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Livro 1 Fisiologia Fácil Aprendizagem

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0 
 
 
APOSTILA 1 DE FISIOLOGIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Prof. Marco Antonio de Magalhães Rodrigues 
2016 
 
 
 
 
 
 
 
1 
 
SUMÁRIO 
TÓPICO PÁGINA 
1. Homeostase e feedback 02 
2. Membrana plasmática 11 
3. Permeabilidade seletiva 16 
4. Transporte transmembranar 19 
5. Potencial de membrana em 
repouso 
26 
6. Potencial de ação 32 
7. Transmissão sináptica 39 
8. Sistema nervoso 51 
9. Sistema nervoso autônomo 61 
10. Sistema muscular 70 
11. Contração do músculo 
estriado esquelético 
75 
12. Sistema cardiovascular 84 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 
 
CAPÍTULO 1 - HOMEOSTASE E FEEEDBACK 
Para que o organismo humano consiga manter sua organização é 
necessário que mecanismos fisiológicos diversos aconteçam de 
forma ordenada e em pleno equilíbrio. A unidade básica de todo ser 
vivo é a célula que ao se unir de forma correta e equilibrada gera os 
tecidos que por sua vez formam os mais variados órgãos que ao se 
juntarem formam os sistemas que em conjunto vão dar origem ao 
organismo humano. O esquema abaixo mostra claramente essa 
ordenação que se iniciou com um átomo e chegou à plenitude de 
nosso corpo. 
 
Figura 1.1: Estrutura Hierárquica Humana 
Esse equilíbrio interno que o nosso corpo mantém, impedindo que 
aconteçam os desequilíbrios e conseqüentemente a manifestação 
de patologias é chamado de homeostase, definida corretamente por 
3 
 
Claude Bernard como a tendência que nosso corpo apresenta de 
manter um ambiente interno em equilíbrio, independente das 
oscilações que possam acontecer externa ou internamente. Vamos 
demonstrar isso através do seguinte esquema: 
 
Fig.1.2. Regulação da temperatura corporal humana 
Observem que a temperatura média do corpo fica em torno de 37 
°C, mas ela não é sempre a mesma. Ela pode se elevar e pode 
também baixar, mas existem mecanismos que a traz para a meta 
que é de 37°C. Quando a temperatura sobe acontece o aumento da 
perda de calor através do suor (sudorese) e quando ela baixa um 
pouco acontecem os tremores ou calafrios que são mecanismos 
involuntários de gerar calor e trazer a temperatura para o objetivo 
central que seriam os 37°C. Podemos mostrar isso graficamente 
também através do seguinte esquema: 
4 
 
 
Nesse primeiro esquema observamos que a temperatura se elevou, 
uma mensagem foi enviada para um centro integrador através de 
um sensor que devolveu a resposta através de um efetuador, 
fazendo com que a temperatura caísse ao longo do tempo. Vamos 
agora a outro esquema: 
5 
 
 
O princípio aqui é o mesmo do anterior, mas o objetivo é o oposto 
do outro. Nesse caso, a temperatura havia caído e o sensor que 
mandou a mensagem para o centro integrador, fez com que o 
efetuador respondesse e elevasse a temperatura para o centro da 
meta que seria os 37°C. Guardem a seguinte informação: em 
ambos os casos, tivemos controles através de retroalimentação 
negativa ou feedback negativo que iremos já, já falar sobre esse 
conceito. 
 Até agora tratamos do conceito de homeostase que é o 
equilíbrio dinâmico que Claude Bernard trabalhou de forma clara. 
Não existem parâmetros estáticos, mas dinâmicos. Ao longo de um 
dia ou de um determinado tempo temos variações, mas o equilíbrio 
será buscado. Isso acontece não só para o controle da temperatura, 
mas para a manutenção da pressão arterial sistêmica, do nível de 
água do corpo, da quantidade de glicose no sangue (glicemia) ou 
do nível hormonal na corrente sanguínea. Para que isso se 
6 
 
mantenha em perfeito equilíbrio temos os famosos sistemas de 
controle que podem ser agrupados em dois grandes tipos: 
a) Controle de Alça Aberta: controla os fenômenos da natureza e 
não interessa para os organismos vivos. Um exemplo claro é 
do aumento da pressão atmosférica em áreas abaixo da 
superfície da terra ou a sua diminuição à medida que subimos 
em altas altitudes. Não dá para modificarmos. Outro exemplo 
fácil de entendermos é o da intensidade de calor do sol 
próximo a linha do Equador. Quanto mais nos distanciamos 
dessa linha, menor é a incidência dos raios solares. Isso é tão 
claro que os pólos da terra acumulam gelo devido a essa 
característica e isso realmente não dá para sofre adaptação 
ou mecanismo de controle. 
b) Controle de Alça Fechada ou Feedback: Esse nos interessa. 
Esse mecanismo controla os parâmetros fisiológicos dos 
seres vivos. Foi o que aconteceu com a manutenção da 
temperatura do corpo mostrado anteriormente. Dividimos o 
feedback em dois caminhos: positivo e negativo que iremos 
falar agora para vocês. 
 
 
7 
 
O esquema acima mostra o que chamamos de Feedback 
positivo. Esse mecanismo acontece pelo fato de potencializar o 
estímulo inicial, ou seja, ele é a favor do estímulo. O parto é o 
maior exemplo que podemos dar de feedback positivo. 
Observem que as contrações uterinas potencializam a distensão 
do útero que se torna mais intensa com o passar do tempo, 
culminando com o nascimento, ou seja, o resultado da ação vai a 
favor do estímulo inicial. Outro exemplo bem característico do 
feedback positivo é a amamentação. A sucção do bebê na 
glândula mamária faz com o corpo libere um hormônio chamado 
de ocitocina que induz a liberação do leite pelas mamas. O 
estímulo foi favorável a resposta e não contrária a ela. Lembrem 
que as contrações uterinas foram induzidas pela presença do 
bebê no canal do parto e aconteceu também a liberação da 
ocitocina para que esse mecanismo fosse possível de acontecer. 
Outra característica do feedback positivo é o fato dele funcionar 
como um gatilho disparador que cessa logo após o evento 
acontecer. A sucção do bebê (gatilho) faz com que o corpo libere 
ocitocina para liberar o leite e após o estímulo o hormônio não é 
mais liberado. 
Vamos agora mostrar um esquema que descreve o feedback 
negativo que representa a maior parte dos mecanismos de 
controle do nosso corpo. Observem o esquema abaixo: 
8 
 
 
Esse esquema descreva o controle da pressão arterial. 
Observem que algo contrário (negativo) tinha que acontecer a 
condição de aumento da pressão arterial, ou seja, a pressão 
subiu, mas ela precisava retornar a normalidade e como isso 
acontece? Através do feedback negativo. Observem que o 
aumento da pressão arterial foi captado por receptores neurais 
nas artérias. Esse estímulo fez com que o coração diminuísse o 
bombeamento e com isso aconteceu à diminuição da pressão 
arterial. A grande maioria dos controles que acontecem no corpo 
é do tipo feedback negativo. Outros exemplos bem 
característicos são a liberação de grande parte dos hormônios do 
nosso corpo, o controle do nível hídrico do corpo ou a regulação 
da temperatura que discutimos anteriormente. 
 
PONTOS DE CHECAGEM 
Após a leitura de nosso material, responda as seguintes 
questões; 
1) O que significa Homeostase? 
9 
 
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
__________________________________________________ 
2) O que são sistemas de controle? 
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
__________________________________________________ 
3) Qual a diferença entre controle de alça aberta e fechada? 
____________________________________________________
____________________________________________________
______________________________________________________________________________________________________ 
4) O que significa feedback? Qual a diferença entre feedback 
positivo e negativo? 
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
_________________________________________________ 
5) Dos exemplos abaixo diga se ele é regulado por feedback 
positivo ou negativo? 
a) Parto__________________________ 
b) Controle da Pressão arterial_____________________ 
c) Regulação da temperatura______________________ 
d) Liberação do hormônio insulina________________________ 
10 
 
 
6) A homeostase é definida como o equilíbrio interno do corpo 
perante as mais variadas oscilações dos meios internos e 
externo. Acerca da homeostase e sistemas de controle 
podemos afirmar como verdadeiro: 
a) Os organismos vivos mantêm a homeostase principalmente 
pelos mecanismos de alça aberta. 
b) Os mecanismos de alça aberta e alça fechada são usados 
pelos organismos vivos para a manutenção da homeostase. 
c) O mecanismo de alça fechada ou simplesmente feedback é 
usado pelos seres vivos para manutenção do equilíbrio. 
d) Os fenômenos da natureza são regulados principalmente por 
feedback positivo e por alça fechada também. 
e) Quando a temperatura do nosso corpo se eleva, ela retorna a 
valores normais através de mecanismos de alça aberta. 
 
GABARITOS 
5- a) Positivo b) negativo c) negativo d) negativo 
6 - c 
 
 
 
 
 
 
 
11 
 
CAPÍTULO 2- MEMBRANA PLASMÁTICA 
A membrana plasmática exerce uma série de funções importantes 
para a manutenção do funcionamento celular. Todas as células do 
corpo humano apresentam uma membrana plasmática que a 
envolve e delimita seu espaço físico, separando o lado intra do meio 
extracelular. Podemos enumerar as seguintes funções da 
membrana plasmática: 
a) Separar o meio intra e extracelular 
b) Manter um ambiente químico apropriado para os processos 
celulares. 
c) Manter o volume celular constante 
d) Transmitir sinais elétricos ou químicos 
A membrana apresenta uma composição própria, onde dois 
constituintes orgânicos se destacam. Esses constituintes são 
lipídios e proteínas que se organizam para fazer a estruturação da 
mesma. Temos abaixo um desenho de uma membrana plasmática 
encontrada em células humanas: 
 
12 
 
 
Nesse desenho temos a bicamada (duas camadas) lipídica 
(gorduras) com proteínas que atravessam totalmente a bicamada e 
a chamamos de integrais e proteínas ligadas ao lado externo ou 
interno da membrana, denominadas de periféricas. Observamos 
que as duas camadas de gordura (bicamada) têm uma dupla 
aptidão. O lado da camada de gordura voltado para o lado externo 
ou interno tem afinidade pela água, sendo chamada de hidrofílica 
(hidro= água, fílica= filia= afinidade), enquanto a parte central da 
membrana é dita hidrofóbica (hidro= água, fóbica=fobia= medo). A 
região da membrana voltada para o lado externo e interno, embora 
seja uma gordura, consegue ter afinidade pela água devido a 
presença de estruturas polares (com carga). A principal estrutura 
que torna a membrana polar é o radical fosfato, podendo também 
ser encontrado a hidroxila ou carboidratos que formam as 
glicoproteínas. 
As proteínas integrais encontradas na membrana apresentam a 
importante função de transporte, podendo exercer o papel de 
13 
 
carreadores ou de canal. Uma proteína de transporte leva de um 
lado para o outro da célula substâncias diversas que precisem se 
deslocar entre os meios intra e extracelular. Uma proteína 
carreadora é aquela que se liga de forma específica a uma 
determinada substância e a desloca para o outro lado da 
membrana. Uma proteína canal é aquela que abre espaços na 
membrana para a passagem de determinadas substâncias. A 
abertura de canais pode ser influenciada por vários fatores, mas o 
principal deles é a concentração. O aumento da concentração de 
certas moléculas faz com que a membrana abra espaços para a 
sua passagem, configurando assim um canal. Um exemplo de canal 
é o que transporta íons como o sódio, potássio ou cloro para dentro 
ou fora da célula. Proteínas carreadoras também podem transportar 
íons, mas um exemplo bastante comum é aquele que acontece com 
a glicose. 
As proteínas periféricas desempenham o papel de receptores em 
vários tipos celulares, mas elas também podem funcionar como 
antígenos ou proteínas de ancoragem, dependendo do tecido onde 
a mesma é encontrada. 
14 
 
 
 
PONTOS DE CHECAGEM 
1. Descreva os principais constituintes que formam a membrana 
plasmática. 
______________________________________________________
____________________________________________________ 
2. Qual a diferença entre uma proteína integral e uma periférica? 
Descreva suas funções 
______________________________________________________
______________________________________________________
____________________________________________________ 
15 
 
3. A membrana plasmática tem regiões ditas polares e outras partes 
são chamadas apolares. Descreva as características dessas duas 
porções 
______________________________________________________
______________________________________________________
____________________________________________________ 
4. Ao estudarmos a membrana plasmática, entendemos que a 
mesma é formada por dois tipos básicos de moléculas que são as 
proteínas e os lipídios. Essa composição tem uma organização 
própria e é essa ordenação que permite a integridade das células 
do nosso corpo. Sobre a membrana plasmática podemos afirmar 
que: 
a) As proteínas encontradas podem ser integrais ou periféricas. As 
periféricas atuam como transportadoras e as integrais podem ser 
receptores de superfície. 
b) Toda a estrutura lipídica da membrana é do tipo apolar, pois essa 
característica impede a entrada de substâncias nas células, como a 
água. 
c) A região voltada para o lado externo e interno da membrana é 
dita apolar, já a parte central é chamada polar e permite a 
passagem de íons. 
d) As proteínas periféricas são excelentes transportadores e 
moléculas como a glicose ou aminoácidos são transportados por 
essa estrutura. 
e) As proteínas integrais atuam no transporte de substâncias, quer 
sejam carreadores ou canais. Já as integrais podem ser excelentes 
receptores celulares. 
Gabarito 
4 – e 
 
16 
 
CAPÍTULO 3- PERMEABILIDADE SELETIVA 
Uma das principais características das membranas biológicas é a 
capacidade que elas têm de selecionar aquilo que deve entrar ou 
sair da célula, ou seja, nossas membranas são muito seletivas. 
Algumas substâncias atravessam nossas membranas enquanto 
outras não. Alguns elementos fazem essa travessia com muita 
facilidade, enquanto outros não. Essa capacidade de seleção dá a 
membrana plasmática uma característica chamada de 
permeabilidade seletiva. Classificamos as mais diversas 
substâncias em duas grandes classes, chamadas de alta e baixa 
permeabilidade. 
QUE ELEMENTOS TÊM ALTA PERMEABILIDADE? 
Via de regra substâncias que se dissolvem na gordura conseguem 
entrar e sair das células com facilidade. Essa capacidade é devido a 
sua natureza química. Existe uma regra básica da química que diz 
que semelhante dissolve semelhante e é esse princípio que essas 
substâncias utilizam. Como temos uma grande bicamada lipídica, 
tudo que é gordura ou tem afinidade por ela passa a membrana 
facilmente. 
QUE ELEMENTOS ATRAVESSAM FACILMENTE NOSSAS 
MEMBRANAS 
Os gases, como o O2 e o CO2 são bons exemplos. Gorduras, 
colesterol, vitaminaslipossolúveis (A,D,E e K) e os esteróides como 
os hormônios sexuais estrógeno, progesterona e testosterona 
também são exemplos. 
QUE ELEMENTOS TÊM BAIXA PERMEABILIDADE? 
17 
 
A baixa permeabilidade é devido à natureza química das 
substâncias. Uma substância hidrossolúvel não tem vida fácil em 
termos de movimentação entre os meios intra e extracelular. Essa 
característica é devido à falta de afinidade pela bicamada lipídica 
que funciona como uma barreira para a passagem das mesmas. 
Nesse caso elas irão precisar do auxílio de estruturas membranares 
que no nosso caso será exercido pelas proteínas que poderão abrir 
espaços ou se ligar especificamente ao elemento a ser 
transportado. No primeiro exemplo temos proteínas com função de 
canal e no segundo caso temos uma proteína carreadora. 
QUE SUBSTÂNCIAS ATRAVESSAM COM DIFICULDADE A 
MEMBRANA? 
Os íons como sódio (Na+), o potássio (K+), o cloro (Cl-) ou o Cálcio 
(Ca2+) se movimentam notadamente através de canais, chamados 
de iônicos. Outras substâncias como a glicose, pequenas proteínas 
ou aminoácidos serão movimentados pela ligação específica a uma 
proteína que no caso funcionará como carreadora e não mais como 
canal. 
 
PONTO DE CHECAGEM 
 
1. Defina permeabilidade seletiva 
______________________________________________________
____________________________________________________ 
2. Qual a diferença entre substâncias que apresentam alta 
permeabilidade daquelas que tem baixa permeabilidade? Cite 
exemplos 
18 
 
______________________________________________________
______________________________________________________
____________________________________________________ 
 
3) A membrana plasmática desempenha um importante papel na 
manutenção do equilíbrio celular ao fazer o controle de substâncias 
que se movimentam através dela. Esse mecanismo chamamos de 
permeabilidade seletiva que: 
a) Controla somente as substâncias lipossolúveis, pois as 
hidrossolúveis têm alta permeabilidade às células. 
b) Todas as substâncias têm alta permeabilidade e atravessam a 
membrana sem dificuldade. 
c) Substâncias como glicose e aminoácidos apresentam alta 
permeabilidade, pois são hidrossolúveis. 
d) Íons e gorduras são muito permeáveis e utilizam carreadores e 
canais para atravessarem a membrana respectivamente. 
e) Substâncias que se dissolvem na gordura têm alta 
permeabilidade e utilizam a própria bicamada lipídica, enquanto as 
hidrossolúveis usam carreadores ou canais devido a baixa 
permeabilidade. 
 
4) São exemplos de substâncias que apresentam alta 
permeabilidade as membranas biológicas: 
a) Sódio e potássio b) Glicose e proteínas 
c) Água e sódio d) Gorduras e vitaminas lipossolúveis 
e) Carboidratos e proteínas 
GABARITO 
3- e; 4- d 
 
19 
 
CAPÍTULO 4- TRANSPORTE TRANSMEMBRANAR 
 
Partimos do princípio da permeabilidade seletiva onde algumas 
substâncias usam a própria bicamada lipídica para se 
movimentarem, mas outras precisam de auxílio para esse 
transporte. O auxílio em questão é realizado pelas proteínas 
integrais que poderão atuar como canais ou carreadores nesse 
processo que definimos como transporte transmembranar ou 
simplesmente o transporte através da bicamada lipídica enxertada 
de proteínas ao longo dela. 
COMO DIVIDIMOS OS TRANSPORTES? 
A divisão é baseada em dois critérios básicos: Gasto ou não de 
energia metabólica na forma de ATP (Trifosfato de Adenosina) ou 
se acontece a favor ou contra um gradiente que na maioria das 
situações é um gradiente de concentração. Sendo assim, temos 
duas grandes divisões: Transporte ativo e passivo. 
a) Transporte passivo: É o mais comum. Não existe gasto de 
energia metabólica e acontece a favor de um gradiente de 
concentração, ou seja, vai de um local mais concentrado para 
outro menos concentrado. O que isso significa? É como nadar 
a favor da correnteza ou no dito popular: “Maria vai com as 
outras”. Um exemplo bem simples para entendermos o a 
favor do gradiente é você imaginar entrando em um estádio 
de futebol com 60 mil pessoas e só existe uma entrada. O 
simples fato de você entrar na multidão fará que você seja 
levado passivamente devido à grande quantidade de pessoas 
entrando no estádio sem gastar quase ou nenhuma energia. 
20 
 
b) Transporte ativo: As características são opostas ao do 
passivo. Esse transporte gasta energia metabólica na forma 
de ATP e acontece contra um gradiente. No exemplo do 
estádio dado acima é como se você após entrar no estádio 
precise sair contra a multidão que tenta entrar. Provavelmente 
você irá gastar bastante energia nessa sua tentativa. No 
nosso organismo temos essas substância que fazem isso 
com custo energético. 
TIPOS DE TRANSPORTE 
 
A) PASSIVO: Difusão simples e facilitada. A Difusão simples é o 
transporte básico de substância que se dissolvem na gordura 
(lipossolúveis). Essas substâncias se movimentam através da 
própria bicamada lipídica. Os gases e as gorduras e derivados 
(alta permeabilidade) usam a difusão simples. Podemos ter 
também substâncias hidrossolúveis utilizando difusão 
simples? E a resposta é SIM. Os íons são transportados por 
esse meio, mas utilizam os canais da membrana como 
mediador. Os canais são simplesmente aberturas na 
membrana feitas por proteínas integrais. A Difusão facilitada 
difere da simples pela presença dos carreadores que são 
também proteínas integrais específicas que se ligam a 
substâncias de maneira única e as levam de um lado ao outro 
da célula. Tanto a difusão simples como a facilitada não se 
beneficiam do gradiente de sódio do meio extracelular. Um 
exemplo clássico de difusão facilitada é o que acontece com a 
glicose ao ser levada para dentro das células. 
21 
 
B) ATIVO PRIMÁRIO: Esse termo é usado pelo fato da energia 
metabólica (ATP) ser usada de forma direta, ou seja, o ATP é 
quebrado e a energia resultante é usada para movimentar a 
substância contra o seu gradiente. Lembram do exemplo do 
estádio??????? A bomba de sódio e potássio é o maior 
exemplo desse transporte. A bomba atua jogando sódio de 
dentro para fora da célula e o potássio de fora para dentro, 
justamente contra seus gradientes de concentração. Sabemos 
de aulas anteriores que o meio extracelular tem alta 
concentração de sódio enquanto o meio intracelular está 
altamente concentrado em potássio. A relação de transporte é 
de 3 para 2, ou seja, a cada 3 sódios retirados da célula, dois 
potássios são devolvidos para dentro. O transporte ativo tem 
uma proteína carreadora e não se beneficia do gradiente de 
sódio. Na realidade é a própria bomba responsável por manter 
o gradiente de sódio alto no meio extracelular. Outro exemplo 
de bomba importante é o da bomba de cálcio que é 
encontrado nos músculos e de grande importância para a 
contração muscular. 
C) ATIVO SECUNDÁRIO: Esse transporte usa a energia 
metabólica de forma indireta e precisa (se beneficia) do 
gradiente (concentração) de sódio, mas lembre-se que a 
concentração de sódio fora da célula só aconteceu porque a 
bomba de sódio e potássio funcionou e aí ela gastou energia 
para que isso acontecesse. O transporte ativo secundário é 
dividido em simporte ou co-transporte e antiporte ou contra-
transporte de açodo com o sentido da substância que se 
movimenta junto com o sódio. Vamos aos exemplos: 
 
22 
 
1) Co-transporte: Quando o sódio entra na célula a favor de 
seu gradiente usando uma proteína carreadora a glicose se 
liga a ela e se movimenta no mesmo sentido do sódio, ou 
seja, para dentro da célula. 
2) Contra-transporte : Quando o sódio entra nacélula 
também a favor de seu gradiente e usando uma proteína 
carreadora uma outra substância se liga a essa proteína e 
sai da célula, ou seja, enquanto o sódio entra a substância 
sai, daí o termo contra-transporte. Os íons hidrogênio e 
cloro fazem esse transporte para sua movimentação 
através das membranas. 
 
D) OSMOSE: A osmose representa a movimentação de água 
através da membrana plasmática e embora a bicamada 
lipídica tenha uma porção central hidrofóbica, a água 
consegue se movimentar de acordo com a concentração intra 
e extracelular. A água se movimenta do meio hipotônico 
(menor quantidade de soluto e maior de solvente) para o 
hipertônico (maior quantidade de soluto e menor de solvente), 
ou seja, a água vai de onde tem mais água para onde tem 
menos água. Lembre-se que esse termo hipo e hipertônico 
refere-se ao soluto e não ao solvente. 
 
 
 
 
 
 
 
23 
 
PONTO DE CHECAGEM 
 
1. Quais as principais diferenças entre o transporte ativo e passivo? 
______________________________________________________
______________________________________________________
____________________________________________________ 
2. Que mecanismos induzem a osmose? 
______________________________________________________
______________________________________________________
____________________________________________________ 
3. Descreva a bomba de sódio e potássio 
______________________________________________________
______________________________________________________
_____________________________________________________ 
4. Descreva a diferença entre co-transporte e contra-transporte 
______________________________________________________
______________________________________________________
______________________________________________________
_____________________________________________________ 
5. O transporte ativo caracteriza-se por ser o movimento de 
substâncias e íons contra o gradiente de concentração. Esse 
processo é possível graças à presença de certas proteínas na 
membrana plasmática que são capazes de se combinar com a 
substância ou íon e transportá-lo para a região em que está mais 
concentrado. Sobre o mecanismo de transporte denominado contra-
transporte é correto afirmar: 
24 
 
a) Uma substância se beneficia do gradiente de sódio e quando o 
sódio entra na célula a favor do seu gradiente de concentração, 
essa substância entra também. 
b) A glicose sofre esse tipo de transporte, pois a mesma sai da 
célula à medida que o sódio entra. Isso acontece no sistema renal e 
no tubo digestivo 
c) Bombeia os íons potássio e sódio para fora e ao mesmo tempo 
bombeia íons cálcio para dentro na relação de três para dois 
respectivamente. 
d) Um exemplo é aquele que acontece com os íons hidrogênio no 
estômago quando o mesmo sai da célula à medida que o sódio 
entra. 
e) O contra-transporte é responsável por permitir a absorção de 
aminoácidos e pequenas proteínas, acontecendo no esmo sentido 
da entrada do sódio na célula. 
6) O esquema a seguir mostra os movimentos de íons Na+ e K+ 
entre uma célula e o meio no qual ela se encontra. Em uma célula 
humana, a concentração de Na+ é 10 vezes maior no meio 
extracelular do que no interior da célula, ao passo que a 
concentração de K+ é 30 vezes maior no meio intracelular do que 
no meio extracelular. No esquema, as setas inteiras e as setas 
pontilhadas representam, respectivamente, 
 
 
25 
 
 
a) osmose e difusão facilitada. 
b) osmose e transporte ativo. 
c) transporte ativo e difusão simples. 
d) transporte ativo e osmose. 
e) difusão facilitada e transporte ativo. 
7. Analise as seguintes assertivas: 
I – A difusão simples e a difusão facilitada são exemplos de 
transporte passivo que acontecem no organismo humano. 
Porque 
II - Acontecem contra o gradiente de concentração e não gastam 
energia metabólica na forma de ATP (Trifosfato de Adenosina) 
Tendo como referência a asserção razão acima, assinale a 
opção correta. 
a) As duas afirmações são verdadeiras e a segunda justifica a 
primeira. 
b) As duas afirmações são verdadeiras e a segunda não justifica a 
primeira. 
c) As duas afirmações são falsas. 
d) A primeira afirmação é verdadeira e a segunda é falsa. 
e) A primeira afirmação é falsa e a segunda é verdadeira. 
GABARITO 
5- d; 6-c; 7-d 
 
 
 
 
 
26 
 
CAPÍTULO 5- POTENCIAL DE MEMBRANA EM REPOUSO 
 
Bem galera, vamos lá. Vamos falar dos potenciais de membrana em 
repouso para que depois possamos falar do potencial de ação. 
Inicialmente vamos definir o termo excitabilidade que representa a 
capacidade de determinadas células converterem um potencial de 
repouso em ação, ou seja, determinados tecidos conseguem alterar 
essa condição inicial. Lembram que células conseguem fazer isso? 
Uma perguntinha: Que fatores estão envolvidos na formação do 
potencial de membrana e aí vamos para as seguintes situações: 
a) Existe uma diferença de concentração iônica entre os lados intra 
e extracelular. Lembram? No lado interno da célula temos potássio 
(K+) e a presença de ânions orgânicos que são proteínas com carga 
negativa. No lado externo da célula temos os íons sódio (Na+) e 
cloro (Cl-) em maior concentração. Para cada íon positivo existe um 
par negativo e vice-versa. É o que chamamos de eletroneutralidade. 
Isso só não acontece em uma pequena porção próximo da 
membrana plasmática, o que torna o lado externo com carga 
positiva e o lado interno com carga negativa durante o repouso 
celular. 
b) Atuam sobre esses íons forças diferentes, uma primeira que o 
movimenta a favor do seu gradiente de concentração e outra que é 
exercida pela força elétrica contrária a movimentação no sentido do 
gradiente de concentração. É como se tivéssemos um “cabo de 
guerra” onde forças de um lado e do outro da membrana se duelam, 
resultando em uma força elétrica através da membrana. As forças 
são as seguintes: O sódio e o cloro tendem a entrar na célula a 
27 
 
favor de sua concentração, mas existe uma força elétrica contrária 
que é exercida pelo seu par negativo sobre o sódio e positivo sobre 
o cloro. Já o Potássio tende a sair da célula a favor do gradiente de 
concentração, mas existe uma força elétrica negativa gigantesca 
contrária a sua saída. Lembrem que a força elétrica exercida é 
contrária a carga do íon que está se movimentando. 
c) Os íons apresentam permeabilidades diferentes. O potássio (K+) 
chega a ser 100 vezes mais permeável do que o sódio (Na+), fato 
esse que faz com que o potássio tenha maior movimentação ao 
longo da membrana plasmática. Os ânions orgânicos apresentam 
quase nenhuma permeabilidade à membrana plasmática e 
permanecem retidos no citoplasma das células. Esse fato será 
importante para a determinação do potencial de membrana em 
repouso. 
Esses critérios são os que levam a termos nossa célula com carga 
negativa no lado intracelular e carga positiva no lado extracelular, 
conforme o esquema abaixo. 
28 
 
 
Existem maneiras de determinarmos essa condição do repouso? A 
resposta é sim. Um pesquisador chamado Nernst provou 
matematicamente através do uso de logaritmos que caso as 
concentrações dos íons no lado interno e externo fossem 
conhecidas, poderíamos calcular a força que seria exercida sobre 
um único íon por vez. Outro estudioso da área também montou uma 
nova fórmula, mas que usava outros critérios além da concentração 
iônica e esse autor se chamava Goldman que dizia que a força 
exercida sobre a membrana plasmática era fruto da ação dos íons 
sódio, potássio e cloro e que deveríamostambém considerar a 
permeabilidade dos mesmos, pois elas eram diferentes. A partir 
desse momento conseguimos calcular o potencial de membrana em 
repouso. Outro modo de determinarmos esses valores seria 
usarmos um aparelho que fizesse a medição da diferença de 
potencial elétrico entre o lado interno e externo de uma célula. Esse 
aparelho seria um voltímetro que mediria esses valores em mV que 
29 
 
é a milésima parte de um volt e onde observaríamos que o lado 
interno seria negativo em relação ao lodo externo que se 
apresentaria positivo. Mas será que teríamos explicações biológicas 
para entender o fato de o lado externo ter carga positiva e o lado 
interno ser carregado negativamente durante o repouso? Claro que 
sim e vamos a elas: 
1) Por que o lado externo em repouso tem carga positiva? 
A primeira característica é o fato do íon potássio (K+) ser muito 
permeável a membrana. Essa característica faz com ele saia em 
grande quantidade do interior da célula. Como ele tem carga 
positiva, suas cargas se acumulam no exterior celular. O íon sódio 
(Na+) também tem carga positiva, está mais concentrado fora da 
célula e tem baixa permeabilidade as membranas, o que faz com 
que ele se acumule também externamente. Lembram da bomba de 
sódio e potássio do transporte ativo primário? A bomba joga três 
sódios para fora à medida que devolve dois potássios para o interior 
da célula e isso dá um saldo de uma carga positiva para o lado 
extracelular, o que contribui para o acúmulo de cargas positivas fora 
da célula. 
2) Por que o lado interno tem carga negativa? 
Vamos lá: duas situações contribuem para que o lado interno tenha 
carga negativa: Primeiro o fato do potássio (K+) sair muito da célula. 
Como ele tem carga positiva, deixa seu par negativo no interior da 
célula, com o passar do tempo essas cargas se acumulam 
internamente. Os ânions orgânicos são proteínas com carga 
negativa que encontramos em grandes quantidades no interior do 
citoplasma celular. Como essas proteínas têm permeabilidade baixa 
30 
 
ou praticamente nula, as mesmas não saem de dentro da célula, 
contribuindo para que tenhamos um lado interno com carga 
negativa. 
Então pessoal é isso, espero que esse material seja útil. Vá agora 
ao site (www.fisiologiafacil.com.br) e tente ver algum vídeo aula 
sobre o assunto e não esqueçam de se inscrever no nosso canal do 
youtube também. Em questões teremos também um material sobre 
o assunto aqui abordado para fixação do conteúdo. Boa sorte e um 
forte abraço!!!!!! 
 
PONTO DE CHECAGEM 
 
1) Uma célula em repouso é dita polarizada, ou seja, existe uma 
diferença de cargas entre o lado externo e interno. Essa condição é 
chamada de potencial de membrana em repouso que acontece 
devido à seguinte condição fisiológica: 
a) No repouso o lado externo tem carga negativa enquanto o lado 
interno está carregado positivamente. 
b) No repouso temos maior concentração de íons sódio (Na+) no 
lado intracelular enquanto o potássio está mais concentrado 
externamente (K+). 
c) A atuação da bomba de sódio e potássio faz com ocorra a sobra 
de uma carga positiva para o interior da célula 
d) A grande permeabilidade ao sódio faz com que esse íon saia 
muito da célula ajudando a tornar o lado externo com carga positiva. 
31 
 
e) No repouso temos o lado externo positivo e o interno negativo. A 
alta permeabilidade ao potássio, a baixa permeabilidade ao sódio, a 
atuação da bomba se sódio e potássio auxiliam esse processo. 
 
2) São fatores que levam o lado externo ter carga positivo durante o 
repouso: (podemos ter mais de uma certa). 
a) Alta permeabilidade ao sódio (Na+) 
b) Alta permeabilidade ao potássio (K+). 
c) Alta permeabilidade aos íons orgânicos 
d) Baixa permeabilidade ao potássio (K+). 
e) Atuação da bomba de sódio e potássio 
3) Que fatores que levam o lado interno ter carga negativa durante 
o repouso: (podemos ter mais de uma certa). 
a) Alta permeabilidade ao sódio (Na+) 
b) Alta permeabilidade ao potássio (K+). 
c) Baixa permeabilidade aos íons orgânicos 
d) Baixa permeabilidade ao potássio (K+). 
e) Atuação da bomba de sódio e potássio 
GABARITO 
1-e; 2-b,e; 3- b,c 
 
 
32 
 
CAPÍTULO 6- POTENCIAL DE AÇÃO 
 
Bem galera, vamos lá. Vamos falar do potencial de ação que é um 
dos temas mais importantes da fisiologia. Veja em nosso site 
também (www.fisiologiafacil.com.br) outros materiais relacionados 
ao assunto que iremos abordar. Lembram do termo excitabilidade? 
Isso é uma característica de determinadas células do nosso corpo 
que conseguem converter estímulos em respostas efetoras e a 
maneira que essas células têm de responder é através de um 
potencial de ação. Três características definem bem o potencial de 
ação: 
a) A célula precisa atingir um limiar. Mas o que seria limiar? O limiar 
é um estímulo mínimo para que se transforme em uma resposta. 
Cada célula, cada pessoa possui um limiar diferente. Então para 
que o potencial de ação aconteça, uma célula precisa atingir um 
estímulo mínimo que chamamos de limiar. 
b) Estereótipo: O potencial de ação gera um gráfico que mostra a 
variação do potencial de membrana em repouso pelo tempo dessa 
alteração e esse gráfico terá sempre o mesmo padrão, ou seja, será 
estereotipado. O único parâmetro que sofrerá alteração será o fator 
tempo, mas o restante do evento seguirá sempre o mesmo padrão. 
c) Princípio do tudo ou nada: Esse conceito nos diz que uma célula 
recebe um estímulo suficientemente forte e dispara um potencial de 
ação ou nada irá acontecer. Entendemos claramente esse princípio 
quando vestimos roupas ou nos sentamos em uma cadeira para 
assistir uma aula expositiva. O contato do nosso corpo com a roupa 
ou a cadeira não foi suficientemente forte para estimular uma célula 
33 
 
da pele, embora tenhamos centenas de receptores na pele que 
podem responder a estímulos diversos através de um potencial de 
ação, mas as células não atingiram seu limiar. 
Abaixo temos um gráfico que mede a variação do potencial de 
membrana em repouso pelo tempo de ocorrência dessa alteração. 
As medidas usadas serão o mV (milivolt) e o ms (milissegundo) que 
representam a milésima parte dessas grandezas (volt e segundo) e 
mostram as variações ocorridas no potencial de membrana medido 
em relação ao lado interno de uma célula. Dividimos esse potencial 
em fases e cada uma dessas fases apresenta um evento fisiológico 
associado, evento esse que tem relação com as alterações que 
ocorrem na membrana em relação à permeabilidade iônica. Vamos 
às fases de um potencial de ação e seus eventos iônicos 
associados: 
 
a) Despolarização: (Ocorre entre a fase zero e um. Na fase zero 
temos o limiar). Uma célula em repouso é dita polarizada, ou seja, 
existe uma diferença de polaridade entre o lado interno e externo da 
célula. No repouso já sabemos que o lado interno tem carga 
34 
 
negativa e o lado externo está carregado positivamente. Durante a 
despolarização, essa realidade será alterada e o lado externo ficará 
negativo quando comparado com o lado interno que ficará com 
carga positiva, mas como isso acontece? Simples: o íon mais 
concentrado externamente é o sódio (Na+). A célula estimulada abre 
o canal de sódio que ao entrar na célula leva suas cargas positivas 
para o interior celular, deixando o lado externo seus pares 
negativos. Com o passar do tempo, as cargas serão invertidas e 
teremos a despolarização ou simplesmente a inversão da 
polaridade celular. 
b) Repolarização (Entre as fases um e três). Essas etapas são 
relativamente rápidas. Qual o evento que estava induzindoa 
despolarização lembram? Era exatamente a abertura dos canais de 
sódio (Na+). Para que ocorra a repolarização a primeira coisa a 
acontecer será o fechamento desses canais. Nessa etapa 
precisamos que o potencial volte a ser negativo dento e positivo 
fora da célula (repolarizando, re=retornando). Internamente temos 
um íon altamente concentrado e que está carregado positivamente. 
A sua saída leva essas cargas para fora e deixa o lado interno 
negativo. Esse íon é o potássio (K+). Então o segundo evento iônico 
a acontecer é a abertura desses canais. Com isso a célula volta a 
ter carga positiva fora e negativa dentro, mas um problema foi agora 
criado: temos muito sódio intracelularmente (o canal abriu na 
despolarização e foi fechado na repolarização) e bastante potássio 
fora (o canal foi aberto para a repolarização). Mas quem resolve 
essa situação? A bomba de sódio e potássio que quando ativada 
joga três sódios para fora à medida que devolve dois potássios para 
35 
 
dentro. Nessa condição, a homeostase foi restabelecida. 
Resumidamente temos as seguintes etapas da repolarização: 
- Fechamento dos canais de sódio (Na+) 
- Abertura dos canais de potássio (K+) 
- Ativação da bomba de sódio e potássio 
c) Hiperpolarização: Esse termo representa um estado celular em 
que temos um lado interno mais eletronegativo e um lado externo 
mais eletropositivo. O potencial registrado em uma célula 
hiperpolarizada é abaixo daquele que encontrávamos antes do 
estímulo, ou seja, hiperpolarização é um evento inibitório. Uma 
célula hiperpolarizada precisa de um estímulo maior para atingir o 
seu limiar. Qual seria a causa dessa etapa? A explicação está no 
fato da célula ser muito permeável ao potássio (K+) durante esse 
período que dura uma fração muito pequena do potencial de ação. 
Se esse íon sair demasiadamente do interior da célula, leva muitas 
cargas positivas para fora, conseqüentemente seu par negativo se 
acumula internamente, tornando o potencial mais eletronegativo do 
que antes do estímulo. Essa é uma situação comum em vários tipos 
de tecidos, mas é bastante estudado e notado no músculo estriado 
esquelético. 
PERÍODOS REFRATÁRIOS 
Uma célula excitável durante o desenrolar de um potencial de ação 
está sujeita a momentos chamados de períodos refratários que os 
dividimos em dois momentos: período refratário absoluto e período 
refratário relativo. 
36 
 
1) Período refratário absoluto – representa um momento em que 
a célula não consegue receber um segundo estímulo. Isso 
representa o maior tempo de um potencial de ação. A célula 
não consegue receber um segundo estímulo, pois os canais 
de sódio estarão inativados nesse momento. Lembrem que 
uma célula só é estimulada quando um canal de sódio é 
aberto. Se o mesmo está fechado, não teremos como 
estimulá-la, independente da grandeza do estímulo. 
2) Período refratário relativo – Esse momento representa uma 
pequena parcela do potencial de ação e durante esse período 
a célula poderá receber um segundo estímulo e responder ao 
mesmo, mas sua intensidade deverá ser maior, pois a célula 
estará hiperpolarizada e mais distante do atingir seu limiar de 
excitação. 
 
 
37 
 
 
PONTO DE CHECAGEM 
 
Após você ter lido o material e assistido a aula no nosso canal no 
Youtube (fisiologiafacil) responda as seguintes perguntas: 
a) O que são células excitáveis? Exemplifique essas células? 
b) Quais são as três características de um potencial de ação? 
c) Quais as fases de um potencial de ação? 
d) Quais os mecanismos iônicos associados a cada fase do 
potencial de ação? 
e) Faça um gráfico e demonstre as fases do potencial de ação 
f) O que são períodos refratários? Quais as características que 
os diferenciam? 
g) Demonstre graficamente os períodos refratários. 
Agora após responder essas perguntas, responda as questões 
objetivas listadas abaixo: 
1) Como chamamos a capacidade das fibras musculares e dos 
neurônios têm de responderem a um estímulo e o converterem em 
potencial de ação? 
a) Irritabilidade 
b) Excitabilidade 
c) Potencial de tudo ou nada 
d) Condutibilidade 
e) Limiar 
38 
 
2) Durante um potencial de ação, os canais de Na+ e K+ ativados 
por voltagem se abrem em seqüência. A abertura dos canais de 
Na+ ativados por voltagem resulta em: 
a) Torna o lado externo da célula mais eletropositivo 
b) Hiperpolariza a célula 
c) Provoca a despolarização 
d) Não tem influência nenhuma para o estado fisiológico celular 
e) Deixa a célula polarizada 
3) A abertura dos canais de Na+ provoca inicialmente a 
despolarização, a perda e depois a reversão da polarização da 
membrana (de -70mV para + 30mV). Depois, a abertura dos canais 
de K+ ativados por voltagem permite: 
a) Continuidade da reversão do potencial de membrana 
b) Leva a membrana a potencial zero 
c) Repolarização, ou seja, a restauração do potencial de 
membrana no nível de repouso 
d) Provoca a despolarização 
e) Não tem influência nenhuma sobre a célula 
GABARITO 
1-b; 2-c; 3-c 
 
 
39 
 
CAPÍTULO 7- TRANSMISSÃO SINÁPTICA 
 
Se escolhêssemos uma palavra para definir sinapse, essa 
palavra seria comunicação, pois é através da sinapse que as 
células do nosso corpo conseguem enviar sinais umas as 
outras. Que células realizam sinapse? Essa comunicação 
acontece entre duas células nervosas e entre células 
nervosas e células efetoras, mas o que são células efetoras? 
SÃO CÉLULAS DE RESPOSTA. São células não nervosas 
que respondem a estímulos. Quando um músculo se contrai, 
fazendo com que nós nos movimentemos ou o coração 
bombeia o sangue mais ou menos intensamente é devido à 
ocorrência de uma sinapse que alterou a atividade metabólica 
desse tecido. 
 
TIPOS DE SINAPSE 
 
Dividimos as sinapses em dois grupos: sinapse elétrica e 
sinapse química. 
 
a) Sinapse elétrica: É menos comum, mas de grande 
importância para o nosso funcionamento. Na sinapse elétrica 
a passagem do sinal acontece devido à abertura de canais de 
ligação entre as duas células, chamados de junções 
comunicantes ou simplesmente de junções do tipo GAP. 
Através desses canais que são proteínas transmembranares a 
informação se propaga na forma de um sinal elétrico, quer 
seja ele estimulatório ou inibitório, determinado pela abertura 
40 
 
das proteínas e passagem do sinal (estimulatório) ou seu 
fechamento e não passagem do sinal (inibitório). Essas 
proteínas são classificadas como da classe das conexinas, 
onde são encontradas seis subunidades na sua composição, 
semelhantes a uma folha de trevo. A sinapse elétrica 
apresenta algumas características, tais como: propagação 
bidirecional, ou seja, o sinal vai nos dois sentidos, não 
presença de retardo sináptico que veremos ser uma 
característica da sinapse química e que torna a sua 
velocidade maior. Encontramos sinapses elétricas em várias 
regiões do sistema nervoso central e periférico. Tecidos como 
os músculos cardíacos e a musculatura lisa visceral usam 
essa sinapse para controle de suas ações. 
 
b) Sinapse química: Na sinapse química temos a participação 
de uma substância chave nesse processo, chamada de 
neurotransmissor. Um neurotransmissor é uma substância 
química que ao se ligar ao seu receptor, numa ligação 
chamada “chave fechadura” específica, semelhante aquela 
encontrada nas enzimas promove a comunicação celular 
através de efeitos estimulatórios ou inibitórios. Mas como 
acontece a liberação de um neurotransmissor? Podemos usar 
as seguintes etapas para seu entendimento: 
a) O sinal ao se propagar pela membrana pré-sináptica induza abertura de canais de cálcio (Ca2+) que tem alta 
concentração no meio extracelular. 
b) O cálcio é um importante mensageiro químico intracelular e 
sua elevação no citoplasma das células promove a fusão da 
41 
 
vesícula sináptica (que armazena os neurotransmissores) com 
a membrana pré-sináptica. 
c) A fusão vesícula e membrana provocam a exocitose da 
vesícula. Lembrem que exocitose é liberação de substância 
para fora da célula. Exo = fora # endo = dentro. 
d) Essa substância é o neurotransmissor. 
 
Uma vez o neurotransmissor na fenda sináptica, este se liga a 
seu receptor específico que por sua vez encontra-se na 
membrana pós-sináptica. Essa ligação irá alterar a 
permeabilidade dessa membrana a determinados íons e isso 
determinará se a sinapse será excitatória ou inibitória. 
Lembram o que significa o termo permeabilidade? Significa a 
capacidade de transporte de determinadas substâncias 
através da membrana celular. Na sinapse química a entrada 
ou saída de determinados íons pode determinar sua excitação 
ou não. Após a liberação dos neurotransmissores na fenda e 
sua conseqüente ação, essas substâncias precisam voltar 
para a vesícula pré-sináptica através de um mecanismo 
chamado recaptação que nada mais é que o retorno do 
neurotransmissor a vesícula contida na membrana pré-
sináptica ou algumas vezes serem destruídos através de ação 
enzimática. Uma dessas enzimas que destroem determinados 
neurotransmissores é a acetilcolinesterase que atua sobre a 
acetilcolina liberada em tecidos como o músculo esquelético. 
Outras enzimas importantes de destruição de 
neurotransmissores são feitas pelas enzimas COMT – 
catecol–o-metil transferase e MAO – monoamina oxidase que 
atuam sobre neurotransmissores adrenérgicos. 
42 
 
 
O QUE DETERMINA UMA SINAPSE SER EXCITATÓRIA 
OU INIBITÓRIA? 
 
O tipo de canal iônico aberto pelo neurotransmissor irá 
determinar a excitação ou inibição. Sinais excitatórios 
determinam alterações na membrana pós-sináptica que a 
despolarizam. Lembram o que seja despolarização? È um 
alteração na membrana que inverte as cargas das faces 
externa e interna de uma célula excitável. Na despolarização, 
o lado externo fica com carga negativa, enquanto o lado 
interno fica carregado positivamente, contrariamente ao 
repouso ou polarização, quando o lado externo tem 
carregamento positivo e o interno negativo. Por outro lado a 
abertura de canais iônicos que hiperpolarizam a célula 
induzem sua inibição, pois tornam mais difícil o disparo de um 
potencial de ação. 
 
QUE TIPOS DE CANAIS IÔNICOS PODEM ESTIMULAR OU 
INIBIR UMA CÉLULA? 
 
Como visto anteriormente, determinados íons podem induzir 
estímulo ou inibição em uma célula. A entrada de íons na 
célula carregados positivamente (cátions) induz 
despolarização na membrana plasmática e isso é um evento 
inibitório. Geralmente a entrada de sódio (Na+) na célula induz 
seu estímulo. Outro íon que pode estimular as células é o 
cálcio (Ca2+) que também tem alta concentração 
extracelularmente. Os eventos inibitórios acontecem devido a 
43 
 
hiperpolarização da membrana pós-sináptica que pode ser 
induzida pela entrada do cloro (Cl-) na célula ou pela saída do 
potássio (K+) do meio intracelular. Podemos pensar em 
excitação ou inibição através do fechamento de canais iônicos 
específicos também. Como a entrada de sódio e cálcio induz 
despolarização e conseqüente estimulação, o bloqueio ou 
fechamento desses canais podem levar uma célula a um 
estágio de inibição. Por outro lado, o bloqueio dos canais de 
induzem hiperpolarização, como o cloro e o potássio podem 
tornar uma célula mais propícia à estimulação. 
 
PRINCIPAIS CLASSES DE NEUROTRANSMISSORES 
 
Dividimos os neurotransmissores em duas grandes classes: 
aqueles que provocam estimulação e os que induzem 
inibição. O princípio básico seria a despolarização ou a 
hiperpolarização como eventos indutores dessas alterações 
fisiológicas. Outra característica importante a ser ressaltada é 
que um mesmo neurotransmissor poderá ser inibitório ou 
estimulatório e isso é uma característica do receptor ao qual o 
mesmo irá se ligar. Essa ligação promoverá a abertura de 
canais iônicos específicos e determinará a excitação ou a 
inibição. Vamos aos principais neurotransmissores: 
 
a) Acetilcolina (Ach) : Excitatória e Inibitória. A Ach pode 
excitar tecidos como o músculo esquelético ou o tubo 
digestivo. No músculo ela se liga a receptores chamados 
nicotínicos enquanto no tubo digestivo ela tem receptores 
chamados muscarínicos. Essa mesma substância poderá 
44 
 
provocar inibição em outros locais e um grande exemplo é 
o músculo estriado cardíaco. A ligação da Ach aos 
receptores muscarínicos cardíacos pode levar a uma 
parada cardíaca devido a seu efeito inibitório. 
b) Adrenalina e Noradrenalina – Substâncias que se 
comportam de forma semelhante a acetilcolina, podendo 
excitar determinadas regiões e inibir outras. Sobre o 
coração e no Sistema Nervoso Central ocorre estimulação 
enquanto no tubo digestivo há inibição que provoca 
redução das secreções digestivas como a saliva. 
c) GABA Glicina – São neurotransmissores inibitórios sobre o 
sistema nervoso central. 
d) Glutamato – Principal neurotransmissor excitatório do 
Sistema Nervoso Central. 
e) Serotonina – É uma substância moduladora do humor e 
bem estar. Sua deficiência pode levar a situações de 
depressão. 
f) Dopamina – Precursora das catecolaminas como a 
adrenalina e noradrenalina. Tem efeito excitatório sobre o 
Sistema Nervoso Central. 
 
 
 
 
 
 
45 
 
PONTO DE CHECAGEM 
 
Após você ter lido nosso material e ter visto nossa aula no site 
(www.fisiologiafacil.com.br) você poderá responder as 
seguintes perguntas: 
a) O que é sinapse? 
_________________________________________________
_________________________________________________
_________________________________________________
_________________________________________________
_________________________________________________
________________________________________________ 
b) Quais os dois tipos de sinapse? 
_________________________________________________
_________________________________________________
_________________________________________________ 
c) Quais as principais diferenças entre as sinapses químicas 
e elétricas? 
_________________________________________________
_________________________________________________
_________________________________________________
_________________________________________________
_________________________________________________
_________________________________________________
_________________________________________________ 
46 
 
d) Descreva os eventos de uma sinapse química 
_________________________________________________
_________________________________________________
_________________________________________________
_________________________________________________
_________________________________________________
_________________________________________________
_________________________________________________
_________________________________________________
_________________________________________________
_________________________________________________
_________________________________________________
_________________________________________________
_________________________________________________
_________________________________________________ 
e) O que são neurotransmissores? 
_________________________________________________
__________________________________________________________________________________________________ 
f) Descreva os principais neurotransmissores 
_________________________________________________
_________________________________________________
_________________________________________________
_________________________________________________
_________________________________________________
_________________________________________________
_________________________________________________
47 
 
_________________________________________________
_________________________________________________
_________________________________________________
_________________________________________________
_________________________________________________
_________________________________________________
_________________________________________________ 
QUESTÕES OBJETIVAS 
1) Neurotransmissores são substâncias químicas produzidas 
pelos neurônios, as células nervosas com a função 
de biossinalização. Por meio delas, podem enviar informações a 
outras células. Podem também estimular a continuidade de um 
impulso ou efetuar a reação final no órgão ou músculo alvo. Os 
neurotransmissores agem nas sinapses, que são o ponto de junção 
do neurônio com outra célula. Acerca dos neurotransmissores, são 
feitas as seguintes afirmações: 
O glutamato é o um neurotransmissor excitatório do Sistema 
Nervoso Central 
 Por que 
Como neurotransmissor excitatório, o glutamato abre os canais 
iônicos da célula, permitindo assim a entrada de íons e a 
despolarização da membrana. 
A) As duas afirmações são verdadeiras e a segunda justifica a 
primeira. 
B) As duas afirmações são verdadeiras e a segunda não justifica a 
primeira. 
48 
 
C) As duas afirmações são falsas. 
D) A primeira afirmação é verdadeira e a segunda é falsa. 
E) A primeira afirmação é falsa e a segunda é verdadeira 
2) Os axônios são prolongamentos maiores cuja função é transmitir 
impulsos nervosos do corpo celular para outras células, permitindo, 
desse modo, a ligação entre células. Essa passagem da informação 
de um neurônio para outra célula é feita através das sinapses. A 
figura abaixo ilustra esse processo. Analise-a. 
 
 
Considerando a figura e o assunto abordado, analise as afirmativas 
abaixo e assinale a alternativa CORRETA. 
a) As sinapses químicas ocorrem apenas nas junções entre as 
terminações dos axônios e os músculos, sendo chamadas placas 
motoras. 
b) As vesículas sinápticas liberam os neurotransmissores, através 
da membrana, pelo processo de difusão facilitada. 
49 
 
c) A maioria dos medicamentos antidepressivos age produzindo 
uma diminuição da disponibilidade dos neurotransmissores na 
fenda sináptica. 
d) A grande maioria das sinapses é do tipo elétrica, onde 
substâncias químicas são liberadas e alteram o potencial elétrico da 
célula estimulada. 
e) As sinapses químicas liberam substâncias chamadas de 
neurotransmissores que podem despolarizar ou hiperpolarizar outra 
célula nervosa. 
3) A transmissão sináptica é um mecanismo que promove a 
comunicação entre células do nosso corpo. Essa comunicação 
pode ser entre duas células nervosas ou entre células nervosas e 
células efetoras, como o músculo estriado esquelético. Existem dois 
tipos de sinapses, divididas em química e elétrica que diferem uma 
da outra devido à seguinte característica: 
a) A sinapse química é mediada por neurotransmissores que podem 
ser excitatórios ou inibitórios dependendo do tipo de receptor que 
ele se ligar. 
b) Na sinapse química, a transmissão pode ser bidirecional, já na 
sinapse elétrica esse processo é invariavelmente unidirecional. 
c) A sinapse química é sempre estimulatória, mas a sinapse elétrica 
pode ser do tipo estimulatória ou também inibitória. 
d) Na sinapse química, as junções comunicantes são responsáveis 
por liberarem os neurotransmissores na fenda sináptica. 
50 
 
e) Em uma sinapse elétrica estimulatória, as junções comunicantes 
ou do tipo GAP são fechadas para que o sinal estimule a membrana 
pós-sináptica. 
GABARITO 
1-a; 2-e; 3-a 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
51 
 
Capítulo 8 - SISTEMA NERVOSO 
 
Após termos estudado a bioeletrogênese vamos agora nos 
concentrar em um sistema que utiliza constantemente mecanismos 
fisiológicos explicados anteriormente para seu fiel funcionamento. A 
base fisiológica do sistema nervoso reside no entendimento da 
sinapse e dos potenciais de membrana, notadamente o potencial de 
ação. Anatomicamente dividimos o sistema nervoso em duas 
porções: 
a) Sistema Nervoso Central (SNC) 
b) Sistema Nervoso Periférico (SNP) 
Fisiologicamente o Sistema Nervoso apresenta três funções básicas 
que seriam: captar alterações do meio interno e externo, processar 
essas informações e devolver na forma de uma resposta motora. O 
esquema abaixo exemplifica muito bem esse processo fisiológico: 
 
Fig. 8.1: Esquema simplificado do funcionamento fisiológico do 
sistema nervoso 
 Mas quem faz cada uma dessas funções? Para começarmos 
devemos associar às porções do neurônio que é a célula funcional 
52 
 
fisiológica do tecido nervoso as porções do sistema periférico. 
Observe a estrutura do neurônio abaixo: 
 
Fig.8.2: Neurônio e suas estruturas 
Dividimos o neurônio em três porções básicas chamadas de 
dentritos, corpo celular e axônio que na sua grande maioria é 
mielinizado. Bem, se o sistema nervoso tem três funções, como 
falamos anteriormente: captar alterações do meio, processá-las e 
devolvê-las como ação motora e o neurônio apresenta três porções, 
será que podemos associá-las? O que vocês acham? 
A resposta é que sim, nós podemos associar o neurônio e suas 
porções às atividades do sistema nervoso. Vamos agora a essa 
associação: 
1) Dendritos: faz a parte de captação das sensações externas e 
internas. Muitos de nossos dendritos formam as terminações livres 
que são receptores localizados nas mais variadas regiões do corpo 
ou muitas vezes estão associados a estruturas com função de 
receptor que visam mandar informações para o centro controlador 
que no nosso caso é o sistema nervoso central (SNC). Lembrem 
53 
 
que essa condução é pela via aferente que iremos discutir 
posteriormente. 
2) Corpo celular ou soma: é a parte central do neurônio, onde se 
localiza o núcleo da célula. É nesse local que acontece o 
processamento da informação. A substância cinzenta do sistema 
nervoso central é formada por essas estruturas e os gânglios 
nervosos periféricos são formados por aglomerados de corpos 
celulares neuronais. A substância cinzenta ou região cinzenta é o 
local de processamento da informação oriunda da periferia. 
3) Axônio: é a parte da extremidade do neurônio.que tem a nobre 
função de transmitir as informações que foram captadas pelos 
dendritos e processadas pelo corpo celular ou soma. O axônio da 
grande maioria de nossos neurônios é mielinizado. Será que você 
sabe o significado dessa característica? Vamos desvendá-la: A 
mielinização do neurônio serve para que o impulso seja mais 
rápido, do tipo chamado saltatório, pois a mielina que o envolve é 
formada por um tipo de gordura que é o fosfolipídio e ele não 
permite que o sinal elétrico passe por ele. Mas como assim? Se o 
sinal não passa, por que é mais rápido? Pelo fato de ter uma região 
que não tem mielina que é o nodo de Ranvier indicado na figura 2 
acima. Nesses locais o sinal passa, sendo assim ele salta de nodo 
a nodo de Ranvier, como mostrado no esquema abaixo: 
54 
 
 
ORGANIZAÇÃO GERAL DO SISTEMA NERVOSO 
 
Galera podemos organizaro Sistema Nervoso em duas grandes 
divisões: Sistema Nervoso Central e Sistema Nervoso Periférico. O 
Sistema Nervoso Central ou simplesmente SNC é dividido em 
Encéfalo e Medula Espinhal com suas respectivas estruturas 
anatômicas. Por definição, tudo que estiver fora do SNC é 
considerado como Periférico e aí temos três estruturas que já 
discutimos anteriormente: Receptores, gânglios e nervos. Os nervos 
que fazem a importante função de conduzir a informação através de 
sinais elétricos para o SNC e trazê-las de volta para que ocorra uma 
resposta efetiva, são formados por dois grupos distintos: os nervos 
de entrada que levam a informação para o SNC são chamados de 
aferentes e os que trazem a informação do SNC para a periferia são 
chamados de eferentes. Só para deixarmos registrado novamente, 
55 
 
os receptores são dendritos ou estruturas a eles associado e os 
gânglios nervosos são aglomerados de corpos celulares neuronais. 
 
Fig.8.3: Sistema nervoso central humano e pares de nervos craniais 
e espinhais. 
 
Fig. 8.4 . Organização anatômica do Sistema Nervoso 
 
56 
 
 
Fig.8.5. Organização anatômica do encéfalo 
As figuras acima mostram essa organização geral do Sistema 
Nervoso. Na Figura 3 observamos claramente que partem do SNC 
dos tipos de nervos, os chamados craniais e espinhais, sendo 12 
(doze) pares craniais e 31 (trinta e um) espinhais, levando 
informação para as mais variadas regiões do nosso corpo. Os pares 
craniais podem ser de três tipos: sensitivos, motores e mistos, 
enquanto os pares espinhais são todos mistos, mas o que será que 
isso pode influenciar no funcionamento desse importante sistema? 
A resposta está no fato da resposta mistas ser tanto sensitiva como 
motora, ou seja, os nervos espinhais levam e trazem a informação, 
o que não acontece com os craniais, pois alguns são apenas 
sensitivos ou aferentes e outros são apenas eferentes ou motores e 
somente alguns fazem as duas funções ao mesmo tempo. As 
figuras 4 e 5 são esquemas das divisões anatômicas do encéfalo 
com suas mais variadas regiões: telencéfalo ou cérebro, cerebelo, 
diencéfalo e tronco encefálico. 
 Vamos agora integrar tudo o que discutimos até agora. 
Sabemos que o Sistema Nervoso capta alterações dos meios, 
57 
 
correto? Externo e interno, Ok? Ou seja, desde uma captação 
visual, auditiva, de tato ou gustativa até uma queda da pressão 
arterial sentida por receptores de pressão nos vasos sanguíneos. 
Ok?Essas alterações são mandadas para o centro de controle que 
é o SNC que a processa e a devolve para que aconteça a resposta 
motora que pode ser voluntária ou não. Se ela for voluntária temos 
o sistema nervoso somático e estamos falando do músculo estriado 
esquelético. Caso essa resposta seja involuntária, temos o sistema 
nervoso autônomo que controla as vísceras, o músculo esquelético 
cardíaco e a musculatura lisa. A figura abaixo ilustra esse processo: 
 
SNC: sistema nervoso central; SNP: sistema nervoso periférico; 
afferent: aferente; efferent: eferente; automic:autônomo; involuntary: 
58 
 
involuntário; cardiac and smooth muscle, glands: músculo cardíaco, 
liso e gandulas; skeletal muscles: músculo esquelético; somatic: 
somático. 
PONTOS DE CHECAGEM 
1. Como dividimos a organização anatômica do Sistema Nervoso? 
______________________________________________________
____________________________________________________ 
2. Quais as três funções fisiológicas básicas do Sistema Nervoso? 
______________________________________________________
______________________________________________________
____________________________________________________ 
3. Como podemos associar a estrutura do neurônio, que é a 
principal célula do tecido nervoso ao trabalho do sistema nervoso? 
______________________________________________________
______________________________________________________
_____________________________________________________ 
4. Monte um esquema simplificado que integre as funções do 
sistema nervoso e suas estruturas. 
5. O mecanismo de recepção e transmissão de estímulo nervoso 
se dá através de fibras nervosas mielínicas ou amielínicas, onde a 
rapidez de propagação difere entre elas. O fato de as fibras 
mielínicas propagarem o impulso nervoso mais rapidamente que as 
amielínicas, pode ser explicado pelas seguintes ocorrências: 
I. despolarização da fibra nervosa no nódulo de Ranvier; 
II. propagação saltatória dos impulsos na fibra nervosa; 
59 
 
II.I propagação contínua dos impulsos ao longo da fibra nervosa; 
IV. inversão de cargas iônicas na fibra nervosa, quando em 
repouso. 
As afirmativas corretas são: 
a) I e II b) I e IV c) II e III 
d) II e IV e) III e IV 
 
6. Considere o esquema de arco-reflexo a seguir, e responda: 
 
 
a) Qual o efeito de uma interrupção no ponto indicado pela letra A? 
b) Que estrutura é indicada pela letra B? 
c) Como se denomina a região indicada pela letra C? 
7. Podemos organizar o sistema nervoso humano dividindo-o em 
duas partes: o sistema nervoso central (SNC) e o sistema nervoso 
periférico (SNP). Com base no seu conhecimento sobre o tema, 
marque a alternativa que indica corretamente as partes do SNC. 
a) nervos e encéfalo. b) encéfalo e gânglios. 
c) gânglios e nervos. d) medula espinhal e nervos. 
e) medula espinhal e encéfalo. 
60 
 
8. É comum ouvir expressões como estas: "Meu coração disparou", 
"Fiquei tão nervoso que comecei a suar", "Senti a boca seca". Estas 
reações são características de um estado emocional alterado, e são 
controladas sob a ação do(s): 
a) sistema nervoso autônomo. 
b) sistema nervoso somático. 
c) hormônios da tireóide. 
d) nervos do cerebelo. 
e) centro nervoso medular. 
GABARITO 
5-a; 7-e; 8-a 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
61 
 
CAPÍTULO 9 - SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO 
 
O sistema nervoso autônomo é a divisão do sistema nervoso 
eferente de controle involuntário do nosso corpo, ou seja, nós não 
controlamos de forma consciente o seu funcionamento. O sistema 
nervoso autônomo (SNA) controla a musculatura lisa, o músculo 
cardíaco e o funcionamento das glândulas do nosso corpo, quer 
sejam elas endócrinas, exócrinas ou mistas. Podemos demonstrar 
esquematicamente a organização autônoma através da seguinte 
figura: 
 
Figura 9.1: Organização do SNA 
A figura 9.1 mostra que parte (sai) do sistema nervoso central 
(SNC) uma fibra nervosa para irrigação do tecido alvo ou célula 
alvo. Uma perguntinha: quais os tecidos alvos que o SNA atua? Já 
respondemos no início do nosso texto: músculo liso, cardíaco e 
glândulas. Observem pelo desenho da Fig.9.1 que encontramos no 
meio do caminho entre o SNC e o tecido alvo uma estrutura que é 
um gânglio que já discutimos anteriormente. Esse gânglio nervoso é 
formado pela junção de vários corpos celulares de neurônios e ele 
pertence à resposta autônoma. Lembrem que a resposta somática 
que estimula o músculo esquelético não apresenta esse gânglio. A 
resposta somática é caracterizada pela presença de uma longa fibra 
nervosa que se estende do SNC e chega à musculatura para 
estimulá-la. Então quer dizer que resposta autônoma tem gânglio 
fora do SNC e resposta somática não? Correto. Essa seria uma das 
diferenças entre os dois. Outra diferença que já trabalhamos aqui é 
62 
 
que uma é voluntária e a outra é involuntária. Sabemos a diferença 
entre voluntário e involuntário? Acho que sim, mas por via das 
dúvidas vamos esclarecer: voluntário nós controlamos e involuntário 
não. Essa é a diferença básica. Ao observarmos novamente a figura 
1 vemos que existemduas fibras nervosas ou neurônios. O primeiro 
é chamados de pré-ganglionar e o segundo de pós ganglionar. De 
acordo com a divisão do SNA, essas fibras terão características 
diferentes. Como dividimos a resposta autônoma? A dividimos em 
duas: 
a) Resposta simpática 
b) Resposta parassimpática 
Abaixo demonstramos um esquema que mostra esquematicamente 
essas duas divisões: 
 
 
 
Figura 9.2 – Divisão esquemática do sistema nervoso 
 
63 
 
Para que possamos distinguir a resposta somática da autônoma, 
mostramos abaixo outro esquema que mostra a ausência do 
gânglio fora do SNC na resposta autônoma, bem como sua longa 
extensão que vai estimular diretamente a musculatura esquelética. 
 
Fig. 9.3 – Esquema que descreve a resposta somática (voluntária). 
Observem a longa fibra nervosa que se estende do SNC e atinge o 
músculo estriado esquelético. Não existe gânglio entre o SNC e o 
órgão efetor. Será que isso tem alguma aplicabilidade prática? 
Claro que sim. Quando comparamos a resposta somática da 
autônoma, observamos que a segunda é mais rápida. Por que será 
que isso acontece? Lembrem que teremos sinapses nesse 
processo e serão do tipo química, ou seja, sinapses com retardo 
sináptico. Na autônoma duas sinapses: uma entre o neurônio pré-
ganglionar e o gânglio e a outra entre o neurônio pós-ganglionar e o 
órgão efetor. Na resposta somática apenas uma sinapse: entre o 
nervo longo e o órgão efetor. Na autônoma dois retardos sinápticos 
e na somática apenas um, ou seja, a resposta voluntária é mais 
rápida que a autônoma. Como observamos na figura 2 o SNA é 
dividido em simpático e parassimpático e precisamos diferenciá-los. 
1) Simpático: Sistema de fuga ou luta. É aquele que é ativado 
durante os momentos de estresse. O simpático é considerado 
um sistema gastador que nos prepara para as piores 
situações. 
64 
 
2) Parassimpático: É um sistema poupador. Ele guarda tudo que 
está em excesso no nosso corpo, pensando em um futuro. É 
como se ele fizesse uma “poupança” para ser gastado em um 
futuro breve. 
Existem muitas outras diferenças entre simpático e 
parassimpático, tais como tamanho das fibras pré e pós 
ganglionar, localização do gânglio fora do SNC, tipos de 
neurotransmissores envolvidos na sinapse, localização dos 
nervos e efeitos fisiológicos. Observem o desenho abaixo da 
organização geral do SNA: 
 
Fig. 9.4 – Efeitos fisiológicos da resposta simpática e parassimpática 
Vamos iniciar nossa discussão pelas características estruturais 
do simpático que apresenta as seguintes características; 
a) Cadeia ganglionar próximo a coluna vertebral chamada de 
cadeia paravertebral 
b) Os nervos que irrigam os órgãos partem da região torácica e 
lombar (T1 a L2) 
c) Como existe a cadeia paravertebral, temos a fibra pré-
ganglionar curta e a pós-ganglionar longa. 
65 
 
Quando analisamos o parassimpático, podemos notar as seguintes 
diferenças: 
a) Os gânglios estão muito próximo ao órgão que é por ele 
inervado e muitas vezes esse gânglio está na própria parede 
do órgão inervado. 
b) Os nervos que chegam aos órgãos efetores partem da região 
cranial (pares III, VII, IX e principalmente o X) e sacral 
c) Como os gânglios estão próximos ao órgão efetor e distante 
da medula espinhal, a fibra pré-ganglionar é longa e a pós 
ganglionar é curta, o que é o oposto da inervação simpática. 
Vamos agora tratar a situação dos neurotransmissores e receptores 
envolvidos. Em uma última abordagem trataremos dos efeitos 
fisiológicos sobre os mais diversos órgãos. Observem outra 
ilustração: 
 
Fig. 9.5 – Neurotransmissores e receptores autônomos 
66 
 
Nessa figura observamos as respostas simpática, parassimpática e 
somática que é a porção de resposta voluntária, lembram? 
Analisando a figura observamos que temos sempre na primeira 
sinapse que é aquela que acontece entre a fibra nervosa que sai da 
medula e atinge o gânglio será sempre mediada pela acetilcolina 
(Ach) quer seja ela simpática ou parassimpática. Outra 
característica importante é sempre a presença do receptor chamado 
nicotínico que é o mesmo que encontramos no músculo 
esquelético. Na segunda sinapse que é aquela que acontece entre 
a fibra pós sináptica e a célula alvo temos diferentes 
neurotransmissores e receptores. Na resposta simpática 
encontramos principalmente os neurotransmissores adrenalina e 
noradrenalina, daí ela ser chamada de adrenérgica, embora existam 
exceções em que o neurotransmissor encontrado é a Ach. A 
resposta parassimpática é conhecida como colinérgica para 
podermos diferir da adrenérgica simpática. Resumidamente: 
Resposta simpática: primeiro neurotransmissor Ach, segundo 
Adrenalina ou Noradrenalina. Ach como exceção. Resposta 
adrenérgica. 
Resposta parassimpática: primeiro e segundo neurotransmissor 
sempre Ach. Resposta colinérgica. 
EFEITOS FISIOLÓGICOS DO SIMPÁTICO E PARASSIMPÁTICO 
Ao observarmos a fig. 9.4 acima podemos ver as principais 
características fisiológicas desses dois sistemas sobre o 
funcionamento do corpo humano. Vejam que o sistema simpático é 
considerado um sistema gastador. O simpático nos prepara para a 
fuga ou luta, matar ou morrer, é o sistema que atua durante o medo, 
o estresse, os estímulos incomuns os quais não estamos 
acostumados a enfrentar no nosso cotidiano. O sistema 
parassimpático visa equilibrar o estímulo devastador feito pelo 
simpático, buscando o equilíbrio das ações, a busca de se preparar 
para um futuro breve. O parassimpático é considerado um sistema 
poupador que visa nos preparar para os momentos de escassez. 
Abaixo enumeramos seus principais efeitos: 
67 
 
Simpático: Dilatação da pupila, broncodilatação, vasoconstrição 
visceral e vasodilatação muscular, aumento da freqüência cardíaca 
(taquicardia), aumento da força de contração cardíaca, degradação 
do glicogênio hepático, lipólise (quebra de gorduras) e inibição das 
secreções do tubo digestivo. 
Parassimpático: Contração da pupila, broncoconstrição, diminuição 
da freqüência cardíaca (bradicardia), diminuição da força de 
contração cardíaca, síntese do glicogênio, lipogênese e estimulação 
das secreções digestivas. 
 
PONTOS DE CHECAGEM 
 
Após a leitura de nosso material sobre sistema nervoso 
autônomo(SNA), responda as seguintes perguntas: 
1) Quais órgãos ou sistemas são controlados pelo SNA? 
______________________________________________________
______________________________________________________ 
2) Qual a diferença entre SNA e sistema nervoso somático? 
______________________________________________________
______________________________________________________
_____________________________________________________ 
3) Aponte as principais diferenças entre o SNA simpático e 
parassimpático quanto a sua organização anatômica funcional. 
______________________________________________________
______________________________________________________
______________________________________________________
______________________________________________________
______________________________________________________
______________________________________________________
______________________________________________________
______________________________________________________
______________________________________________________ 
68 
 
4) Tanto a resposta simpática como a parassimpática são mediadas 
por receptores. Descreva as principais diferenças entre as duas 
quanto aos critérios receptores e neurotransmissores 
______________________________________________________
______________________________________________________

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