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BIOSSEGURANÇA Introdução à Biossegurança Prof. Paulo Pineda Laboratórios Riscos aos manipuladores Biossegurança Conjunto de procedimentos capazes de eliminar ou minimizar riscos inerentes a manipulação de agentes que podem comprometer a saúde do homem, dos animais, do meio ambientes ou a qualidade dos trabalhos desenvolvidos. Definição O LABORATÓRIO DE ENSINO E PESQUISA E SEUS RISCOS Acidentes em laboratório Perigo: “Situação que inspira cuidado” Risco: “Chance de lesão” Via de Exposição Procedimento de risco - Ingestão Pipetagem com a boca Consumir alimentos no laboratório Colocar dedos ou objetos contaminados na boca - Inoculação Acidentes com agulhas Acidentes materiais cortantes Arranhão, mordidas de animais Considerações Gerais de risco em laboratórios - Pele / mucosa Fluidos: boca, olhos, nariz, pele Objetos / Equipamentos com superfícies contaminadas - Inalação Via de Exposição Procedimento de risco Considerações Gerais de risco em laboratórios Aerossóis (Portaria do Ministério do Trabalho, MT no. 3214, de 08/06/78) GRUPO 1: RISCOS FÍSICOS GRUPO 2: RISCOS QUÍMICOS GRUPO 3: RISCOS BIOLÓGICOS GRUPO 4: RISCOS ERGONÔMICOS GRUPO 5: RISCOS DE ACIDENTES Tipos de Riscos Riscos Físicos Todas as formas de energia a que possam estar expostos os trabalhadores: • ruídos e vibrações; • temperaturas excessivas e umidade; • pressões anormais; • radiações. ESTUFA Temperaturas extremas AUTOCLAVENITROGÊNIO LÍQUIDO Ruídos - Máquinas e equipamentos - Quanto maior o nível de ruído, menor deverá ser o tempo de exposição ocupacional. Limite de tolerância para ruído contínuo ou intermitente Ruídos x SN - fadiga nervosa; - alterações mentais; - hipertensão; - modificação do ritmo cardíaco; - modificação do calibre dos vasos sanguíneos; - modificação do ritmo respiratório; - perturbações gastrointestinais; - ↓ visão noturna e dificuldade na percepção de cores; - perda temporária ou definitiva da audição. Ruídos – redução dos danos - Medidas de proteção individual e coletiva - Medidas educacionais - Medidas administrativas Vibrações Localizadas (ferramentas manuais, elétricas e pneumáticas) alterações neurovasculares nas mãos, problemas nas articulações das mãos e braços; osteoporose Vibrações Generalizadas (motoristas de caminhões, ônibus e tratores) Lesões na coluna vertebral; dores lombares Vibrações • minimizar prejuízos: revezamento dos trabalhadores expostos aos riscos Radiações - formas de energia que se transmitem por ondas eletromagnéticas * Radiações ionizantes * Radiações não-ionizantes Radiações - Cuidados - Medidas de proteção individual e coletiva - Enclausuramento da fonte de radiação - Medida administrativa (ex: dosímetro de bolso para técnicos de raio-x) - Medida médica: exames periódicos Temperaturas Extremas - Calor - desidratação; - erupção da pele; - câimbras; - fadiga física; - distúrbios psiconeuróticos; - problemas cardiocirculatórios; - insolação. Temperaturas Extremas – Frio - feridas; - rachaduras e necrose na pele; - enregelamento: ficar congelado; - agravamento de doenças reumáticas; - predisposição para acidentes; - predisposição para doenças das vias respiratórias Temperaturas Extremas - CUIDADOS - proteção coletiva: ventilação local exaustora com a função de retirar o calor e gases dos ambientes, isolamento das fontes de calor/frio. - proteção individual: fornecimento de EPI (ex: avental, bota, capuz, luvas especiais para trabalhar no frio). Pressões Anormais • Baixas e Altas Pressões • Pode causar a ruptura do tímpano quando o aumento de pressão for brusco e a liberação de nitrogênio nos tecidos e vasos sangüíneos e morte. Umidade • Umidade elevada • doenças do aparelho respiratório, quedas, doenças de pele, doenças circulatórias, etc. • Precauções • Medidas de proteção individuais e coletivas Ergonomia Homem X Ambiente de Trabalho Fatores que podem afetar a integridade física ou mental do trabalhador, proporcionando-lhe desconforto ou doença. esforço físico, levantamento de peso, postura inadequada, controle rígido de produtividade, situação de estresse, trabalhos em período noturno, jornada de trabalho prolongada, monotonia e repetitividade, imposição de rotina intensa. Conseqüências – LER/DORT, cansaço físico, dores musculares, hipertensão arterial, alteração do sono, diabetes, doenças nervosas, taquicardia, doenças do aparelho digestivo (gastrite e úlcera), tensão, ansiedade, problemas de coluna, etc. Prevenção – ajuste entre as condições de trabalho e o homem sob os aspectos de praticidade, conforto físico e psíquico BIOSSEGURANÇA Risco de Acidentes Risco Químico Prof. Paulo Pineda RISCO DE ACIDENTES qualquer fator que coloque o trabalhador em situação de perigo e possa afetar sua integridade, bem estar físico e moral Exemplos: máquinas e equipamentos sem proteção, probabilidade de incêndio e explosão, arranjo físico inadequado, armazenamento inadequado, etc. Risco Químico • RISCO QUÍMICO Qualquer substância, composto ou produtos que possam penetrar no organismo Risco Químico Vias de penetração no organismo: - Via respiratória (inalação) - Via sistema tegumentar Via dérmica (absorção) Via ocular Via parenteral - Via digestiva (ingestão) Risco Químico MOVIMENTO DO PRODUTO QUÍMICO NO ORGANISMO Absorção Distribuição Fixação ou acumulação Eliminação O risco tóxico associado a uma substância depende: • propriedades físico-químicas, • via de penetração no organismo, • dose introduzida no organismo, • alvos biológicos, • capacidade metabólica de eliminação da substância, • efeitos sinergísticos com outros agressores (físicos, químicos ou psíquicos). Risco Químico Tóxicos sistêmicos Exemplo - clorofórmio, tetracloreto de carbono, mercúrio, etc. EFEITOS TÓXICOS SOBRE O ORGANISMO Risco Químico EFEITOS TÓXICOS SOBRE O ORGANISMO Anestésicos e narcóticos Exemplo - éteres, acetona, álcoois alifáticos. Risco Químico Asfixiantes Exemplo - dióxido de carbono, nitrogênio, acetileno, cianetos, etc. EFEITOS TÓXICOS SOBRE O ORGANISMO Risco Químico Alergizantes Exemplo - resinas, monômeros, cromo, formaldeído, óleos, etc. EFEITOS TÓXICOS SOBRE O ORGANISMO Risco Químico Pneumococióticos Exemplo – Sílica, asbestos EFEITOS TÓXICOS SOBRE O ORGANISMO Risco Químico Teratogênicos Exemplo – Mercúrio e alguns solventes orgânicos EFEITOS TÓXICOS SOBRE O ORGANISMO Risco Químico Imunodepressores Exemplo – antimetabólicos, ciclosporina, corticóides EFEITOS TÓXICOS SOBRE O ORGANISMO Risco Químico Carcinogênicos Exemplo - benzeno, asbesto, brometo de etídeo, etc. EFEITOS TÓXICOS SOBRE O ORGANISMO Risco Químico Risco Químico Classificação de Substâncias Perigosas - Sistema de classificação de substâncias químicas: * periculosidade ou nocividade Classificação de Substâncias Perigosas - Extremamente tóxico - Altamente tóxico - Moderadamente tóxico - Levemente tóxico - Praticamente não tóxico - Relativamente inofensivo Risco Químico Não existe substância não perigosa! Classes de perigo Risco Químico inflamável explosivo comburente ou oxidante corrosivo nocivas ou perigosas para o meio ambiente tóxica nociva ROTULAGEM DE SUBSTÂNCIAS QUÍMICAS Identificação completa do produto químico: riscos que apresenta (símbolo e palavra indicativa de risco) palavras convencionais de advertência (perigo, cuidado, atenção) frases convencionais de medidas preventivas quanto ao risco (mantenha afastado do calor, perigo se inalado, etc.) Risco Químico -AZUL (cuidado, ar comprimido) -VERDE (cor da segurança, água, oxigênio) -VERMELHO (incêndio, perigo) -CINZA (cilindros de nitrogênio, vácuo) -LARANJA (alerta) -PÚRPURA (radiação) -AMARELO (cuidado, atenção) -BRANCO (resíduos de serviços de saúde) USO DAS CORES PARA SINALIZAÇÃO IDENTIFICAÇÃO E ROTULAGEM LIMITES DE TOLERÂNCIA À EXPOSIÇÃO DO TRABALHADOR Normas Regulamentadoras do Ministério do Trabalho NR 15 - Atividades e Operações Insalubres Anexo 11 - Limites de tolerância a agentes químicos Acetona 975 ppm Éter etílico 387 ppm Metanol 195 ppm Etanol 975 ppm Fenol 8 ppm Tolueno 117 ppm Xilol 117 ppm SEGURANÇA NA MANIPULAÇÃO DE PRODUTOS QUÍMICOS SEGURANÇA NA MANIPULAÇÃO DE PRODUTOS QUÍMICOS Consultar a lista de substâncias incompatíveis antes de fazer um experimento; Cuidar para que não ocorra a mistura de produtos incompatíveis durante a lavagem de vidrarias ou descarte dos resíduos; Identificar os rejeitos produzidos. PREVENÇÃO DE REAÇÕES ENTRE PRODUTOS QUÍMICOS ESTOCAGEM DE PRODUTOS QUÍMICOS Nos laboratórios devem ser guardadas apenas as quantidades mínimas de reagentes para consumo. Os frascos grandes e pesados não devem ser dispostos em prateleiras altas. Todas as substâncias devem ter rótulo de identificação. As substâncias incompatíveis não podem ser armazenadas juntas. Os locais de armazenamento devem ser bem ventilados. Os produtos muito tóxicos devem ser guardados em armários fechados ou em locais de acesso restrito. FICHA DE INFORMAÇÃO SOBRE SEGURANÇA DE PRODUTO QUÍMICO 1. Identificação do produto e da empresa fornecedora ou fabricante. 2. Informações sobre a composição. 3. Identificação de danos à saúde e ao meio ambiente. 4. Medidas de primeiros socorros. 5. Medidas de combate a incêndio. 6. Medidas em caso de derrame acidental ou vazamento. 7. Manuseio e armazenagem. 8. Medidas de controle e de exposição. 9. Propriedades físico-químicas. 10. Estabilidade e reatividade. 11. Informações toxicológicas. 12. Informações relativas ao meio ambiente. 13. Considerações sobre disposição/descarte. 14. Informações sobre transporte. 15. Informações sobre regulamentação do produto. BIOSSEGURANÇA Risco Biológico Prof. Paulo Pineda Consideram-se agentes de risco biológico as bactérias, fungos, parasitas, vírus, entre outros. Risco Biológico Os agentes de risco biológico estão divididos em quatro classes de risco segundo os seguintes critérios: – Patogenicidade para o homem – Virulência – Modos de transmissão – Disponibilidade de medidas profiláticas eficazes – Disponibilidade de tratamento eficaz – Endemicidade Risco Biológico – Classe de risco 1 O risco individual e para a comunidade é ausente ou muito baixo. Exemplo: Bacillus subtilis www.fiocruz.br Risco Biológico – Classe de risco 2 O risco individual é moderado e para a comunidade é baixo. Exemplo: Escherichia coli e outros coliformes fecais Helicobacter pylori Staphylococcus aureus Risco Biológico – Classe de risco 3 O risco individual é alto e para a comunidade é limitado. Exemplo: Mycobacterium tuberculosis Risco Biológico – Classe de risco 4 O risco individual e para a comunidade é elevado. Exemplo: Vírus Ebola Risco Biológico • Resumindo... Risco Biológico Risco Biológico Níveis de Biossegurança NÍVEIS DE BIOSSEGURANÇA # Nível de Biossegurança 1 (NB1) # Nível de Biossegurança 2 (NB2) # Nível de Biossegurança 3 (NB3) # Nível de Biossegurança 4 (NB4) Biossegurança • Laboratórios de ensino básico – microrganismos de classe de risco 1 NÍVEL DE BIOSSEGURANÇA 1 (NB1) Biossegurança Requisitos: planejamento espacial e funcional e adoção de Boas Práticas Laboratoriais: • Reduzir derramamentos e aerossóis • Descontaminação de superfícies e do lixo • Controle de insetos e roedores • Equipamentos de Proteção Individual (jalecos, luvas e óculos protetores) Barreiras Primárias Barreiras Secundárias • Laboratório com porta única • Pias para lavar as mãos • Janelas fechadas e com telas protetoras • Construção sem necessidade de sistema de ventilação NÍVEL DE BIOSSEGURANÇA 1 (NB1) FÁCIL DE LIMPAR E DESCONTAMINAR NÍVEL DE BIOSSEGURANÇA 1 (NB1) • Laboratórios clínicos ou hospitalares - microrganismos de classe de risco 2. • Adoção das boas práticas + uso de barreira físicas primárias e secundárias. NÍVEL DE BIOSSEGURANÇA 2 (NB2) Biossegurança • NB1 +: • Uso de Cabines de biossegurança (classe II) para trabalhar com agentes infecciosos envolvendo: – Aerossóis e derramamentos – Grandes volumes – Altas Concentrações Barreiras Primárias NB 1 + • Cabine de segurança instalada • Iluminação adequada e lava-olhos disponível • Ar do Laboratório não deve circular em outras áreas • Acesso restrito durante o trabalho • Disponibilidade de autoclave • Localização separada de área pública • Ventilação bi-direcional Barreiras Secundárias Práticas Especiais • Supervisor – Cientista especializado • Acesso limitado aos imunocomprometidos • Acesso restrito a não imunizados • Pessoal de Laboratório – Deve estar ciente do perigo em potencial – Deve ter habilidade e prática nas técnicas NÍVEL DE BIOSSEGURANÇA 2 (NB2) Biossegurança NÍVEL DE BIOSSEGURANÇA 2 (NB2) • Manipulação de microrganismos da classe de risco 3 ou de grandes volumes e altas concentrações de organismos da classe de risco 2. • Controle rígido na operação, inspeção e manutenção das instalações e equipamentos e o pessoal técnico deve receber treinamento específico. NÍVEL DE BIOSSEGURANÇA 3 (NB3) Biossegurança Barreiras Primárias • Práticas especiais para NB2 +: – Utilização de capela de fluxo laminar Classe II ou III – Uso de equipamentos para proteção respiratória (máscaras com pressão de ar negativa e filtro) Barreiras Secundárias • NB1 e NB2, +: – Prédio separado ou em zona isolada – Dupla porta de entrada – Escoamento do ar interno direcionado – Passagem de ar única – 10 a 12 trocas de ar/ hora Barreiras Secundárias • Proteger equipamentos geradores de aerossol • Ante-sala do Laboratório, fechada • Paredes, pisos e tetos resistentes à água e de fácil descontaminação • Todo material de trabalho colocado dentro da capela de segurança • Tubos de aspiração a vácuo protegidos com filtro ou desinfetante líquido. NÍVEL DE BIOSSEGURANÇA 3 (NB3) Biossegurança NÍVEL DE BIOSSEGURANÇA 3 (NB3) Práticas Especiais • Supervisão – Supervisor: cientista competente/experiente no trabalho com estes agentes que: • Estabelece critérios para entrada da amostra • Restringe o acesso • Controla procedimentos e regulamentos • Treina pessoal antecipadamente Práticas Especiais • Pessoal de Laboratório – Seguir as normas de forma estrita – Demonstrar habilidade – Receber treinamento apropriado – Relatar acidentes – Participar da vigilância médica • Laboratório de contenção máxima - manipulação de microrganismos da classe de risco 4. • Procedimentos especiais de segurança. NÍVEL DE BIOSSEGURANÇA 4 (NB4) Biossegurança Barreiras Primárias NB 1, 2 e 3 +: • Cabine de Segurança II ou III para manipulação de agentes patogênicos • Utilização de máscara facial com pressão + • Descontaminação,por produtos químicos ou vapor em temperaturas elevadas, de todo líquido (até água de banho) e resíduos sólidos eliminados Barreiras Secundárias NB 1, 2 e 3 +: • Prédio separado ou em zona isolada • Dupla porta de entrada • Escoamento interno do ar uni direcional • Passagem de ar individual • Sistemas aperfeiçoados para suprimento, exaustão de ar, formação de vácuo e descontaminação Barreiras Secundárias • Equipamentos geradores de aerossóis fechados hermeticamente • Obrigatório utilizar autoclave de dupla porta • Ante-Sala de entrada fechada • Abertura e fechamento de portas eletronicamente programadas Barreiras Secundárias • Eliminação de líquidos - descontaminação • Sistema seguro de comunicação do Laboratório • Equipamentos responsáveis pelo insuflamento de ar e abertura de portas ligados a geradores Práticas Especiais • Acesso controlado • Todos os suprimentos laboratoriais saem através de autoclave de porta dupla Práticas Especiais • SUPERVISOR : – Fiscaliza critérios rigorosos de acesso restrito – Exige o cumprimento de regulamentos e procedimentos – Treina com rigor o pessoal do Laboratório Práticas Especiais • Pessoal de Laboratório: – Deve seguir rigorosamente as normatizações – Demonstrar eficiência – Receber treinamento altamente especializado – Relatar todo e qualquer tipo de acidente – Receber imunizações – Participar de vigilância médica DESCARTE DE MATERIAL BIOLÓGICO TRANSPORTE DE MATERIAL BIOLÓGICO NÍVEL DE BIOSSEGURANÇA 4 (NB4) Biossegurança BIOSSEGURANÇA Precauções Universais Prof. Paulo Pineda • Precauções universais - precauções padrão (PP) – EPI na possibilidade de contato com sangue, secreções, excreções e/ou fluidos corpóreos, de pele não-íntegra e mucosa com exceção do suor. Centers for Disease Control (CDC), 1985 Risco Biológico Risco Biológico • Aerossóis – Transmissão por via aérea por meio de microgotículas – Podem permanecer em suspensão no ar Ex. teberculose, varicela e sarampo Risco Biológico • Gotículas – indivíduo infectado → membranas mucosas do nariz, boca ou conjuntiva de um hospedeiro susceptível – requer contato próximo Ex. Haemophilus influenzae e Neisseria meningitidis. Risco Biológico • Contato Direto • Transferência ele a pele Indireto • transmissão para um hospedeiro susceptível intermediado por objetos contaminados Risco Biológico Precaução: Uso de EPI Precaução: Limpeza, desinfecção ou esterilização • Remoção mecânica de sujidades Risco Biológico • Eliminação de microorganismos na forma vegetativa Risco Biológico • A desinfecção na assistência à saúde: – roupas de cama, recipientes, vasilhames, termômetros, etc; – pisos, paredes, aparelhos sanitários, móveis, etc; – reduzir os micróbios da pele e do corpo em geral: desinfecção de ferimentos e mãos Risco Biológico • A desinfecção pode ser realizada por: – fervura – produtos químicos – remoção mecânica com produtos químicos Risco Biológico • Destruição de microrganismos, inclusive os esporulados. Risco Biológico • Esterilização pelo calor seco – Estufa de ar quente – Flambagem Risco Biológico • Esterilização pelo calor úmido – Esterilização por autoclave Risco Biológico Higienização das Mãos • Mãos → principal via de transmissão de microrganismos Risco Biológico • água e sabão comum • Remoção mecânica de sujidades e microorganismos presentes na pele • lavagem das mãos + anti-séptico • remoção mecânica de sujidades e microrganismos, ↓ na carga microbiana Risco Biológico • Substâncias para higienização das mãos: – água e sabão + preparação alcoólica – água e sabão + anti-séptico Risco Biológico • Uso de preparação alcoólica – Antes e após o contato com o paciente (procedimentos assistenciais, manipulação de dispositivos invasivos, exposição a fluidos corporais) – Antes e após remoção de luvas Risco Biológico • Anti-séptico: associam detergentes com anti-sépticos • Higienização anti-séptica das mãos - Nos casos de precaução de contato recomendados para pacientes portadores de microrganismos multirresistentes. - Nos casos de surtos. Risco Biológico • Sabões – Uso sabonete líquido tipo refil ANVS n. 481, de 23 de setembro de 1999. Risco Biológico • Agentes Sépticos – Objetivo: reduzir o número de microorganismos transitórios e residentes – Alcoóis, Clorexidina, Compostos de iodo, Iodóforos e Triclosan. Risco Biológico • Papel Toalha – Absorvente – Não liberar partículas – Uso individual (folha a folha) Risco Biológico Higienização das Mãos – Itens Necessários – Biossegurança Aula Teórica 5 Conteúdo Doenças ocupacionais por agentes biológicos, conduta e normas de biossegurança (HIV e Hepatite B) Doenças Ocupacionais por Agentes Biológicos Conduta e Normas de Biossegurança Prof. Paulo Pineda EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL A MATERIAL BIOLÓGICO Biossegurança • Registro do Acidente de Trabalho • SINABIO (Sistema de Notificação de Acidentes Biológicos) – Condições do acidente – Dados do paciente-fonte – Dados do profissional de saúde Biossegurança • Exposições percutâneas • Exposições em mucosas • Exposições cutâneas Biossegurança Biossegurança Biossegurança Biossegurança Biossegurança Biossegurança Precauções básicas ou precauções padrão – Equipamento de Proteção Individual – Manipulação e descarte de material perfurocortante • VACINAÇÃO – prevenção de algumas doenças infecciosas de possível transmissão em unidades de saúde Biossegurança Biossegurança • HEPATITE B Biossegurança PROCEDIMENTOS PÓS-EXPOSIÇÃO C/ MATERIAL BIOLÓGICO: Biossegurança PELE ÍNTEGRA • Lavar o local com água e sabão ou solução antiséptica (não constitui situação de risco) MUSOSA • Lavar o local com soro fisiológico ou água em abundância PERCUTÂNEO • Lavar o local e não fazer pressão no ferimento PROCEDIMENTOS PÓS-EXPOSIÇÃO C/ MATERIAL BIOLÓGICO: Biossegurança Identificar o paciente-fonte (teste anti-HIV, Hepatite B e C) Comunicação da chefia BIOSSEGURANÇA Equipamentos de Proteção Prof. Paulo Pineda Equipamentos de Proteção Barreiras primárias para preservação da saúde do trabalhador • Equipamentos de Proteção Individual (EPI) • Equipamentos de Proteção Coletiva (EPC) Biossegurança EPI Todo dispositivo ou produto de uso individual Objetivo: proteção contra riscos que possam ameaçar a segurança e a saúde no trabalho Proteção Auricular Jaleco Avental Luvas Óculos de Segurança Máscaras ou respiradores Toucas ou gorros Protetores de MI Principais EPIs Biossegurança COMO REMOVER AS LUVAS • Regulamentação – Norma Regulamentadora NR-6 da Portaria no. 3214 de 1978, do Ministério do Trabalho Biossegurança Biossegurança EPI Determinação da necessidade do EPI • SESMT (Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho) • CIPA (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes) • Profissional habilitado Biossegurança A empresa é obrigada a fornecer o EPI: quando medidas gerais não ofereçam proteção completa contra os riscos de acidentes ou de doenças profissionais e do trabalho; enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sendo implantadas; e, para atender a situações de emergência. Biossegurança É responsabilidade do empregador EPI: - adquirir o EPI adequado ao risco de cada atividade; -exigir seu uso; - fornecer ao trabalhador somente EPIs aprovados pelo órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho; - orientar e treinar o trabalhador sobre o uso adequado, guarda e conservação; Biossegurança É responsabilidade do empregador EPI: - no caso de quebra ou perda substituir o EPI imediatamente; - responsabilizar-se pela higienização e manutenção periódica; - registrar o seu fornecimento ao trabalhador Biossegurança É responsabilidade do empregado EPI: - utilizar o EPI apenas para a finalidade a que se destina; - responsabilizar-se pela guarda e conservação; - comunicar ao empregador qualquer alteração que o torne impróprio para uso; e, - cumprir as determinações do empregador sobre o uso adequado. Biossegurança EPC Auxiliam na segurança do trabalhador dos serviços de saúde e laboratórios, proteção ambiental e também na proteção do produto ou pesquisa desenvolvida AUTOCLAVES FORNO PASTEUR CHUVEIRO DE EMERGÊNCIA e LAVA OLHOS SPRINKLER EXTINTORES Biossegurança Biossegurança Cabine construída de forma aerodinâmica Manipulação de substâncias químicas que liberam vapore e gases tóxicos, irritantes, corrosivos etc. CABINE DE SEGURANÇA QUÍMICA Biossegurança CABINES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA (CSB) • Proteção do operador, do ambiente e do experimento através de fluxo laminar de ar filtrado • As CSB estão dividas em: – Classe I, – Classe II (divididas em A ou A1,B1, B2 e B3 ou A2) – Classe III Biossegurança • São semelhantes as capela de exaustão química. • Promove proteção do operador, pessoal do laboratório e ambiente. Cabines de Segurança Biológica Classe I Biossegurança Cabines de Segurança Biológica Classe II Dividem-se: - Tipo A ou A1 - Tipo B1 - Tipo B2 - Tipo B3 ou A2 Ex.: CSB Classe A ou A1 Biossegurança Cabines de Segurança Biológica Classe III TÉCNICAS PARA HIGIENIZAÇÃO DE MÃOS TÉCNICAS DE HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS: • Lavagem simples das mãos • Higienização anti-séptica das mãos • Fricção de anti-séptico nas mãos • Anti-sepsia cirúrgica ou preparo pré-operatório das mãos Biossegurança Higienização das Mãos Importante Antes de iniciar qualquer uma dessas técnicas, é necessário retirar jóias (anéis, pulseiras, relógio) Biossegurança Biossegurança Higienização simples das mãos Biossegurança Higienização Anti-Séptica das mãos Biossegurança Uso de Equipamentos de Proteção Individual Biossegurança EPI Todo dispositivo ou produto, de uso individual utilizado pelo trabalhador, destinado à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho. Biossegurança EPI Determinação da necessidade do EPI SESMT CIPA Profissional habilitado Biossegurança EPI – NR 6 Obrigatoriedade de fornecimento do EPI: a) sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam completa proteção contra os riscos de acidentes do trabalho ou de doenças profissionais e do trabalho; b) enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sendo implantadas; e, c) para atender a situações de emergência. Biossegurança Cabe ao empregador quanto ao EPI : - adquirir o EPI adequado ao risco de cada atividade; - exigir seu uso; - fornecer ao trabalhador somente o aprovado pelo órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho; - orientar e treinar o trabalhador sobre o uso adequado, guarda e conservação; Biossegurança Cabe ao empregador quanto ao EPI : - substituir imediatamente, quando danificado ou extraviado; - responsabilizar-se pela higienização e manutenção periódica; e, - comunicar ao MTE qualquer irregularidade observada. - registrar o seu fornecimento ao trabalhador, podendo ser adotados livros, fichas ou sistema eletrônico. Biossegurança Cabe ao empregado quanto ao EPI: - usar, utilizando-o apenas para a finalidade a que se destina; - responsabilizar-se pela guarda e conservação; -comunicar ao empregador qualquer alteração que o torne impróprio para uso; e, - cumprir as determinações do empregador sobre o uso adequado. Biossegurança Aula Teórica 8 Conteúdo Mapa de Risco Biossegurança MAPA DE RISCO Representação gráfica de um conjunto de fatores presentes nos locais de trabalho, capazes de acarretar prejuízos à saúde dos trabalhadores. Mapa de Risco • OBJETIVOS: – Planta baixa representando os riscos encontrados; – Proporcionar processo educativo à sua elaboração; – Conscientizar os trabalhadores em relação aos perigos expostos; – Buscar soluções aos problemas encontrados; – Prevenção de acidentes: visão coletiva. Mapa de Risco • Confecção da representação gráfica segundo a NR-5: – Grupo a que pertence o risco, de acordo com a cor; – No de trabalhadores expostos ao risco; – Especialização do risco; – Identidade do risco de acordo com a gravidade. Mapa de Risco • Classifica os Riscos Ambientais em 5 grupos: GRUPO 1: RISCOS FÍSICOS (verde) GRUPO 2: RISCOS QUÍMICOS (vermelho) GRUPO 3: RISCOS BIOLÓGICOS (marrom) GRUPO 4: RISCOS ERGONÔMICOS (amarelo) GRUPO 5: RISCOS DE ACIDENTES (azul) Mapa de Risco • Definição dos riscos - círculos Gravidade maiormenor Representação Gráfica - Mapa de Risco RADIAÇÃO RISCO BIOLÓGICO ARMA QUÍMICA SIMBOLOGIA IRRITANTE INFLAMÁVEL PERIGO AO MEIO AMBIENTE TÓXICO CORROSIVO COMBUSTÍVEL EXPLOSIVO RISCO BIOLÓGICO RADIAÇÃO IONIZANTE RADIAÇÃO NÃO IONIZANTE RADIAÇÃO A LASER GÁS COMPRIMIDO SUPERFÍCIE AQUECIDA BAIXA TEMPERATURA CAMPO MAGNÉTICO Dispositivo para abertura de porta CIPA Cuidado tóxico Escada de Emergência Explosivo Material Venenoso Saída de Emergência Reciclável Biossegurança Aula Teórica 9 Conteúdo Gerenciamento de resíduos BIOSSEGURANÇA Gerenciamento de resíduos Prof. Paulo Pineda • Separação obrigatória dos resíduos na fonte geradora de acordo com suas características Resolução RDC nº 306, de 07 de dezembro de 2004 Biossegurança Biossegurança Classificação dos Resíduos do Serviço de Saúde Resolução RDC nº 306, de 07 de dezembro de 2004 Biossegurança Resíduo do Grupo A • Substância Infectante – Resíduo com a possível presença de agente biológico – Pode apresentar risco de infecção NBR 7500 da ABNT Biossegurança Resíduo do Grupo A1 • Culturas e estoque de microrganismos • Descartes de vacinas • Resíduos de laboratórios de manipulação genética • Bolsas transfusionais com sangue ou hemocomponentes rejeitados • Amostras de sangue ou líquidos corpóreos Biossegurança Resíduo do Grupo A1 Descarte • Redução de carga microbiana compatível com nível III de inativação • Encaminhados para aterro sanitário licenciado Biossegurança Resíduo do Grupo A2 • Carcaças, peças anatômicas, vísceras e outros resíduos provenientes de animais submetidos a processos de experimentação com inoculação de microorganismos Biossegurança Resíduo do Grupo A2 Descarte • Redução de carga microbiana compatível com nível III de inativação • Encaminhados para aterro sanitário licenciado ou sepultamento em cemitério de animais Biossegurança Resíduo do Grupo A3 • Peças anatômicas (membros) humanas • Produto de fecundação sem sinais vitais (peso menor que 500 gramas ou estatura menor que 25 centímetros ou idade gestacional menor que 20 semanas) • Sem valor científico ou legal e não tenha havido requisição pelo paciente ou familiares;Biossegurança Resíduo do Grupo A3 Descarte • Sepultamento em cemitério, desde que haja autorização do órgão competente • Incineração ou cremação Biossegurança Resíduo do Grupo A4 • Acessórios de equipamentos (ex. kit dializador) • Sobras de amostras contendo fezes, urina e secreções (sem suspeita de agentes Classe de Risco 4) • Resíduos de tecido adiposo • Carcaças, peças anatômicas ou vísceras de animais (não submetidos a inoculação de microorganismos) • Peças anatômicas (órgãos e tecidos) provinientes de cirurgias Biossegurança Resíduo do Grupo A4 Descarte • Encaminhados sem tratamento prévio para local devidamente licenciado para a disposição final de resíduos dos serviços de saúde Biossegurança Resíduo do Grupo A5 • Órgãos, tecidos, fluidos orgânicos, materiais perfurocortantes e demais materiais resultantes da atenção à saúde de indivíduos ou animais, com suspeita ou certeza de contaminação com príons Biossegurança Resíduo do Grupo A5 Descarte • Tratamento específico orientado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária-ANVISA Biossegurança Resíduo do Grupo B • Resíduo Químico – Resíduo contendo substâncias químicas – Podem apresentar risco à saúde pública ou ao meio ambiente NBR 7500 da ABNT Biossegurança Resíduo do Grupo B Descarte • Reutilização, recuperação ou reciclagem • Submetidos a tratamento e disposição final específicos • Resíduos sem características de periculosidade não necessitam de tratamento prévio (FISPQ) Biossegurança Resíduo do Grupo C • Material Radioativo – Resíduos que contenham radionuclídeos em quantidades maiores do que os limites de isenção específicos na norma CNEN NBR 7500 da ABNT Biossegurança Resíduo do Grupo C Descarte • Separado de acordo com a natureza física do material e do radionuclídeo • Eliminação, apóes decaimento, segundo normas do CNEN Biossegurança Resíduo do Grupo D • Resíduo Comum NBR 7500 da ABNT Biossegurança Resíduo do Grupo E • Material Perfuro-cortante – lâminas de barbear, agulhas, ampolas de vidro, pontas diamantadas, lâminas de bisturi, lancetas, tubos capilares, micropipetas, lâminas e lamínulas, espátulas, todos os utensílios de vidro quebrados no laboratório e outros similares. Biossegurança Resíduo do Grupo E • Recipiente rígido • Resistentes • Com tampa • Identificados • Sem reutilização BIOSSEGURANÇA AULA 10 O USO DE ANIMAIS EM PESQUISA Pesquisa com animais • A pesquisa como meio Geração de conhecimento que seja transponível aos seres humanos (estudo em fase pré-clínica) • A pesquisa como fim O estudo do animal • CNS RDC nº 219: as pesquisas em modelos animais fundamentam as pesquisas clínicas (a pesquisa em qualquer área do conhecimento, envolvendo seres humanos deverá estar fundamentada na experimentação prévia realizada em laboratórios, animais ou em outros fatos científicos) • CONEP • CEP Pesquisa com animais Regulamentação das Pesquisas em Animais no Brasil • Desde 1934: O estado penaliza quem aplicar maus tratos aos animais Declaração universal dos direitos dos animais Em 27 de janeiro de 1978 foi proclamada em assembléia da UNESCO a Declaração Universal do Direito dos Animais. Determina que “a experimentação animal, que implica um sofrimento físico, é incompatível com os direitos do animal, quer seja uma experiência médica, científica, comercial ou qualquer outra” e, que “as técnicas substitutivas devem ser utilizadas e desenvolvidas.” • MAUS TRATOS - Golpear ou ferir voluntariamente qualquer órgão ou tecido de animais domésticos, exceto a castração - Praticar ato de abuso e crueldade: Manter animais em locais anti-higiênicos Privá-los de água, comida e luz Abandonar animal doente ou ferido Deixar de ministrar a ele tudo o que humanitariamente se possa prover Não dar morte rápida e livre de sofrimento Manter os animais em número tal que não lhes seja possível mover-se livremente Regulamentação das Pesquisas em Animais no Brasil • Replace (substituir) Uso de métodos alternativos sempre que possível • Reduce (reduzir) Uso do menor número possível de animais em experimentações • Refine (refinamento) Uso de métodos adequados de analgesia, anestesia, sedação e eutanásia O princípio dos 3 Rs Penalização legal no Brasil • Pena de multa e de detenção de três meses a um ano, para aqueles que praticarem: - Maus-tratos - Experiência dolorosa, ainda que para fins didáticos ou científicos. A utilização de animais em atividades de ensino, pesquisa e experimentação • I - tratamento de respeito ao animal; • II - restrição a experimentos relevantes; • III - adequação da espécie, do número de animais e do tempo de duração de cada experimento; • IV - utilização de métodos adequados; • V - realização do trabalho por profissionais legalmente habilitados; • VI - adoção de normas de biossegurança; • VII – planejamento dos experimentos; • VIII - assumir que os animais sentem dor de maneira similar aos seres humanos. A utilização de animais em atividades de ensino, pesquisa e experimentação • O art. 6º trata da utilização de métodos alternativos, ficando “proibida a utilização de animal em qualquer experimento para o qual seja possível utilizar outro método cientificamente adequado.” • O § 2º determina que “o número de animais utilizados e o tempo de duração de um experimento devem ser os mínimos indispensáveis para produzir o resultado conclusivo.” A utilização de animais em atividades de ensino, pesquisa e experimentação • O art. 7º diz que os experimentos que possam causar dor ou angústia devem desenvolver-se sob sedação, analgesia ou anestesia adequadas. • Segundo o § 1º aqueles experimentos cujo objetivo seja o estudo dos processos relacionados à dor e à angústia condicionam-se a autorização específica da Comissão de Ética no Uso de Animais (CEUA) (instituída pelas Instituições que desenvolvem ensino, pesquisa ou experimentação, bem como criem ou comercializem animais com essas finalidades). A utilização de animais em atividades de ensino, pesquisa e experimentação • O § 2º veda o uso de bloqueadores neuromusculares ou relaxantes musculares em substituição a substâncias sedativas, analgésicas ou anestésicas. • E o § 3º diz que “se, durante o experimento, o animal apresentar sinais de dor ou sofrimento intensos a despeito de anestesia ou analgesia, a dor deve ser imediatamente aliviada e, se isso não for possível, o animal deve ser sacrificado por métodos humanitários. A utilização de animais em atividades de ensino, pesquisa e experimentação • O art. 8º determina o destino dado ao animal ao encerrar-se o experimento, se ele deve ser mantido vivo ou sacrificado por métodos humanitários. A eutanásia deve ser cometida quando o animal não tiver condições de recuperar a saúde completa ou possa apresentar dor ou sofrimento intensos. A utilização de animais em atividades de ensino, pesquisa e experimentação • De acordo com o art. 9º “é vedada a reutilização de um animal já utilizado num experimento que lhe tenha causado sofrimento ou dores violentas ou permanentes, independentemente de se ter recorrido a anestesia ou analgesia.” A utilização de animais em atividades de ensino, pesquisa e experimentação • O art. 10 recomenda que as práticas de ensino devem, sempre que possível, ser fotografadas, filmadas ou gravadas, de forma a permitir sua reprodução para ilustração de práticas futuras, evitando-se a repetição desnecessária de experimentos didáticos com animais. A utilização de animais em atividades de ensino, pesquisa e experimentação • O art. 11. determina que “todo experimentodeve ser realizado ou supervisionado por profissional de nível superior, graduado ou pós-graduado na área biomédica, vinculado a instituição credenciada pelo CONCEA.” O CONCEA vem a ser o Conselho Nacional de Controle de Experimentação Animal, presidido pelo Ministro de Estado do Meio Ambiente. A utilização de animais em atividades de ensino, pesquisa e experimentação A ética em pesquisa com animais “Como em qualquer investigação científica, o mérito de experimentos com animais depende da rígida adesão ao método científico. Esta adesão determinará a reprodutibilidade e a confiabilidade dos resultados, chave para todo bom experimento” (Claude Bernard, 1865). • ETAPAS: Rigor científico Melhor qualidade dos resultados (menor variabilidade) Menor nº animais usados em pesquisa Ética na pesquisa A ética em pesquisa com animais Os ratos têm sua FC aumentada no contato com o homem Valores normais: 80 a 180 bpm Valores aumentados: 300 a 350 bpm Alternativa: Mais ratos na mesma caixa = diminuição da FC A ética em pesquisa com animais * A sensibilidade animal é parecida com a do ser humano A ética em pesquisa com animais Data Animal Uso Antes de 1900 • Tratamento de raiva • Tratamento da Deficiência de Vitamina do Complexo B 1900-1920 • Tratamento da Varíola; Estudos sobre a patogenia da Tuberculose • Tratamento de Raquitismo Mecanismos da anafilaxia 1920-1930 • Desenvolvimento da Técnica de Cateterismo Cardíaco Descoberta da insulina e do mecanismo do Diabetes • Mecanismo do eletrocardiógrafo 1930-1940 • Desenvolvimento de Anticoagulantes • Funções dos neurônios 1940-1950 • Tratamento de Artrite Reumática • Efeito curativo da penicilina em infecções bacterianas Data Animal Uso 1950-1960 • Descoberta do Fator Rh do sangue • Desenvolvimento da Quimioterapia para o Tratamento do Câncer • Descoberta do DNA • Vacina de Febre Amarela • Cultivo do vírus da poliomielite, o que levou ao desenvolvimento da vacina 1960-1970 • Interpretação do código genético e seu papel na síntese de proteínas • Desenvolvimento de Drogas Antidepressivas 1970-1980 • Desenvolvimento da tomografia computadorizada 1980-1990 • Desenvolvimento de Anticorpos Monoclonais • Desenvolvimento de Terapia Genética AULA 11 BIOTÉRIOS BIOTÉRIOS CONCEITOS GERAIS DEFINIÇÃO Lugar físico onde se alojam, criam e utilizam animais de laboratório Animais apresentam características ou qualidades genéticas e microbiológicas definidas FINALIDADE Contribuir com a pesquisa na área da saúde, permitindo a obtenção de dados confiáveis. Os animais… Fornecem dados para o desenvolvimento de novas tecnologias, vacinas e fármacos Geram conhecimento sobre a biologia das espécies e a sua interação com o meio ambiente Cuidados • Manipulação do animal, coleta de amostras de tecidos, exames, inoculações e necrópsias • Possibilidade de: - Ferimentos; - Doenças; - Contaminações ao manipulador e ao meio ambiente. TIPOS DE BIOTÉRIOS • CRIAÇÃO • PRODUÇÃO • EXPERIMENTAÇÃO BIOTÉRIO DE CRIAÇÃO • Apresenta os animais matrizes para os experimentos Sala de Animais - Criação Estantes com as gaiolas BIOTÉRIO DE PRODUÇÃO • Apresenta os animais em acasalamento para aumentar a prole BIOTÉRIO DE EXPERIMENTAÇÃO • Apresenta os animais que estão em experimentação Sala de Animais - Experimentação Estantes com as gaiolas de experimentos Quarentena Mamadeiras com medicamentos Animais de cuidados especiais • Barreiras sanitárias • Controle genético estrito • Código de ética • AMBIENTE PADRONIZADO (segundo a espécie) • Técnicos treinados e qualificados ESTRUTURA DE UM BIOTÉRIO AMBIENTES • MACROAMBIENTE • MICROAMBIENTE MACROAMBIENTE • Deve promover uma estabilidade de: • Temperatura • Iluminação • Ventilação 1 - Máquina de lavar gaiolas 2 - Autoclave 3 - Passador 4 – Câmara de óxido de etileno X – Cortina de ar T - Tanque de imersão S - Sanitário B - Box de Higienização Estrutura Física e principais equipamentos de um Biotério Corredor de Distribuição Quarentena Almoxarifado LaboratórioAdministração Vestiário S S B B B Àrea de Preparo Àrea de Higienização Corredor de Recolhimento Sala de Animais - Criação Sala de Animais - Criação Sala de Animais - Experimentação Vestiário Depósito de Material T 2 3 4 1 X Sala de Animais - Experimentação Demais Materiais e Àreas do Biotério Fluxo de entrada e saída de material e pessoal Entrada Entrada Principal Ampliação: Portas trancadas com chave Àrea de Preparo Material limpo para ser utilizado Estantes Ventiladas Àrea de Higienização Funcionários organizando o material para ser higienizado Àrea de Higienização Limpadores de mamadeiras e bicos de mamadeiras Autoclave Grades no interior da autoclave para serem esterilizadas GAIOLAS • SEGURA E ESPECÍFICA • CONFORTÁVEL • FÁCIL ACCESO À ÁGUA E ALIMENTO • PERMITIR A OBSERVAÇÃO • VENTILADAS • IDENTIFICADAS • DE MATERIAL INOXIDÁVEL, DURÁVEL E DE FÁCIL LIMPEZA GAIOLAS GAIOLAS Riscos e acidentes Riscos físicos; químicos e de acidentes; Acidentes causados por animais; Acidentes causados por equipamentos; Não utilizar os EPIs Estudantes, estagiários e pesquisadores iniciantes; Outros riscos e acidentes Estufas, autoclaves, alta temperatura; Manutenção inexistente ou inadequada de equipamentos; Produtos corrosivos, tóxicos, explosivos, voláteis e inflamáveis. Outros riscos e acidentes Riscos ergonômicos (lesão de esforço repetitvo); Longos períodos em pé ou posição inadequada; Levantamento e deslocamento de peso; Outros riscos e acidentes Equipamentos de Raio-X; Lâmpadas de Ultravioleta; EPIs para uso exclusivo nas salas de animais Lavagem de mãos e banho após a manipulação de animais e subprodutos Uso de microisoladores, cabines de segurança e fluxos laminares Adoção de procedimentos operacionais padronizados e programas educacionais para prevenção de riscos. NORMAS DE BIOSSEGURANÇA EM BIOTÉRIOS NORMAS DE BIOSSEGURANÇA EM BIOTÉRIO • Cada área deve conter os materiais de limpeza exclusivos e não devem ser levados a outras áreas, para evitar contaminação entre elas. • Os alimentos devem ser guardados em recipientes de plástico. • Bebedouros devem ser desinfectados 1 vez/semana. • A água deve ser clorada e livre de patógenos. • A cama deve ser removida periodicamente para evitar a formação de mau cheiro NORMAS DE BIOSSEGURANÇA EM BIOTÉRIO NORMAS DE BIOSSEGURANÇA EM BIOTÉRIOS • Implantação de sistemas de barreiras; • Treinamento da equipe técnica; • Monitorização sanitária permanente; • Desinfecção ambiental constante; • Sistema de quarentena para novas espécies ou linhagens a serem introduzidas no biotério; • Vigilância no cumprimento de normas técnicas; • Acesso restrito ao biotério (a porta principal deverá estar sempre trancada); • A construção do biotério deverá facilitar sua limpeza; • Animais de diferentes espécies e não envolvidos em um mesmo experimento deverão estar alojados em áreas fisicamente separadas; • As áreas de ventilação deverão conter barreiras físicas impedindo a passagem de insetos e outros animais.NORMAS DE BIOSSEGURANÇA EM BIOTÉRIOS • Animais Convencionais Apresentam microorganismos variados e desconhecidos • Animais Gnotobióticos São divididos em diferentes tipos, tais como: - Germ-free: Livres de microorganismos - SPF: Livres de microorganismos específicos - Microorganismos conhecidos: Intencionalmente contaminados CLASSIFICAÇÃO DOS ANIMAIS TIPOS DE ANIMAIS Espécies de Animais Animais silvestres Podem transmitir zoonozes: - Hantavirose; - Leishmaniose; - Clamídia. Zoonoses associadas aos animais de laboratório Camundongos e ratos Ectoparasitoses, leptospirose, febre da mordedura do rato, salmoneloses, Hantaviroses, Arboviroses Hamsters Ectoparasitoses, Clamidiose Coelhos Dermatofitoses, ectoparasitoses, pasteurelose Cobaias Clamidioses, salmoneloses, dermatofitoses Cães Raiva, leptospirose, brucelose, histoplasmose, ectoparasitoses Gatos Amebíase, raiva, doença da arranhadura do gato, toxoplasmose Primatas Herpes B, tuberculose, hepatite, salmoneloses.. ESPÉCIES MAIS USADAS • Camundongo • Cobaia • Coelho • Hamster… BIOSSEGURANÇA Principais sistemas de gestão da qualidade. Prof. Paulo Pineda Até 2000: Conceito restrito a: • Adequação ao uso A partir de 2000: Conceito de Qualidade Obtenção da satisfação do cliente através do atendimento de suas necessidades e expectativas, dentro de um ambiente organizacional voltado ao melhoramento contínuo de eficiência e efetividade; ISO 9001:2000 Biossegurança Confiabilidade dos resultados; Reconhecimento da comunidade e seus pares; Facilita rastreabilidade dos dados obtidos em ensaios e a documentação de um estudo; Facilita a organização de trabalho e a comunicação dos dados obtidos; Evita duplicidade de estudos em diferentes países, levando a economia de tempo e de recursos. Por que a Qualidade é importante ? Biossegurança Conceito: Sistema da Qualidade É a estrutura organizacional, procedimentos, processos e recursos necessários para implementação da Gestão da Qualidade. Biossegurança Sistema de Gestão Integrada ? Como falar de Qualidade sem mencionar Qualidade Ambiental Segurança e Saúde do trabalhador Biossegurança P O L I T I C A O SISTEMA Definição de responsabilidades Sistema de Documentação Treinamento e Qualificação Pilares do Sistema da Qualidade Biossegurança Estrutura da Documentação ESTRATÉGICO TÁTICO MEMÓRIA Níveis Conteúdo Documento de nível mais alto Descreve o SQ de acordo com a política e objetivos da qualidade declarados e norma de referência Descrevem as atividades necessárias para implementar os elementos do SQ MANUAL DA QUALIDADE PROCEDIMENTOS REGISTROS DA QUALIDADE Documentos comprobatórios Biossegurança Sistema de Gestão Integrada • Sistema poderia suportar os requisitos da ISO 9001 (Qualidade), ISO 14001 (Meio Ambiente), OHSAS 18001 (Segurança e Saúde Ocupacional); – ISO (International Standardization Organization) – OHSAS (Occupational Health and Safety Assessment Series) • Um único Manual de Gestão; • Sistema único de controle de documentos e registros. Biossegurança 2) IMPLEMENTADO: (e isto se verifica por) Análise Crítica pela Administração O Sistema da Qualidade é: 1) DOCUMENTADO: • Manual da Qualidade • Procedimentos da Qualidade • Instruções de Trabalho • Etc Auditorias Internas Biossegurança Princípios fundamentais na Implantação do SQ Direção convencida e comprometida Conscientizaç ão Envolvimento das pessoas Unidade de gerenciamento Melhoramento contínuo Educação permanente Abordagem factual para a tomada de decisão Biossegurança Biossegurança O Ciclo do Sistema da Qualidade Agir corretivamente e preventivamente sobre o sistema Preparar e planejar a auditoria Conduzir a auditoria e relatar as constatações Fazer análise critica sobre o resultado da auditoria Identificar e controlar ações preventivas relacionadas à biossegurança (Uso de EPI, EPC, plano de prevenção de incêndio). Revisão e atualização de procedimentos relativos à biossegurança, visando a melhoria contínua. Identificação e Controle de NC Ações preventivas Biossegurança Identificação e Controle de NC Ações corretivas Identificar e controlar não conformidades e ações corretivas relacionadas à biossegurança. Biossegurança As áreas laboratoriais devem ser planejadas considerando o conforto dos seus ocupantes, a minimização de riscos de acidentes e doenças ocupacionais. Acomodações e Condições ambientais Biossegurança • Inclusão dos equipamentos de proteção coletiva e individual ao programa de verificação e calibração, se aplicável. • Inclusão de referência a riscos à saúde na identificação de determinadas soluções e reagentes. • Elaboração de procedimentos que assegurem a estocagem adequada de reagentes, soluções tóxicas, inflamáveis e incompatíveis entre si. Equipamentos Biossegurança Qualquer tipo de laboratório/indústria/serviço ISO 9001:2000 Sistemas de Gestão da Qualidade - Requisitos Laboratório de ensaio e calibração ISO 17025 Requisitos gerais para competência de laboratórios de ensaio e calibração Sistema da Qualidade em Laboratórios Biossegurança Laboratório clínico NIT-DICLA-083 Critérios Gerais para Competência de Laboratórios Clínicos Laboratório clínico NBR ISO 15189 Laboratórios de análises clínicas – Requisitos especiais de qualidade e competência Para ensaios ou conjunto de ensaios que compõem um estudo NIT-DICLA-028 Critérios para o Credenciamento de laboratório de Ensaio Segundo os Princípios das Boas Práticas de Laboratório - BPL Sistema da Qualidade em Laboratórios Biossegurança Benefícios de um SQ Eficiente Confiabilidade nos resultados Melhoria da comunicação Aumento de eficiência operacional Documentação adequada Registros das informações Biossegurança
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