Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
2. O ESTADO: 1 – CONCEITO: É o agrupamento de pessoas politicamente organizadas dentro de um território. É o agrupamento humano, estabelecido de forma permanente num território e sob um governo independente. 2 – ELEMENTOS CONSTITUTIVOS: - POVO: São os indivíduos que habitam o território em determinado momento histórico. - TERRITÓRIO DETERMINADO: Não quer dizer delimitado. - GOVERNO SOBERANO: Não subordinado a qualquer autoridade exterior e cujos únicos compromissos sejam pautados pelo próprio DIP. 3 – CLASSIFICAÇÃO: Os Estados podem ser classificados em: - ESTADO SIMPLES: São aqueles que representam um todo homogêneo e indivisível. Forma mais comum de Estado. Tem um poder único. Ex. Uruguai - ESTADOS COMPOSTOS: existe mais de um poder. – POR COORDENAÇÃO: São constituídos pela associação de Estados soberanos ou pela associação de unidades estatais que, em pé de igualdade, conservam a autonomia interna, enquanto o poder soberano é investido a um órgão central. Igualdade entre os setores do estado. Estado federal ou federação de Estados: é a união permanente de dois ou mais Estados, na qual cada um deles conserva apenas sua autonomia interna, sendo a soberania externa exercida por um organismo central, isto é, pelo governo federal, plenamente soberano nas suas atribuições, entre as quais se salientam a de representar o grupo nas relações internacionais e a de assegurar a sua defesa externa. – POR SUBORDINAÇÃO: aqueles Estados não possuíam plena autonomia, não estavam em pé de igualdade. Não existem mais. Hierarquia. 4 – NASCIMENTO DO ESTADO: nasce geralmente de um fato histórico e depois um fato jurídico. Surge: - ESTABELECIMENTO de uma população sobre um território; - EMANCIPAÇÃO decorrente da sublevação da população, separação de parte da população e do território de um Estado, subsistindo a personagem jurídica da mãe-pátria; separação de um Estado, mas que este continua existindo, mas nasce um novo Estado. Ex. Portugal – Brasil. - FUSÃO: dois Estados soberanos se unem. Desaparecem para nascer um novo estado. Ex. queda do Muro de Berlim, que fez a união da Alemanha Ocidental e a Alemanha Oriental se tornarem uma só (Alemanha). - DISSOLUÇÃO total de um Estado, não subsistindo a personalidade do antigo Estado. Desaparece a pessoa jurídica de direito internacional para nascer novas. Ex. URSS. 5 – RECONHECIMENTO: - CONCEITO: Decisão do governo de um Estado existente de aceitar outra entidade como Estado. O reconhecimento é necessário para o Estado ingressar na Comunidade Internacional, para com ela se relacionar. O Estado para se relacionar externamente necessita do reconhecimento do outro. O reconhecimento é um ato livre e unilateral. EX: Palestina Accioly: “É ato livre pelo qual um ou mais Estados reconhecem a existência de um território determinado, de uma sociedade humana, politicamente organizada, independente de qualquer outro Estado existente e capaz de observar as prescrições de Direito Internacional” - EFEITOS: Existem duas correntes: 1 – uma entende que o reconhecimento atribui personalidade ao Estado. DO EFEITO ATRIBUTIVO: o reconhecimento atribui personalidade internacional ao novo Estado. 2 – outra apenas reconhece que o outro Estado existe. EFEITO DECLARATIVO: O reconhecimento apenas consigna uma situação já existente. Quando um Estado reúne elementos constitutivos fundamentais e quer ingressar na comunidade internacional. - DEVER: é importante o reconhecimento, mas não há o dever jurídico. ** Só há DEVER MORAL: quando tem todas as condições para existir e está disposto a obedecer às normas internacionais, participar da comunidade internacional. Só existe sob o aspecto moral. Não é coercitivo, o estado a ser reconhecido, para isso ele deve possuir os três elementos (governo, território, povo), para ser constituído e estar disposto a obedecer as normas internacionais. - MODALIDADES: formas de reconhecer: – EXPRESSO: quando é feito através de um documento. Ex.: declaração: expressa explicitamente o reconhecimento ou nota, tratado e uma decreto; – TÁCITO: quando o comportamento do estado evidencia a intenção mesmo que não declare; Ex.: envia embaixador; – DE JURE: de pleno direito, total, completo; – DE FACTO: é provisório, limitado a certas relações; – INDIVIDUAL: quando é feito por um Estado só; – COLETIVO: quando é feito através de uma reunião onde vários Estados reconhecem ao mesmo tempo, num tratado. – OPORTUNIDADE PARA SER RECONHECIDO: a) ESTADO SURGIDO POR SUBLEVAÇÃO: (há luta interna: grupo x governo): Quando cessar a luta entre povo sublevado e mãe-pátria Quando a mãe-pátria se mostra impotente para dominar a luta Quando a mãe-pátria oficializa o movimento e reconhece o novo Estado b) ESTADO SURGIDO DE OUTRA FORMA: Quando reúne os requisitos necessários a constituir-se um Estado (organizado) e está disposto a obedecer o direito internacional - RECONHECIMENTO DE BELIGERÂNCIA: O DIP admite alguns atos que podem proceder ao reconhecimento de um Estado, entre eles a figura beligerante. – BELIGERÂNCIA: são revoluções de grande porte em que os revoltosos formam tropas e dominam parte do território, com finalidade de formar um novo Estado, ou de determinar a mudança do Governo e do Regime Político do Estado. – OBJETIVOS: - Transformar-se em Novo Estado - Mudança de Governo ou regime – CARACTERÍSTICAS PARA O RECONHECIMENTO DA BELIGERÂNCIA: condições que deve apresentar para ser considerado beligerante. 1 – A proporção da luta: se a luta assume grandes proporções, de tal maneira que os sublevados se mostrem fortes assumam e exerçam poderes semelhantes ao do Estado (a mãe pátria já não domina mais); 2 – Se o grupo constitui um governo responsável (um território com líder responsável assume atos praticados em seu comando); 3 – O grupo mantém autoridade sobre parte definida do território (as forças do Governo central não entram ali); 4 – Possuem força armada regularmente organizada (observada a hierarquia e disciplina militar); 5 – O grupo deve estar disposto a cumprir e respeitar os direitos e deveres de neutralidade (compromisso que o Estado tem de não declarar guerra). – AS PARTES SERÃO RECONEHCIDAS COMO BELIGERANTES: quando os Estados reconhecem: 1 – Que os interesses de um governo foram atingidos pela luta (ao declarar está reconhecendo neutralidade); 2 – Se o conflito for de tamanha proporção que os governos estrangeiros não possam ficar alheios; – EFEITOS DO RECONHECIMENTO DA BELIGERÂNCIA: 1 – Conferir de fato ao grupo sublevado os direitos e deveres de um Estado no tocante à guerra, não são tratados como piratas ou bandidos. (aos indivíduos especialmente, há um melhor tratamento); 2 – Se a mãe pátria os reconhece não mais poderá tratá-los como rebeldes, ao mesmo tempo que se exonera de responsabilidades por qualquer ato e pelos prejuízos causados as potências estrangeiras e aos seus nacionais que estiverem no território dominado pelos sublevados. O reconhecimento é feito por declaração de neutralidade (da mãe- pátria, ou dos outros Estados). 6– EXTINÇÃO E SUCESSÃO DE ESTADOS: - EXTINÇÃO: deixa de existir a pessoa jurídica de direito internacional. CONCEITO: O Estado do nasce da reunião de três elementos, constitutivos, e disto decorre a conseqüência lógica de que o desaparecimento de qualquer destes elementos implicará na extinção do Estado. MODOS: 1º - Absorção de um Estado por outro. 2º - O nascimento de um Estado por fusão, (dissolução) resultado da união de dois estados soberanos, com a conseqüente perda da personalidade internacional. -SUCESSÃO: DISPOSITIVOS LEGAIS: (Tratados) Convenções de Viena de 1978 e 1983; CONCEITO: “A substituição de um Estado predecessor por outro Estado sucessor na responsabilidade pelas relações internacionais de determinado território”. 7. DIREITOSE DEVERES DOS ESTADOS: 1 – DIREITOS: Se dividem em PRINCIPAIS e SECUNDÁRIOS: DIREITO FUNDAMENTAL: É o direito à existência, é o direito de ser pessoa do DIP, é o direito de existir como Estado. O DIREITO À EXISTÊNCIA compreende dois direitos: DIREITO À LIBERDADE e o DIREITO À DEFESA e CONSERVAÇÃO. 1.1 - DIREITO À LIBERDADE: é o direito de ter soberania, tomar as próprias decisões, só estar submetido à lei. Ele compreende dois aspectos da soberania: SOBERANIA INTERNA: poder supremo dentro do Estado, não admite poder maior ao seu dentro do Estado, compreende: a1) DIREITO DE ORGANIZAÇÃO POLÍTICA: compreende: estabelecer a forma e sistema de governo, adotar uma Constituição Política, pode modificar sua organização, contanto que respeite os direitos dos outros Estados; a2) DIREITO DE LEGISLAÇÃO: direito de fazer e aplicar suas próprias leis (nacionais e estrangeiros no seu território); a3) DIREITO DE JURISDIÇÃO: direito de submeter aos tribunais do Estado aqueles que não cumprirem a legislação, o de estabelecer sua organização judiciária (como ele se estrutura e funciona); a4) DIREITO DE DOMÍNIO: domínio sobre seu próprio território. SOBERANIA EXTERNA: em relação aos outros Estados, tem esses direitos: b1) DIREITO de FAZER TRATADOS E CONVENÇÕES INTERNACIONAIS: é de fazer ajustes, qualquer relação desde que não atinja terceiros; b2) DIREITO DE LEGAÇÃO: representação externa enviar e receber; b3) DIREITO DE GUERRA E PAZ: direito de fazer guerra e assinar a paz; b4) DIREITO DE IGUALDADE: (jurídico e político) Os Estados são iguais porque são independentes; Serem iguais perante a lei internacional; Para agir livremente dentro da sua jurisdição; Não depender de outro Estado; O direito de possuir todos os direitos dentro da comunidade internacional. Como consequência desta igualdade tem-se: Nas decisões das Assembleias Internacionais todos os Estados tem direito a voto, é de igual valor para todos: direito de voto Nenhum Estado pode reclamar jurisdição sobre outro Estado soberano (reclama jurisdição = impor suas leis a outro Estado). b5) DIREITO DE RESPEITO MÚTUO: Tratar com consideração; * Falta de respeito: obriga o outro a pedir desculpa ou esclarecer incidentes. 1.2 - DIREITO À DEFESA E CONSERVAÇÃO: atos que o Estado vai praticar contra inimigos internos ou externos: Vai adotar leis penais; Organização de tribunais repressivos: para aplicar todas as leis existentes no país; Prática de medida de ordem policial: Ordem estadual e federal; Proibição da entrada de indesejáveis: se refere a estrangeiros ou nacionais expulsos e não anistiados. Expulsar os estrangeiros nocivos à ordem e a segurança do país; O Estados pode fazer alianças defensivas; O direito de organizar a defesa nacional. Isso tudo pode ser exercido se o Estado não estiver atentando contra a segurança do outro Estado. **** RESTRIÇÕES AOS DIREITOS FUNDAMENTAIS DOS ESTADOS: No exercício dos direitos os Estados podem ter as seguintes restrições: a) IMUNIDADE DE JURISDIÇÃO LOCAL: quando se aplica a lei do território de origem para pessoas que se encontrem em outro país; São imunes em razão da função que exercem: - Chefes de Estado (governo); - Agentes diplomáticos; - Certos Cônsules; - Tropas estrangeiras em trânsito pelo território do país com autorização do governo ou sediadas temporariamente no território; - Oficiais de tripulação de navios e aviões de guerra autorizados a passar em água e território de outros Estados. O fundamento da imunidade: Necessidade de assegurar liberdade de palavra e ação destas pessoas; Respeito à independência do Estado que este indivíduo representa. b) CAPITULAÇÕES: conjunto de privilégios concedidos por um Estado ao outro. c) GARANTIAS E SERVIDÕES INTERNACIONAIS: o Estado tem domínio sobre o seu território, em função deste direito pode sofrer restrições. – GARANTIAS: - HIPOTECA: garantia real sobre bens imóveis - PENHOR: quando se dá uma coisa móvel com garantia. – SERVIDÕES: Servidão é a submissão de uma coisa a outra, ou a uma pessoa. Restrição ao livre exercício da soberania nacional-territorial aceita, expressa ou tacitamente pelo Estado que se submete a servidão. Podem ser: 1 - POSITIVA: quando o Estado permite a outro Estado determinada utilização de seu território. 2 - NEGATIVA: restrição de exercer o poder territorial em toda a sua extensão. Assume a obrigação de não fazer. Representa uma omissão: d) ARRENDAMENTO DE TERRITÓRIO: é a cessão a título oneroso, por certo prazo da jurisdição sobre determinado território cuja soberania continua a pertencer ao Estado cedente. e) NEUTRALIDADE PERMANENTE: é um compromisso que o Estado assume de não fazer guerra a nenhum Estado, exceto para se defender de agressão sofrida. Estados neutros atualmente: - Vaticano 1929 - Áustria 1955 - Suíça 1815 – DEVERES DOS ESTADOS: 1 – DEVERES MORAIS: não se pode exigir cumprimento, não há coercibilidade. Os Estados têm o dever de Assistência Mútua, sendo: Conceder abrigo a navios em perigo; Socorro marítimo; Imposições de medidas sanitárias para controle de epidemias; Cooperação para a administração da justiça; Impedir a preparação no seu território de agressão a um Estado como qual mantém relações pacíficas; Respeito às decisões dos tribunais internacionais a que o Estado recorreu. 2 – DEVERES JURÍDICOS: são aqueles que podem ser exigidos juridicamente. Os principais são: Respeitar a existência dos demais Estados, nisto está englobada a soberania e a independência; Respeitar normas internacionais sem este respeito não haverá convívio na comunidade; Cumprir os tratados, que o estado tenha participado e sub escrito. 3 – DEVER DE NÃO INTERVENÇÃO: é um dever moral e jurídico. É o dever de não ingerir nos negócios internos e externos de outro Estado. Intervenção: é interferir no que diz respeito a outro Estado, é a ingerência nos negócios internos ou externos, feito por um Estado a outro, não dependente dele, com a intenção de lhe impor certa maneira de proceder. ELEMENTOS: ATO ABUSIVO: destinado a usurpar prerrogativas da soberania do Estado a que se aplica. IMPOSIÇÃO DE VONTADE ALHEIA. SÃO CONSIDERADOS ATOS DE INTERVENÇÃO: IMPOSIÇÃO OU TENTATIVA DE IMPOSIÇÃO de uma forma de governo, certas instituições políticas, de um chefe de governo; OPOSIÇÃO A ATOS LÍCITOS DO OUTRO ESTADO; IMPOSIÇÃO OU TENTATIVA DE IMPOSIÇÃO DA CELEBRAÇÃO DE UM TRATADO OU DA ADOÇÃO OU REVOGAÇÃO DE MEDIDAS ; INGERÊNCIA na administração da justiça ou de qualquer ato de competência exclusiva de Estado. TIPOS DE INTERVENÇÃO: ARMADA: é o emprego de armas DIPLOMÁTICA: quando o Estado usa pressão através dos diplomatas. INDIVIDUAL: um único Estado impondo b) comportamento aos outros. COLETIVA: vários Estados impondo comportamento a outros Estados. EXCEÇÕES AO DEVER DE NÃO INTERVENÇÃO: INTERVENÇÃO EM NOME DO DIREITO DE DEFESA E CONSERVAÇÃO: intervir quando o Estado está sendo gravemente ameaçado; INTERVENÇÃO POR MOTIVO DE HUMANIDADE: quando no Estado está havendo crueldade a certos grupos. INTERVENÇÃO PARA PROTEÇÃO DOS DIREITOS DO HOMEM: deve recorrer a ONU, a força da ONU pode intervir; INTERVENÇÃO PARA PROTEÇÃO DE DIREITOS OU INTERESSES DE NACIONAIS EM PAÍS ESTRANGEIRO: É dever do Estado e só é intervenção se houver abuso; INTERVENÇÃO COLETIVA: a ONU permite ação coletiva, sempre que autorizada pelo Conselho de Segurança. Quando há: Ameaça a paz; Ruptura da paz; Prática de atos de agressão; O Estado ofendido deve pedir a intervenção; **Além da intervenção física, também, salienta-se, o problema da intervenção econômica. Tratam da matéria as seguintes doutrinas: DOUTRINA DRAGO: Luís Maria Drago, Ministro das Relações Exteriores da Argentina, emreação a demonstração naval da Alemanha, Itália e Inglaterra na costa da Venezuela, declarou: “A dívida pública não pode motivar a intervenção armada e ainda menos a ocupação material do solo das nações americanas por uma potência européia”. Esta declaração adquiriu caráter mais amplo quando apresentada na Segunda Conferência de Paz em Haia que passou a ser chamada de Convenção de Porter onde foi acrescentado: “Salvo se o Estado devedor repelir ou deixar sem resposta um oferecimento de arbitragem sobre o caso, ou se o aceitar não se conformar com a sentença proferida”. DOUTRINA MONROE: foi proposta pelo Presidente James Monroe em 02/12/1823. Proposta/princípios: O continente americano não pode ser objeto de futura colonização de nenhuma potência européia; É inadmissível qualquer intervenção européia nos negócios internos ou externos de qualquer dos países americanos; Os Estados Unidos não intervirão absolutamente nos negócios pertinentes a nenhum país europeu. Em 21/12/1936 numa Conferência Interamericana de Consolidação da Paz em Buenos Aires foi proclamado o princípio da solidariedade americana em todos os conflitos extracontinentais. 8. RESPONSABILIDADE DOS ESTADOS: 8.1FUNDAMENTOS: 1º - Os Estados tem a obrigação de cumprir os compromissos assumidos; 2º - O Estado te m a obrigação de reparar o mal injustamente causado; 8.2 ESPÉCIES: PODE SER: CONTRATUAL: descumpre o tratado DELITUOSA: causa dano DIRETA: quando tem origem em atos praticados pelo lllllllllb)llllllllllllllllllllll governo ou seus agentes; INDIRETA: quando tem origem em atos praticados hgjsjsjjjhgfjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjapelos cidadãos. 8.3ELEMENTOS: Que haja dano feito a direito alheio; Que se trate de ato ilícito; Que este ato seja realmente imputável ao Estado. 8.4 ATOS DE ÓRGÃOS DO ESTADO QUE PODEM GERAR RESPONSABILIDADES: 1. ATOS DO EXECUTIVO: Ação; Omissão do governo ou funcionário, descumprindo deveres internacionais ou causando dano. 2. ATOS DO LEGISLATIVO: se o órgão elaborar lei ou resolução contrária aos deveres internacionais ou deixar de adotar alguma disposição necessária ao cumprimento dos deveres internacionais. 3. ATOS DO JUDICIÁRIO: – se o Estado não permite aos estrangeiros recorrer a justiça. – os estrangeiros têm acesso ao tribunal, mas este não toma conhecimento das causas das partes. – quando o judiciário (Estado) retarda indefinidamente a prolação da sentença; – quando o Estado não dá garantias necessárias ao estrangeiro para a boa administração da justiça. 8.5 RESPONSABILIDADE POR ATOS DOS INDIVÍDUOS: É uma responsabilidade indireta, pois não foi o Estado nem seus órgãos que causaram o dano, mas os indivíduos: São atos dirigidos contra: - Estado estrangeiro; - indivíduos de outro Estado; Essa responsabilidade decorre por delitos de ação e omissão. Fundamento: Porque o Estado é responsabilizado se o ato foi praticado por particular? Porque houve omissão. Ele foi omisso de tomar providência para Prevenir e Reprimir. Parecer Instituto Americano de Direito Internacional: que os governos dos Estados são responsáveis por atos dos indivíduos - “quando não tenham assegurado a ordem interna, tenham sido negligentes na repressão dos atos que perturbam a dita ordem, ou, finalmente, não tenham concedido, na medida das suas forças, as garantias necessárias para prevenir os ditos danos ou prejuízos” 8.6 CIRCUNSTÂNCIAS QUE EXCLUEM A RESPONSABILIDADE: Quando o ato perde o caráter de ilícito transformando-se no exercício de um direito. Aqueles em que o ato determinante da responsabilidade, apesar de ilícito, não pode acarretar as consequências naturais dos ilícitos. Decurso do tempo que extingue a responsabilidade. Prescrição liberatória. O prazo depende da circunstância, não é estipulado. Quando o ato é conseqüência direta do comportamento censurável do lesado. Ato ocorreu por culpa da vítima: 8.7 CONSEQUÊNCIAS DA RESPONSABILIDADE: Suas formas mais comuns são: Reparar o dano – restabelecer o estado anterior. Não sendo possível, caberia indenizar pelo mal causado. Corte permanente de Justiça Internacional se manifestou: “a reparação deve, tanto quanto possível, apagar todas as consequências do ato ilícito e restabelecer a situação que teria, provavelmente, existido o dito ato não tivesse sido cometido”. Satisfação adequada: leva a idéia de que o Estado deve tomar atitude, subentendida ao dano moral: Formalizar pedido de desculpa Saudação aos símbolos injuriados Manifestação de pesar Destituição do cargo
Compartilhar