Buscar

TC2 - Aula 2 e3

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 3, do total de 30 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 6, do total de 30 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 9, do total de 30 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Prévia do material em texto

Teoria Crítica da Arquitetura II
Professora: Hulda Erna Wehmann
Email:wehmann.hulda@gmail.com
28/07/2013
Aula 01 - Conceituações
DEFINIÇÕES INICIAIS:
TEORIA
Agrupamento ou conjunto de idéias e conhecimentos 
elaborados e sistematizados de forma obter um certo grau de 
credibilidade a partir das suas explicações e interpretações sobre 
determinado assunto - atividade prática de 
verificaçáo, análise e interpretação
Professora: Hulda Erna Wehmann
Teoria Crítica da Arquitetura II
2
CRÍTICA
Faculdade de examinar e julgar as obras 
humana, sem criar verdades, nem classificar nada como positivo ou 
negativo, mantendo-se neutra, porém, buscando sempre discernir o 
“erro” da “verdade”.
TEORIA x CRÍTICA
Ambas examinam e verificam, mas teoria sistematiza e organiza fatos, a 
fim de se chegar a uma conclusão. Já a crítica busca por à prova, 
questionar intenções, resultados e atitudes.
Professora: Hulda Erna Wehmann
Teoria Crítica da Arquitetura II
3
PRAGMATISMO
Crença de que uma idéia é verdadeira se for útil e propicie algum êxito ou 
satisfação – ou seja, depende exclusivamente do resultado 
prático, sem considerar as questões 
subjetivas.
dialética da arte: Arte como Função x Arte pela 
Arte
Professora: Hulda Erna Wehmann
Teoria Crítica da Arquitetura II
4
PROJETO
Conjunto de idéias e informações organizadas
de forma a dar as condições para execução de um determinado 
empreendimento.
Resultado não apenas da intenção funcional e da
forma, mas do contexto histórico em que está 
inserido.
Reprodução de idéias intuitivamente, posteriormente explicadas e justificadas 
racionalmente, a partir da reflexão sobre a prática, seja 
individual do arquiteto, seja coletiva.
Professora: Hulda Erna Wehmann
Teoria Crítica da Arquitetura II
5
ENSINO DE PROJETO EM ATELIER
Sem “a maneira corretar de projetar” através 
de um modus operandi estabelecido – que dispensa teoria e 
emprega critérios irreais de “certo x errado”
ou “batalha de estilos”, entre faculdades defensoras 
do “moderno” vs. Faculdades seguidoras do “pós-moderno”
Professora: Hulda Erna Wehmann
Teoria Crítica da Arquitetura II
6
ENSINO DE PROJETO EM ATELIER
Independentemente do rótulo que se coloca (desconstrutivismo, 
minimalismo, super-modernismo, neo-modernismo, etc…), a idéia 
tem valor superior à forma
a TEORIA não nasce das idéias mas dos 
fatos concretos… a partir do resultado das idéias (a 
arquitetura construída) é que as teorias serão desenvolvidas.
Professora: Hulda Erna Wehmann
Teoria Crítica da Arquitetura II
7
PROJETO ARQUITETÔNICO – processo de 
pesquisa e construção do pensamento
TEORIA - instrumento no processo de elaboração de projeto
a crítica responsável buscará discutir idéias que já 
foram postas à prova ou à experimentação - a partir de um 
projeto a contextualizá-lo
A TEORIA busca caminhos para ajudar a efetivar a IDÉIA 
– não é REPERTÓRIO. 
Professora: Hulda Erna Wehmann
Teoria Crítica da Arquitetura II
8
INTRODUÇÃO À PROBLEMÁTICA DA CRÍTICA
O sentido da crítica
O que é a crítica?
Quais os seus objetivos e significados?
MONTANER, Josep Maria. Arquitectura y Crítica. Barcelona: Editorial Gustavo Gili, 2002.
Professora: Hulda Erna Wehmann
Teoria Crítica da Arquitetura II
9
Comporta dentro dela um juizo estético (não imediato de 
promoção ou negação da obra), ou seja, uma avaliação 
individual da obra arquitetônica a partir:
- da sua bagagem (background) e da metodologia que utiliza
- da sua capacidade analítica e sintética
- da sua sensibilidade, intuição e gosto
MONTANER, Josep Maria. Arquitectura y Crítica. Barcelona: Editorial Gustavo Gili, 2002.
Professora: Hulda Erna Wehmann
Teoria Crítica da Arquitetura II
10
Tem origem no desenrolar da DÚVIDA!
“Quem sabe até onde me levará o encadeamento das idéias?” (Denis Diderot)
Vale lembrar que a Crítica Arquitetônica é 
MULTIDISCIPLINAR, pois, a arte é reflexo da cultura em que está 
inserida. - Ernest Gombrich (arte), Claude Lévi-Strauss (antropologia) e George Steiner 
(literatura).
Professora: Hulda Erna Wehmann
Teoria Crítica da Arquitetura II
11
Simplificando:
A CRÍTICA BUSCA COMPREENDER A OBRA E
EXPLICAR SUA ESSÊNCIA
DEVE HAVER SEMPRE, PORÉM, UM COMPROMISSO ÉTICO: A 
MELHORIA DA SOCIEDADE, DA 
PRODUÇÃO ARTÍSTICA E 
ARQUITETÔNICA - opinião coletiva.
Professora: Hulda Erna Wehmann
Teoria Crítica da Arquitetura II
12
1 - SÓ EXISTE CRÍTICA QUANDO EXISTE 
TEORIA.
base de onde retirar os entendimentos que sustentam as interpretações e julgamentos.
Do mesmo modo, toda teoria necessita da experiência prática para pôr-se à prova na crítica. 
Ou seja, toda crítica é colocar à prova uma teoria.
2 – SÓ EXISTE CRÍTICA QUANDO EXISTEM 
VISÕES CONTRAPOSTAS.
Diversidade de possibilidades
Vitruvius e os tratados renascentistas são entendidos como textos de teoria, não de crítica
A crítica nasce no final do séc. XVIII:
Neoclassicismo Vs. Barroco Iluminismo vs. Academicismo
Professora: Hulda Erna Wehmann
Teoria Crítica da Arquitetura II
13
Segunda metade do século XVIII
1ª REVOLUÇÃO INDUSTRIAL
+
ILUMINISMO
(Era da Razão – inspirado nos racionalistas do século XVII Spinoza, Locke e Newton)
+
NEOCLASSICISMO
(princípios estéticos de moderação, equilíbrio e idealismo)
1ª REVOLUÇÃO INDUSTRIAL
http://www.brasilescola.com/upload/e/primeira%20revolucoa%20industrial1.jpg
Professora: Hulda Erna Wehmann
Teoria Crítica da Arquitetura II
14
ARTE DE VANGUARDA + MOVIMENTO 
MODERNO
Período em que se consolidou o papel da 
crítica arquitetônica
Características gerais:
- fim da arte como mímese (reprodução fiel) 
- abstração como expressão 
artística
- arquitetura racionalista, funcionalista, 
social e tecnológica
A CIDADE (Tarsila do Amaral)
Professora: Hulda Erna Wehmann
Teoria Crítica da Arquitetura II
15
Ensaio/Dissertação, “a mais genuína 
ferramenta da crítica”.
O que é?
- INDAGAÇÃO LIVRE E CRIATIVA
- NÃO-EXAUSTIVA
- RACIOCÍNIO + COMPARAÇÃO
- REFLEXÃO ABERTA E INACABADA
- PROPOSIÇÃO DE IDÉIAS
- UMA TENTATIVA DE APROXIMAÇÃO DA INTERPRETAÇÃO DA REALIDADE
Professora: Hulda Erna Wehmann
Teoria Crítica da Arquitetura II
16
A crítica arquitetônica analisa, em sua essência, questões 
multidisciplinares, relacionadas ao mundo da ciência e da 
técnica, da arte e da subjetividade, da antropologia e da cultura, do direito, da geografia 
e do meio ambiente, e da história:
- funcionalidade distributiva
- função social
- beleza e expressão de símbolos e significados
- adequado uso das técnicas e materiais construtivos
- relação com seu contexto urbano
- o lugar e o meio ambiente
Professora: Hulda Erna Wehmann
Teoria Crítica da Arquitetura II
17
Os extremos ilusórios e falsos da crítica:
- racionalista e metodológico
- irracionalista, arbitrário e bárbaro
A crítica deve ser um equilíbrio entre ambos os extremos, ou seja, deve ser fruto 
da INTERPRETAÇÃO. 
Professora: Hulda Erna Wehmann
Teoria Crítica da Arquitetura II
18
O exercício da crítica mantém uma estreita relação com o 
ESPAÇO em que se insere.
Nas demais formas de expressão artística, a percepção é ESTÁTICA!
LITERATURA – biblioteca
CINEMA – sala de projeção
ARTES PLÁSTICAS E VISUAIS – museu, galeria ou espaço urbano (preferencialmente na 
presença do original)
Na arquitetura, a percepção é DINÂMICA!
ARQUITETURA – interior e exterior da própria obra arquitetônica - experiência racional e 
sensorial (articulação dos espaços, escala e luz, toques e texturas, detalhes construtivos, 
funcionamento, paisagem, entorno urbano, etc.)
Professora: Hulda Erna Wehmann
Teoria Crítica da Arquitetura II
19
POR QUE A TRADIÇÃO CRÍTICA ARTÍSTICA SE CONSOLIDAEM UNS PAÍSES, E NÃO EM 
OUTROS?
POLÍTICO: Geografia da democracia e da liberdade permite a reprodução dos grandes 
museus e dos grandes editoriais artísticos. 
METODOLÓGICO: é comum em países periféricos a não-absorção dos métodos e 
conhecimentos acadêmicos e científicos, que se acumulam de geração em geração. Arte 
ainda é vista como dádiva.
MEDIÁTICO: é o meio de expressão e divulgação, ou seja, é necessário haver os canais de 
difusão.
Professora: Hulda Erna Wehmann
Teoria Crítica da Arquitetura II
20
DÉCADA DE 1960 – O DESCRÉDITO DA CRÍTICA!?
Susan Sontag – “Against Interpretation” (1966)
O excesso de interpretações terminaram por 
envenenar, domesticar e reduzir a complexidade das 
grandes obras de arte!
DÉCADA DE 1970
Movimento Pós-Moderno, mass culture, a arte 
conceitual, a pop art.
A crítica é entendida como supérflua devido ao excesso 
de redundância e academicismo.
A arte deveria fundir-se com a própria vida.
http://www.susansontag.com/images02/HomepageSontagPhoto.jpg
Professora: Hulda Erna Wehmann
Teoria Crítica da Arquitetura II
21
22
Antigos questionamentos renascem:
A ARTE DE VANGUARDA / 
ABSTRACIONISTA É REALMENTE MAIS 
PROGRESSITA QUE A ARTE REALISTA / 
MIMÉTICA? 
A arte abstrata passou a ser vista como vazia e elitista, repetida e conservadora, um 
“instrumento de alienação”.
Professora: Hulda Erna Wehmann
Teoria Crítica da Arquitetura II
22
LUCIEN FREUD e o Novo Realismo Europeu
http://fc08.deviantart.net/fs70/f/2010/144/5/d/lucien_freud_transcription_by_freatoxim.jpg
ANDY WARHOL e JEAN-MICHEL BASQUIAT
http://www.artexpertswebsite.com/pages/artists/Basquiat_Images/BasquiatWithWarhol.jpg
Professora: Hulda Erna Wehmann
Teoria Crítica da Arquitetura II
23
EM ARQUITETURA:
ERNESTO NATHAN-ROGERS e a Torre Velasca
http://www.lombardiabeniculturali.it/img_db/percorsi/archivi-architetti/62-l.jpg
LINA BO BARDI e o SESC Pompéia
http://1.bp.blogspot.com/_qvnVkgH1svY/S7f5oVLuhVI/AAAAAAAAImw/nzFOE4dnkN8/s1600/Lina+Bo+Bardi+Pompeia,+1977jpeg
ROBERT VENTURI e a Vanna Venturi House
http://0.tqn.com/d/architecture/1/0/s/G/vannaventurihouse-
ppl.jpg 
Professora: Hulda Erna Wehmann
Teoria Crítica da Arquitetura II
24
Porém, tanto abstração 
quanto figuração são 
COMPLEMENTARES.
Não há arte, por mais 
figurativa que for (nem a 
fotografia ou o cinema), 
que consiga reproduzir o 
mundo visível sem 
modificá-lo, simplificá-lo, 
depurá-lo, fazendo com 
que sempre dependa da 
PERCEPÇÃO + 
INTERPRETAÇÃO.
Professora: Hulda Erna Wehmann
Teoria Crítica da Arquitetura II
25
“Como encarar o trabalho da crítica de 
arquitetura dentro das incertezas 
contemporâneas e da grande pluralidade 
de posições e interpretações?”
ENTENDIMENTO DE PARTIDA / PREMISSAS:
“Uma obra é uma criatura viva; uma peça que cada geração verá e interpretará de 
maneiras distintas.” – sem posturas dogmáticas, ao contrário, deve ser 
dialética.
Professora: Hulda Erna Wehmann
Teoria Crítica da Arquitetura II
26
“Toda construção surge em um contexto social, político e econômico, e que toda 
grande obra é resultado de decisões 
políticas e do conflito entre os interesses privados e públicos, dos diversos grupos 
e operadores urbanos”
MANFREDO TAFURI (historiador italiano de arquitetura)
ROBERTO SEGRE (historiador de arquitetura milanês radicado na Argentina)
“cada obra de arquitetura possui uma missão ideológica”. Dessa 
forma, “a mesma cidade é o banco de provas e comparações mais eficaz”
Professora: Hulda Erna Wehmann
Teoria Crítica da Arquitetura II
27
MISSÕES BÁSICAS DA CRÍTICA:
- contextualizar toda nova produção dentro 
de correntes, tradições, posições e metodologias estabelecidas, reconstituindo o meio na 
qual se criaram essas obras;
- revelar as raízes, os antecedentes, as 
teorias, métodos e posições que estão implícitos no 
objeto;
COMO RESULTADO:
- combate-se a tendência à “arte pela arte”, ao individualismo e criacionismo em que se 
escondem muitos artistas e arquitetos, que rejeitam críticas e interpretações
Professora: Hulda Erna Wehmann
Teoria Crítica da Arquitetura II
28
TEORIA + CRÍTICA = estreita relação
Até mesmo as origens da arquitetura como pensamento independente das artes (criação 
+ técnica) nunca esteve fundamentada sobre premissas independentes, mas possuía 
estreita relação com as idéias, as artes e a ciência.
TEORIA + CIÊNCIA + CRITICA + HISTÓRIA 
= arquitetura
Professora: Hulda Erna Wehmann
Teoria Crítica da Arquitetura II
29
Textos para Avaliação Parcial 1.1
Capítulo 03 - A representação do Espaço ZEVI, B.; p. 29 a 52 Saber ver a 
Arquitetura - Livro 
A produção do Espaço BARRIOS, S.; p 1 a 24
O lugar do juízo (e da crítica) na arte contemporânea OSORIO, L. p. 42 a 53
Professora: Hulda Erna Wehmann
Teoria Crítica da Arquitetura II
30

Outros materiais