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Filosofia Geral - Profª Carolina Zambonato

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Universidade Federal do Rio de Janeiro 
Faculdade Nacional de Direito 
Filosofia Geral - 2016.1 
Profª Carolina Zambonato 
Caderno: Ingrid Grandini 
 
AULA 1 – INTRODUÇÃO À FILOSOFIA 
 
O que marca, fundamentalmente, o nascimento da filosofia? 
Os dois pré-socráticos iniciam sua filosofia em busca da essência das coisas, tentando 
estabelecer uma verdade sobre o mundo. 
 
O que é physus? O que é nomos? Como se relacionam? 
Physis é a ordem natural das coisas; nomos é a ordem humana das coisas. Se relacionam 
como, por exemplo, ciclos da natureza (o plantar da semente na expectativa de que ela se 
torne uma árvore) e norma (uma expectativa de comportamento). 
 
O que significa o devir no pensamento de Heráclito? 
Para Heráclito, devir significa movimento, é uma necessidade do mundo. Tudo vem a ser e 
deixa de ser, tudo está permeado de movimento e transformação, nada é estático. A Justiça é 
a única exceção. A única unidade que existe é que todas as coisas estão submetidas a ordem 
do devir. Para ele, a percepção de que tudo é movimento é tão clara que não exige nenhuma 
explicação fora dela. 
 
Como ser e não-ser se relacionam no pensamento de Parmênides? 
Não há movimento entre o ser e o não-ser. É algo estático. Ou se é, ou não se é. Aquilo que é 
somente pode ser aquilo que é e aquilo que não é nunca pode ser algo que é, ou seja só pode 
não ser. Não se pode ser duas coisas ao mesmo tempo.A partir do momento que há uma 
transformação deixa de ser aquilo para tornar-se outra coisa, logo não se é. O ser nunca pode 
se tornar outra coisa, se isso acontecer é porque ele nunca foi. 
 
O que significa dizer que “o homem é a medida de todas as coisas?” 
Significa dizer que não há universalidade, há pensamentos, conhecimentos e verdades 
relativas (técnica sofista da persuasão). 
 
AULA 2 – PLATÃO E ARISTÓTELES NA TEORIA DO CONHECIMENTO 
 
Por que Platão critica os sofistas e o conhecimento sensível? 
Porque os sofistas creem em uma verdade relativa, baseada na persuasão. Os sentidos não 
promovem uma verdade integral. A ideia é, para Platão, a “alma” das coisas. 
 
O que significa, para Platão: 
A ideia?​ Ideia é a essência/”alma” das coisas enquanto coisa. 
A reminiscência?​ Reminiscência é compreensão/ memória da ideia (conhecimento). 
 
Partindo da “Alegoria da Caverna” como é construído o conhecimento para Platão? 
Para Platão, somos seres enganados pelos conhecimentos sensíveis, ideias difusas que, na 
“Alegoria da Caverna” é representada pela sombra. Só é possível descobrir a verdade (a 
claridade) através do esforço (o soltar-se das amarras). 
 
Obs:​ Para Platão, é necessário que a verdade seja. 
● A verdade é dada quando se alcança a ideia – O bem e o belo são verdades ultimas. 
 
Faculdade Nacional de Direito - UFRJ 
Filosofia Geral - 2016.1 
Caderno: Ingrid Grandini 
 
● Cada verdade sensível tem uma verdade nas ideias 
● O que é sensível é particular 
● Logos (destino) + vontade (liberdade) = providencia divina (fé) 
● O dogmatismo religioso interfere na ciência da natureza – dogmatismo + confusão das 
ideias. 
● DIÁLOGOS DA JUVENTUDE OU SOCRÁTICOS: Defendem a memória de Sócrates e 
discute temas morais. DIÁLOGOS DA MATURIDADE: independência do pensamento 
platônico. DIÁLOGOS DA VELHICE: ultima formulação do pensamento platônico. 
 
Qual a critica de Aristóteles à Teoria das Ideias de Platão? 
Para Aristóteles, a ideia de algo depende de outra ideia. O mundo das ideias não diz nada 
sobre o movimento do mundo sensível. Platão não é capaz de explicar a relação entre essência 
e matéria. 
 
Segundo Aristóteles, como sensação e razão se articulam na produção do conhecimento? 
Para Aristóteles, o conhecimento sensível é responsável por estimular uma parte do intelecto. 
 
Obs.:​ é possível conhecer o que é real concreto e mutável por meio de definições e conceitos 
que permanecem inalterados – o que importa ser conhecido acerca do ser. 
● O Universo: ordenado por leis constantes e imutáveis. 
● A Filosofia implica o abandono do senso comum e o despertar da consciência critica 
(função libertadora para o homem). 
● Causas em vista das quais um ser é: material (do que é feito) + forma + motor (principio 
do movimento) + o fim a que se destina. 
● SUBSTANCIA: aquilo que o ser é em si mesmo; é o individuo uno em si mesmo e 
separado dos demais. 
● A constituição do Estado é da própria natureza do homem incapaz de sobreviver 
isolado dos outros. 
 
AULA 3 – HUME E KANT NA TEORIA DO CONHECIMENTO 
 
O Empirismo de Hume se contrapõe ao racionalismo de Descartes. Qual a origem das ideias 
para Hume? 
Hume, se aproxima da ideia de Aristóteles. Para ele todo conhecimento humano se origina na 
experiência e é limitado por ela. 
 
Qual a diferença entre impressões sensíveis e as ideias? Como se da a associação de ideias? 
Para Hume, as ideias são menos intensas que as experiências. A ideia é mera sombra das 
nossas impressões (a ideia é produto da impressão). O objetivo do nosso pensamento sempre 
vai ter como fonte aquilo que sentimos. À qualquer ideia sempre vai ser relacionada uma 
impressão. A associação de ideias se dá na “mistura” de duas ideias já existentes. Combinação 
de ideias com plenitude. (​semelhança​: sereia = ideia de mulher + ideia de peixe; 
‘conguinitude’​:- - - - - - - - = reta). 
 
Qual a critica de Hume à ideia de causalidade? 
Para Hume, a causalidade não existe. A causa pode ser a mesma mas o fim pode ser diverso. 
 
Obs.:​ Não há uma verdade, existem várias e estão contidas no individuo. 
● PERCEPÇÕES: impressões + ideias (​simples​: indivisíveis – cor, cheiro​; complexas​: 
divisíveis – conjunto de ideias simples e associações). 
● Não existem ideias inatas. 
Faculdade Nacional de Direito - UFRJ 
Filosofia Geral - 2016.1 
Caderno: Ingrid Grandini 
 
● A Associação de ideias possibilita a construção de um campo matemático. 
● CETICISMO: A ideia da razão está associada à noção de causa e efeito. Em ultima 
instancia a razão é uma crença ligada ao hábito e ao costume. 
● RELATIVISMO: quebra da universalidade. 
 
Kant procura superar a contradição entre o racionalismo e o empirismo, buscando 
compreender as condições de possibilidade de conhecimento. Que condições são essas? 
Kant aceita que a experiência estimula o pensamento e é uma importante parte dele, mas não 
que ela o origina. Existem determinadas estruturas do pensamento do homem que existe 
independente da experiência, ele as tem simplesmente por ser dotado de razão e é fazendo 
uso dessas estruturas, desses instrumentos, que ele é capaz de conhecer. Ao remeter o 
conhecimento para a experiência nós corremos o risco do relativismo. Para ele as coisas não se 
apresentam para nós na sua essência, quando eu percebo algo com os meus sentidos eu não 
percebo exatamente o que é aquilo, mas somente parte daquilo. 
 
O que são: 
Juízos analíticos a priori:​ causa e efeito – pensamento pleonástico; não há contradição. 
- ex: o careca não tem cabelo. 
Juízo sintético a posteriori: ​particulares – sujeito e predicado não pleonásticos. 
- ex: o homem é careca. 
Juízo sintético a priori​: o tempo e o espaço afetam o sujeito (estruturam as sensações), 
possibilitam um conhecimento vindo, ou não, da experiência que é necessária e universal (a 
coisa e o fenômeno da coisa). Os princípios modificam as percepções. 
 
Obs.:​ Provar a não existência de Deus – Iluminismo. 
● O homem é um ser autônomo, pois é possuidor de razão. 
● Supressão da universalidade. 
 
AULA 4 – ÉTICA PARA ARISTÓTELES 
 
O que é Ética para Aristóteles? Qual o tipo de saber que a caracteriza, fundamentalmente? 
A Ética trata do sujeito em sociedade. É uma ​Práxis​, depende da ação da humana, da prática, e 
tem como finalidade alcançar o bem, a felicidade. Exercício constante da ação virtuosa que 
busca a felicidade; 
 
Qual é a finalidade da ética?A ação ética busca um fim, o bem, ou seja, a felicidade do coletivo. A felicidade é o bem 
comum de todos. Eudaimonia: Eu (nobre) + daimon (deuses); o Deus é como representante da 
coletividade. 
 
O que é virtude para Aristóteles? Como ela se relaciona com o justo meio? 
A ação ética é virtuosa na medida que ela busca uma prudência, busca o justo meio para evitar 
os extremos: a falta e o excesso. A virtude só existe em ação de bem. 
 
Qual é a relação entre desejo e virtude? 
Desejo: Nós somos animais, buscamos o prazer, como uma energia vital própria do humano. Já 
a virtude (e a vontade) faz parte do nosso lado racional de acordo com o nosso querer. 
Possibilita que realizemos as ações nem com covardia, excesso de medo nem com 
temerosidade, que é falta excessiva de medo. É o agir com coragem. 
 
O que é: 
Faculdade Nacional de Direito - UFRJ 
Filosofia Geral - 2016.1 
Caderno: Ingrid Grandini 
 
Justiça ditributiva?​ Aplicação de um mesmo critério aplicado proporcionalmente (regra de 3) 
para todas as pessoas. (Cotas). 
Justiça Corretiva?​ Tentativa de retornar ao estado anterior de algo. Não há proporcionalidade. 
Lógica de justiça do Direito (perdeu, ganhou). 
Reciprocidade?​ É necessário que haja reciprocidade entre as trocas, troca justa. (dar valor as 
coisas). Busca do valor comum entre as coisas. 
Equidade? ​Exata medida das coisas. Aplicação da lei de maneira justa. 
 
Obs.:​ O individuo não existe por si só, ele está inserido na sociedade. 
● ETHOS: caráter + costume 
● ATIVIDADES – ​Teoria Contemplativa:​ lógica do conhecimento (ciência); ​Práxis:​ A obra 
final não se distingue da ação (política, ÉTICA, economia); ​Poiésis:​ o fim se destaca da 
atividade (fazer produtivo). 
● Práxis e Poiésis = AÇÃO. 
● A felicidade, para Aristóteles, é o bem ultimo, o mais autônomo dos bens. 
● O bem intermediário é a finalidade de uma ação virtuosa. 
● O bem e o mal estão diretamente relacionados com a ação humana 
● A realização da virtude deve ser em prol do coletivo. 
● JUSTIÇA UNIVERSAL: todas as virtudes 
● JUSTIÇA PARTICULAR: uma virtude. 
● O justo, o conteúdo da justiça, se mistura com a lei. 
● A aplicação da lei de forma justa, se houver EQUIDADE, deve levar em consideração as 
DISPARIEDADES. 
 
TRANSIÇÃO: Aristóteles e Kant 
o individuo consigo mesmo 
humanidade reduzida ao ser animal: impulsiva 
interiorização do individuo. 
 
AULA 5 – A MORAL EM KANT 
 
Qual a distinção entre dever e moralidade? 
Dever: aquilo que é dado de fora, independente do seu querer. Moral: o sujeito age de acordo 
com o seu querer próprio, uma conduta de motivação interna. 
 
O que é boa vontade para Kant? O desejo se comporta nela? 
Boa vontade é aquilo que agimos independente do desejo (ex: passar fome para dar comida ao 
filho); é a própria razão procurando se universalizar naquilo que é próprio do campo da 
vontade. Porém a vontade se distingue do desejo. A vontade nos faz agir independente do 
desejo imediato, é agir racionalmente. O Desejo é uma particularidade. A boa vontade é 
baseada no puro querer que se fundamenta no próprio querer que busca o bem universal. 
 
O que é o imperativo categórico? 
Agir de forma com que a sua conduta possa se universalizar. Agir como sua conduta possa se 
tornar uma lei universal da razão. Aja como sua conduta se torne um fim e não um meio. 
 
É possível flexibilizar o imperativo categórico? 
Não, se é universalizado não há como flexibilizar. Para Kant, não se pode roubar para comer, 
não é uma conduta que pode ser universalizada. Deve-se cumprir a lei. 
 
Obs.:​ os homens, quando agem de acordo com a vontade, é par algo a favor dele mesmo 
Faculdade Nacional de Direito - UFRJ 
Filosofia Geral - 2016.1 
Caderno: Ingrid Grandini 
 
● RAZÃO PURA: homem com o mundo exterior 
● RAZÃO PRÁTICA: busca do sujeito pela autonomia – IMPERATIVO. 
● A forma de algo particular não pode ser generalizada nem se eternizar. 
● HIPERATIVO HIPOTÉTICO: ligado a uma ação concreta. 
 
A LEI PARA OS GREGOS É A MANIFESTAÇÃO DA JUSTIÇA. HOJE, TEMOS A DIVISÃO ENTRE A 
LEI COMO FORMA E A LEI COMO CONTEÚDO. A LEI É, FUNTAMENTALMENTE, CONTEÚDO.

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