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Resumo de Direito Constitucional

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Constitucional - Resumo NP2
Ação Declaratória de Constitucionalidade – ADC
Conceito: Serve para declarar a constitucionalidade da lei. As leis são constitucionais de forma presuntiva, até que algum juiz ache necessário tornar sem maiores discussões sobre a inconstitucionalidade ou não dessa lei. Veio de Emenda Constitucionais de 1993
Legitimidade: art.103 da Constituição Federal a legitimidade é a mesma, se mantendo inclusive as categorias dos legitimados.
Cabimento: Somente é cabível em face de lei federal, e não em lei estadual. Existe o pressuposto especifico de controvérsias judicial relevante considera-se um conflito ou uma dúvida sobre a constitucionalidade, realizando um debate dentro do Poder Judiciário entendendo sobre a constitucionalidade da lei, instaurando uma ADC. Fica obvio que é preciso um caso concreto para provocar o debate judicial que levará a realização de uma ADC.
Efeitos: São os mesmos da ADI (erga omnes, ex tunc e vinculante).
Caráter ambivalente: ADI e ADC são dois polos do mesmo assunto. Uma vez que a lei é considerada constitucional ela não poderá futuramente caber a inconstitucionalidade de uma lei. De mesmo modo uma ADI se for inconstitucional é removida do ordenamento jurídico. O julgamento procedente de ADC de uma equivale a improcedência de outra. (IMAGINAR UMA FICÇÃO DE UMA MOEDA).
Modulação de efeitos: Só cabe quando ela for considerada constitucional. Quando considerada inconstitucional ela passa a possuir os efeitos de uma ADI.
Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental – ADPF
Conceito: Existem vários entendimentos sobre o que seria uma ADPF. Em 1999 definiu-se por lei o cabimento de uma ADPF virou em aspas uma ADI genérica. Para aqueles casos que seria relevante discutir sobre a constitucionalidade de uma norma, quando não cabe ADI mais precisa ser julgada
Legitimidade: Também é previsto pelo art. 103 da CF
Cabimento: O cabimento da ADPF é reservado para aquelas hipóteses em que não cabe ADI com por exemplo: (Lei Municipal em face da Constituição, Lei Anterior a Constituição Vigente). Bem como tese qualquer outro ato relevante por exemplo: 
Lei Revogada*
Portaria e Regulamentos
Súmulas* de Tribunais
Virou uma ADI subsidiaria. 
Fungibilidade: Caso seja ajuizada uma ADPF quando deveria ser ajuizada outra não sendo por erro grosseiro, o Supremo deverá ajuizar de forma correta. Não é cabível em casos de erro grosseiro e está será extinta. O princípio da fungibilidade da ADPF dispõe que exceto em caso de erro grosseiro, a ADPF poderá ser conhecida por ADI ou outra forma de controle caso seja admissível. 
Ação Declaratória de Inconstitucionalidade por Omissão – ADO 
Introdução: A inconstitucionalidade por omissão ocorre somente quando existir um dever jurídico de elaboração de uma norma. Portanto nem toda omissão legislativa implica em inconstitucionalidade por omissão, somente quando há um dever jurídico neste sentido. 
Conceito e principais características: É a ausência de uma lei que deveria ter sido promulgada e não foi. Exemplo: art. 37, VII é de fácil remissão de ADI. 
Legitimidade: Segui os parâmetros da ADI (art. 103 mané).
Cabimento: Possuí o mesmo seguimento da ADI, mas um ponto interessante é cabível no âmbito federal e estadual. 
Procedimento: Previsto pela Lei. 9868/99 e em linhas gerais idênticas aos procedimentos da ADI por exemplo: não cabe desistência, não cabe recurso e não permite intervenção de terceiros. Se a lei é revogada durante o processo ele é extinto assim que houver revogação da norma.
Julgamento e efeitos: Os efeitos da ADO são erga omnes (por se tratar de controle concentrado). Além disso é a declaração de mora em relação a omissão: trata-se de órgão administrativo o STF determinará a edição do ato em 30 dias (ou outro ato que o Supremo entender razoável); e se tratando de omissão de outro poder o STF se limitará a declarar a mora, sem determinar a edição do ato. Isso acontece, pois, o Supremo entende que deverá realizar a autocontenção para evitar violação ao princípio da separação dos poderes. 
Mandado de Injunção 
O mandado de injunção é um remédio constitucional (existem algumas ações que versem sobre os direitos fundamentais), previsto para a defesa de direitos fundamentais violados por omissão inconstitucionais que violem direitos fundamentais a ação cabível é o mandado de injunção e não ADO, portanto apesar de juridicamente serem distintas, é muito comum a dúvida/confusão entre ambos. Diferentemente da ADO o mandado de injunção é uma ação subjetiva que pode ser ajuizada de modo individual ou coletivamente (competência a Princípio do Supremo). A grande diferença entre ambos no mandado de injunção, conforme entendimento do Supremo firmado em 2007, o julgamento poderá produzir efeitos concretos. 
Intervenção Federal
Conceito: A intervenção federal consiste em mecanismo excepcional de limitação da autonomia do Estado- membro. Destina-se à preservação da soberania nacional, do pacto federativo e dos princípios constitucionais sobre os quais se erige o Estado Democrático de Direito (Barroso). 
Hipóteses de Intervenção Federal “as graves” de grande relevância (art.34.CF): Intervenção da União nos Estados
Manter integridade nacional
Repelir invasão estrangeira
Por termo a grave comprometimento da ordem pública
Garantir o livre exercício de qualquer dos Poderes nas unidades da Federação;
Reorganizar as finanças da unidade da Federação...
Prover a execução de lei federal, ordem ou decisão judicial
Assegurar a observância princípios constitucionais sensíveis;
Procedimento da Intervenção Federal (art.36, da CF)
Via de regra, intervenção federal depende somente da “vontade” do Presidente da República (“ato discricionário privativo”). 
Como exceção, algumas hipóteses dependem de um pressuposto: o provimento de representação interventiva, pelo STF.
Obs.: O pressuposto não elimina a discricionariedade do ato.
A Intervenção pode ser provocada de quatro maneiras distintas: espontânea, provocada, provocada por representação ou por requisição e caso de ação interventiva saudada pelo STF.
Espontânea: é aquela na qual o presidente da República por ato discricionário e de sua própria iniciativa determina a intervenção.
Provocação por solicitação: ainda é um ato discricionário do presidente da República, mas que somente poderá ser realizado a pedido do interessado. Por exemplo: caso poder legislativo de uma unidade da federação esteja sofrendo coação, poderá requerer a intervenção ao presidente da República.
Provocada por requisição: Quando o poder coagido for o Poder Judiciário, ele poderá requisitar e solicitar que é a requisição de um ato vinculado (obrigatório), ao passo que a solicitação seria um ato discricionário. 
Para alguns casos específicos somente poderá haver intervenção caso a ação interventiva seja julgada procedente pelo Supremo Tribunal Federal.
Intervenção Estadual
Hipóteses (art.35, CF): Intervenção do Estados e Municípios 
O Estado não intervirá em seus Municípios, nem a União nos Municípios localizados em Território Federal, exceto quando:
        I -  deixar de ser paga, sem motivo de força maior, por dois anos consecutivos, a dívida fundada;
        II -  não forem prestadas contas devidas, na forma da lei;
        III -  não tiver sido aplicado o mínimo exigido da receita municipal na manutenção e desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços públicos de saúde;
        IV -  o Tribunal de Justiça der provimento a representação para assegurar a observância de princípios indicados na Constituição estadual, ou para prover a execução de lei, de ordem ou de decisão judicial.
A decretação da intervenção estadual é de competência privativa do Governador do Estado, que o fará por meio de um decreto de intervenção especificando, assim como no decreto interventivo federal, a amplitude, o prazo, as condições e, quando couber, o interventor.
Da mesma forma, nomeado o interventor, as autoridades envolvidas serão afastadas até que os motivos da intervenção secessem, quando retornam ao seus cargos, salvo impedimento legal.
Na intervenção estadual, também há controle político do ato, realizado pelo poder legislativo. Dessa forma, o decreto do Governador é submetido à apreciação da Assembleia Legislativa em 24 horas, que, se em recesso, será convocada extraordinariamente no mesmo prazo.
Esse controle estará dispensado quando o decreto se limitar a suspender a execução do ato impugnado, e se esta medida bastar para o restabelecimento da normalidade.
Finalmente, ressalta-se que o STF, por meio da Súmula 637, determinou que não cabe Recurso Extraordinário à Corte contra acórdão do Tribunal de Justiça que deferir pedido de intervenção estadual em Município.
Ação Direita Interventiva 
Conceito: Caracteriza-se como modalidade especial de controle concentrado, uma vez que não visa à declaração de inconstitucionalidade em si mesma, constituindo mero pressuposto para a consecução da intervenção federal. Não se trata de processo objetivo, mas sim de apreciação de conflito federativo entre a União (...) e um ente federativo (Barroso).
Origem: Na Constituição de 1934 (“quase controle concentrado”). Permanecendo até a Constituição atual sem grandes alterações.
*Ela é cabível para o controle de constitucionalidade de leis estaduais sensíveis (ou recusa de lei federal).
Cabimento: Na hipótese de “recusa a aplicação de lei federal” ou “violação aos princípios constitucionais sensíveis”
Instituto vazio para “controle” de leis estaduais. (Atualmente o Instituto é esvaziado, uma vez que o controle de constitucionalidade no âmbito estadual pode ser realizado de maneira mais eficaz pela ADI. Portanto seu uso restringiu-se, em termos práticos, a violação aos princípios constitucionais sensíveis.
Conflitos de leis estaduais e federal sobre o mesmo assunto analisasse a competência legislativa.
Competência: STF – intervenção federal e TJ – intervenção estadual
Legitimidade: Ativa: Procurador Geral da República, somente. Passiva: Ente Federativo (Ex: Estado de São Paulo). São aqueles que permitem a intervenção federal em caso de descumprimento – princípios constitucionais sensíveis.
Objeto: (Princípios constitucionais sensíveis, serão julgados por ADI)
Forma republicana, sistema representativo e regime democrático;
Direitos da pessoa humana;
Autonomia municipal;
Prestação de contas da administração pública, direita e indireta;
Aplicação do mínimo exigido (em) ações e serviços públicos de saúde.
Prover execução de lei federal
Processo e julgamento: Lei própria (Lei n.4.337/64) + RISTF. Não existe previsão legal iguais para a ADI ou ADPF
Efeitos: Não é nem ex tunc nem ex nunc – o único efeito vai ser julgar o conflito federativo. Não tem nada a ver com ADI e nem com ADC. Sentença permite que se o presidente quiser ou puder ele pode aplicar a ação de intervenção.
Efeitos subjetivos da decisão: Improcedente- União fica impedida de intervir; Procedente- fica obrigada a intervir (sob pena de crime de responsabilidade).
Efeitos temporais da decisão: Julgamento da Ação Direita – ex nunc; Intervenção propriamente dita- eliminação ex tunc de atos constitucionais; Analogia com Resolução do Senado Federal (efeitos ex tunc realizados por órgão distinto do STF).

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