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Onde os fracos não têm vez "A vida se contrai e se expande proporcionalmente à coragem do indivíduo." Com essas palavras a escritora francesa, Anaïs Nin, deixa clara a importância das pessoas serem capazes de resistirem às adversidades que se apresentam diariamente nas suas vidas; a covardia , ao contrário , fragiliza o indivíduo que, por sua vez, fica inerte e não demonstra reação. Na própria história do Brasil e do mundo é notória a relevância da coragem como fator preponderante em ações que desafiaram ou desafiam a ordem vigente. No Brasil, por exemplo, se não houvesse Romantismo e Modernismo, ambos movimentos literários, possivelmente até hoje não existiria uma literatura verdadeiramente brasileira e sem influências externas. No mundo, entre vários heróis, pode-se citar a figura de Nelson Mandela como líder rebelde contra o Apartheid, na África do Sul. No entanto, vêem [vêm] se tornando rotineiros os casos em que os seres humanos acovardam-se ao correto e preferem praticar o errado ao certo. Assim, muitas das mazelas que persistem no mundo como pobreza, fome, corrupção, advém [advêm] de muitas atitudes covardes, seja[sejam] elas de governantes ou civis, que não reagem e permanecem na inércia, prevalecendo [tomando apenas] ações paliativas que não são eficazes e não atingem a raiz do problema. Sendo assim, qualquer atitude corajosa - que atualmente não faz parte dopadrão [padrão comportamental] da sociedade - como a verificada na Itália, em que ocorreu o naufrágio do Costa Concórdia, consagrando herói o comandante Francesco Schettino, que exigiu o retorno do comandante ao navio, faz com que a população descrente ou mal acostumada com essas ações, [ações] perceba a importância de serem corajosos [ser corajosa] em momentos como esses. Diante de tudo isso, deve-se exaltar a coragem como uma virtude que não pode ser reprimida, abolindo a covardia, facilitando a reconstrução moral da sociedade, baseada em valores autênticos. Assim, os heróis dos gibis deixarão de ser mera ficção e serão personificados nas pessoas comuns que, por sua vez, se tornarão exemplos a seguir. Comentário geral Texto com estrutura dissertativa eficiente, linguagem de bom nível e exemplificado com interessantes referências culturais, porém, estas nem sempre ficaram bem explicadas. Aspectos pontuais 1) Título: como usou nome de filme no título, seria interessante assumir e justificar isso durante o texto para que não pareça plágio. 2) Segundo parágrafo: a) de que modo os movimentos literários citados relacionam-se com o tema da coragem? Sem essa explicação, os dados não contribuem para a análise. 3) Terceiro parágrafo: no trecho final, há um problema sintático, já que há dois sujeitos citados antes (mazelas; governantes ou civis), mas o verbo no gerúndio (prevalecendo) não concorda com nenhum deles. Isso deixa o comentário confuso. Além disso, seria útil exemplificar as ações paliativas, para dar força ao argumento. 4) Quarto parágrafo: além do acúmulo de dados em um único período, o parágrafo traz outro problema, relacionado ao comentário sobre Schettino: não há nada em seu comportamento que justifique a consagração citada. Isso precisaria ser mais explicado. 5) Quinto parágrafo: na norma culta, a construção seria tornar-se-ão. Competências avaliadas 1. Demonstrar domínio da norma culta da língua escrita. 1,5 2. Compreender a proposta da redação e aplicar conceito das várias áreas de conhecimento para desenvolver o tema, dentro dos limites estruturais do texto dissertativo-argumentativo. 2,0 3. Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista. 1,0 4. Demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação. 1,5 5. Elaborar a proposta de solução para o problema abordado, mostrando respeito aos valores humanos e considerando a diversidade sociocultural. 1,5 Total 7,5 Desempenho do aluno em cada competência Nota 2,0 - Satisfatório Nota 0,5 - Fraco Nota 1,5 - Bom Nota 0,0 - Insatisfatório Nota 1,0 - Regular
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