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Acervo realidade virtual
Vez ou outra aparece aquela novidade que deixa até mesmo os mais “antenados” meio perdidos e se sentindo ultrapassado, assim com a TV digital, os smartphones, armazenamento em nuvem... Mas isso piora quando um novo aplicativo vira febre e você está lá se perguntando: mas a qual a diferença deste para os que já existiam?
Não estamos falando daquela vovó que parou no tempo e acha que celular é um artefato demoníaco, mas sim de jovens que mal passaram do vinte e não entendem os aplicativos da “moda”, cada um na sua época: Tumblr, twitter, tinder, snapchat... Cada qual com sua especificidade, mas todos com algo em comum, populares e incompreendidos.
Alguns desses aplicativos são surpresa para muitas pessoas, mas a surpresa seria dupla se soubessem que nenhum deles é revolucionário e de novidade não tem muito a oferecer a não ser um novo nome para algo que já existia.
Mas se essas tecnologias e aplicativos já existiam, porque só agora se popularizaram? E porque essa popularidade incomoda tanto a tanta gente?
A questão do incômodo é psicológica, embora com cunhos antropológicos e sociais, o cérebro humano tem uma programação básica, evitar a dor e buscar o prazer e nesse processo a familiaridade é muito importante, mudanças ameaçam a zona de conforto e o prazer simples, novos aplicativos e tecnologias implicam em novos aprendizados e algum esforço despendido para se adequar a nova realidade e não ser mais um daqueles dinossauros que você mesmo criticava anos atrás.
O último app de estrondoso sucesso e com quebra de alguns recordes é o Pokemon GO, um jogo que usa a câmera do seu celular e o GPS para criar uma realidade aumentada e fundir o jogo com a realidade, parece algo revolucionário, mas não é.
A realidade aumentada e a realidade virtual já têm quase uma década, o mundo digital duas décadas, o 3D mais tempo ainda... Todas as ferramentas usadas no jogo são antigas e a própria franquia Pokemon já se arrasta por gerações, a diferença foi a combinação das ferramentas com uma franquia de sucesso.
Como o app fez muito sucesso, imediatamente surgiram duas vertentes, os “lovers” que jogam, defendem o app e só veem e falam sobre os lados positivos e do outro lado os “haters” que associam tudo de negativo ao novo app.
Essa dicotomia também não é novidade, é um processo histórico. Quando surgiu a fotografia, os pintores disseram que jamais seria arte, quando surgiu a TV a pessoas se intrigaram sobre o que levaria uma pessoa a ficar parada em frente uma caixa com uma tela vendo pequenas pessoas, se era possível ir ao teatro e ver as pessoas de verdade e em tamanho real.
Expandindo um pouco mais a visão e não se limitando ao último app de sucesso, que reflexão cabe fazer sobre a realidade virtual, o que ela traz de diferente, como sua popularização vai mudar o comportamento das pessoas, qual será o próximo passo?
Inicialmente vamos diferenciar realidade digital e realidade virtual, digital é uma cópia da realidade física, virtual é uma possibilidade de realidade. Ter uma versão digital implica em necessariamente ter uma versão real, já no caso do virtual a versão real não se faz necessária. Um exemplo para concretizar a diferença seria uma biblioteca. Existem bibliotecas físicas onde existem livros reais, existem bibliotecas digitais onde o conteúdo digitalizado disponível (online ou offline) é uma cópia de livros físicos que existem ou já existiram, em uma biblioteca virtual o conteúdo foi escrito diretamente na rede, não existe versão física da publicação.
 Visto essa diferença, ainda parece que ela é pequena, pois um texto é texto, seja numa folha de papel, em um arquivo scaneado ou em blog, a leitura ainda é a mesma, mudando apenas o dispositivo, mas e a realidade pudesse dar um passo a mais e se distanciar mais da realidade física?
A realidade virtual embora de conceito antigo é de jovem aplicação, os meios tecnológicos só agora permitem sua execução, expansão e aperfeiçoamento, a realidade virtual agora é capaz de criar novos mundo e novas realidades que podem ser tão complexos e fantásticos como o real, ou até mais complexos, mais bonitos, mais chocantes que o real.
Estas realidades virtuais já estão entre nós, mas ainda não as sentimos e percebemos, ainda nos parece completamente estranho e/ou distante ver pessoas com um óculos de realidade virtual, para muitos é apenas um “maluco” com um “trambolho” que parece um capacete, poucos se perguntam por que cada vez mais “malucos” usam esses “trambolhos”.
A fuga da realidade e a divisão entre o físico e o racional já foram temas de inúmeros filósofos, mas o século XXI traz uma nova perspectiva sobre essa nova realidade e ainda não conhecemos todo potencial da realidade virtual.
De inicio para simples, esses óculos de realidade virtual servem para o entretenimento, se sentir dentro de um filme, de um jogo e nada mais. O potencial para entretenimento é muito grande, mas já é conhecido e com certeza será explorado, mas essa é uma limitação muito inocente sobre o assunto, a sociedade está mudando, a realidade está mudando e ainda isolamos a realidade virtual no mundo do entretenimento.
O potencial econômico também é obvio, novas tecnologias geram novos produtos e novos produtos geram novas demandas e novos consumidores, mas até onde vai a realidade virtual, como ela vai influenciar a sociedade, a educação, como viverão a nova geração mergulhada na realidade virtual em contraste com a velha geração relutante contra mudar de realidade?
A realidade virtual apresenta inúmeras possibilidades ainda não conhecidas, ou ainda não viáveis, mas os primeiros passos já estão sendo dados. Na medicina, um cirurgião nos Estados Unidos coloca um óculos de realidade virtual para operar uma pessoa no Brasil, parece ótimo não? Mas se além disso o óculos mostre onde está o problema e como resolve-lo? Essa parece uma maneira dessa nova tecnologia ganhar adeptos entre os mais conservadores.
Seu carro está com o barulho estranho, coloque o óculos, abra o capô, o óculos te mostra onde está o problema e como resolve-lo, se você precisar de peças ele te indica onde tem estoque e talvez possa até pedir para um drone levar até você, drone guiado por um piloto profissional de drones que também está com um óculos de realidade virtual.
Essas são hipóteses básicas, pare e pense em todas as outras possibilidades, se isso te parece filmes de ficção cientifica futurista, olhe ao seu redor. Você sabe como funcionam Uber, netflix e spotify? Sabe o que é armazenamento nuvem e transmissão por streaming? Pois é, a virtualidade está presente no seu cotidiano e talvez você nem tenha notado.
O embate entre real e virtual que vem desde a Grécia antiga segue, a virtualidade seria parte do mundo sensível ou inteligível? Você não consegue ver a diferença entre todas as novidades e se sente um dinossauro, fique calmo, agora você pode colocar um óculos de realidade virtual e dar um passeio no período jurássico para ir se familiarizando.

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