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PRÉ TCC PARQUE DAS CARNAÚBAS REVISADO

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CENTRO UNIVERSITÁRIO UNINOVAFAPI 
CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO 
DISCIPLINA DE METODOLOGIA CIENTÍFICA 
PROF. MA. ÍSIS MEIRELES RODRIGUES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PARQUE DAS CARNAÚBAS 
 
 
 
 
 
 
Kayo César Sousa Brito de Carvalho 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TERESINA – PI 
2017.2 
Kayo César Sousa Brito de Carvalho 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PARQUE DAS CARNAÚBAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Pré-projeto de Trabalho de Conclusão de Curso 
apresentado ao centro universitário UNINOVAFAPI como 
requisito básico para a conclusão da disciplina de 
Metodologia Científica, 8º período. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TERESINA – PI 
2017.2 
SUMÁRIO 
 
 
 
 
INTRODUÇÃO 
2. JUSTIFICATIVA 
3. OBJETIVOS 
3.1 GERAL 
3.2 ESPECÍFICOS 
4. REFERENCIAL TEÓRICO 
5. METODOLOGIA DA PESQUISA 
6. CRONOGRAMA 
REFERÊNCIAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
INTRODUÇÃO 
 Na realidade brasileira a qual vivemos existem muitos problemas que 
são gerados durante o processo de crescimento demográfico e populacional de 
um município, como o caso da degradação ambiental, que traz sérios riscos 
gerados a longo prazo e afetam a humanidade em escala global (TASSARA; 
RUTKOWSKI, 2008), e outros que afetam a população dentro do perímetro 
urbano como a segregação social, ocupação de áreas de alagamento, 
destruição da paisagem e seus recursos, entre outros. Tais complicações 
podem ser provocadas por vários fatores, sobretudo a ocupação irregular do 
solo urbano e o crescimento de sua malha edificada sem que exista um 
planejamento, ao visar o crescimento econômico como o único de relevância 
no desenvolvimento de uma cidade (AGANI; ALVES; CORDEIRO, 2015). 
 A ideia de parques urbanos, ambientes abertos, propícios ao lazer e ao 
convívio social se intensificou no século XVIII, especialmente na Europa, 
devido ao crescente aumento populacional nas grandes cidades industriais, a 
constante degradação ambiental do meio urbano e seus impactos na qualidade 
de vida dos indivíduos, estes espaços livres foram sendo analisados e 
funcionam até os dias atuais como uma alternativa fundamental no controle dos 
padrões de ocupação e uso do solo (MAYMONE, 2009). Fundamentado nisso 
o presente trabalho tem o objetivo de conceber um projeto de parque urbano ás 
margens de uma lagoa formada pela vazante do Rio Parnaíba no limite 
sudoeste da malha edificada no município de Luzilândia-PI. 
 Porque conceber um projeto de parque urbano autossustentável, 
atrelado as técnicas de permacultura no município de Luzilândia-PI? 
 Apesar do município tratar-se de uma pequena civilização, com a 
estimativa para o ano de 2017 de 25.082 habitantes e perímetro em torno de 
704,347 km² (IBGE, 2010), o mesmo dispõe de inúmeras áreas que 
compreendem riquezas naturais de biodiversidade regional em suas margens 
periféricas, as quais deveriam ser analisadas e utilizadas em prol do 
desenvolvimento sustentável municipal. Além disso o local de intervenção do 
presente trabalho vem sendo atualmente, atingido pelas problemáticas urbanas 
e ambientais citadas e está passando por uma descaracterização da paisagem 
juntamente a degradação dos recursos naturais devido a supervalorização de 
alguns lotes. Compreende a porção da Avenida Cesário Marinho, uma via de 
aterro no limite Sudoeste da porção edificada luzilandense, desde o seu início 
no cruzamento com a Av. Domingos Marques (PI-112), principal entrada da 
cidade, abrangendo sua extensão até o final do aterro, onde já é presente a 
população ribeirinha (Figura 01). 
Figura 01: Visata aérea de Luzilândia-PI 
 
Fonte: Google Earth, com edição do autor, 2017 
 O trabalho aqui se desenvolverá a partir de pesquisas em livros, 
matérias e artigos relacionados aos assuntos englobados no tema. O projeto 
urbanístico será produzido de acordo com as análises dos condicionantes 
físicos e legais, levantamentos de áreas, topografia e observações in loco de 
todos fatores relevantes na idealização dos espaços. Espera-se como 
resultado contribuir na preservação da paisagem natural, sua biodiversidade e 
beleza, promover os aspectos socioambientais do município e o seu 
desenvolvimento sustentável. Plantar uma “semente de consciência ambiental” 
aos cidadãos que se utilizam deste espaço e uma alternativa de vida aos que 
são nativos dali. 
1. JUSTIFICATIVA 
 Localizada na mesorregião norte do Piauí e microrregião do Baixo 
Parnaíba, região colonizada por portugueses e espanhóis no século XIX, a 
cidade de Luzilândia se desenvolveu as margens direita do Rio Parnaíba, se 
originou de uma fazenda de gado chamada Estreito, fundada em 1870 pelo 
português João Bernardino Souto Vasconcelos. Sua emancipação política 
ocorreu 20 anos depois promovendo a Fazenda Estreito à categoria de Vila e 
passando a se chamar Porto Alegre, em 15 de dezembro de 1939 se elevou à 
categoria de cidade, e após quatro anos passou a se chamar Luzilândia em 
homenagem à Padroeira da cidade: Santa Luzia (MEIONORTE, 2009). 
 No município interiorano se faz presente, embora ameaçado, um 
patrimônio histórico de grande relevância na identidade de sua formação e 
emancipação política, com casarões coloniais, igrejas de arquitetura peculiar e 
residências dos séculos XIX e XX. Além disso a acidade, que já foi uma da 
mais prósperas e ricas do estado, é berço de muitas expressões culturais e 
artísticas, com bons escritores, músicos entre outros agentes da cultura local 
(ANDRÉAS, 2012). 
 Seus recursos naturais já foram mais presentes na economia da cidade, 
hoje em dia não se vê mais a produção agrícola predominante como no ápice 
de suas conquistas políticas, sua economia se dá basicamente pelo comércio 
de produtos e serviços e, em grande parte, gira em torno dos salários e 
benefícios percebidos pela população, tendo o estado como provedor. A 
indústria ainda é inexistente (ANDRÉAS, 2012). 
 Devido ao ininterrupto crescimento urbano, Luzilândia apresenta 
patologias comuns instituídas no decorrer deste processo. No ponto de 
intervenção da pesquisa (Figura 01) se é possível observar que houve uma 
ocupação irregular do solo urbano pela população de baixa renda, em uma 
área que possuía risco de alagamento antes da construção da via de aterro 
para o prolongamento da Av. Cesário Marinho, este tipo de situação vem à 
tona pela supervalorização dos lotes mais centralizados, os que são mais 
acessíveis aos serviços. 
A emergência da cidade capitalista se evidencia na apropriação 
rápida e definitiva que o capital fez do solo urbano, ou seja, 
corresponde ao momento em que o capital transforma o solo urbano 
em instrumento da própria acumulação. (AGANI; ALVES; 
CORDEIRO, 2015, Pag. 169) 
 Para Maricato (1997) estas áreas que apresentam ecossistemas frágeis 
– beiras de córregos, rios, áreas alagáveis... – que por suas condições 
necessitam de legislação específica, acabam por não interessar ao mercado 
imobiliário legal, são geralmente as que “sobram” para moradia da população 
carente, o que leva a sérias consequências como: a poluição dos recursos 
hídricos e dos mananciais, enchentes, epidemias, etc. Sem contar os fatores 
sociais culminados pela segregação sócio espacial. 
 É possível observar também outra problemática bem mais recente, 
devido à valorização dos imóveis mais próximos da Av. Domingos Marques, 
por alguns fatores – Conclusão da construção do novo terminal rodoviário de 
Luzilândia-PI (Rodoviária dos Ipês), Construção da praça da Juventude ainda 
em andamento ao lado do terminal – estão havendo loteamentos e construçõessimultâneas para fins de residências de padrão médio-auto e galpões 
comerciais nos dois lados do trecho inicial da via de aterro, ocupando e 
concretando, destruindo rapidamente estas áreas de grande relevância 
ambiental para o município. 
 A proposta da implantação de um Parque urbano Sustentável focado no 
conceito da permacultura, seria fundamental na preservação da paisagem 
natural da Lagoa formada pela vazante do Rio Parnaíba, que se encontra à 
esquerda da via (Figura 02), e todos os ecossistemas nela contidos, esta 
tipologia de espaços livres dentro do perímetro urbano proporciona contato 
com a natureza e qualidade ambiental, quando se incorpora de elementos 
atrativos passam a ser frequentados para a realização de atividade física e 
para o lazer além de trazerem diferentes benefícios psicológicos, sociais e 
físicos a saúde dos indivíduos (AGANI; ALVES; CORDEIRO, 2015). 
Pôr do sol na Av. Cesário Marinho 
 
Fonte: Acervo pessoal, 2017 
 E ao englobar as técnicas da permacultura, que segundo Fernando 
Neme (2014, Pag. 7) “tem por objetivo desenvolver áreas humanas produtivas 
de forma sustentável, respeitando os ciclos naturais e o equilíbrio dos biomas”, 
pode conduzir a ocupação deste espaço urbano de forma a beneficiar 
igualmente todos os cidadãos frequentes, tanto os que já se utilizam 
atualmente da Av. Cesário Marinho para a prática de atividades físicas – 
caminhada, corrida, ciclismo, skate – quanto para os moradores das 
redondezas que fariam parte do processo de subsistência do parque, com o 
intuito de promover a inclusão social da comunidade, trazer alternativas para o 
desenvolvimento do município em outras dimensões e dar início a um “olhar” 
para o ecodesenvolvimento como instrumento de planejamento urbano dentro 
de Luzilândia. 
3. OBJETIVOS 
3.1 GERAL 
 Conceber um projeto de parque urbano atrelado ao conceito de 
permacultura ás margens da lagoa formada pela vazante do Rio Parnaíba no 
limite sudoeste da malha edificada do município de Luzilândia-PI. 
3.2 ESPECÍFICOS 
 Idealizar espaços para realização de diversas atividades de lazer, 
recreativo e contemplativo, vinculados a função de preservar a paisagem 
natural e seus ecossistemas. 
 
 Propor em projeto a utilização de técnicas construtivas sustentáveis, 
alternativas de eficiência energética e uso racional do solo urbano e dos 
recursos naturais. 
 
 Analisar meios de inclusão social e de incentivo a prática da cidadania 
através do ambiente urbano projetado. 
4. REFERENCIAL TEÓRICO 
 Ao se viver desde sempre dentro do cenário urbano, no sistema de 
sociedade a qual se pertença, é trivial que os indivíduos adotem muitos 
padrões comuns relacionados ao modo de vida (PLONER, K S; et al, 2008). 
Podendo absorver um reconhecimento distorcido do que se tem por habitat, 
remetendo-o ao ambiente urbano. A implantação de uma forma de 
desenvolvimento que mantém a insatisfação das necessidades de grande 
parcela da população, influi no crescimento desordenado e caótico dos 
aglomerados urbanos (RAMALHO, 1999). Mas antes de tudo é importante 
pensar nos efeitos disso dentro do nosso habitat maior, aquele que 
compreende todos nós e todas as civilizações formadas pela humanidade no 
decorrer de toda a História, o nosso planeta, pois toda a vida aqui presente, 
inclusive a humana, depende a princípio do seu equilíbrio natural. 
 A humanidade passou a intervir em grande escala no meio ambiente 
desde a Revolução Industrial do século XVIII, sobretudo nas grandes cidades 
da Europa no decorrer do período pós II guerra mundial, onde ocorreram 
notáveis transformações do ambiente urbano pelo avanço das tecnologias no 
setor da indústria, gerando crises pelo constante crescimento populacional 
devido a imigração das pessoas do campo para a cidade em busca de 
oportunidades, acarretando uma constante expansão do território edificado 
(MAYMONE, 2009). O que intensificou os impactos da humanidade sobre a 
natureza, refletindo também no aumento da insalubridade e redução da 
qualidade de vida dos cidadãos, transformando o meio urbano em um espaço 
de papel antagônico à natureza por condições ligadas a deterioração do meio 
ambiente, poluição excessiva dos rios, do ar, redução dramática da vegetação, 
etc. Os parques urbanos se desenvolvem neste contexto pela grande 
necessidade de se aderir a estas áreas verdes, livres e de lazer dentro do 
ambiente urbano (GOMES, 2014). 
 O surgimento dos primeiros parques urbanos, também foi marcado pela 
abertura dos jardins da aristocracia inglesa ao público, onde se desenvolve um 
olhar para os investimentos na implantação dos mesmos como equipamentos 
urbanos alternativos a proporcionar lazer e contemplação na a cidade 
industrial, neste quadro inglês, os parques estariam ligados a ideia de jardins 
paisagísticos com a função principal ainda voltada para contemplação. No 
decorrer do século XX os parques urbanos passaram a englobar uma maior 
variedade de usos, incorporando funções esportivas, culturais, sociais e de 
preservação dos recursos naturais. Na década de 60 grupos de defesa do meio 
ambiente, preocupados com os limites do desenvolvimento urbano e os riscos 
ambientais gerados no processo influenciaram o surgimento de trabalhos que 
tratavam o espaço como suporte de um ecossistema (MAYMONE, 2009). 
 Atualmente a criação e implantação destes espaços em muitas cidades 
do mundo remetem-se ao conjunto de diretrizes impostas pelas Nações Unidas 
como forma de promover o desenvolvimento sustentável (GOMES, 2014). O 
primeiro passo global no campo do desenvolvimento sustentável foi a 
Conferência de Estocolmo em 1972 (UN Conference on the Human 
Environment), na qual se notou que a humanidade necessita reaprender a 
conviver com o planeta. A ideia ganhou consistência a partir da Conferência 
das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (Rio-92) onde se 
definiu o desenvolvimento sustentável como sendo aquele que busca atender 
as necessidades atuais sem comprometer a capacidade das gerações futuras 
de atender suas próprias necessidades (AS DIMENSÕES). 
 Segundo Ignacy Sachs (1993, Pag. 29-56) existem cinco dimensões que 
influenciam no desenvolvimento sustentável: 
1. Social, que se entende como a criação de um processo de 
desenvolvimento que seja sustentado por um outro crescimento e 
subsidiado por uma outra visão do que seja uma sociedade boa. A 
meta é construir uma civilização com maior equidade na distribuição 
de renda e de bens, de modo a reduzir o abismo entre os padrões de 
vida dos ricos e dos pobres. 
2. Econômica, que deve ser tornada possível através da alocação e 
do gerenciamento mais eficiente dos recursos e de um fluxo 
constante de investimentos públicos e privados. Uma condição 
importante é a de ultrapassar as configurações externas negativas 
resultantes do ônus do serviço da dívida e da saída líquida de 
recursos financeiros do sul, dos termos de troca desfavoráveis, das 
barreiras protecionistas ainda existentes no Norte e do acesso 
limitado à ciência e tecnologia. A eficiência econômica deve ser 
avaliada em termos macrossociais, e não apenas através do critério 
da rentabilidade empresarial de caráter microeconômico. 
3. Ecológica, que pode ser melhorada utilizando-se das seguintes 
ferramentas: Ampliar a capacidade de carga da espaçonave Terra, 
através da criatividade, isto é, intensificando o uso do potencial de 
recursos dos diversos ecossistemas, com um mínimo de danos aos 
sistemas de sustentação da vida; Limitar o consumo de combustíveis 
fósseis e de outro recursos e produtos que são facilmente esgotáveis 
ou danosos ao meio ambiente, substituindo-os por recursos ou 
produtos renováveis e/ou abundantes, usadosde forma não 
agressiva ao meio ambiente; Reduzir o volume de resíduos e de 
poluição, através da conservação de energia e de recursos e da 
reciclagem; Promover a autolimitação no consumo de materiais por 
parte dos países ricos e dos indivíduos em todo o planeta; Intensifica 
a pesquisa para a obtenção de tecnologias de baixo teor de resíduos 
e eficientes no uso de recursos para o desenvolvimento urbano, rural 
e industrial; Definir normas para uma adequada proteção ambiental, 
desenhando a máquina institucional e selecionando o composto de 
instrumentos econômicos, legais e administrativos necessários para o 
seu cumprimento. 
4. Espacial, que de ser dirigida para a obtenção de uma configuração 
rural-urbana mais equilibrada e uma melhor distribuição territorial de 
assentamentos urbanos e atividades econômicas, com ênfase no que 
segue: Reduzir a concentração excessiva nas áreas metropolitanas; 
Frear a destruição de ecossistemas frágeis, mas de importância vital, 
através de processos de colonização sem controle; Promover a 
agricultura e a exploração agrícola das florestas através de técnicas 
modernas, regenerativas, por pequenos agricultores, notadamente 
através do uso de pacotes tecnológicos adequados, do crédito e do 
acesso a mercados; Explorar o potencial da industrialização 
descentralizada, acoplada à nova geração de tecnologias, com 
referência especial às indústrias de biomassa e do seu papel na 
criação de oportunidades de emprego não-agrícolas nas áreas 
rurais[..]; Criar uma rede de reservas naturais e de biosfera, para 
proteger a biodiversidade. 
5. Cultural, incluindo a procura de raízes endógenas de processos de 
modernização e de sistemas agrícolas integrados, processos que 
busquem mudanças dentro da continuidade cultural e que traduzam o 
conceito normativo de ecodesenvolvimento em um conjunto de 
soluções específicas para o local, o ecossistema, a cultura e a área. 
 Tendo em vista a amplitude do conceito de desenvolvimento sustentável, 
os parques urbanos não devem ser compreendidos apenas como um "espaço 
verde" em uma área delimitada, sem intencionalidades, mas também como um 
mecanismo urbano que tem a capacidade de alterar os padrões de uso e 
ocupação do solo (GOMES, 2014), fator de fundamental relevância no 
planejamento ideal a promover o ecodesenvolvimento em suas diversas 
dimensões. 
 Além de proporcionarem um equilíbrio, através da qualidade ambiental 
gerada dentro das cidades, os parques urbanos também trazem para a 
civilização uma conexão com a natureza. Quando projetados de forma a 
apresentar condições ambientais adequadas, são determinantes em ter o seu 
uso frequente para o desenvolvimento de atividades físicas e o lazer. Podendo 
assim contribuir também na redução do sedentarismo da população e auxiliar 
na promoção da saúde e bem-estar (SZEREMETA; ZANNIN, 2013). 
 Segundo Bani Szeremeta e Paulo Henrrique Trombetta Zannin (2013, 
Pag.187): 
A utilização de parques urbanos possibilita melhoras na qualidade de 
vida da população. Observa-se que os benefícios sociais, físicos e 
psicológicos são satisfatórios para a comunidade que os utiliza [...] os 
parques devem ser implantados e planejados de acordo com o perfil 
e as necessidades da comunidade, além de serem estabelecidas 
políticas eficientes de conservação ambiental dessas áreas, já que a 
beleza da paisagem é atribuída pela presença de suas condições 
naturais (vegetação, lagos, relevo, etc), as quais podem também 
promover bem-estar psicológico no visitante [...] possibilitando 
maiores níveis de atividade física e experiências psicológicas 
relevantes para a melhoria da saúde mental. 
 Em contrapartida Marcos Antônio Silvestre Gomesm (2014, Pag. 10) 
observa que: 
Os parques constituem espaços produzidos segundo a lógica de 
reprodução do capital. Tornam-se produtos não vendáveis em si, mas 
sua imagem passa a ser mercantilizada, proporcionando mudanças 
no valor da terra urbana e aumentando as diferenças socioespaciais 
[...] a natureza, “artificializada”, se tornou objeto de consumo das 
elites urbanas e elemento norteador de uma nova dinâmica de 
produzir o espaço, fruto da ideia “forjada” de um ambiente que, por 
ser esteticamente agradável, é ecologicamente correto e, portanto, 
constitui-se em uma prática sustentável [...] Os parques urbanos, 
como espaços de lazer e refúgios de natureza no imaginário social, 
devem ser implantados segundo outra lógica, inversa à do lucro e da 
acumulação do capital, que os projetam como produtos para o 
mercado. A implantação desses equipamentos deve ser realizada 
com base no seu valor de uso, compreendendo-os como obra para 
usufruto da população em geral, e não como coisa a ser trocada ou 
vendida no mundo das mercadorias [...] 
No processo de produção do espaço urbano, com a destinação de 
recursos públicos para obras e interesses específicos, é necessária a 
participação popular. A participação efetiva de diferentes segmentos 
sociais pode resultar em políticas públicas menos excludentes, 
capazes de assegurar um processo participativo mais democrático, 
no qual as decisões sobre os investimentos públicos possam ser 
deliberadas coletivamente, de forma que contribuam como um 
instrumento de construção e fortalecimento da cidadania. 
 A permacultura então se insere, como um instrumento de grande efeito 
na preservação ambiental, no uso racional e democrático do solo urbano e 
pode ser trabalhada dentro da proposta do parque, visando a sua 
autosustentabilidade de forma a beneficiar igualitariamente todos os cidadãos 
que usufruem do espaço. No livro Permacultura Urbana, Fernando Neme 
(2014, p. 07) ressalta que: 
 O planejamento enfatiza e promove melhorias ecológicas no 
uso do espaço, privilegiando os seus elementos locais, ordenando e 
dividindo as áreas por zonas e setores, potencializando suas 
qualidades, buscando eficiência energética e um ciclo produtivo 
realimentado com os resíduos da etapa anterior (desenvolvimento de 
fluxos eficientes de produção). As ferramentas do desenho são um 
conjunto de princípios que balizam e incentivam soluções inovadoras, 
adaptadas ao local, e ambientalmente sustentáveis às necessidades 
humanas essenciais. Seus objetivos principais são: cuidar da terra, 
cuidar da pessoa, produzir fartura, não poluir, mitigar e compensar, 
cultivar alimentos saudáveis, captar e usar a água de forma 
responsável, construir se inserindo na paisagem, preferir o uso de 
energia renovável de fonte limpa, fomentar o comércio justo e 
solidário, entre outras ações socioambientais resilientes. 
 Compõem a ética da permacultura os seguintes itens (PAMPLONA, 
2013, Pag. 24): 
Cuidado com o planeta. Cuidar do planeta significa estar e atuar nele 
de forma responsável, conservando a vida de todas as espécies, do 
solo, do ar, da água de modo a garantir o equilíbrio dos processos 
naturais, trabalhando a favor da natureza e potencializando o 
aumento dos recursos que geram vida. 
Cuidado com as pessoas. Cuidar das pessoas significa o respeito 
pleno ao outro, ao ser humano que habita o planeta assim como às 
demais espécies. Levar em consideração o bem-estar do indivíduo e 
cultivar relações saudáveis de amorosidade em comunidade. 
Distribuição dos excedentes. Distribuir os excedentes é partilhar de 
forma justa os recursos, a produção, o tempo e a energia do 
ambiente e entre as pessoas. Significa não acumular e não gerar 
desperdício. 
 É notória a fundamentação e abrangência dos métodos da permacultura 
no gerenciamento dos recursos essenciais a vida. Uma vez que conduz a 
comunidade a adaptar-se o máximo ao meio em que se vive, em vez readaptar 
o meio para si. 
5. METODOLOGIA DA PESQUISA 
 No intuito de produzir uma proposta de parque urbano sustentável na 
cidade de Luziândia-PI, com a premissa de preservara paisagem natural e 
seus ecossistemas, foram feitas pesquisas em artigos científicos e livros para 
um melhor embasamento dos temas em estudo, foram referências também 
algumas matérias de sites locais sobre o histórico de formação, 
desenvolvimento do município e suas características ambientais, sociais e 
econômicas. 
 Para que a pesquisa consista na funcionalidade do espaço projetado e 
garanta o seu uso, serão feitos estudos de caso, visitas para reconhecimento 
da área, buscando atender as necessidades reais daquela comunidade, 
identificar falhas, tendência e aspectos locais. Os métodos usados para coletar 
estes dados serão observações feitas em loco e nas redondezas relevantes em 
diferentes horários do dia e em diferentes dias da semana, sendo instrumento 
definidor para o programa de necessidades do projeto. 
 Serão feitos também os levantamentos de áreas e topografia da 
dimensão territorial abrangente na proposta, estudos de insolação, ventilação e 
de seus ciclos naturais em períodos de seca e em períodos de vazante, 
possibilitando os zoneamentos das potencialidades do local e estudos de 
implantação. Por fim, com estes dados em mãos e com o auxílio das 
ferramentas tecnológicas: Revit 2018, Google Earth pró, Lumion 6.5.1 e 
Illustrator CC, será então aplicado na prática o desenvolver do projeto 
urbanístico do parque autossustentável. 
6. CRONOGRAMA 
O projeto será idealizado a partir do final do ano de 2017 e no decorrer do ano 
de 2018, as etapas foram organizadas durante este tempo da seguinte forma: 
 
REFERÊNCIAS 
 
AS DIMENSÕES do desenvolvimento sustentável. Disponível em: 
<http://www.publicadireito.com.br/artigos/?cod=8b9b3436fc4466e9>. Acesso 
em 04/11/2017. 
 
PAGANI, Eliane B S; ALVES, Jolinda de Moraes; CORDEIRO, Sanda Maria A. 
Segregação sócio espacial e especulação imobiliária no espaço urbano. 
Vitória - ES, 2015. Disponível em: 
<http://www.redalyc.org/html/4755/475547144014/>. Acesso em: 27 de out. de 
2017. 
 
GOMES, Marcos Antônio Silvestre. PARQUES URBANOS, POLÍTICAS 
PÚBLICAS E SUSTENTABILIDADE. Fortaleza-CE, 2014. Disponível em: 
<http://www.scielo.br/pdf/mercator/v13n2/1676-8329-mercator-13-020079.pdf>. 
Acesso em: 28 de out. de 2017. 
 
PAMPLONA, Sérgio. Introdução a Permacultura. Brasília: Revista 
ECObrasília. Ano 1 Nº1. julho/agosto 2013. 
 
ANDRÉAS, Paula. Luzilândia - História Oficial. 2012. Disponível em: 
<http://fatimaneder.blogspot.com.br/2012/09/normal-0-21-false-false-false-pt-br-
x.html>. Acesso em: 28 de out. de 2017. 
 
MARICATO, Erminia. A TERRA É UM NÓ NA SOCIEDADE BRASILEIRA ... 
TAMBÉM NAS CIDADES. São Paulo, 1997. Disponível em: 
<http://labhab.fau.usp.br/biblioteca/textos/maricato_terranosociedadebrasileira.
pdf>. Acesso em: 28 de out. de 2017. 
 
MEIONORTE.COM. História de Luzilândia. 2009. Disponível em: 
<https://www.meionorte.com/blogs/josefortes/historia-de-luzilandia-98009> 
Acesso em: 28 de out. de 2017. 
 
MAYMONE, Marco Antônio de Alencar. PARQUES URBANOS - ORIGENS, 
CONCEITOS, PROJETOS, LEGISLAÇÃO E CUSTOS DE IMPLANTAÇÃO 
ESTUDO DE CASO: PARQUE DAS NAÇÕES INDÍGENAS DE CAMPO 
GRANDE, MS. Campo Grande - MS, 2009. 
 
NEME, F. J. P. Permacultura Urbana. 1. Ed. São Paulo, 2014. Disponível em: 
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