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QUESTÕES sobre OBRIGACÕES – Direito Civil/2013
EXERCÍCIOS – Direito Civil II 
Assinale, entre as afirmações a seguir, qual a correta, considerando-se as disposições do Código Civil/2002:
A validade da assunção de uma dívida, por terceiro, independe da anuência expressa do credor.
A assunção da dívida não exonera o devedor primitivo, ficando a sua obrigação intacta até que o assuntor cumpra a obrigação.
Mesmo com assentimento expresso do devedor primitivo, consideram-se extintas, a partir da assunção da dívida, as garantias especiais por ele originariamente dadas ao credor.
O novo devedor pode opor ao credor as exceções pessoais que cabiam ao devedor primitivo, exceções essas que se transferem ao assuntor como efeito da própria assunção da dívida.
O adquirente de imóvel hipotecado pode tomar a seu cargo o pagamento do crédito garantido; se o credor, notificado, não impugnar em trinta dias a transferência do débito, entender-se-á dado o assentimento.
A transmissibilidade das obrigações pode se dar por vontade das partes. “A cessão de crédito enfoca a substituição, por ato entre vivos, da figura do credor.” (Sílvio de Salvo Venosa). Sobre esta cessão é INCORRETO afirmar que:
pode ocorrer a título oneroso ou gratuito;
o crédito é transferido intacto, tal como contraído;
os créditos inalienáveis por natureza, por força de lei ou por convenção entre credor e devedor não podem ser objeto de cessão;
o cedente garante ao cessionário a existência do crédito, nas cessões onerosas;
o cessionário não pode tomar medidas protetivas de seu crédito, antes de notificar o devedor.
Pagamento, segundo ANTUNES VARELLA, é a “realização real da prestação”. Contraída uma obrigação, é INCORRETO afirmar que:
o fiador é terceiro interessado no pagamento do débito;
o terceiro interessado que paga a dívida sub-roga-se em todos os direitos do credor;
o pagamento é válido quando o recebedor tiver a aparência de credor e o pagador estiver de boa-fé;
o credor pode ser compelido a receber antecipadamente a prestação, ainda que o prazo tenha sido estabelecido em seu benefício;
a presunção de pagamento pela entrega do título ao devedor é relativa.
Quanto ao adimplemento e extinção das obrigações, é CORRETO afirmar:
O credor não é obrigado a receber prestação diversa da que lhe é devida, exceto se for mais valiosa.
A quitação somente poderá ser dada por instrumento público.
A entrega do título ao devedor firma a presunção do pagamento.
O pagamento cientemente feito a credor incapaz não é válido, mesmo que o devedor prove que em beneficio dele efetivamente reverteu.
Se o devedor pagar ao credor, apesar de intimado da penhora feita sobre o crédito, ou da impugnação a ele oposta por terceiros, o pagamento valerá contra estes, que não poderão constranger o devedor a pagar de novo.
Considerando os dispositivos do Código Civil em vigor sobre o Direito das Obrigações, assinale a alternativa CORRETA.
É facultado a terceiro assumir a obrigação do devedor, com o consentimento expresso do credor, ficando exonerado o devedor primitivo, salvo se aquele, ao tempo da assunção, era insolvente e o credor o ignorava.
Presumem-se a cargo do credor as despesas com o pagamento e a quitação; se ocorrer aumento por fato do devedor, suportará este a despesa acrescida.
O pagamento reiteradamente feito em outro local não faz presumir renúncia do credor relativamente ao previsto no contrato.
Dá-se a novação quando o credor aceita receber prestação diversa da que lhe é devida.
Mesmo por motivos imprevisíveis, que desencadeiem desproporção manifesta entre o valor da prestação devida e o do momento de sua execução, não poderá o juiz corrigi-lo, pois estaria infringindo a autonomia da vontade das partes.
No que diz respeito à mora e aos seus efeitos, pode-se afirmar que:
Seria uma formar de purgação de mora, se aquele que possui direitos decorrentes da mora os renuncia (são direitos disponíveis);
O devedor em mora responde pela impossibilidade da prestação, exceto nas hipóteses de caso fortuito e força maior;
Ainda que agindo dolosamente, o devedor não tem responsabilidade pela conservação da coisa, na hipótese de mora do credor;
A culpa do devedor não é requisito essencial à configuração da mora;
Nas obrigações provenientes de delito, a mora se estabelece a partir da data da denúncia;
Consoante as regras pertinentes ao direito obrigacional é correto afirmar que:
O descumprimento de uma obrigação de fazer sempre se resolve em perdas e danos;
A mora somente se constitui mediante interpelação judicial ou extrajudicial;
Quando se estipular a cláusula penal para o caso de total inadimplemento da obrigação, o requerimento desta será a única opção do credor;
Incorre de pleno direito o devedor na cláusula penal, desde que, culposamente, deixe de cumprir a obrigação ou se constitua em mora;
O valor da cominação imposta na cláusula penal pode exceder o da obrigação principal;
Em matéria obrigacional, julgue as asserções abaixo e assinale a alternativa correta.
I - o devedor não responde pelos prejuízos resultantes de caso fortuito ou força maior, exceto quando se houver por eles responsabilizado, ou quando estiver em mora.
II - qualquer interessado na extinção da dívida pode pagá-la, usando, se o credor se opuser, dos meios conducentes à exoneração do devedor.
III - o terceiro não interessado, que paga a dívida em nome e por conta do devedor, não pode pedir o reembolso.
IV - é válido o pagamento feito de boa-fé ao herdeiro aparente, mesmo provando-se depois que não era credor.
somente a I e a II estão corretas.
somente a I e a IV estão corretas.
somente a II e a IV estão corretas.
todas estão corretas.
Para exigir a pena convencional por descumprimento de obrigação, não é necessário que o credor alegue prejuízo (art. 416, cc):
por isto é sempre considerada como indenização máxima, sendo inválida a cláusula prevendo ressarcimento suplementar;
porém se o prejuízo exceder ao previsto na cláusula penal sempre o credor poderá exigir indenização suplementar;
mas o Juiz deverá reduzi-la se o montante da penalidade for manifestamente excessivo, tendo-se em vista a natureza e a finalidade do negócio;
mas não pode exceder a 2% (dois por cento) do valor da obrigação.
A respeito das Arras, é incorreto afirmar:
Se por ocasião da conclusão do contrato, uma parte der à outra, a título de arras, dinheiro ou outro bem móvel, deverão as arras, em caso de execução, ser restituídas ou computadas na prestação devida, se do mesmo gênero da principal.
Se a parte que deu as arras não executar o contrato, poderá a outra tê-lo por desfeito, retendo-as; se a inexecução for de quem recebeu as arras, poderá quem as deu haver o contrato por desfeito, e exigir sua devolução mais o equivalente, com atualização monetária segundo índices oficiais regularmente estabelecidos, juros e honorários de advogado.
Nas arras confirmatórias e penitenciais, a parte inocente pode pedir indenização suplementar, se provar maior prejuízo, valendo as arras como taxa mínima. Pode, também, a parte inocente exigir a execução do contrato, com as perdas e danos, valendo as arras como o mínimo da indenização.
Se no contrato for estipulado o direito de arrependimento para qualquer das partes, as arras ou sinal terão função unicamente indenizatória. Neste caso, quem as deu perdê-las-á em benefício da outra parte; e quem as recebeu devolvê-las-á, mais o equivalente. Em ambos os casos não haverá direito a indenização suplementar
Analisando o Direito Obrigacional, julgue as assertivas abaixo em V ou F:
Para que a consignação tenha força de pagamento, será mister concorram, em relação às pessoas, ao objeto, modo e tempo, todos os requisitos sem os quais não é válido o pagamento.
A sub-rogação opera-se, de pleno direito, em favor: I - do credor que paga a dívida do devedor comum; II - do adquirentedo imóvel hipotecado, que paga a credor hipotecário, bem como do terceiro que efetiva o pagamento para não ser privado de direito sobre imóvel; III - do terceiro interessado, que paga a dívida pela qual era ou podia ser obrigado, no todo ou em parte.
Não tendo o devedor declarado em qual das dívidas líquidas e vencidas quer imputar o pagamento, se aceitar a quitação de uma delas, não terá direito a reclamar contra a imputação feita pelo credor, salvo provando haver ele cometido violência ou dolo.
O credor pode consentir em receber prestação diversa da que lhe é devida.
Importa exoneração do fiador a novação feita sem seu consenso com o devedor principal.
Se duas pessoas forem ao mesmo tempo credor e devedor uma da outra, as duas obrigações extinguem-se, até onde se compensarem. Sempre que sejam do mesmo gênero as coisas fungíveis, objeto das duas prestações, estas se compensarão.
Na novação subjetiva passiva, se o novo devedor for insolvente, não tem o credor, que o aceitou, ação regressiva contra o primeiro, salvo se este obteve por má-fé a substituição.
Na sub-rogação legal o sub-rogado não poderá exercer os direitos e as ações do credor, senão até à soma que tiver desembolsado para desobrigar o devedor.
Enquanto o credor não declarar que aceita o depósito em consignação, ou não o impugnar, poderá o devedor requerer o levantamento, pagando as respectivas despesas, e subsistindo a obrigação para todas as conseqüências de direito.
GABARITO:
1 - E (art. 303, cc)
2 - E (art. 293,cc)
3 - D (pacta sunt servanda)
4 - C (art. 324, cc)
5 - A (art. 299, cc)
6 - A
7 - D (art. 408,cc)
8 - D
9 - C (art. 413, cc)
10 - C
11 - V V V V V F(art. 370, cc) V V V
12. OAB – FGV – II EXAME UNIFICADO – 2011
Com relação ao regime da solidariedade passiva, é correto afirmar que:
(A) cada herdeiro pode ser demandado pela dívida toda do devedor solidário falecido.
(B) com a perda do objeto por culpa de um dos devedores solidários, a solidariedade subsiste no pagamento do equivalente pecuniário, mas pelas perdas e danos somente poderá ser demandado o culpado.
(C) se houver atraso injustificado no cumprimento da obrigação por culpa de um dos devedores solidários, a solidariedade subsiste no pagamento do valor principal, mas pelos juros da mora somente poderá ser demandado o culpado.
(D) as exceções podem ser aproveitadas por qualquer dos devedores solidários, ainda que sejam pessoais apenas a um deles.
RESOLUÇÃO
“A” errada, em decorrência da aplicação do art. 276, individualmente o herdeiro apenas responderá por seu quinhão hereditário e não por toda a prestação.
“B” CORRETA, o art. 279 impõe justamente que subsiste para todos o encargo de pagar o equivalente e pelas perdas e danos só responde o culpado.
“C” errada, pelos juros todos os devedores respondem, conforme o art. 280, o culpado posteriormente responde aos outros pelo acréscimo.
“D” errada, pois o devedor demandado pode opor ao credor as exceções que lhe forem pessoais e as comuns a todos; não lhe aproveitando as exceções pessoais a outro co-devedor, art. 281.
13. OAB – FGV – (V EXAME UNIFICADO – 2011 – TIPO 1)
A dação em pagamento é:
(A) modalidade de obrigação facultativa, na qual o credor consente em receber objeto diverso ao da prestação originariamente pactuada.
(B) modalidade de adimplemento direto, na qual o credor consente em receber objeto diverso ao da prestação originariamente pactuada.
(C) causa extintiva da obrigação, na qual o credor consente em receber objeto diverso ao da prestação originariamente pactuada.
(D) modalidade de obrigação alternativa, na qual o credor consente em receber objeto diverso ao da prestação originariamente pactuada.
Resolução:
O conceito de dação em pagamento é de uma forma de extinção da relação obrigacional com pagamento ocorrido mediante acordo, pelo qual o credor aceita receber objeto diferente da prestação pactuada.
Logo não podemos considerar este tipo de pagamento especial como obrigação facultativa, esta decorre da possibilidade do devedor entregar prestação diversa da combinada sem a anuência do credor.
Também não é adimplemento direto, esta é a forma de pagamento pela entrega da prestação pactuada.
E muito menos considerá-la uma obrigação alternativa, nesta são dispostas diversas possibilidades de prestação pactuadas desde o início da obrigação, não havendo entrega de objeto diverso do pactuado, assim o item correto é o “C”.
14. (PGE/PR/Procurador do Estado/2007) Na cessão de crédito:
 a)	 O cedente, em geral, responde pela existência do crédito cedido.
 b)	 O cedente, em geral, responde pela solvência do devedor cedido.
 c)	A responsabilidade do cedente nas hipóteses de insolvência do devedor cedido abrange
 o valor recebido do cessionário, os juros, bem como o dever de indenizar danos patrimoniais e extrapatrimoniais.
 d)	 O cessionário, antes do conhecimento da cessão pelo devedor cedido, não pode exercer
 os atos conservatórios de seus direitos.
e)	 O crédito penhorado pode ser transferido pelo cedente conhecedor da constrição.
Resposta: “a”.
 (essa caiu na prova)
15.(TRT/6a Reg./Analista Judiciário/2006/Fundação Carlos Chagas) De acordo com o Código
Civil, a respeito da transmissão das obrigações, considere:
	 I.	 Ocorrendo varias cessões do mesmo crédito, prevalece a que se completar com a tradição do título do crédito cedido.
	 II.	 Independentemente do conhecimento da cessão pelo devedor, pode o cessionário exercer os atos conservatórios do direito cedido.
	 III.	Na cessão por título oneroso, o cedente, ainda que não se responsabilize, fica responsável ao cessionário pela existência do crédito ao tempo em que lhe cedeu.
	 IV.	Salvo disposição em contrário, a cessão de um crédito não abrangerá todos os seus acessórios por não haver interdependência entre eles.
É correto o que consta APENAS em
a)	 II e III.
b)	 II e IV.
c)	 I, III e IV.
d)	 I, II e IV.
e)	 I, II e III.
Resposta: “e”. (essa caiu na prova =)
16.(Auditor Tributário Municipal/Jaboatão dos Guararapes/2006/Fundação Carlos Chagas) Com relação à cessão de crédito é CORRETO afirmar:
 a)	 Pode o cessionário exercer os atos conservatórios do direito cedido, desde que haja prévio conhecimento da cessão pelo devedor.
 b)	 Ocorrendo várias cessões do mesmo crédito, prevalece a última cessão, independentemente de ter ocorrido a tradição do título do crédito cedito.
 c)	 O devedor não pode opor ao cessionário as exceções que, no momento em que veio a
 ter conhecimento da cessão, tinha contra o cedente.
 d)	A cláusula proibitiva da cessão de crédito não poderá ser oposta ao cessionário de boa-fé,
 se não constar do instrumento da obrigação.
 e)	Na cessão por título oneroso, o cedente, exceto quando não se responsabilize, fica responsável ao cessionário pela existência do crédito ao tempo em que lhe cedeu.
Resposta: “d
” (art. 287CC)
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