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Teoria Imanentista / civilista / clássica

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Teoria Imanentista/civilista/clássica
Processo Civil
A saber:
Direito Processual: É o direito de instrumentalização de atos sequenciados como mecanismo de atuação do Estado-Juiz e das partes.
Direito Material: É o conteúdo da norma que orienta a conduta social ou é entregue pelo estado-juiz através do processo.
Direito de ação (sentido lato): É o direito de requerer/pedir ao Estado-Juiz uma resposta a qual não se pode negar. Conhecido como direito de petição (pedir).
Savigny
O criador da teoria. 
Jurista alemão (1814 – 1875)
 Dizia que: “a ação era um direito novo, surgindo da ameaça de ação já que o devedor não pagando, estava lesando o direito subjetivo do credor e por causa do fato novo da lesão surgia o fato novo da ação. O direito de reclamar em juízo a satisfação do direito subjetivo lesado existia, mas de qualquer forma só tinha direito a ação o titular do direito subjetivo material violado, o credor, pois o pressuposto do direito de ação era a violação do direito anterior.”
Teoria Civilista
É uma das teorias do direito de ação. Esse direito nada mais é que o direito de agir, ou seja, é o direito público, subjetivo, conferido aos brasileiros e estrangeiros residentes no País, de peticionar ao poder jurídico na busca pelo reconhecimento de seus direito, provocando a jurisdição.
Isso ocorre pois a justiça é inerte, quer dizer, só age quando provocada.
Pode entender o termo “peticionar” como “pedir”
Em síntese, essa teoria faz do processo civil um apêndice do Código Civil. Como se o processo civil fosse uma parte dentro do Código Civil.
A teoria civilista não é a teoria adotada pelo Brasil e sim a teoria eclética.
O que dizem os doutrinadores:
Diz Galeno Lacerda: “Nessa teoria, só tem direito de ação aquele efetivamente titular do direito subjetivo material.”
Diz João Monteiro: “Essa teoria é uma ação assegurada pelo direito contra uma ação contrária de terceiro. Precisamente uma busca pelo equilíbrio que foi quebrado pelo direito subjetivo.”
Diz Celso Agrícola Barbi: “Do direito material brota o direito de ação, que uma vez violado, se arma e vai para a guerra.”
Chegam os problemas:
Com o tempo foi-se vendo que a teoria civilista não respondia adequadamente a algumas objeções processuais. Veja:
A) O problema da improcedência: “Ficava sem explicação todo caso de ação julgada improcedente pois a conclusão final seria de que o autor não tinha direito subjetivo e portanto não teria direito de ação.”
 - Celso Agrícola Barbi
E mais problemas...
B) Quanto a ação declaratória negativa. “Ela se funda precisamente na inexistência de um direito subjetivo material. Sendo esse tipo de ação cada ve mais frequentes em alguns países.”
 - Celso Agrícola Barbi
C) “O imanentismo não diferencia muito bem a carência de ação da demanda improcedente.”
 - Galeno Lacerda
Problemas problemas problemas...
D) “Também não explica o problema da ação esgotada.”
 - Galeno Lacerda
 Esta ação é aquela que cumpre seus objetivos, é julgada procedente mas o devedor não possui bens para pagar e portanto a ação permanece esgotada. Como uma execução frustrada.
E) Não explica a questão da sentença injusta “onde não há correspondência entre o direito pre-processual e o direito declarado no processo.”
 - Galeno Lacerda
F) Não é capaz de explicar a tutela inibitória. Que é a atuação jurisdicional que tem como objetivo prevenir a prática do ilícito, entendido como ato contrário ao direito material. (art. 461 §5º NCPC/15)
Então:
Devido a diversas controvérsias, essa teoria não “vingou” e acabou em desuso, porém foi revolucionária pois foi a primeira teoria a tentar explicar o direito material. Hoje no Brasil usamos a teoria eclética, de Liebman.

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