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9_20- Psicologia Integrada.pdf

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21/03/2017
1
Considere as afirmações abaixo:
I. Para Winnicott, somos o produto de uma integração constante e
permanente com o meio, resultado dos processos de maturação com um
ambiente facilitador, que possibilita o desenvolvimento destas
potencialidades.
II. Para Winnicott, o bebê funciona, logo depois do nascimento, como se
fosse um somatório de partes físicas e psíquicas não integradas. Para que
a integração vá se desenvolvendo, gradualmente, é fundamental os
cuidados maternos, quais sejam, estar sempre por perto atendendo
prontamente a todos os desejos do bebê.
III. No pensamento kleiniano prevaleceu a ênfase no mundo interno em
relação ao mundo externo. Ela considerava o psiquismo em si mesmo e
não se interessava pelo que acontecia no plano da intersubjetividade.
IV. Segundo Winnicott, as falhas na função de ser uma “mãe
suficientemente boa” podem provocar no latente intensa inquietação,
distúrbios de sono e da função digestiva.
21/03/2017
2
V. Segundo Klein, a saúde psíquica e a capacidade de amar e
reparar dependerão da elaboração da posição depressiva, isto
é, da maneira de lidar com a ambivalência fundamental e,
consequente, prevalência de impulsos amorosos.
Assinale a alternativa correta:
A. Todas as afirmações estão corretas.
B. Apenas as afirmações I, II, IV e V estão corretas.
C. Apenas as afirmações I, III, IV e V estão corretas.
D. Apenas as afirmações I e IV estão corretas.
E. Apenas as afirmações I, IV e V estão corretas.
Winnicott:
� Ser humano nasce como um conjunto desorganizado de
pulsões, instintos, capacidades perceptivas e motoras que
conforme progride o desenvolvimento vão se integrando, até
alcançar uma imagem unificada de si e do mundo externo.
� O papel da mãe é prover o bebê de um ego auxiliar que lhe
permita integrar suas sensações corporais, os estímulos
ambientais e suas capacidades motoras nascentes.
21/03/2017
3
� Desenvolvimento psíquico - Maturação emocional -
três etapas sucessivas:
� Integração e personalização:
� Na etapa inicial de desenvolvimento a questão primordial é
a presença de uma mãe-ambiente confiável que se adapte
às suas necessidades de maneira virtualmente perfeita.
� Período em que a criança, graças às experiências , consegue
reunir os núcleos do seu ego, adquirindo a noção de que ela
é diferente do mundo que a rodeia.
� A função do holding em termos psicológicos é fornecer
apoio egóico, em particular na fase de dependência
absoluta antes do aparecimento da integração do ego.
� Adaptação à realidade:
� Nessa etapa, a mãe tem o papel de prover a criança com os
elementos da realidade com que irá construir a imagem
psíquica do mundo externo. A adaptação absoluta do meio ao
bebê se torna adaptação relativa, através de um delicado
processo gradual de falhas em pequenas doses.
� Crueldade primitiva (fase de pré-inquietude)
� A mãe é, além do objeto que recebe, em certos momentos, a
agressão da criança, é também aquela que cuida dela e a
protege. Quando a criança exprime raiva e recebe amor, a
criança confirma que a mãe sobreviveu e é um ser separado
dela. O bebê adquire a noção de que suas próprias pulsões não
são tão danosas e pode, pouco a pouco, aceitar a
responsabilidade que possui sobre elas.
21/03/2017
4
Melaine Klein:
� Diverge de Freud em relação à importância crucial que este
atribui à sexualidade, na medida em que ela coloca a
agressividade, inata na criança, como central em sua teoria,
ao invés da vida sexual.
� Posição esquizo-paranóide e posição depressiva: períodos
normais do desenvolvimento que perpassam a vida de todas
as crianças. São mais maleáveis, pois se instalam por
necessidade e não por maturação biológica.
� Bebê nasce imerso na posição esquizo-paranóide: a fragmentação
do ego; a divisão do objeto externo (a mãe), ou mais
particularmente de seu seio, já que este é o primeiro órgão com o
qual a criança estabelece contato, em seio bom e seio mau – o
primeiro é aquele que a gratifica infinitamente enquanto o
segundo somente lhe provoca frustração –; a agressividade e a
realização de ataques sádicos dirigidos à figura materna.
� A partir da elaboração e superação destes sentimentos emerge a
posição depressiva. Esta tem como principais atributos: a
integração do ego e do objeto externo (mãe/seio), sentimentos
afetivos e defesas relativas à possível perda do objeto em
decorrência dos ataques realizados na posição anterior. Estas
posições continuam presentes pelo resto da vida, alternando-se
em função do contexto, embora a posição depressiva predomine
num desenvolvimento saudável.
21/03/2017
5
Segundo Cunha (2000) o processo psicodiagnóstico é um processo
científico e, como tal, parte de perguntas específicas, cujas
respostas prováveis se estruturam na forma de hipóteses que serão
verificadas nos passos seguintes do processo. Sobre os passos do
processo psicodiagnóstico analise as afirmações a seguir:
I - O contrato de trabalho é a etapa na qual define-se papéis,
obrigações, direitos e responsabilidades mútuos, sem estimativa de
tempo;
II - O estabelecimento de um plano de trabalho, consiste em
programar a administração de uma série de instrumentos
adequados ao sujeito específico;
III - Em relação a bateria de testes, são conjuntos de testes ou de
técnicas, que são incluídos no processo para fornecer subsídios que
irão confirmar ou não as hipóteses iniciais;
IV - Na etapa de levantamento, análise, interpretação e
integração dos dados é a fase em que são corrigidos e
analisados os dados da entrevista, observação e resultados dos
testes psicológicos.
Estão CORRETAS somente as alternativas:
A. I e II
B. I e III
C. I, II e III
D. II, III e IV
E. I, II, III e IV
21/03/2017
6
1) Formulação das perguntas básicas ou hipóteses;
2) Contrato de trabalho;
3) Estabelecimento de um plano de avaliação;
a) Bateria de testes
4) Administração de testes e técnicas: particularidades da
situação da interação com o examinado e do manejo
clínico;
5) Levantamento, análise, interpretação e integração dos
dados
a) Níveis de inferência clínica
6) Diagnóstico e Prognóstico
a) Classificação diagnóstica
7) Comunicação dos resultados
• Ponto de partida: encaminhamento.
• Qualquer pessoa que encaminha um paciente: pressuposição de
que apresenta problemas que têm uma explicação psicológica.
• Objetivos dependem das perguntas iniciais.
• Estabelecimento de plano de avaliação com base nas hipóteses
para realizar um plano de trabalho.
“Esclarecidas as questões iniciais e definidas as hipóteses e os
objetivos do processo, o psicólogo tem condições de saber qual o
tipo de exame que é adequado para chegar a conclusões e,
consequentemente, pode prever o tempo necessário para realizá-lo”
(Cunha, 2000, p.106).
21/03/2017
7
• Duração de um psicodiagnóstico - estimativa do tempo em
que se pode operacionalizar tarefas implícitas pelo plano de
avaliação até a comunicação dos resultados e
recomendações pertinentes.
• Estimativa de previsão: formalizar com o paciente ou
responsável os termos em que o processo psicodiagnóstico
vai se desenvolver, definindo papéis, obrigações, direitos e
responsabilidades mútuas.
• Deve envolver certo grau de flexibilidade, devendo ser
revisto sempre que o desenvolvimento do processo tiver de
sofrer modificações.
• Processo pelo qual se procura identificar recursos que permitam
estabelecer uma relação entre as perguntas iniciais e suas
possíveis respostas.
• Contato com os fatos:
• definir com mais precisão perguntas iniciais e objetivos do
psicodiagnóstico;
• complementar e confrontar os dados do encaminhamento com
informações subjetivas e objetivas sobre o caso.
• Consiste em traduzir essas perguntas em termos de técnicas e
testes.
• Nem todas as hipóteses levantadas devem ser necessariamente
testadas, sob pena deo processo se tornar inusitadamente longo
ou interminável.
21/03/2017
8
• “designar um conjunto de testes ou de técnicas, que podem
variar entre dois e cinco ou mais instrumentos, que são
incluídos no processo psicodiagnóstico para fornecer
subsídios que permitam confirmar ou infirmar as hipóteses
iniciais, atendendo o objetivo da avaliação” (Cunha, 2000, p.
109).
• Duas razões principais:
1) nenhum teste, isoladamente, pode proporcionar uma
avaliação abrangente da pessoa como um todo.
2) Emprego de uma série de testes - tentativa de uma
validação intertestes dos dados obtidos, a partir de cada
instrumento em particular, diminuindo, dessa maneira, a
margem de erro e fornecendo melhor fundamento para se
chegar a inferências clínicas.
Dois tipos principais de baterias de testes:
• Padronizadas para avaliações específicas:
• Com base em pesquisas realizadas com determinados tipos de
pacientes e recomendada para exames bem específicos, como
em certos tipos de avaliação neuropsicológica.
• Não-padronizadas:
• Organizadas a partir de um plano de avaliação e é a mais
tradicional na prática clínica.
• É organizada de acordo com critérios mais flexíveis.
21/03/2017
9
• Foco da testagem deve ser o sujeito, e não os testes.
• Psicólogo deve:
• Estar perfeitamente seguro quanto à adequabilidade do
instrumento para o caso em estudo;
• Estar bem familiarizado com as instruções e o sistema de
escore;
• Saber manejar o material pertinente;
• Ter em mente os objetivos a que se propõe para a
administração de cada instrumento.
• Estabelecimento de um bom rapport.
• Psicólogo: possui um acervo de observações que constitui
uma amostra do comportamento do paciente durante as
várias sessões em que transcorreu o processo diagnóstico,
desde o contato inicial até a última técnica utilizada. Em
resumo, é capaz de descrever o paciente.
• Necessidade de organizar dados oriundos das diferentes
técnicas, buscando um entendimento de coincidências e
discordâncias, hierarquizando indícios e identificando os
dados mais significativos, que, contrastados com as
informações sobre o paciente, são integrados para confirmar
ou infirmar as hipóteses iniciais.
21/03/2017
10
• Para chegar à inferência clínica, chamada de diagnóstico, o psicólogo
deve examinar os dados de que dispõe:
• Englobam informações sobre o quadro sintomático, dados da
história clínica, as observações do comportamento do paciente
durante o processo psicodiagnóstico e resultados da testagem).
• Em função de determinados critérios (critérios diagnósticos), podendo
considerar, assim, várias alternativas diagnósticas.
• Diagnóstico diferencial.
• Avaliação mais compreensiva, baseada em informações adicionais,
fornecendo um embasamento psicodinâmico.
• “uma formulação diagnóstica psicodinâmica, que é uma explicação da
psicopatologia do paciente, em termos de seus conflitos inconscientes e
mecanismos de defesa e das origens de seu comportamento atual na
experiência de vida precoce”.
• Tipo de comunicação dos resultados ou do informe é definido
basicamente pelos objetivos do exame.
• Laudos, por exemplo, geralmente respondem a questões como “o que”,
“quanto”, “como”, “por que”, “para que” e “quando”;
• Pareceres: análise de problemas específicos colocados por determinado
profissional que já dispõe de várias informações sobre o sujeito.
• Dependendo dos objetivos, podem ser necessários vários tipos de
comunicação.
• Por exemplo, entrevista de devolução com os pais e com o sujeito,
laudo encaminhado ao pediatra, laudo encaminhado à escola especial e
parecer para o serviço de orientação de uma escola, que fez a sugestão
inicial do exame.
21/03/2017
11
Num modelo psicológico, a história e o exame do paciente permitem a
coleta de subsídios introdutórios que vão fundamentar o processo a que
chamamos de psicodiagnóstico. A história pessoal ou anamnese
pressupõe uma reconstituição global da vida do paciente, como um marco
referencial em que a problemática atual se enquadra e ganha significação.
Sobre a entrevista de anamnese, pode-se dizer que:
I - a história pessoal pretende caracterizar a emergência de sintomas ou de
mudanças comportamentais;
II - em função do estado de saúde da mãe ser muito importante para o
bebê, é fundamental descrever como transcorreu a gestação do ponto de
vista somente físico, a fim de investigar informações a respeito de
aspectos nutricionais, doenças, acidentes e uso de drogas;
III - na infância intermediária é fundamental investigar o ingresso na escola
e adaptação da criança, bem como, seu desempenho escolar;
IV - na pré-adolescência é importante analisar a facilidade ou não de
estabelecer e manter relações; grau de intimidade nas amizades e papel
desempenhado nos grupos;
V - nem sempre o paciente dispõe de todos os dados, muitas
vezes a história deve ser complementada com entrevistas com
outros familiares e documentos.
Assinale a alternativa correta:
A. I e II
B. II e III
C. II, III e IV
D. I, IV e V
E. III, IV e V
21/03/2017
12
• “Como história, pode-se compreender a história pessoal ou anamnese,
a história clínica ou história da doença atual e, ainda, a avaliação
psicodinâmica, que também explora a perspectiva histórica para
entender uma problemática atual dentro de um contexto vital de
desenvolvimento” (Cunha, 2000, p.57).
• História clínica = história da doença atual.
• Examinar história pessoal: identificar quando ou como, a partir de um
ajustamento global regularmente bom, começaram a se delinear
dificuldades ou a se evidenciar comprometimentos em uma ou mais
áreas de funcionamento social, profissional, acadêmico.
• Levantamento da sintomatologia e das condições de vida do paciente,
no momento atual, em várias áreas, além da investigação de sua
história psiquiátrica.
• Reconstituição global da vida do paciente, como um marco referencial
em que a problemática atual se enquadra e ganha significação.
• Tópicos que podem servir como pontos de referência para exploração
da vida do paciente.
• Maior ou menor ênfase em cada tópico ou a forma de seleção das
informações significativas relacionadas ao objetivo do exame, tipo de
paciente e sua idade.
• Contexto familiar:
• Genetograma - núcleo familiar atual.
• Ocasião da concepção (ou da adoção da criança);
• Status marital
• Condições socioculturais (nível de instrução, nível socioeconômico,
• rede de apoio social, etc.);
• Clima das relações afetivas do casal ou da família.
21/03/2017
13
1) História pré-natal e perinatal;
2) Primeira infância (até os 3 anos);
3) Infância intermediária (3 a 11 anos);
4) Pré-puberdade, puberdade e adolescência;
5) Idade adulta.
� Nem sempre o paciente dispõe de todos os dados.
� Dependendo da gravidade do transtorno, muitas vezes a história deve
ser complementada por um exame objetivo, através da entrevista com
um familiar ou pessoa de seu convívio, como se verá mais adiante.
� Eventualmente, uma entrevista conjunta com todos os membros da
família é fundamental para uma compreensão da dinâmica familiar,
tanto no caso do paciente adulto, como adolescente ou criança.
Há muitas publicações a respeito das implicações negativas do
psicodiagnóstico, enfatizando seu caráter reducionista e “rotulador”
do sujeito. Críticas como o fato de este avaliar tão somente o
sintoma, e não o indivíduo que ali se apresenta, são bastante
comuns, criando uma dicotomia entre o psicodiagnóstico e a
psicologia. Esta, não obstante, tem sérias implicações para o
paciente, que é privado dos benefícios de cada uma de tais
abordagens. Por outro lado, muitos estudos têm por objetivo, logo,
trazer as vantagens de uma aliança entre o psicodiagnóstico,
embasando-se no manual de diagnóstico DSM-V e as técnicas da
psicologia e da psicanálise, demonstrando seus resultados positivossobre o “sujeito-paciente”. Uma das etapas importantes no processo
de avaliação é a interpretação de dados sendo decisiva na
compreensão do paciente, podendo ser de modo nosológico ou
psicodinâmico. De acordo com o livro “Psicodiagnóstico - V”, o que
sugere a autora, EXCETO:
21/03/2017
14
A. Após o levantamento da história clínica do indivíduo é
necessário rever a hipótese inicial.
B. As hipóteses levantadas durante o processo do psicodiagnóstico
podem ser respondidas com os dados levantados ou não.
C. As observações e as comunicações não verbais do paciente não
são necessárias nesse momento da análise, uma vez que, a
entrevista e os resultados dos testes são suficientes para o
fechamento do psicodiagnóstico;
D. A interpretação e análise dos dados dependem da organização e
conclusões dos instrumentos aplicados além de outros dados
adicionais como as observações de cada momento;
E. A interpretação necessariamente precisa de informações
consistentes da entrevista, das observações e dos dados
objetivos relacionados com os testes aplicados.
Os dados não-verbais são importantes também, pois
podem indicar incoerências entre o discurso e o
comportamento do paciente. Ademais, a observação é
uma ferramenta fundamental e mais primordial do
trabalho do psicólogo.
21/03/2017
15
Considerando o uso da inteligência na linguagem cotidiana, assinale a incorreta:
A. O uso do conceito de inteligência na linguagem cotidiana não parece seguir a
mesma lógica, no sentido de ter a função adverbial que caracterizar a
maneira como as ações são executadas.
B. Na linguagem cotidiana, no entanto, inteligente não é usado apenas para
caracterizar ações específicas, mas também para caracterizar indivíduos.
C. Considerando que o conceito de raciocínio tem sido frequentemente
associado ao de inteligência na literatura psicológica, uma análise do seu uso
na linguagem cotidiana também se justifica.
D. Apesar de ambos os conceitos (i.e., inteligência e raciocínio) exercerem
função adverbial na linguagem cotidiana, apresentando inclusive alguma
sobreposição de uso, os conceitos não funcionam como equivalentes.
E. Portanto, nem toda ação caracterizada como inteligente envolve raciocínio, e
nem toda ação que envolve raciocínio pode ser caracterizada como
inteligente. Com base nessa análise, pode-se concluir que os conceitos
raciocínio e inteligência têm usos diferentes na linguagem cotidiana.
� Quando um conceito é “importado” da linguagem cotidiana
para qualquer linguagem científica, ele traz consigo uma
carga de conotações, muitas das quais passam
despercebidas no uso supostamente técnico.
� Não há consenso em psicologia sobre a natureza, definição e
nível de análise nas investigações relacionadas ao conceito
de inteligência.
� Análise do uso deste conceito na linguagem cotidiana
indicou que o mesmo exerce função adverbial, a qual
caracteriza uma ação como bem-sucedida.
21/03/2017
16
� Descreve-se como inteligente aquelas ações desempenhadas
com sucesso e que representam exercício de alguma
habilidade da pessoa, no sentido de saber como realizar algo
muito bem.
� Como “sucesso” é relativo a valores culturais, a definição de
inteligência também depende da cultura.
� A função adverbial pode vir a explicar pelo menos parte das
divergências e controvérsias encontradas em psicologia.
A inteligência pode se manifestar de diversas formas. A partir dos estudos sobre o
conceito de inteligência, o que temos como certo é que nenhum teste de
avaliação da inteligência reflete todo o comportamento inteligente do indivíduo.
Como você classificaria os instrumentos de avaliação da inteligência, tendo como
referência a afirmação acima citada.
A. A escala de inteligência é capaz de resumir o desempenho de um indivíduo
em um conjunto de tarefas específicas, isso não significa que essas tarefas
sejam as únicas que podem servir a este propósito.
B. Uma escala de inteligência não inclui atributos com traços e atitudes no
planejamento e consciência da tarefa.
C. O conceito adverbial de inteligência aponta como “sinônimo” uma ação bem
sucedida. Esta ideia importada da linguagem cotidiana define o conceito,
reduzindo a inteligência a um conjunto de habilidades específicas, que são
reconhecidas apenas diante de seu resultado positivo.
D. Os testes de inteligência são instrumentos altamente padronizados,
mensuráveis, que apresentam um resultado quantificado, eliminando a
necessidade de observações comportamentais.
E. Todos os instrumentos de avaliação da inteligência são capazes de mensurar
o raciocínio lógico e abstrato, classificações conhecida como fator geral.
21/03/2017
17
� O conceito de inteligência ainda é bem controverso na
psicologia.
� Não há consenso sobre uma definição única do fenômeno e
há diferentes testes, compostos de diferentes tarefas para
mensurar este constructo.
� Porém, ressalta-se que um teste não é determinante e nem
resume a inteligência de um indivíduo.
Para Vygotsky as transformações ocorridas ao longo do
desenvolvimento cognitivo têm como fundamento a interação
social. A natureza Sócio-Histórica na perspectiva de Vygotsky
aparece também na análise feita por ele acerca do desenvolvimento
da linguagem e de sua relação com o pensamento. Assim, a respeito
da linguagem, este autor afirma que:
A. é tão-somente um meio de comunicação social.
B. é sempre racional, tendo como função primeira a organização
do pensamento e da ação.
C. é usada inicialmente como uma função mental interna devido à
conversão da fala comunicacional em fala interior.
D. seu aparecimento é posterior ao desenvolvimento do
pensamento.
E. seu desenvolvimento precede e prepara o desenvolvimento do
pensamento.
21/03/2017
18
� Desenvolvimento: ênfase no processo histórico-social e no
papel da linguagem.
� Questão central: aquisição de conhecimentos pela interação
do sujeito com o meio. O sujeito é interativo, pois adquire
conhecimentos a partir de relações intra e interpessoais e de
troca com o meio, a partir de um processo denominado
mediação.
� Ênfase da dimensão sócio-histórica e na interação do
homem com o outro no espaço social.
� Aquisição da linguagem passa por três fases:
� linguagem social, que seria esta que tem por função
denominar e comunicar, e seria a primeira linguagem que
surge.
� linguagem egocêntrica
� linguagem interior, intimamente ligada ao pensamento.
21/03/2017
19
A constituição de qualquer teoria psicológica esteve e está
sustentada por diversos pressupostos que orientam a construção do
pensamento. Esses pressupostos são buscados nas influências
teóricas de cada autor de uma teoria psicológica. Abaixo você
encontra algumas relações estabelecidas. Analise-as e assinale a
alternativa FALSA:
A. Schopenhauer e Brentano são precursores da Psicanálise de
Freud.
B. Charles Darwin e Einstein são precursores do Behaviorismo
Radical.
C. Isaac Newton e Charles Darwin são precursores do
Behaviorismo Metodológico.
D. Husserl e Heidegger são precursores do Existencialismo de
Sartre.
E. Descartes, Kant e Marx são precursores da Fenomenologia de
Husserl.
� Psicanálise: Filosofia e Medicina.
� Schopenhauer: solitário de Frankfurt" precedeu o "solitário de Viena"
quando atribuir a origem da doença psicológica a "memórias truncadas"
que retornam por meio de "formações substitutivas" (os sintomas).
� Franz Brentano: Freud foi aluno exatamente no ano em que o filósofo
alemão publicou seu "Psicologia sob o Ponto de Vista Empírico“.
� Behaviorismo: Física e Biologia Evolucionista.
� Existencialismo: Atraído pela Fenomenologia, investigou as teorias de
Husserl, o jovem professor francês de Heidegger, Karl Jaspers e Max
Scheler, que aprofundavam as idéias de Kierkegaard sobre a angústia e
o vazio da existência humana. Sartre, começava a amadurecer umanova Filosofia, misto de Fenomenologia e Existencialismo.
� Fenomenologia: Husserl - limites das propostas filosóficas de Descartes,
Kant e Hegel.
21/03/2017
20
� Behaviorismo: Física e Biologia Evolucionista.
� Modelo de ciência que inicialmente vai influenciar Skinner é aquele associado
às transformações pela qual a Física passava no final do século XIX e início do
século XX e às críticas que, nessa época, se levantavam contra o modelo
mecanicista fundado na Física newtoniana: eventos do mundo em termos da
ação causal de forças diversas, no tempo e no espaço, sobre a matéria.
� Esse modelo começa a ser criticado no final do século XIX por dois importantes
autores, citados logo nas primeiras obras de Skinner: os físicos Ernst Mach e
Percy Bridgman.
� No início do século XX, surge uma nova visão desenvolvida pelos trabalhos de
Albert Einstein, Neils Bohr e Werner Heisenberg: rejeitavam o modelo
mecanicista do universo, originário da época de Galileu e Newton. A nova
perspectiva da física descartava a necessidade de total objetividade e da
completa separação entre o universo externo e o observador.
Sobre as críticas que a psicologia sócio-histórica dirige às formas mais tradicionais
de psicologia pode-se dizer: (assinale a alternativa incorreta)
A. É fundamentalmente uma crítica à ideologia feita por estas ciências, que
coloca certas concepções históricas sobre o homem como verdades
universais, naturais sobre o homem, com as quais favorece e justifica a
dominação de classe.
B. Ideologia é um sistema teórico, cujas ideias têm sua origem na realidade,
mas que as apresenta como se estas fossem autônomas, tendo um caráter
mistificador.
C. Na psicologia, de acordo com a crítica de ideologia, ao se construir as noções
e teorizações sobre o fenômeno psicológico, tem-se ocultado sua produção
histórica, objetiva e social.
D. A história da psicologia, como ciência e profissão, se confunde nos diferentes
momentos da organização social, com os interesses de determinados grupos
sociais e lança mão de seus instrumentos e saberes para responder a esses
interesses.
E. A psicologia sócio-histórica é uma perspectiva crítica porque supera a
postura marxista e positivista, que tem caracterizado a psicologia como
ciência.
21/03/2017
21
Psicologia Sócio-Histórica:
� Surge no início do séc. XX, na União Soviética, no momento
em que procurava reconstruir suas teorias científicas a partir
do marxismo e vinculada às demandas práticas referentes
aos problemas sociais e econômicos da Rússia pós-
revolucionária.
� Dentro desta produção destaca-se Vygotsky (1896-1934) que
deu os primeiros passos para a construção da Psicologia
Sócio-Histórica. Seus seguidores foram: Luria (1902-1977) e
Leontiev (1903-1979).
� Psicologia Tradicional: modelo tradicional, baseado em uma
intervenção clínica, medicalizante, utilizando a psicometria como
instrumento de avaliação. Ênfase naturalizante e biologizante.
� Referência: pressupostos marxistas, pautada na Psicologia
Histórico-Cultural a partir dos estudos desenvolvidos pela Escola
de Vygotsky.
� Fundamentada no materialismo histórico e dialético, o psicólogo
passa a entender o homem como "síntese das relações sociais“.
� Homem:
� passa a ser entendido como um sujeito concreto, que carrega, em
seu psiquismo, marcas da história da humanidade e da sua própria
história.
� resultado da filogênese e da ontogênese e que, para se humanizar,
necessita se apropriar dos bens materiais e culturais já produzidos.
21/03/2017
22
As afirmativas abaixo se referem à constituição da Fenomenologia por Husserl e
suas críticas ao modelo de produção de conhecimento defendido pelo
Positivismo. Analise-as e assinale a afirmativa falsa:
A. Para a fenomenologia, toda a consciência é consciência de alguma coisa. A
consciência se caracteriza exatamente pela intencionalidade. Isto implica na
consideração da subjetividade do sujeito que produz o conhecimento.
B. Considerar a subjetividade no processo de produção do conhecimento
corrobora a formulação do modelo positivista que funda seu conhecimento
na cisão entre sujeito e objeto.
C. O projeto filosófico da fenomenologia caracteriza-se pela formulação de um
método que pretende explicitar as estruturas implícitas da experiência
humana do real, revelando o sentido dessa experiência através de uma
análise da consciência em sua relação com o real.
D. O lema básico da fenomenologia é de ‘voltar às coisas mesmas’, procurando
com isso superar a oposição entre sujeito e objeto, consciência e mundo,
realismo e idealismo.
E. O método fenomenológico rompe com a atitude natural ou espontânea em
que se constituem nossas crenças habituais. A redução fenomenológica
corresponde a uma suspensão dos juízos, colocando o mundo entre
parênteses.
� Husserl: fenomenologia a partir do que considerou limites
das propostas filosóficas de Descartes, Kant e Hegel.
� Conhecimento só é possível através de uma redução
Fenomenológica: despojar-se de todas as preconcepções: "O
que um sujeito conhece refere-se àquilo que que apreendeu
do objeto a partir de sua vivência e pressupostos”.
� Redução Fenomenológica único meio de chegar a essência
do objeto e não apenas à aparência.
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� Descrição da estrutura dos fenômenos: busca de um método
universal que possa reger o pensamento de modo que se
atinja o conhecimento universal e verdadeiro. Deve-se
considerar tudo aquilo relacionado ao ato de conhecer,
como, por exemplo, a subjetividade.
� Todo conhecimento seria o retorno à "coisa mesma". "Coisa
mesma" é entendida não como realidade existindo em si,
mas como fenômeno; fenômeno este se dá a nós por
intermédio dos sentidos dotados de uma essência.
� Consciência intencional: o sujeito constitui o objeto, a
consciência sempre será consciência de alguma coisa e o
objeto sempre um objeto para uma consciência.
O estudo das teorias psicológicas revela uma ampla diversidade de abordagens teóricas
que se reflete nas diferentes definições do seu objeto de investigação no interior dos
grandes sistemas. A esse respeito, é correto afirmar que:
A. no surgimento da Psicologia seu objeto de estudo é a consciência,
substituído, com o advento do Behaviorismo, pelo comportamento, único
objeto na atualidade.
B. do final do século XIX aos dias de hoje, os processos mentais têm sido o
único objeto de estudo da Psicologia, dividindo-se em consciência e
inconsciente.
C. a abordagem mentalista, característica da Psicologia na ocasião de seu
surgimento, cede lugar ao estudo do condicionamento, nas vertentes
teóricas do Behaviorismo e do Existencialismo.
D. o objeto de estudo da Psicologia é atualmente o comportamento, e o estudo
da mente caracteriza apenas a Psicologia do século XIX.
E. o Behaviorismo opera uma crítica radical da Psicologia da consciência em
favor do estudo do comportamento, mantendo-se a importância da
investigação dos processos mentais na contemporaneidade.
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� Diversidade de objetos de estudo das teorias psicológicas
durante toda a história da psicologia e de sua consolidação
como disciplina e profissão independente.
� Tal diversidade de objetos e métodos de estudo é marca da
psicologia enquanto ciência.
Sobre a queixa inicial do paciente, escolha a alternativa correta:
A. Um psicoterapeuta psicanalista entenderia que ela é herdeira de
conflitos mais antigos relacionados aos embates dos desejos infantis
com os desejos parentais.
B. Um psicoterapeuta da abordagem fenomenológica-existencial
entenderia a queixa como um sinal que revela como o sujeito vai
realizando e objetivando os sentidos de ser/existir.
C. Um psicoterapeuta cognitivista entenderia a queixa como uma
disfunção nas crenças inatas do sujeito, produzida por uma falha na
interação sujeito/mundo.
D. Um psicoterapeuta psicanalista entenderia que os sintomas
apresentadosna queixa derivam de uma formação de compromisso
entre ego e superego.
E. Um psicoterapeuta, que adota o behaviorismo radical, entenderia que
os comportamentos inadequados são suscitados por estímulos
ambientais que precisam ser investigados.
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� Processo terapêutico: sequência lógica e organizada de
procedimentos psicológicos que produzem mudanças
comportamentais graduais no cliente, as quais ao longo do curso
da terapia vão se alterando e subsidiando a implementação de
novos procedimentos por parte do terapeuta, sempre com vistas
à meta final de melhora do cliente.
� Psicanálise: busca a melhora dos sintomas através da
compreensão do funcionamento atual e dos aspectos
inconscientes envolvidos no conflito.
� Terapia Cognitiva: ênfase na influência do pensamento distorcido
e da avaliação cognitiva irrealista de eventos sobre os
sentimentos e comportamentos do indivíduo.
�Fenomenologia: percepção da realidade existencial do sujeito e
seu histórico, buscando as experiências singulares deste existir e,
junto com o próprio sujeito, compreender a própria existência e
seus significados, permitindo-se à reflexão mais apurada dos
fenômenos que surgem e do universo de escolhas.
�Terapia Comportamental: busca descobrir, com seu cliente, as
variáveis das quais os seus comportamentos-problema são função e
identificar possibilidades de modificá-los.
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Oliveira-Castro, J. M., & Oliveira-Castro, K. M. (2001). A função
adverbial de “inteligência”: Definições e usos em Psicologia.
Psicologia: Teoria e Pesquisa, 17(3), 257-264.
RABELLO, E.T. e PASSOS, J. S. Vygotsky e o desenvolvimento
humano. Disponível na internet.
Outras que serão enviadas em arquivo independentes pela
professora.

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