Buscar

Capítulo 11, 12 e 13

Prévia do material em texto

Capítulo 11
A compra de um bem de capital ou um investimento garante, ao comprador, o direito ao fluxo de renda futuras que espera obter da venda de seus produtos.
EMgK: é definida em termos da expectativa da renda e do preço de oferta corrente do bem de capital. Ela depende da taxa de retorno que se espera obter do dinheiro investido num bem recentemente produzido; e não do resultado histórico obtido por um investimento em relação ao seu custo original, quando examinado retrospectivamente ao fim de sua vida.
“A taxa efetiva de investimento corrente tende a aumentar até o ponto em que não haja mais nenhuma classe de bem de capital cuja EMgK exceda a taxa de juros corrente. Em outras palavras, o investimento vai variar até aquele ponte da curva de demanda de investimento em que a EMgK, em geral, é igual à taxa de juros do mercado.
“A expectativa de uma baixa no valor da moeda [taxa de juros] estimula o investimento e, em conseqüência, o emprego em geral, porque eleva a curva de EMgK, isto é, a escala da demanda de investimentos; a expectativa de uma alta no valor da moeda [taxa de juros] produz, ao contrário, efeito depressivo, porque reduz a escala da EMgK”.
“É importante compreender a dependência que há entre a EMgK de determinado volume de capital e as variações na expectativa, pois é principalmente esta dependência que torna a EMgK sujeita a certas flutuações violentas que explicam o ciclo econômico”.
“A escala da EMgK é de fundamental importância, por ser sobretudo através deste fator (muito mais do que pela taxa de juros) que a expectativa de futuro influi sobre o presente”.
�
Capítulo 12
O volume de investimento depende da relação entre a taxa de juros e a curva da EMgK.
“O estado de expectativa ao longo prazo, que serva de base para as nossas decisões, não depende, portanto, exclusivamente do prognóstico mais provável que possamos formular. Depende, também, da confiança com a qual fazemos este prognóstico – à medida que ponderamos a probabilidade de o nosso melhor prognóstico revelar-se inteiramente falso”.
“Os homens de negócio fazem um jogo que é uma mescla de habilidade e sorte, cujos resultados médios são desconhecidos pelos jogadores que dele participam. Se a natureza humana não sentisse a tentação de arriscar a sorte, nem de sentir a satisfação (excluindo-se o lucro) de construir uma fábrica (...), provavelmente não haveria muitos investimentos como mero resultado de cálculos frios”.
�
Capítulo 13
A EMgK governa as condições em que se procuram fundos disponíveis para novos investimentos.
A taxa de juros governa os termos em que esses fundos são correntemente oferecidos.
Para efetivar plenamente suas preferências psicológicas temporais, um indivíduo depara-se com dois conjuntos de decisões a serem tomadas: quanto consumir (propensão a consumir) e quanto poupar (propensão a poupar).
A decisão de poupar está acompanhada de outra decisão a ser feita: de que forma conservará?
Há duas alternativas para conservar a moeda: sob forma líquida (moeda) ou aplicar nos juros.
O que orienta as pessoas nessa decisão é a sua preferência pela liquidez, e esta está estreitamente ligada às expectativas.
Segundo Keynes, o erro das demais escolas de pensamento é tentar derivar a taxa de juros do consumo, negligenciando a poupança, ou seja: vendo a taxa de juros apenas como um meio de aumentar o consumo futuro.
A taxa de juros é a recompensa da renúncia da liquidez, ou seja, é o “preço” mediante o qual o desejo de manter a riqueza em forma líquida se concilia com a quantidade de moeda disponível. Deste modo, a quantidade de moeda é outro fator que, aliado à preferência pela liquidez, determina a taxa corrente de juros.
A preferência pela liquidez é uma potencialidade ou tendência funcional que fixa a quantidade de moeda que o publico reterá quando a taxa de juros for dada.
Quando a taxa de juros aumenta, a preferência pela liquidez diminui, ou seja, as pessoas abrem mão da liquidez para aplicar nos juros; quando a taxa de juros diminui, a preferência pela liquidez aumenta, ou seja, a taxa de juros não compensa a “perda” da liquidez.
Motivos que governam a preferência pela liquidez: transação; precaução; e especulação.
“Embora seja de esperar que, ceteris paribus, um aumento na quantidade de moeda reduza a taxa de juros, isto não ocorrerá se a preferência do público pela liquidez aumentar mais que a quantidade de moeda; e, conquanto se possa esperar que, ceteris paribus, uma baixa na taxa de juros estimule o fluxo de investimento, isto não acontecerá se a escala da EMgK cair mais rapidamente que a taxa de juros; quando, enfim, se possa esperar que, ceteris paribus, um aumento do fluxo de investimento faça aumentar o emprego, isso não se produzirá se a propensão a consumir estiver em declínio”.
“O conceito de entesouramento pode ser considerado como uma primeira aproximação do conceito de preferência pela liquide”.
“O hábito de não se dar a devida atenção à relação de taxa de juros com o entesouramento, pode explicar, em parte, a razão pela qual o juro tem sido usualmente considerado como uma recompensa por não gastar, quando, na realidade, ele é a recompensa por não entesourar”.

Outros materiais

Materiais relacionados

Perguntas relacionadas

Perguntas Recentes