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Modalidades Especiais de Extinção das Obrigações DA CONFUSÃO E DA REMISSÃO FACULDADE SANTO AGOSTINHO – FSA CURSO DE DIREITO Prof. João Santos DA CONFUSÃO 1. Conceito e natureza jurídica: As características de credor e devedor se fundem, se confundem na mesma pessoa, acarretando a impossibilidade lógica de sobrevivência da obrigação (art. 381) Nota 1: a confusão sempre decorrerá de um fato jurídico que independe da vontade das partes – ope legis ou ipso jure; Nota 2: a confusão extingue a dívida e seus acessórios, inclusive as garantias; 2. Fontes da confusão: A confusão pode originar-se de uma transmissão universal de patrimônio, por causa mortis e ato inter vivos (ex. cessão de crédito); Nota: a incidência da confusão em outros ramos do direito: reunião de coisas líquidas (art. 1.272, CC); extinção das servidões (art. 1.389, I, CC); extinção do usufruto pela consolidação (art. 1.410, VI, CC) DA CONFUSÃO 3. Espécies de Confusão A confusão total (própria) ou parcial (imprópria) (Art. 382, CC); Exemplos de confusão parcial: No fato causa mortis o herdeiro como credor de uma parte de dívida divisível do de cujus; Obs.: somente se opera a confusão depois da partilha, quando haverá a efetiva reunião de patrimônios. Na solidariedade passiva (art. 383, CC), em que a extinção só opera efeito até a concorrente quantia, não atingindo a solidariedade. DA CONFUSÃO 3. Requisitos a) Numa só pessoa devem ser reunidas as qualidades de credor e devedor; b) Deve ocorrer essa reunião de qualidades em relação a uma mesma obrigação; c) necessidade de que não exista separação de patrimônios. 3. Cessação da Confusão: Efeitos Cessando a confusão, a obrigação principal se restabelece com seus acessórios Ex.: declaração de ausência com posterior aparecimento do declarado ausente; renúncia da herança; anulação de testamento; Nota: isso demonstra que a confusão não opera efeito na dívida em se, mas nos sujeitos, o que a torna um fenômeno neutralizador da exigibilidade do débito. DA REMISSÃO 1. Conceito – Natureza Jurídica Ocorre a remissão de uma dívida quando o credor libera o devedor, no todo ou em parte, sem receber pagamento (Art. 385, CC); A aquiescência do devedor, ainda que presumida ou tácita, é sempre necessária; Detém natureza de negócio jurídico bilateral; Não admite a lei que seja feita em prejuízo de terceiro (Art. 158, CC) A remissão será sempre um ato sinalagmático; ato de disposição de direitos, requerendo plena capacidade de renúncia, de alienação, como também legitimação para dispor de referido crédito (Art. 386, in fine, CC); DA REMISSÃO 2. Espécies Expressa – dá-se por escrito; Tácita – resulta de comportamento do credor, incompatível com o interesse no pagamento; Presumida – nas hipótese previstas em lei; Art. 386, CC – devolução voluntária do título, quando feita por instrumento particular; Art. 387, CC – renúncia à garantia real mediante devolução da coisa empenhada; 3. Obrigação Solidária Solidariedade ativa – Art. 272, CC Solidariedade passiva – Art. 277, CC e Art. 388, CC Obs.: Obrigações indivisíveis – Art. 262, CC
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