade de bens e serviços demandados a um dado nível de preço. 
Vejamos a Figura 1, que exemplifica uma curva de demanda e um 
deslocamento ao longo desta. 
 
Figura 1 – Curva de demanda agregada 
 
 
Fonte: Mankiw, 2005, p. 434. 
 
Podemos perguntar: por que uma queda no nível geral de preços aumenta 
a quantidade demandada de bens e serviços? Para responder isso, precisamos 
 
 
5 
lembrar da definição que aprendemos na aula anterior, segundo a qual o PIB (Y) 
ou Renda Interna é a conjunção dos fatores consumo (C), investimento (I), gastos 
do governo (G), e exportações (X) menos importações (M): 
 
Y = C + I + G + X – M 
 
Cada um desses elementos contribui para a demanda agregada por 
bens e serviços, e esta, por sua vez, depende do nível geral de preços. 
Vejamos as maneiras pela qual os preços afetam a demanda, conforme explica 
Mankiw (2005): 
 
 Efeito riqueza: podemos entender o efeito riqueza com um exemplo 
prático bem simples. Considere todo o dinheiro que você possui em 
sua carteira e na sua conta bancária. A quantidade, nesse dado 
momento, é fixa, mas o seu valor real, não. Se os preços dos produtos 
caírem, você será capaz de comprar mais com o mesmo montante de 
dinheiro. Se você compra mais, o produto da economia aumenta. 
 
 Efeito taxa de juros: assim como no exemplo anterior, se os preços 
dos produtos caíssem, você poderia manter a mesma cesta de 
consumo e utilizar o restante para colocar dinheiro na poupança. Se 
você lembrar da igualdade entre poupança e investimento, notará 
que um nível de poupança maior na economia implica um aumento 
dos investimentos. Os investimentos são reflexo da oferta de 
empréstimos e da taxa de juros, e um aumento na poupança permite 
que os bancos façam empréstimos com menores taxas de juros. 
 
 Efeito taxa de câmbio: Uma queda no nível geral de preços permite 
que o governo diminua a taxa Selic, taxa de juros aplicada aos títulos 
públicos e utilizada como instrumento para diminuir a inflação. Uma 
 
 
6 
vez que os títulos públicos estejam rendendo menos, isso atrai 
menos investidores externos. Com menos dinheiro de investidores 
externos (dólares) a moeda fica mais rara, e a nossa moeda 
nacional, mais abundante, o que provoca sua depreciação. A 
depreciação da nossa moeda torna os produtos produzidos no Brasil 
mais baratos para os estrangeiros, o que, portanto, impulsiona 
nossas exportações. Mais exportações (↑M) aumentam nosso 
produto (↑Y). 
 
Até este momento, estamos vendo os motivos que levam aos 
deslocamentos na curva, principalmente porque estamos considerando que a 
quantidade de moeda na economia é fixa, ou seja, as alterações de preços 
levam a mudanças na quantidade de produto demandada mantendo a 
quantidade de moeda fixa na economia. 
O próximo passo é manter o nível de preços fixo e observar os fatores 
que deslocam a curva de demanda, alterando a quantidade de moeda. 
Devemos, de novo, ter em mente a fórmula do PIB, pois vamos mostrar os 
deslocamentos com base em cada componente dessa fórmula: 
 
 Deslocamento do consumo: vamos imaginar que uma sociedade 
passe por um aumento na propensão a consumir, ou seja, diminua a 
porcentagem poupada da renda e aumente o consumo. Esse 
fenômeno já foi observado em alguns momentos da história, como ao 
fim da Segunda Grande Guerra, quando a população, influenciada 
pelo otimismo do momento, voltou a gastar em consumo. Outro 
motivo para que isso aconteça é quando o governo diminui a 
tributação, permitindoque mais renda permaneça com as famílias. 
 
 Deslocamento do investimento: o aumento dos investimentos visto 
anteriormente considerava uma quantidade fixa de moeda, mas um 
 
 
7 
aumento dos investimentos pode ocorrer com um aumento da 
quantidade de moeda, o que facilita o acesso das empresas à 
tomada de crédito. Outra forma de aumentar o investimento é via 
crédito fiscal ou incentivos do governo. Uma última opção, também já 
observada na história: logo após grandes desastres naturais, países 
têm de aumentar os investimentos para se reconstruírem. 
 
 Deslocamento dos gastos do governo: a forma mais fácil e usual de 
descolar a curva de demanda é via gastos do governo; por exemplo, 
quando o governo decide implantar um pacote de investimentos em 
estradas e rodovias. 
 
 Deslocamento das exportações ou importações: considerando um 
dado nível de preços, o Brasil obteve um bom ano na agricultura e, 
portanto, exportou mais. Ou ainda, a Europa teve um crescimento na 
economia e comprou mais do Brasil. O efeito desses fatos seria um 
deslocamento para a direita na Curva de Demanda Agregada. 
 
Vejamos a Figura 2, que mostra descolamentos na curva de demanda 
agregada. 
 
 
 
8 
Figura 2 – Descolamento da curva de demanda agregada 
 
 
Fonte: Dornbusch; Fischer; Startz, 2013. 
 
Esperamos que, após essa primeira parte da nossa aula, você já seja 
capaz de explicar as três razões para a curva de demanda agregada ter 
inclinação negativa, e saiba quais são os fatores que poderiam deslocar 
essa curva. 
 
Tema 2 – Oferta Agregada e Demanda Agregada, Parte II 
A curva de oferta agregada nos diz qual será a oferta de bens e serviços 
da economia a um certo nível de preços. Diferentemente da curva de demanda 
agregada, que tem inclinação negativa, a de oferta apresenta uma inclinação 
que dependerá do horizonte que estamos analisando. 
 
 Longo prazo – a curva de oferta será vertical. 
 Curto prazo – a curva de oferta terá inclinação positiva. 
 
Para entendermos como será o comportamento das flutuações da 
economia, e como ela se comporta no curto e no longo prazo, precisaremos 
 
 
9 
examinar a curva de oferta agregada de longo prazo e de curto prazo. 
Vamos analisar primeiramente a de longo prazo. Essencialmente, a 
curva de oferta no longo prazo está relacionada com o conceito de produto 
potencial, ou seja, o produto no longo prazo depende da oferta de trabalho, do 
capital e da tecnologia disponível. Como o nível de preços não afeta esses 
determinantes no longo prazo, a curva de oferta torna-se vertical, como mostra 
a Figura 3. 
 
Figura 3 – Curva de oferta de longo prazo 
 
Fonte: Adaptado de Mankiw, 2005. 
 
Em suma, no longo prazo, o trabalho, o capital, os recursos naturais e a 
tecnologia é que determinam a quantidade ofertada de bens e serviços, 
independentemente de qual seja o nível de preços. Essa determinação é 
fundamentada na teoria macroeconômica clássica, que se baseia na hipótese 
de que as variáveis reais não dependem das variáveis nominais. 
O produto potencial também é chamado de produto de pleno emprego, 
pois indica o produto que a economia teria se todos os fatores estivessem em 
 
 
10 
plena utilização. É usual, também, defini-lo como taxa natural de produção, pois 
é o nível de produção em direção ao qual a economia gravita no longo prazo. 
A taxa natural de produção será deslocada por alterações nos quatro 
fatores (trabalho, capital, recursos naturais e tecnologia). Vejamos como cada 
um desses fatores pode deslocar a curva: 
 
 Trabalho: imagine que o país sofra uma fuga de mão de obra. Como 
resultado, isso deslocaria a curva de oferta agregada para a esquerda. 
Ocorreria o mesmo se o governo facilitasse o acesso ao seguro 
desemprego, diminuindo a oferta de mão de obra no mercado. 
 Capital: investimentos em máquinas e equipamentos, e também na 
qualificação da mão de obra, aumentam a produtividade da 
economia, fazendo a curva de oferta deslocar-se para a direita. 
 Recursos naturais: a descoberta de um novo depósito de minério de 
ferro, por exemplo, descola a curva de oferta agregada de longo 
prazo para a direita. Alterações climáticas que dificultem a 
agricultura, descolam a curva de oferta agregada de longo prazo para 
a esquerda. 
 Tecnologia: inovações tecnológicas, como o computador, permitem 
aumento na produtividade e, por consequência, deslocam a oferta de 
produto para a direita. 
 
Vimos que a curva de oferta agregada vertical está relacionada ao longo 
prazo. Entretanto, precisamos ver como ocorrem os desvios do produto natural 
no curto prazo. Para isso, vamos analisar a curva de oferta agregada de curto 
prazo que apresenta inclinação positiva. 
Vejamos a Figura 4, que apresenta a curva de oferta agregada no curto 
prazo. 
 
 
 
 
11 
Figura 4 – Curva de oferta de curto prazo 
 
 
Fonte: Adaptado de Mankiw, 2005. 
 
Como você deve ter reparado, no curto prazo os preços influenciam as 
variáveis reais da economia; isto é, uma alta ou baixa dos preços aumenta ou 
diminui o produto da economia, levando a curva a uma inclinação positiva. 
Segundo Mankiw (2005) existem três motivos principais para explicar a 
inclinação positiva, todos relacionados a imperfeições do mercado. 
Basicamente, a quantidade ofertada se desvia de seu nível natural ou de longo 
prazo, quando os preços se desviam do nível que as pessoas esperavam que 
prevalecesse. 
Vamos detalhar esses três motivos: 
 
1) Salários rígidos: de acordo com essa teoria, os salários são ‘rígidos’ ou 
de difícil alteração no curto prazo. Exemplo: o contrato de trabalho é 
feito para algum período e alterado a cada 12 meses, portanto, não é 
ajustável dia a dia. Essa rigidez pode ser explicada por diversos motivos, 
 
 
12 
como normas sociais e trabalhistas, atuação de sindicatos e mobilidade 
da mão de obra. Imagine que você tenha contratado 100 pessoas para a 
sua empresa por um salário X, mas o preço do seu produto tenha caído 
no mercado. Infelizmente, você não pode ajustar os salários 
imediatamente a essa nova realidade; logo, você reduz a sua produção 
para compensar a queda de lucratividade. 
2) Preços rígidos: outro motivo da inclinação da curva de oferta é a rigidez 
de preços. Alguns analistas usam como exemplo o custo de menu, isto 
é, a impossibilidade de imprimir e distribuir novos catálogos para 
qualquer alteração no preço de mercado. Exemplo: uma indústria 
oferece aos seus clientes equipamentos eletrônicos que são vendidos 
sob encomenda. Uma queda dos preços fará com que a empresa aceite 
menos encomendas, dada a queda na taxa de lucratividade, 
considerando que existe um risco de os custos subirem até a entrega do 
produto final. 
3) Percepções equivocadas: como os agentes na economia dificilmente 
possuem todas as informações sobre o mercado, podem ocorrer 
percepções incorretas sobre alterações de preços. Exemplo: o preço de 
um produto pode estar subindo, mas isso pode ser reflexo não de uma 
valorização ou maior demanda do produto, e sim efeito da inflação, que 
faz com que todos os produtos aumentem. Em suma, pode haver 
modificações incorretas da produção devido a uma percepção 
equivocada das alterações de preços. 
 
Por fim, os deslocamentos na curva de oferta de curto prazo são 
resultados das mesmas alterações explicadas nos deslocamentos de longo 
prazo, ou seja, da oferta de trabalho, do capital, dos recursos naturais e da 
tecnologia. 
 
 
 
13 
Tema 3 – Entendendo a Inflação e Seus Efeitos 
A inflação deve ser entendida como um aumento contínuo egeneralizado no nível geral de preços. O conceito de inflação, entre os que 
vimos até o momento, é o menos controvertido e de fácil assimilação. Em 
virtude das suas consequências para empresas, famílias e governo, a inflação 
tornou-se assunto amplamente debatido. 
Apesar de ser um conceito simples, podemos destrinchar observações 
complementares, destinadas a revelar, com maiores detalhes, aspectos 
elementares dos processos inflacionários. A primeira coisa que devemos pensar 
é por que meio a inflação se revela. A resposta seria a quantidade de moeda. 
Não existe maneira de o nível geral de preços da economia aumentar sem que 
isso seja reflexo do aumento da quantidade de moeda circulando na economia. 
Embora ela seja teoricamente fácil de definir, a obtenção de indicadores 
de inflação perfeitos é praticamente impossível, do ponto de vista operacional. 
O que de fato acontece é a construção de índices a partir de amostras, cuja 
aderência à realidade sempre será discutível ou não ideal para a situação. 
Como explicam Rossetti e Lopes (2005, p. 309), a maioria dos índices 
de preços incorre em três tipos de erros: 
 
1) Erros de fórmula: muitas vezes as alterações registradas na realidade 
não condizem com as séries tabuladas. Isso se deve à escolha da 
fórmula matemática a ser adotada. Algumas fórmulas consideram a 
quantidade no ano zero, outras, no ano 1. 
2) Erros de amostragem: além de a amostra ser passível de erros quanto 
ao seu tamanho em relação ao universo, podem também ocorrer vieses 
quanto ao levantamento. Exemplo: fazer uma pesquisa sobre aluguéis 
numa cidade de 2 milhões de habitantes e só buscar 50 imóveis 
similares, situados no mesmo bairro ou com a mesma configuração. 
3) Erro de homogeneidade: ocorre quando não se toma o cuidado de 
observar a maior gama de itens possível, evitando abranger somente 
 
 
14 
produtos muito similares e que, portanto, sofrem com o mesmo efeito 
inflacionário. 
 
Cabe ainda observar que não há apenas um índice de inflação, mas 
vários, cada qual obtido por critérios próprios. Cada índice tem um objetivo 
diferente. Conhecer os diferentes índices permite que, quando você estiver 
fazendo sua análise de cenário, possa optar pelo mais condizente para a sua 
análise. O Quadro 1 apresenta os principais índices. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
15 
Quadro 1 – Principais índices de inflação no Brasil 
 
Índice Nacional de 
Preços ao 
Consumidor Amplo 
(IPCA) 
O IPCA mede a inflação de um conjunto de produtos e serviços 
comercializados no varejo, referentes ao consumo pessoal das 
famílias, cujo rendimento varia entre 1 e 40 salários mínimos. As 
pesquisas são feitas nas regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, 
Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, 
Salvador e Curitiba, além de Brasília e do município de Goiânia. 
Medido pelo IBGE. 
Índice Nacional de 
Preços ao 
Consumidor (INPC) 
Abrange as famílias com rendimentos mensais compreendidos entre 
1 (um) e 6 (seis) salários-mínimos, cujo chefe é assalariado em sua 
ocupação principal e residente em áreas urbanas de diferentes 
regiões. Abrange as regiões metropolitanas de Belém, Fortaleza, 
Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba 
e Porto Alegre, Brasília e município de Goiânia. Medido pelo IBGE. 
Índice Geral de 
Preços – 
Disponibilidade 
Interna (IGP-DI) 
Tem a finalidade de medir o comportamento de preços em geral na 
economia brasileira. É uma média aritmética, ponderada, dos 
seguintes índices: IPA, IPC e INCC. DI ou Disponibilidade Interna é a 
consideração das variações de preços que afetam diretamente as 
atividades econômicas localizadas no território brasileiro. Não se 
consideram as variações de preços dos produtos exportados. 
Medido pela FGV. 
Índice Geral de 
Preços – Mercado 
(IGP-M) 
Índice utilizado para a correção de contratos de aluguel e como 
indexador de algumas tarifas, como energia elétrica. É calculado da 
mesma forma que o IGP-DI, porém enquanto aquele tem o 
fechamento no dia 30 de cada mês, este é fechado no dia 21. 
Medido pela FGV. 
Índice de Preços no 
Atacado (IPA) 
 Seu propósito é medir o ritmo evolutivo dos preços praticados no 
comércio atacadista, ou seja, os que antecedem as vendas no 
varejo. Medido pela FGV. 
Índice Nacional do 
Custo de Construção 
(INCC) 
Apura a evolução dos custos no setor da construção, um dos 
termômetros do nível de atividade da economia. Atualmente, a coleta 
é feita em 7 capitais (São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, 
Salvador, Recife, Porto Alegre e Brasília). Medido pela FGV. 
(continua) 
 
 
 
16 
(Quadro 1 – conclusão) 
Índice de Preços ao 
Consumidor 
(IPC) 
Mede a variação de preços de um conjunto fixo de bens e serviços 
componentes de despesas habituais de famílias com nível de renda 
situado entre 1 e 33 salários mínimos mensais. Sua pesquisa de 
preços se desenvolve diariamente. Atualmente a coleta é feita em 7 
capitais: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador, 
Recife, Porto Alegre e Brasília. Medido pela FGV. 
 
Como você deve ter notado, existem diversos índices de inflação e cada 
um visa a um objetivo diferente. Além destes, diversos institutos de pesquisa 
formulam seus próprios índices com aprimoramentos. Na verdade, você 
também pode criar o seu índice particular de inflação. Se puder, reúna todos os 
bens e serviços que você consome, tabule todos os valores para algum mês, 
veja qual o peso do item em relação à sua renda. Refaça os passos no mês 
seguinte. Comparando os valores, você terá uma noção de como a inflação 
está afetando a sua renda, e de forma muito confiável. 
 
Tema 4 – Inflação e Desemprego 
Podemos considerar que a relação existente entre as taxas de inflação e 
o nível do emprego sempre foi um dos aspectos importantes da teoria 
macroeconômica. De maneira geral, a procura persistente por aumentos nos 
níveis de emprego acaba somente por induzir aumentos nominais da renda e 
não reais; por outro lado, a tentativa de manter um nível baixo de inflação 
conduz a aumentos nos índices de desemprego. 
A existência de uma relação histórica entre as taxas de desemprego e 
as variações no nível geral de preços foi proposta em 1958 pelo economista 
inglês A. W. Phillips, que se baseou em observações envolvendo os salários e 
o nível de desemprego no Reino Unido. Em síntese, a conclusão de Phillips foi 
que existe uma relação inversa não linear entre os níveis de emprego e as 
taxas de inflação. 
 
 
 
17 
 
Figura 5 – Curva de Phillips 
 
 
Fonte: Adaptação de Rossetti; Lopes, 2005. 
 
A taxa de desemprego é mostrada no eixo horizontal e a inflação, no 
vertical. A curva corta o eixo horizontal no ponto correspondente ao 
desemprego natural da economia (un). Se você estiver atento, aluno, já terá 
percebido que, se estamos falando de desemprego natural, este deve estar 
relacionado ao desemprego de longo prazo e, portanto, também ao produto 
natural da economia. 
Quais são as implicações dessa curva? A primeira delas é que tentativas 
de reduzir o desemprego para níveis inferiores a un provocam elevações na 
taxa de inflação. Por outro lado, a redução da taxa de inflação terá como custo 
social uma ampliação do índice de desemprego. 
Provavelmente, você irá perguntar: professor, por que então ocorrem 
situações de inflação alta e desemprego alto? 
Quando os agentes passam por longos períodos de inflação, a tendência 
é que isso seja incorporado, isto é, elesse acostumem a taxas de inflação 
maiores. Uma vez que níveis maiores de inflação tornam-se ‘normais’, a 
 
 
18 
tendência é que o desemprego gire em torno do desemprego natural, mas em 
níveis maiores de inflação. Graficamente isso será representado por um 
deslocamento para a direita na curva. 
 
Tema 5 – Expectativas e Reações 
Você deve ter notado que as expectativas são importantes para a 
economia. Teremos efeitos bem diferentes se esperarmos por uma inflação alta 
ou se formos surpreendidos por um choque na economia. Para o governo, será 
de suma importância saber as expectativas que as empresas e os 
consumidores possuem. 
Vamos mostrar a importância das expectativas por meio de um exemplo. 
Suponha que, no início de 2018, devido ao baixo desempenho da economia, o 
governo decida reduzir os impostos. A redução de impostos será estritamente 
temporária, uma vez que visa somente a manter a economia aquecida. 
Consideremos que, para essa redução dos impostos, tenhamos duas 
reações possíveis: 
 
 Como a redução dos impostos será temporária, ela não afetará muito 
a renda no longo prazo e, portanto, não afetará o gasto. Nessa 
primeira possibilidade, a política será ineficiente e não atingirá os 
objetivos propostos. 
 Uma segunda possibilidade seria que o público acreditasse que a 
redução dos impostos duraria mais que o previsto. Nesse caso, ele 
interpretaria a redução dos impostos como aumento na renda, 
elevando os gastos. 
 
Note a importância das expectativas, pois se o governo estiver errado 
em seu palpite sobre as reações dos consumidores, pode acabar provocando 
uma desestabilização. 
Existe outra consequência direta das decisões tomadas pelo governo: 
 
 
19 
elas afetam a formação das expectativas pelo público. Por exemplo, se o 
governo errar de maneira sistemática o controle da inflação, o público deixará 
de acreditar que ele se preocupa com a inflação. Nesse caso, se o governo 
anunciar que vai manter a inflação baixa, provavelmente não terá credibilidade, 
o que fará com que as medidas anti-inflacionárias não tenham eficiência. 
A economia tem dois importantes modelos que descrevem o 
comportamento das expectativas: expectativas adaptativas e expectativas 
racionais. 
 
Expectativas adaptativas 
Implicam que os agentes da economia formam suas expectativas sobre 
o que irá acontecer no futuro somente com base nos resultados do passado. 
Exemplo: se o crescimento do PIB sempre girou em torno de 5%, com 
base na teoria das expectativas adaptativas, os agentes já esperam que no 
futuro o PIB cresça 5%. 
 
Expectativas racionais 
A hipótese defendida por essa teoria é que os agentes econômicos 
utilizam, além das informações do passado, previsões para o futuro, ou seja, 
eles buscam informações sobre o que vai ocorrer no futuro. A hipótese das 
expectativas racionais foi incorporada às teorias econômicas num período 
relativamente recente, a partir da década de 1970, sendo desde então utilizada 
largamente na proposição de modelos e na análise econômica. 
Vamos mostrar um exemplo: o crescimento do PIB sempre girou em 
torno de 5%, mas o agente buscou informações e previu que o crescimento 
para o próximo ano será de 6%. Entretanto, devido a um choque externo, o 
crescimento de fato atingiu 7%. 
Segundo as expectativas racionais, os agentes seriam surpreendidos 
com base na diferença entre o crescimento de 7% e o de 6% que haviam 
previsto, enquanto pelas expectativas adaptativas, o erro seria a diferença 
 
 
20 
entre os 7% verificados e os 5% do crescimento usual do PIB. 
 
Para finalizar, faça um exercício mental: se você fosse diretor de 
produção de uma indústria automotiva e o governo anunciasse uma redução 
do IPI para incentivar as vendas, como você agiria? Recomendaria o aumento 
da produção, pois as expectativas de vendas seriam positivas, ou 
recomendaria prudência, visto que em ocasiões anteriores os aumentos de 
vendas não ocorreram. Lembre-se que um erro de decisão pode custar 
milhões para a indústria. 
 
Trocando ideias 
Depois de ler a reportagem a seguir, discuta no fórum por que o cenário 
político afeta a economia. 
http://oglobo.globo.com/economia/retomada-do-crescimento-economico-exige-
solucao-para-crise-politica-18802179 
Qual é o papel das expectativas? Qual seria o efeito do ajuste final na 
economia? Ele afetaria a demanda ou a oferta? O aumento das exportações 
seria um meio de aumentar o crescimento? 
 
Na Prática 
Vamos fazer um exercício de análise de política econômica. Imagine que 
você é o responsável pelo departamento econômico de uma empresa. Seu 
trabalho será apresentar certas variáveis enumeradas, e explicar rapidamente 
o que está acontecendo. Apresente-as da melhor maneira possível, por meio 
de gráficos, linhas de tendência, tabelas, etc. Se precisar, transforme as 
variáveis em índice. 
Apresente os dados de 2012, 2013 e 2014 do índice IPCA de inflação, e 
também do INCC e PIB a preços de mercado e exportações. 
 
 
 
 
21 
Resolução do Caso 
1) Primeiramente, encontre os dados: 
a. Para o PIB e as exportações, utilize o site do SIDRA IBGE. 
Procure por contas nacionais, sem ajuste sazonal. 
b. O IPCA também é calculado pelo IBGE; utilize o mesmo site de 
busca 
c. O INCC é medido pela FGV. No site do IBRE FGV não é possível 
obter a série histórica; entretanto, ela pode ser baixada via séries 
temporais do Banco Central. 
2) Uma vez de posse dos dados tabulados em Excel, agrupe-os e 
apresente-os da melhor forma possível. 
3) Preferencialmente, transforme tudo em índice na base 100 para facilitar 
o entendimento, 
4) Note que as séries do PIB e de exportações são trimestrais, e as da 
inflação são mensais. Como só estamos fazendo um estudo, podemos 
repetir as análises trimestrais para compatibilizá-las com as séries 
mensais 
 
Resolução do Caso 
A tabela com os dados encontrados apresenta os seguintes valores: 
 
 
 
 
22 
Tabela 1 – Índices de inflação, PIB e exportação 
 
Data INCC INCC 
índice 
IPCA IPCA 
em 
índice 
PIB a preços de 
mercado 
Exportação 
de bens e 
serviços 
jan/12 0,45 100,00 0,56 100,00 163,05 243,22 
fev/12 0,5 111,11 0,45 80,36 163,05 243,22 
mar/12 0,32 71,11 0,21 37,50 163,05 243,22 
abr/12 0,52 115,56 0,64 114,29 167,84 265,33 
mai/12 0,35 77,78 0,36 64,29 167,84 265,33 
jun/12 0,41 91,11 0,08 14,29 167,84 265,33 
jul/12 0,51 113,33 0,43 76,79 173,52 276,87 
ago/12 0,39 86,67 0,41 73,21 173,52 276,87 
set/12 0,46 102,22 0,57 101,79 173,52 276,87 
out/12 0,42 93,33 0,59 105,36 171,84 282,58 
nov/12 0,25 55,56 0,6 107,14 171,84 282,58 
dez/12 0,19 42,22 0,79 141,07 171,84 282,58 
jan/13 0,63 140,00 0,86 153,57 167,63 231,5 
fev/13 0,44 97,78 0,6 107,14 167,63 231,5 
mar/13 0,48 106,67 0,47 83,93 167,63 231,5 
abr/13 0,5 111,11 0,55 98,21 174,71 282,23 
mai/13 0,64 142,22 0,37 66,07 174,71 282,23 
jun/13 0,5 111,11 0,26 46,43 174,71 282,23 
jul/13 0,4 88,89 0,03 5,36 178,31 285,73 
ago/13 0,66 146,67 0,24 42,86 178,31 285,73 
set/13 0,91 202,22 0,35 62,50 178,31 285,73 
out/13 0,55 122,22 0,57 101,79 175,99 294,09 
nov/13 0,24 53,33 0,54 96,43 175,99 294,09 
dez/13 0,21 46,67 0,92 164,29 175,99 294,09 
jan/14 0,54 120,00 0,55 98,21 172,94 239,09 
fev/14 0,62 137,78 0,69 123,21 172,94 239,09 
mar/14 0,57 126,67 0,92 164,29 172,94 239,09 
abr/14 0,77 171,11 0,67 119,64 173,25 281,6 
mai/14 0,57 126,67 0,46 82,14 173,25 281,6 
jun/14 0,3 66,67 0,4 71,43 173,25 281,6 
 
 
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jul/14 0,34 75,56 0,01 1,79 176,38 298,86 
ago/14 0,16 35,56 0,25 44,64 176,38 298,86 
set/14 0,3373,33 0,57 101,79 176,38 298,86 
out/14 0,37 82,22 0,42 75,00 174,79 262,51 
nov/14 0,42 93,33 0,51 91,07 174,79 262,51 
dez/14 0,18 40,00 0,78 139,29 174,79 262,51 
 
Depois disso, montamos o gráfico. 
 
Figura 6 – Gráfico dos índices de inflação, PIB e exportação 
 
 
 
Podemos notar que existe uma relação de grande semelhança entre 
PIB, exportações e IPCA. Apesar de parecer simples, essa é uma conclusão 
importante, pois mostra que a dinâmica de crescimento do PIB está atrelada ao 
comportamento das exportações. 
Outro ponto importante: a inflação segue a mesma tendência do 
comportamento do PIB, o que indica que mais crescimento leva a maiores 
índices de inflação. 
0
100
200
300
400
500
600
700
800
INCC IPCA PIB a preços de mercado Exportação de bens e serviços
 
 
24 
O INCC, que mede a inflação na construção civil, é a variável que 
apresentou maior deslocamento com o PIB. Períodos de queda do PIB e do 
IPCA não foram vistos da mesma forma no INCC; entretanto, no sentido 
contrário, períodos de alta no PIB e IPCA, também foram vistos no INCC. 
 
Síntese 
Começamos esta aula discutindo alguns fatos importantes acerca das 
flutuações de curto prazo na atividade econômica. Foi apresentado um 
modelo básico para explicar essas flutuações, chamado modelo de demanda 
e oferta agregada. 
A curva de demanda agregada sofrerá alterações em caso de mudanças 
no consumo, no investimento, nos gastos do governo, nas exportações ou nas 
importações. Por outro lado, a curva de oferta agregada é indiferente no longo 
prazo, deslocando-se apenas quando ocorre alteração nos fatores de produção 
(trabalho, capital, recursos naturais e tecnologia). 
No curto prazo, a curva de oferta agregada sofre alterações em relação 
aos preços devido à rigidez destes e dos salários. 
Apreendemos que a inflação é um aumento generalizado dos níveis de 
preços, e que ela tem uma relação de proporcionalidade inversa com o 
desemprego, demonstrada pela Curva de Phillips. 
Por fim, entendemos que, pela hipótese de expectativas racionais, o 
futuro também é importante, e que ele é incorporado pelos indivíduos na 
tomada de decisão. 
 
Referências 
 
CORREA, M. et al. Retomada do crescimento econômico exige solução para 
crise política. O Globo, Rio de Janeiro, 4 mar. 2016. Disponível em: 
<http://oglobo.globo.com/economia/retomada-do-crescimento-economico-
exige-solucao-para-crise-politica-18802179> Acesso em: 4 set. 2016. 
 
 
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DORNBUSCH, R.; FISCHER, S.; STARTZ, R. Macroeconomia. Tradução de 
João Gama Neto. 11. Ed. Porto Alegre: AMGH, 2013. 
 
MANKIW, N. E. Introdução à economia: princípios de micro e 
macroeconomia. São Paulo: Campus Universitário, 2005. 
 
ROSSETTI, J. P.; LOPES, J. do C. Economia monetária. 9. Ed. São Paulo: 
Atlas, 2005.

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