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Constitucional I P2

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Matéria P2
Aula - 10/05/16
Hoje vamos estudar outros limites que devem ser estudados para reforma constitucional:
Primeiro deles é o circunstancial.
Dada as circunstâncias, não pode ter nem deliberação sobre a reforma, ela tem que travar. Alexandre Moraes entende que vc pode até deliberar, mas não pode alterar, o JAS entende que não, não pode nem a deliberação.
Os limites na nossa CF são três: Estado de Defesa (grande calamidade); Estado de Sitio (mais grave, guerra ou calamidade não resolvida, exemplo pode ser um maremoto, uma explosão nuclear, uma revolta no presidio). O terceiro é intervenção federal nos estados. É quando uma dessas causas (do art. 34) se faz presente e é decretada a intervenção. O caso clássico é quando um estado quer sair da federação, não quer pertencer ao brasil, mas tem detalhes até o não pagamento da dívida do estado, ou até a utilização indevida de verbas pelo estado que deveria repassar aos municípios. Tem possibilidade de intervenção do estado no município. 
Uma causa pela qual essas medidas nunca são decretadas é porque elas vão paralisar o processo constitucional, são limites const. ao poder de reforma, impendem que emenda continue tramitando regularmente.
Limites temporais:
Eles servem para impedir que ela seja modificada, permitir que ela permaneça o mesmo documento durante um tempo. Geralmente, quando existe um limite temporal, é advindo da luta pela situação. A CF não previu nenhum limite temporal. Nenhum tipo de norma teve que aguardar para sofrer qualquer tipo de emenda. Entretanto, ela previu uma revisão constitucional no art. 3 da ADCT a ser realizado a 5 anos depois da promulgação da constituição. Anteciparam até o pleito de outubro para junho, quando foram aprovadas as 6 emendas de revisão.
Revisão const. era um processo de modificação simplificado se comparado ao processo regular de modificação por emenda constitucional. A tese do Paulo Bonavides era que essa revisão era uma medida excepcional, era um limite temporal e só poderia ser feita se tivesse algum motivo para reformar a const. Fizeram uma const. republicana presidencialista, mas deixaram para o povo decidir se iriam ficar ou trocar. Vejam, o povo fez essa escolha logo após a escolha do impeachment do Collor, quando o presidencialismo estava muito desgastado. 
A revisão é mais facilitada porque não são 3/5 e sim maioria. Segundo, não são dois turnos, é um turno só, é igual aprovar uma lei. Quem proporia (segundo Eduardo e alguns autores) seria o PCO.
Assembleia Constituinte Exclusiva (utilizou a matéria correta, mas a forma errada). O Congresso Nacional investido do Poder constituinte derivado, que aqui no Brasil é Sempre. Qual o problema da matéria política? Que qualquer reforma tem que passar pela CF, mas quem delibera, apresenta e aprova? Os próprios partidos! Esse é o nosso desenho constitucional, dependemos deles. Uma saída, que eu reprovo, é: vamos ter medida excepcional (Assembleia constituinte exclusiva). Quer dizer o seguinte: Não confio nos congressistas para reformar, então vamos convocar uma assembleia apenas para discutir isso. 
Vou apresentar minhas contrarrazões, que, uma vez feito essa assembleia por causa de assuntos extrajurídicos, a rigidez constitucional estaria abalada e poderia se atacar os direitos fundamentais.
Trataremos agora dos limites constitucionais implícitos:
São limites que não estão escritos no texto const. Extrai-se pela teoria const. Contemporânea.
1) A não alteração do processo de emenda (não pode reduzir os 3/5 para maioria simples, por exemplo)
2). Não alteração da titularidade do responsável pela reforma atribuído pelo poder constituinte originário. (Seria o caso da assembleia constituinte)
3). Não previsão de uma nova modalidade de alteração da constituição (não se aceitar nova revisão constitucional)
Apresentação de uma nova revisão constitucional e não aquela prevista em 88 viola o 3º limite implícito
4). Não aceitar a teoria da dupla revisão (segundo essa teoria seria possível alterar a clausula pétrea). Portugal, na década de 70 depois que foi deposto Salazar, adotou, diferentemente da Espanha, uma const. Socialista que previa 8 clausulas pétreas pontuais.
A reforma Const. Portuguesa tem duas. Todo presidente eleito pode realizar uma revisão const., igual a brasileira. Primeiro Congresso quórum mais difícil diz que aqueles clausulas não são mais pétreas e depois uma outra votação, geralmente com quórum mais baixo, se retira os antigos dispositivos pétreos, corroborado por um referendo popular.
* Cláusulas Pétreas:
Temos 4, e eu defendo para aumentar a defesa do texto const. Que essas cláusulas são categorias, elas não estariam no artigo, mas na conexão entre os dispositivos.
A primeira categoria é o voto direto, secreto, universal e periódico. Tem uma divergência que é a escolha do representante do executivo por tempo indefinido viola a periodicidade. Eu aceito o argumento daqueles que entendem que viola a periodicidade, que também é direito de alternância no poder. Muitos autores dizem que esse assunto está superado.
Eu entendo que o voto deve ser entendido como princípio democrático, em todos momentos que o povo participa esses direitos são pétreos (referendo, ação popular, plebiscito.)
Uma outra clausula pétrea é que os poderes são interdependentes entre si, eu vou além, eu vou dizer que os poderes são pétreos e não se pode dissolver essa harmonia, mas também não se pode dissolver os instrumentos de freios e contrapesos. Isso também é pétreo se vc faz a leitura como categoria.
A terceira categoria pétrea (clausula pétrea tem como sinônimo limites materiais ao poder de reforma) (nome técnico). É a forma federativa de estado, é interessante que desde a proclamação da republica esse assunto foi petrificado. Eu defendo nessa ideia de maximização das cláusulas pétreas que o federalismo é uma CP não só na previsão dos entes, mas também na proteção de um ato contra o outro (por exemplo, intervenção federal) Na pratica se procura o contrário, a flexibilização das cláusulas pétreas
Aula - 12/05/16
Ultimo limite material de reforma. Direitos e garantias fundamentais. Seriam protegidos somente aqueles direitos individuais insculpidos no art. 5? Eu digo que não. Não se atentou que a expressão contida no art. 5 era dos direitos individuais e coletivos. Então, a leitura compreensão como clausula pétrea apenas como direitos individuais é equivocada. É tão equivocada que até mesmo os mais conservadores não adotam, que pelo menos o art. 5 e alguns direitos coletivos são clausulas pétreas. 
Vc pode encontrar e facilmente encontrará interpretações mais generosas. O §2º diz que os direitos previstos no art. 5 não são taxativos, essa abertura permite que por interpretação constitucional, possa se extrair, alcançar, perceber outros direitos fundamentais que não os constantes daquele rol. Então o próprio STF já encontrou em diversos momentos da constituição outros direitos. Que direitos? Vários, até mesmo a capacidade contributiva, que é um princípio tributário, esse direito já foi considerado fundamental e clausula pétrea pela Suprema Corte. 
Que que se quer dizer? Em toda Const. Pode se encontrar DFs, não só aqueles definidos nos títulos dos DFs. Agora, essa é uma interpretação extensiva. E já foi realizada mais de uma vez pelo STF. Logo a interpretação literal dos Direitos e Garantias fundamentais é a mais equivocada de todas.
Outra, “dos princípios por ela adotados(...)”, essa expressão abre a possibilidade para adotar princípios constitucionais implícitos. Que o conjunto de princípios permite que se extraia implicitamente desse conteúdo outros princípios, como, boa-fé.
Vedação ao retrocesso é um princípio constitucional implícito. Que vc não pode voltar para um status pior do que o direito já garantido.
*Interpretação Const.:
Gramatical, Histórica, Sistemática, Teleológica.
A teleológica aceita os princípios implícitos.
Qual posição que euadoto? Maximização dos DFs, uma posição que aceita todas essas hipóteses cumulativamente, menos a primeira (gramatical).
Aula x - 17/05/15
Hermenêutica é a ciência da interpretação. Hermes comunicador entre deuses e homens;
Hermenêutica como interpretação. Tem uma ideia que eu acredito, primeiro vamos trabalhar a figura do intérprete; neutralidade máxima é impossível. 
O intérprete tem uma formação, que pode ser religiosa, dogmática, hermenêutica, não importa, o que importa é que ele tem um conteúdo que já vem com ele antes de estudar direito. Ele tem que evitar qualquer comportamento arbitrário. Mas ele como intérprete realiza juízos e passa por pré-juízos.
Aí vem uma questão da interpretação const. Enquanto tem uma área que se vc estudar vira craque. A interpretação depende mais da criatividade do interprete.
Há várias metodologias. No debate histórico do dir. Civil, Ihering debateu 3 das 4 primeiras das possíveis interpretações.
Eu não sou contrário ao método, o problema é que uma exacerbação dos métodos é um sincretismo, é usar de maneira errada, usar uma vez e esquecer que existe.
Por trás da questão do método, existe a questão da universalidade no uso do método. Sempre que vc julgar um caso, vc julga e usa o mesmo método. O problema do catalogo é que ele dá “N” ferramentas para vc tomar qualquer tipo de decisão.
Na interpretação const. - vc tem primeiro o interprete, depois vc tem as metodologias dos trabalhos constitucionais e por último o precedente constitucional;
Ha um debate até sobre o que é metodologia, vou dar um exemplo: razoabilidade, é um “princípio” constitucional, mas não está escrito na Const., tem um conteúdo? Não! Mas ele ajuda a resolver conflitos, a forma de aplicar é uma metodologia de trabalho constitucional.
"Sociedade aberta de interpretes"
Também é interpretação const., a interpretação histórica;
Para entendermos tem que voltar a uma diferenciação antiga (regras x princípios). Regras são objetivas, geralmente são descritivas, mas também podem ser prescritivas; funcionam com o raciocínio jurídico de subsunção, para negar as regras usa-se tudo ou nada, indicam comportamentos fechados de conduta, é importante entender o comando, fazendo uma interpretação verbal.
Os princípios têm outro raciocínio jurídico, eles são abstratos; são abertos a interpretação. E a melhor doutrina da filosofia const. Diz que vc deve olhar o princípio harmonizado com o conjunto de princípios. Os princípios não funcionam tudo-nada, funcionam de maneira gradativa.
A interpretação aumenta o poder do judiciário.
Precedentes -> precedente constitucional é o conteúdo da formação de uma decisão constitucional que deve ser ouvida e respeitada. Para não aplicação dos precedentes usa-se além da mutação, as divergências (circunstâncias diferentes no caso concreto). Uma das coisas mais importantes do direito constitucional.
*espaços de interpretação -> toda interpretação tem um cunho de interpretação const. Primeiro não há espaços vazio, temos 3 momentos, o primeiro é a interpretação const. Direta. É quando uma decisão, um argumento jurídico, menciona uma norma const. Diretamente.
Tem um outro tipo que é a interpretação indireta finalística -> quando qualquer um de nós, na sociedade aberta de interpretes, menciona uma finalidade, uma política publica, um objetivo da const., ainda que não cite o dispositivo, está-se defendendo a redução das desigualdades, está realizando uma intepretação const. indireta finalística.
Interpretação indireta negativa -> é feito um exercício mental se a norma é constitucional ou não é constitucional, portanto, entramos nessa interpretação indireta negativa. É raro um caso que não tenha uma dessas 3 interpretações.
Mutação const. -> é uma nova atribuição de significado. Uma nova teoria jurídica ou novo fato modifica o sentido que a norma tinha. 
Tem um conceito de construção const., aproveita-se uma norma const. que antes estava deixada de lado. Se atribui um significado a partir de uma interpretação const. criadora
*interpretação constitucional evolutiva ->. Uma coisa é vc dizer que o novo artigo limitou tutela antecipada contra a Fazenda Pública, limitou condenar previamente a Fazenda na maioria das questões e deixou muito pouco espaço para exceção. O STF viu que isso ia gerar caos e injustiça, como alguém que está morrendo, que teria que esperar acabar o processo, iria morrer. 
Essa lei foi atualizada no tempo, foram trazidas ao longo das decisões, exceções àquela regra. Porque ela foi feita face a uma norma infraconst. Eu batizo isso de interpretação const. Evolutiva.
Uma última coisa, tem países que o olhar não é para o intérprete, é para maioria da corte. Vc faz um estudo para o comportamento das decisões daquele tribunal, se olha o órgão colegiado. Quando se falo originalism, living Constitution, autocontenção, judicialização da política, realismo jurídico; essas conotações são avaliações sobre uma corte. Como a maioria da corte realiza interpretação constitucional.
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Aula - 09/06/16
Norma como dispositivo normativo, esse é um conceito geral (art. Inciso.). Tem um outro conceito trabalhado pelo Müller que norma é aquilo que pode ser extraído de um artigo, tbm chamado de conteúdo normativo, logo um dispositivo pode ter mais de uma norma.
As normas const. São dotadas de características distintas das demais normas legais. Hoje se diz dentre as principais normas const. que nós temos regras, princípios e politicas públicas.
AS regras são muitas, são maiorias, ela tem um imperativo de cumprimento e um descumprimento pode levar a sanção. Tratando-se de norma const. Um descumprimento torna-se uma situação inconst.
AS regras em geral funcionam no tudo ou nada. As regras não devem sofrer juízo de ponderação/proporcionalidade. Operam-se por subsunção.
Os princípios, por sua vez, têm uma carga aberta à interpretação e o preenchimento de seu conteúdo. Eles são irradiantes aos diversos campos jurídicos. Eles agem, até, indistintamente sobre quando eles podem levar seus efeitos a cabo.
Além da abertura eles agem gradativamente, em um caso semelhante, um princípio pode agir de modo total, em outro caso ele pode incidir pela metade, então vc não tem nenhuma meta-regra dizendo quando ele deve ser aproveitado em cada caso.
Eles são conduzidos por postulados dos trabalhos constitucionais; transparência; ponderação; proporcionalidade.
Hoje o operador jurídico tem um arsenal muito maior para lidar com as questões.
AS políticas públicas funcionam para o público, para o coletivo, e tbm emanam objetivos, finalidade e alcances const. A redução da pobreza, a eliminação da miséria, uma melhor distribuição regional pelo Brasil. Pode ser dirigido ao Estado. Quando são dirigidos aos coletivos é de interesse primário, quando são dirigidas ao Estado são de interesse secundário.
Um direito marcadamente liberal, como é o direito norte-americano, vai dizer que os direitos liberais são trunfo sobre a maioria, mas funcionam as políticas públicas de outra maneira.
O Dworking defende (de modo liberal) que aquelas pessoas impossibilitadas de terem as mesmas chances devem ter uma política pública diferenciada.
Diferentes matrizes teóricas geram constructos, que por sua vez alcançam resultados.
Uma dessas matrizes vamos ver agora, JAS aperfeiçoou essa teoria, mas Rui Barbosa já havia importado da doutrina norte-americana.
Existem 3 ou 4 tipos de normas const. Eu chamo de classificação estática das normas const.
1). As normas seriam autoaplicáveis (direito a vida, a segurança, de ir e vir, seriam de eficácia plena, tem que ser cumpridas). Essa é uma noção ultrapassada, mas eu tenho que ensinar.
2) Normas de eficácia contida. Elas são plenas até que sejam reduzidas pelo legislador. Eu se fosse reavaliar esse conceito, eu diria que o juiz const. tbm pode (contê-las).
3) Normas de eficácia limitada. Essa se divide em dois, poderiam ser enquadradas em limitada pendente de regulamentação e limitadameramente programática. As primeiras seriam aquelas que não pode exercer a norma porque a constituição exige que o legislador regulamente. Enquanto não houver a regulamentação, entende a doutrina mais moderna, reconhece-se a inconstitucionalidade por omissão.
AS meramente programáticas eram como as políticas públicas eram vistas e por isso não se usava. O sujeito pedia medicamento e era negado, por ser uma norma meramente programática.
Normas constitucionais positiva e negativa. Negativa que para serem exercidas não exigem nada do Estado, apenas que não viole os direitos alheios.
AS positivas geralmente são identificadas com os direitos sociais. Exige uma prestação; 
Eficácia ativa-positiva exige além do direito uma ação correspondente (mandado de segurança, injunção)
Temos uma outra classificação que critica as outras. Todo doutrinador, até 90 e pouco, escrevia uma eficácia diferente.
Vc precisa ter um standard, o resto são pequenas variações. O Barroso, na década de 80, defende o trabalho que o problema da const. é torna-la efetiva. O controle era fraco, dependia do procurador.
O barroso trata dos princípios constitucionais, não entra muito na ponderação, mas o que ele investiga é que a eficácia é a possibilidade de produção de efeitos das normas constitucionais. Só que essa eficácia não anda acompanhada se as normas produzem efeitos práticos no povo. A lei de cinto de segurança, se ninguém usa, não tem efetividade. A preocupação vai além, é verificar se as normas tinham ou não efetividade e elas não tinham.
Ponderação e proporcionalidade. O principal ganho de vc trazer o jogo de confronto das normas constitucionais é vc poder ponderar. Mas a ponderação tbm pode ser usada nas políticas públicas. Sempre usadas entre normas de mesma hierarquia. Não se usa ponderação entre princípios e regras ou entre regras e regras.
Eu tenho uma outra teoria, que pouca gente fala. Como faço uma leitura garantística da CF eu digo que a ponderação não pode ser feita face a garantias constitucionais, porque vc destrói o sistema de garantias. 
A teoria estática não funciona mais. Quando os tribunais passaram a adotar a proporcionalidade, estamos em um novo cenário. Vc pode colocar uma norma antes entendida de eficácia plena face a outra que seria programática e no caso concreto pode prevalecer esse. Com isso ele (Virgílio) deduz que as plenas não eram tão plenas.
Para tornar a constituição efetiva, a ponderação é essencial.
A proporcionalidade vai funcionar para o desenvolvimento da efetivação de direito no Brasil. Sobretudo abrir um novo caminho para os direitos sociais. Conseguiu afastar o argumento que as normas eram meramente programáticas e não precisavam ser atendidas.
Tbm afastou a impossibilidade de o judiciário realizar a concretização dos direitos porque estaria se substituindo ao legislativo. Ainda por cima, derruba a inexistência de obrigação direta dirigido ao Estado para dar cumprimento aos diversos programas constitucionais.
Com a ponderação se permitiu no plano concreto se dar maior forca as normas Principiológicas.
Aula - 14/06/16
Quando falamos de proporcionalidade, devemos nos ater a um problema. Não é uma correta técnica fazer ponderação/ proporcionalidade entre regras ou entre princípios e regras. Dentre os motivos, é porque as regras já foram definidas, valem no tudo ou nada.
Você não pode querer que o funcionário exemplar, que nunca faltou, tenha que trabalhar até os 80 anos... não existe essa ponderação, porque trata-se de uma regra const. (75 anos). Diferentemente funcionam os princípios const. Dotados de valores, que são projetivos e que se aplicam gradativamente em cada caso.
Na proporcionalidade ela resolve o conflito entre princípios constitucionais. Logo, como saber que norma const. prevalece no caso concreto é a primeira compreensão do tempo, a segunda é qual princípio prevalece no caso concreto.
O direito americano (Dworking) chama a atenção, diz: quero falar de regras, princípios e políticas públicas (as políticas instituídas pelo Estado). No Estado americano, guiado pelo liberalismo, há uma proteção maior aos direitos individuais. Os coletivos funcionam de maneira diferente, protegidos por políticas públicas.
No brasil, ambas as normas, princípios e políticas públicas podem entrar em confronto e ambas são resolvidas pela proporcionalidade.
Um exemplo é quando se pede um direito prestacional (medicamento) e a União ou estado alega uma política pública que tem que ser cumpria e que não será se o remédio for entregue. Exemplo. Uma pessoa com câncer raro solicita um remédio que custa 1 milhão. A defesa do Estado vai ser que isso comprometerá o orçamento na efetivação de outras políticas públicas. Isso é a reserva do possível orçamentária.
No brasil é indistinto se é individual ou coletivo. Todos eles, todas as espécies entram em conflito no jogo da proporcionalidade/ponderação.
O princípio que vence é aquele o que núcleo essencial foi mais afetado.
A proporcionalidade é uma técnica de emprego da lógica. Não tem uma lei dizendo como ela deve ser empregada. É um momento judicial, é um momento restritivo de direito. Nasce da ideia daquela máxima até que ponto um direito prevalece sobre outro.
Vou dar um exemplo: uma pessoa traiu o marido, ela foi fotografada, essa imagem pode ser divulgada ou não? O jornal fala que a informação é verdadeira, é de local público e ele pode divulgar; ela por sua vez alegará a intimidade.
A questão é um pouco mais complicada, porque ela (proporcionalidade) se sofisticou com critérios formais através da filosofia e da lógica. Existe uma técnica.
A primeira coisa é entender como funcionam os 3 critérios (adequação, necessidade, proporcionalidade em sentido estrito), a segunda é responder perguntas, a 3 é pegar a resposta e dá um peso matemático.
O 1 é importante, é a adequação. Eh perguntar se os princípios estão sendo justamente aplicados ao caso concreto. No exemplo da intimidade, A pessoa teve intimidade violada? O que ela alega disso? O que os jornalistas alegam é um direito a expressão? 
Necessidade é o seguinte: além da relação de meio e fim. Aquele meio era necessário? Não havia uma medida menos lesiva? Menos invasiva que pudesse proteger da mesma maneira.
Chega-se na última fase que é a pergunta de qual princípio prevalece ou qual foi mais violado. 
Alexy em um segundo trabalho atribui pesos de 1 a 5 para cada critério desse. 
Algumas pessoas equiparam razoabilidade a proporcionalidade. Eu acho essa comparação simplista, existem diferenças. Ambas são metodologias const. Ambas são técnicas para resolver conflitos principiológicos constitucionais de mesma hierarquia. Autores que não gostam da proporcionalidade, entendem que ela traz, entre outras coisas, insegurança jurídica.
Muitas pessoas criticam a matematização do Alexy, não seria uma formula perfeita, porque ele não previu o desempate. Mas eu acho que para dirigir a decisão ela funciona. A proporcionalidade deve ser entendida como uma metodologia dos trabalhos const. que serve de aplicação para solucionar o conflito de princípios. O Nosso STF não tem uma jurisprudência sobre aplicação da proporcionalidade. Embora ele use recorrentemente.
A proporcionalidade funciona para vc resolver casos difíceis ou trágicos. 
Diferenças entre proporcionalidade e razoabilidade:
Enquanto a primeira obedece esses critérios, a razoabilidade é uma investigação sobre a relação entre meios e fins alcançados. Quem usa muito a razoabilidade é a Suprema Corte dos EUA. 
A proporcionalidade tem um significado mais justificado. Razoabilidade funciona mais solta, é o juiz na decisão investigando se o que o direito alegado propõe é o meio correto para atender o fim proposto?
Logo a proporcionalidade vem da filosofia, é mais científica, demanda filosofia e lógica. A primeira menção em um documento legal sobre a razoabilidade é de 1948 pela Suprema Corte dos EUA e desde então usa muito conectado ao devido processo legal (lá temum sentido substancial, ver o caso concreto e se as partes têm igualdade processual)
A proporcionalidade é mencionada pela primeira vez nos documentos que circundam a Magna Charta inglesa em 1215... o Robert Alexy publica a primeira edição alemã dos DFs em 1986. Já no livro anterior ele menciona proporcionalidade e razoabilidade como uma das 6 figuras... (não peguei):
Proporcionalidade, razoabilidade, transparência, igualdade formal, máxima efetividade e universalidade.
Aula - 05/07/16/
Quando se fala em filosofia constitucional se fala em uma reunião de 2 conteúdos. Filosofia moral, ética, prática. E que os cientistas políticos, filósofos e essas preocupações recentes passaram a ser absorvidas pelo direito, a terem respostas pelo tribunal.
Houve intercâmbio e aumento, com os filósofos do direito que passaram a ser lidos e comentados, um bom exemplo é o John Rawls e o Dworking, assim como o Habermas, que passaram uma parte da vida a estudar direito público, papel do tribunal constitucional. Eles escrevem com propriedade.
Recentemente virou moda se falar de filosofia constitucional, é impróprio, mas seriam debates filosóficos que interessam ao direito constitucional. Um espectro enorme. Eu tento, em meu livro, a tratar do tema. Eu coloquei 15 pressupostos.
 Deslocamento da agenda, antes a filosofia do direito era menos importante, era para dar uma introdução na faculdade, agora esses saberes orientam as respostas nos casos difíceis, são utilizados como uma técnica definitiva 
 O âmbito temático do debate filosófico jurídico -> antes se encerrava nas normas, agora tem que saber o que ocorre na política. Cresce o número de juristas preocupados com a ordem jurídica e com a transformação.
Quando eu falo do campo da moral eu estou falando do direito e da filosofia, antes era importante saber direito, história; agora a filosofia esta inclusa, é mais ou menos o mesmo para conseguir um bom trabalho. Tem que saber uma língua estrangeira; para compreender casos difíceis é importante dominar pretensões filosóficas. Essa é uma relação do filosofo com o jurista, com o direito e a moral.
Papel dos valores. Antes eram menores, preocupados com a consequência, agora os princípios constitucionais são axiológicos, emanam valores, emanam direções, não neutros. Cientista do direito neutro não tem mais lugar, pelo menos não nos casos difíceis.
Essa ideia do papel dos valores, trouxe várias preocupações, argumentação jurídica, coerência, hermenêutica, hermenêutica const., pragmática, equidade, proporcionalidade. 
O que esses autores, que trabalharam esses temas, tem em comum? Uma base kantiana que tem como princípio a unidade da razão do discurso prático. Existe uma preocupação universal válida para todos, (longe de uma visão aristotélica), válida moralmente, tem uma preocupação moral, não é uma persuasão para ganhar auditório, a causa e dane-se se o que vc defende é errado;
Tudo isso levou o direito para uma preocupação com a moral, de uma pretensão de correção... o sistema não é perfeito, ele está sempre buscando uma melhor resposta, em uma contínua pretensão de correção e nada disso pode ser alheio ao mundo da ética.
Todo esse arcabouço de pretensão levou a uma teorização possível da teoria dos princípios, com força, irradiante, o liame entre direito const. e o direito pontual são os princípios constitucionais. O papel dos princípios como vetores do ordenamento, não como acessórios, não como contingenciais, não como guia quando a lei não for clara, eles comandam a ordem jurídica, apontando novos caminhos.
Com os princípios e tudo que eu falei, apareceu uma atenção maior para os casos difíceis e trágicos; é necessário toda uma teoria para alcançar a resposta certa. 
Os casos difíceis necessitam de um arcabouço teórico da filosofia constitucional. 
Tudo isso passa pelo cientista do direito; todos não estão alheios aos objetos de pesquisa, devem demonstrar como eles funcionam exercendo crítica, superando a função meramente dogmática e trazendo uma contribuição para o mundo do direito, via percepção ética ao mundo da vida.
Muitas coisas são superadas dicotomicamente, entre justiça e lei, por exemplo. Para resolver os casos difíceis são necessárias duas teorias, teoria da justiça, que é complexa, que trata da distribuição de bens (entre outras coisas) (Rawls resolve isso através do véu da ignorância) outra é a prática.
Filosofia Const.:
Critérios
1) Coerência jurídica -> tem uma primeira acepção, em não ser contrário a coerência, tem caminhos, que se admite provas e vc tem uma coerência normativa, que é uma estrutura normativa de princípios. Os princípios não devem ser vistos isoladamente, mas deve ser visto dentro da norma como um todo.
A coerência das normas normativa tem a função de observar se elas fazem sentido conjuntamente, racionalmente, realizadas sobre um valor comum. Os valores e princípios são encontrados nos doc. jurídicos existentes.
Quebra e ruptura ocorrem quando não se pratica os valores constitucionais;
Por exemplo, um hospital X diz que não pode pagar tributo como se fosse atividade financeira, porque ele presta um serviço social de sobre valor, ele presta saúde publica de qualidade. E por isso merece um tratamento financeiro diferenciado. Esse hospital consegue ter uma simplificação no seu imposto, depois esse hospital começa a ter problemas nos atendimentos a seus pacientes, e o MP distribui uma ação dizendo que o HOSP tem que se enquadrar no regime geral do múnus pub., em sua defesa o que diz o hospital é que é de direito privado, e não aceita intervenção do direito público.
Esse hospital não atende ao princípio da filosofia do direito da coerência jurídica.
Temos além disso tudo, a integridade, como percepção que falta no direito com a fraternidade, um critério aglutinador com a teoria da justiça e a equidade e da integridade do discurso prático de uma ética construtivista e da integridade desses critérios que eu chamo de critérios de justiça, vc não pode achar que com argumentação vc resolve tudo, nem com hermenêutica, nem com proporcionalidade, que vai resolver todos os problemas, quem defende a integridade do discurso pratico, a integridade como um elemento que resolve os casos complexos, é o Dworking.
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