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Direito Internacional Público I Professora Ilana Aló Ingrid Grandini Resumo baseado nas transcrições da turma 2016.1 - Noturno 1. Personalidade Jurídica Internacional 2. Estado O Estado é uma ficção jurídica, ou seja, foi criada a instituição do Estado, sendo um fenômeno histórico, sociológico e político . O Estado brasileiro como conhecemos hoje é fruto de uma história, que considerou o contexto sociológico e político daquele momento. Cada Estado é formado de uma forma diferente, até mesmo as Constituições são realizadas através dos momentos históricos que os Estados estão vivendo. As constituições divergem sua formação de acordo com os diferentes contextos históricos e políticos da época que elas foram criadas. ● Convenção de Montevidéu (1933) ○ População Permanente ○ Território: competência e soberania ○ Governo: decisões e autonomia ○ Reconhecimento: manifestação unilateral e discricionária 3. População A população é o elemento humano do Estado. É o conjunto de indivíduos que mantém um vínculo jurídico com o Estado. Esse vínculo jurídico (ou jurídico-político) que mantém com o Estado é a nacionalidade 1) Significado demográfico ou geográfico, onde população quer dizer a mesma coisa que habitantes. 2) Direito internacional: população como elemento constitutivo do Estado, sobre indivíduos que possuem um vínculo jurídico, possuem nacionalidade, com aquele Estado. a) Nação: Não necessariamente é um elemento constitutivo do Estado, porque uma nação pode extravasar as fronteiras, o território do Estado, por isso o termo população é mais adequado no contexto do direito internacional, requer uma identidade cultural, histórica e/ou linguística. b) Povo: Povo é um conceito sociológico, geralmente relacionado à q uantidade de pessoas que vivem em um certo território. Entretanto, para o direito internacional, o termo correto para o elemento constitutivo do Estado é população. Na Carta da ONU, art. 1º, inciso II , colocou o princípio da autodeterminação dos povos como autogoverno, e aí não está se referindo a um elemento constitutivo do Estado, mas sim que todos os Estados podem se governar, e aí já é um conceito mais sociológico, ligado a democracia. c) Cidadania: No Brasil, o conceito de cidadania, ele está ligado a direitos políticos. De votar e ser votado o que não é um conceito concreto. Na verdade a cidadania vai abranger outras esferas da vida civil, que tem a ver com direitos e deveres civis, também políticos, também sociais, econômicos e culturais. As esferas maiores. Então se eu recebo uma carta de direitos e deveres do Estado, eu sou cidadão. A questão da cidadania não está atrelada à nacionalidade. 4. Nacionalidade Vínculo político-jurídico permanente a não ser que você renuncie a sua nacionalidade. Esse vínculo de fidelidade, ainda que não exista na vida, ele existe para o Brasil. Esse vínculo de fidelidade, só vai acabar quando for requerido um processo ou haja perda de nacionalidade por alguns dos motivos. > Art. 15 da Declaração Universal de Direitos Humanos: todo ser humano tem direito a uma nacionalidade, bem como o direito de renunciá-la em qualquer tempo. ● Proteção Diplomática Contenciosa: quando um indivíduo é acusado de descumprir uma norma de Direito Internacional e já tenha um processo judicial ou procedimento administrativo já instaurado e seu país intervém em seu favor, protegendo o seu nacional. ● Proteção Diplomática Não-Contenciosa: um nacional possui um problema por descumprimento de uma norma interna ou internacional do país onde está onde não haja nenhum procedimento contencioso contra essa pessoa. 3.1 Formas de aquisição: ● Originária ou Primária: ○ jus solis: o solo onde a criança nasce (adotado na América Inteira) ○ jus sanguinis: somente são nacionais daquele país quando o pai ou a mãe forem daquela nacionalidade. > Convenção Interamericana de Direitos Humanos (Pacto San José da Costa Rica): dá a possibilidade do país americano de escolher entre o jus solis e o sanguinis. No Brasil, temos um sistema misto, onde se admite tanto o critério de jus solis como o de jus sanguinis. Em caso de pessoas apátridas, existe um estatuto que as protege. Isso ocorre quando nenhum país quer conceder a nacionalidade para uma pessoa. Ela possuirá um passaporte internacional podendo viver em qualquer lugar dentro dos direitos que o país onde ela estiver conceder aos estrangeiros. ● Derivada ou adquirida: solicitada por vontade própria ou através de uma naturalização. 3.2 Naturalização: ● Requisitos para a naturalização de estrangeiros no Brasil: 1) Ser estrangeiro 2) Viva no território nacional por quatro anos ininterruptos 3) Que tenha: (i) capacidade civil, (ii) visto de permanência, (iii) inexistência de antecedentes criminais, (iv) domínio da leitura e da escrita do idioma português, (v) uma boa conduta e boa fé, (vi) uma profissão e (vii) condições financeiras. OBS.: discricionariedade de cada estado naturalizar um indivíduo que vive em seu território ou não. Os nascidos no Brasil são em qualquer parte do território nacional. Se o navio de turismo estiver em águas brasileiras ele já é regido pelas leis brasileiras porque está dentro do território do Brasil. Ninguém é obrigado, só porque nasceu no Brasil a ser registrado aqui. Exemplo: Se você teve seu filho no México, você sendo brasileira, você pode, qualquer um dos dois, pai ou mãe pode registrar no brasil também. Ele vai ser mexicano e brasileiro. Porque a legislação do Brasil permite. Se a do México não permitir, você vai ter que optar se você vai querer que seu filho seja mexicano ou brasileiro. Tem que sempre trabalhar com as duas legislações porque existem nações que não aceitam dupla nacionalidade. Os Estados Unidos por exemplo. ● Procedimentos Extraordinários de Naturalização ○ Quinzenária: Quando o estrangeiro vive no Brasil com visto permanente (não é possível quando está em situação irregular; primeiro tem que regularizar sua situação administrativamente e depois se naturalizar), ou seja, é preciso que esteja no Brasil de forma regular por 15 anos e não ter nenhuma condenação penal. ○ Provisória: Quando um menor de 5 anos vem residir no Brasil, então ele é naturalizado se for esse o procedimento, já que ninguém é obrigado a se naturalizar, já que existe os vistos, que são autorizações para permanecer num território sem se naturalizar. A naturalização é uma opção pra quem quer se naturalizar. Essa naturalização se torna definitiva apenas após novo procedimento quando a criança completa 18 anos, para ter a naturalização permanente. ○ Especial: 1) com os cônjuges de agentes diplomáticos. Se for brasileiro, a pessoa que estiver casada com ele tem que ter cinco anos de casamento e ela pode requerer, ou ele, a nacionalidade brasileira. Se for estrangeiro, a serviço, no Brasil, ou estrangeiro diplomata no Brasil há dez anos e o cônjuge dele quer se naturalizar brasileiro ele também podeter essa naturalização extraordinária ou especial no caso deles 2) estrangeiro que reside no Brasil antes da maioridade e vai concluir nível superior em alguma instituição brasileira reconhecida pelo MEC 3) originários de países de língua portuguesa. Um requisito específico que é estar no Brasil regularmente durante um ano e ter idoneidade moral ● Limitações aos Naturalizados: art. 12, § 3º, CF: São privativos de brasileiro nato os cargos: I - de Presidente e Vice-Presidente da República; II - de Presidente da Câmara dos Deputados; III - de Presidente do Senado Federal; IV - de Ministro do Supremo Tribunal Federal; V - da carreira diplomática; VI - de oficial das Forças Armadas. VII - de Ministro de Estado da Defesa É questão de representatividade e legitimidade. Porque uma pessoa que é naturalizada, pensando em teorias da conspiração, ela poderia estar a favor de outro país e acabar se infiltrando nos altos comandos de um Estado. ● Dupla Nacionalidade: A nacionalidade brasileira cumulada com outra nacionalidade pode-se dar de duas maneiras: 1) Originária ou Primária: jus solis e jus sanguinis (nasci na Argentina, mas mamãe é brasileira) 2) Quando há imposição por lei estrangeira ao brasileiro como condição para permanência em seu território ou exercício de direitos civis Ex.: Portugueses no Brasil: Tratado de Amizade, Cooperação e Consulta: Assinado e ratificado nos anos 2000. Esse tratado é bilateral entre Brasil e Portugal que dá a portugueses e brasileiros status diferenciados entre si. Através desse tratado o português ou o brasileiro adquire o que a doutrina chama de “quase nacionalidade”. O brasileiro ou o português terão direitos iguais aos brasileiros ou aos portugueses naturalizados, não exigindo tempo mínimo de residência, exigindo-se apenas visto de permanência, tem-se o gozo de direitos políticos de forma dependente (ou seja, se perde direitos políticos no Brasil, perde-se em Portugal e vice versa) e as extradições apenas se dão com o consentimento (ou seja, o português ou o brasileiro só podem ser extraditados com o consentimento de seu país de origem). ● Perda da Nacionalidade Brasileira: Ocorre quando é cancelada a naturalização > Quando a pessoa comete um crime, podendo expulsar ou extraditar a mesma. > Quando a pessoa adquire nova nacionalidade, salvo, se for por imposição de lei estrangeira. ● Tipos de Vistos: ○ Turista: 90 dias podendo prorrogar mais 90 (máximo 180) ○ Temporário: 90 dias e o estrangeiro precisa fazer nova atividade. OBS.: O estrangeiro pode ser deportado caso exerça atividade distinta do visto concedido. ○ Mercosul: dá o direito de estudar e trabalhar (não taxativo) - mais barato que os outros, vantajoso para quem precisa de visto de mais de 90 dias. ○ Estudante: 1 ano podendo renovar mais 1 ano (máximo 2) ○ Cortesia: é para alguma celebridade ou líder religioso, ou quando vem a esposa de alguém importante - evitar trâmite burocrático 3.3 Asilo e Refúgio Art. 4º, CF: A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos seguintes princípios: X - concessão de asilo político. ● Asilo: é concedido a qualquer pessoa que esteja sofrendo perseguição política, por crime político ou por crime de opinião. Asilados famosos: Cesare Battisti, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Edward Snowden, Assange, entre outros. A pessoa vai até o lugar e, posteriormente, pede asilo. ○ Diplomático: na embaixada do país que ele deseja ○ Territorial: já está no país desejado Salvo-conduto: permissão discricionária do país para o deslocamento do asilado da embaixada ao aeroporto.deslocamento da embaixada até o aeroporto pra ele ter autorização...” – Resposta – É o salvo-conduto. No caso, é discricionário do país dar o salvo-conduto ou não. > Tratado Penal Internacional de Montevidéu 1889 > Conferência de Havana em 1928 ● Refúgio: fundado temor de perseguição por motivos de raça, religião, nacionalidade, grupo social ou opiniões políticas OBS.: Convenção das Nações Unidas ou o chamado Estatuto dos Refugiados, não existe uma categoria de que um país sofre uma catástrofe natural e os que recebem são considerados refugiados A ACNUR é um órgão da ONU que regula a questão dos refugiados, no Brasil é o CONARE que foi criado pela lei 9.474 de 1999 e a Convenção das Nações Unidas sobre o Estatuto dos Refugiados é de 1951. 3.4 Dever de sair do país ● Deportação: a pessoa está irregular por questões administrativas - expiração de visto. ● Extradição: quando existe um crime no estrangeiro. Essa pessoa cometeu um crime fora e está no Brasil. E precisa de alguns requisitos específicos: (i) não ser crime político ou de opinião; (ii) que o fato seja típico também no Brasil, que a pena seja superior a um ano e que não tenha ocorrido a prescrição e que a pena também exista no Brasil. ● Expulsão: quando existe crime ou alguma razão de segurança nacional ● Entrega: quando existem crimes contra a humanidade que são julgados pelo Tribunal Penal Internacional (ex: genocídio) Tem como o brasileiro nato perder a nacionalidade? No Brasil, a gente têm no artigo quinto (CF/88), o último inciso, se não me engano, a gente não tem pena de banimento. Se eu sou brasileira nata e eu cometi algum crime que tem que ser julgado no exterior, não existe pena de banimento. O Brasil não é obrigado a extraditar um nacional. A não ser que ele seja naturalizado e aí, por alguns requisitos, ele pode perder a nacionalidade e depois ser extraditado. São processos que vão acontecer nesse ínterim. Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: XLVII - não haverá penas: a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do art. 84, XIX; b) de caráter perpétuo; c) de trabalhos forçados; d) de banimento; e) cruéis; 3.5 Apátrida Tem natureza jurídica de um conflito negativo de nacionalidade, ou seja, ele não tem nenhuma nacionalidade de país nenhum, Estado nenhum assume aquela nacionalidade. ● Possíveis causas: 1) O Estado deixa de existir 2) Não reconhecimento de alguma minoria (que é expulsa do Estado e nenhum outro pode receber) 3) quando a criança nasce num Estado que não reconhece o jus solis e o país dos pais não reconhece o jus sanguinis. 4) perda de nacionalidade ou banimento. > Estatuto do Apátrida que é de 1954, Nova York > Declaração Universal de Direitos Humanos, ou Direitos do Homem, em 1948: todo mundo tem direito a uma nacionalidade, é o artigo 5º. No Estatuto do Apátrida existe uma facilitação para que essa pessoa se torne nacional de algum lugar. Mas, se mesmo assim ela não quiser, ela vai ter um documento internacional, no qual pode usar no Estado em que estiver - ato discricionário. 5. Terrirório Território é o espaço geográfico onde se exerce a soberania. Aqui não vai importaro tamanho, se é grande ou pequeno, porque vai responder ao princípio da igualdade soberana (todos os países são iguais perante a ordem internacional, ou seja, não existe nenhum país que é maior ou menor que o outro). Delimitar um território é traçar limites , que geralmente são as fronteiras e demarcar território é quando você coloca marcos físicos (ex: Muro de Berlin). ● Princípios: ○ a proibição do uso da força, ○ os mecanismos pacíficos de solução de controvérsias, ○ os tratados sobre fronteiras e a proibição de denúncia Quando ocorre um tratado sobre fronteiras existe uma proibição de denúncia, porque você quer resolver aquele conflito através de um mecanismo pacífico de solução de controvérsias, que é o tratado, e aí dois ou mais Estados acordam e não podem denunciar. ● Tipos de Território: ○ Terrestre: com dois tipos de limites (i) os naturais e os (ii) artificiais - linhas geográficas (geodésicas). ○ Marinho: Convenção de Montego Bay, de 1982 > águas interiores > mar territorial: 12 milhas a partir das águas interiores > a zona contígua que vai entre 12 e 24 milhas > a zona econômica exclusiva, que são até 200 milhas > plataforma continental, que é o solo - pode ir até 400 milhas por ser contínua, vai ser estudada até o seu limite. ○ Aéreo: terrestre + mar territorial 6. Governo e Reconhecimento Governo é quando um Estado autônomo tem capacidade de tomar decisões internas livre da ingerência de outros atores. Se ele, dentro de seu próprio território, tem essa capacidade de tomar decisões dentro da sua soberania, dentro do território do Estado, ele é considerado um Estado que tem governo. Reconhecimento: a manifestação unilateral e discricionária de outro Estado e/ou Organização Internacional que vai dizer se aquele Estado é considerado um Estado na Ordem Internacional.Então qualquer Estado pode se manifestar contra ou a favor do reconhecimento de algum Estado.. Princípio da soberania, todos são iguais perante a Ordem Internacional, mas as Relações Internacionais a gente sabe que são assimétricas. Um requisito universal, ou quase universal, para que algum Estado reconheça outro Estado como Estado é a existência de um governo democrático, nem que seja uma democracia mínima como é o caso da Turquia. Ex: Reconhecimento de um Estado pelos Estados que integram a UE: 1 – Respeito à Carta da ONU, a Carta de Paris, principalmente no que toca os Direitos Humanos; 2 – Garantia dos Direitos dos grupos étnicos; 3 – Respeito aos limites territoriais; 4 – A não proliferação de armas nucleares; 5 - Utilização de instrumentos pacíficos de solução de controvérsias ● Doutrina Tobar: impõe condições democráticas para que os governos sejam reconhecidos. ● Doutrina Estrada: defende a soberania plena. ● Formas de reconhecimento: ○ Formal: quando o país declara ou notifica formalmente (publico - pode ser Twitter) o reconhecimento de outro Estado. ○ Diplomática: envio de diplomatas para um Estado. ○ Júri: assinatura de tratados. ○ de Fato: quando há projeto de cooperação 7. Convenção de Viena sobre Rel. diplomáticas e consulares A relação diplomática é composta por relações mútuas, também políticas, que se transformam em transações legais, sendo necessários agentes autorizados, para que naquele determinado território fale em nome de um outro território. São relações que um Estado estabelece com o outro e podem ser relações políticas, comerciais, de muitas naturezas, que podem ser realizadas transações legais em determinado território e necessitam agentes autorizados para isso. Não é possível que uma pessoa aleatória, dizendo que está em nome de determinado Estado e pratique algum ato em que esse Estado fique comprometido em alguma transação legal. Direito diplomático: o conjunto de normas e costumes que irão reger as relações de diplomacias. Ou seja, existem costumes que não estão normatizados, mas eles existem. > Convenção de Viena sobre Assuntos Diplomáticos, 1961 - DL 56435 > Convenção de Viena sobre Relações Consulares, 1963 - DL 61078 7.1 Princípio do consentimento mútuo: relações diplomáticas Dois Estados aceitam ceder parte da sua soberania. Ou seja, se uma missão diplomática se instala no Brasil, é porque o chefe do executivo aceitou essa missão e autorizou que viesse ao Brasil. Direito de legação: direito de receber e levar missões diplomáticas Acreditação:um Estado aceita uma embaixada ou um consulado de outro Estado em seu território. Além disso, é um ato discricionário que pode ser condicionado. É uma cerimônia formal, onde estão presentes o embaixador, o corpo diplomático do lugar e o presidente da república ou chefe de governo. A acreditação pode ser dupla ou múltipla ocorre quando a mesma representação diplomática representa seu governo perante diversos Estados ao mesmo tempo. (Estado A coloca a representação diplomática no Estado B, que o representará perante B, C e D). Ou representação comum, onde a mesma embaixada representa dois ou mais Estados perante um terceiro Estado (Os Estados A, B e C, instalam apenas uma embaixada que os representará perante o Estado D) - mesmo espaço físico. 7.2 Missões Diplomáticas É um conjunto de diplomatas de Estados ou Organizações Internacionais que estarão em determinado território. O Estado de origem vai sempre enviar esse corpo diplomático para se instaurar em outro território, que pode ser permanente ou temporária. E o Estado de acolhimento é quem recebe. A missão diplomática quando é permanente, ela instala as embaixadas, os consulados ou escritórios em determinado território. As embaixadas são representações políticas e ficam na capital, de uma maneira geral, porque fica mais fácil a interlocução com o presidente da república ou chefe de Estado. Os consulados são representações comerciais e administrativas, então pode acontecer que o consulado seja anexo à embaixada, mas geralmente esses consulados, além de poderem estar anexos, têm em outros lugares, como o Rio de Janeiro, São Paulo, etc. Geralmente são instalados em grandes centros. Os escritórios podem ser representações políticas e comerciais. Geralmente, os escritórios são de Organizações Internacionais, como a ONU, que tem sede em Viena e tem um escritório em Nova York. > temporária: existe para negociações específicas. > convenção sobre missões especiais de 1969 ● chefe, corpo diplomático, pessoal de serviço ● Funções das missões diplomáticas: > artigo 3º da Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas ○ Representar o Estado Acreditante perante o Estado Acreditado, ○ Proteger o Estado Acreditado os interesses do Estado Acreditando pelos nacionais dentro dos limites ditados pelo Direito Internacional ○ Negociar com o governo do Estado Acreditado ○ Inteirar-se por todos os meios lícitos das condições existentes e da evolução dos acontecimentos no Estado Acreditado e informar a este do governo do Estado Acreditante o caráter mais temporário ○ Promover relações amistosas e desenvolver as relações econômicas, culturais ecientíficas Então se essa missão diplomática estiver ingerindo sobre assuntos internos, estiver cumprindo funções que não estão estabelecidas nem no conjunto de normas e nem nos costumes, essa missão diplomática pode ser expulsa do país, 7.3 Imunidades e privilégios diplomáticos e consulares As imunidades e privilégios são concedidos pelo direito internacional e pelo Estado de acolhimento ao Estado de origem para que esse exerça capacidades e competências soberanas em seu território. Então quando o Estado de acolhimento recebe a missão diplomática do Estado de origem eu concedo a ela alguns privilégios e imunidades além dos costumes que possam existir entre os dois países para que elas exerçam no território do Estado de acolhimento algumas atividades inerentes à soberania do outro Estado, do Estado de origem. As imunidades duram o tempo que durar a missão. Atos de Império: exercícios do poder soberano em outro território em nome do Estado de origem, quer dizer, tudo que é realizado dentro da atribuição que aquela embaixada tem em relação ao Estado de origem - relação à diplomacia, a questões políticas, questões econômicas, Atos de Gestão: são os atos comuns em igualdade com os demais atores nacionais, por exemplo, se a embaixada precisa contratar um serviço de lavanderia isso não é um ato de império né, não está exercendo uma soberania do Estado de origem em um de contratar uma lavanderia, isso é um ato comum ou um ato de gestão. O privilégio é imunidade funcional que protege o Estado em relação a função e a imunidade e o privilégio individual ou pessoal que protege o agente no exercício de suas funções. > Caso Caroline 1937 - Afundamento de navio americano pelo Reino Unido. ● Classificação das Imunidades: ○ Tributárias: membros e bens (exceto bens imóveis adquiridos em nome próprio) das missões diplomáticas que vão ser isentos de tributos. ○ Trabalhistas: normas trabalhistas do Estado de acolhimento quando nacionais de pessoal de serviço seguida de social do Estado de origem aos demais membros ○ Inviolabilidade do local da missão e dos correios:o prédio da embaixada é considerado território do país de origem então ele é inviolável as maletas diplomáticas não podem ser abertas sem o consentimento do chefe. ○ Jurisdição: impede que o poder judiciário julgue diplomatas de outro Estado ■ Civil e administrativa: todos os membros - possibilidade de acordo para reparação ■ Penal: específica pros diplomatas e pro chefe da missão diplomática. não poder ser preso ou detido ■ Comunicação: comunicação ao chefe da missão diplomática para tomada de providencias. > Art. 37, CVRD: estende as imunidades para as famílias ● agentes diplomáticos: todas as imunidades ● pessoal técnico: todas as imunidades caso não sejam nacionais ● pessoal de serviço: imunidades no exercício da função, porém não extensivo às famílias. ● funcionários particulares: isentos de impostos e taxas sobre os salários, porém, também não é extensivo para as famílias ● Privilégios: Concedidos de maneira discricionária, ou seja, ou mais, ou menos, ou seja, pelo direito costumeiro, como por exemplo, conceder a estrutura para missão diplomática. Benefícios, concedidos pelo Estado de acolhimento, como por exemplo, importação facilitada com isenção de impostos, por exemplo, dependendo da embaixada ela tem direito de trocar de carro a cada 3 anos, e aí pode ser que esse carro seja trazido pro Brasil com isenção de impostos, matrícula nas universidades pros filhos até 24 anos (no caso do Brasil, na UNB), segurança militar, emplacamento dos carros, isenção de taxa de embarque nos aeroportos. Quando as relações diplomáticas elas são realizadas com uma Organização Internacional , existem algumas diferenças de privilégios e imunidades que são diferentes dos consulados e embaixadas. Primeiro; as relações diplomáticas em relação às organizações internacionais são regidas pelo Princípio da Especificidade, essas imunidades e privilégios, vão ser reconhecidos só quando for no ato de gestão porque pelo fato de ela não ser um Estado e não ter Soberania ela não tem o chamado Ato de Império. Então você não precisa ser membro dessa Organização Internacional para reconhecer a sua representação diplomática no seu Estado. Em relação a privilégios e imunidades, como aqui rege o Princípio da Especificidade, esses privilégios e imunidades são restritos às atividades das Organizações Internacionais assim como aos diplomatas e aos observadores internacionais. 7.4 Relações Consulares ● Princípio do consentimento mútuo ● Rompimento de relações: o rompimento de relações diplomáticas não rompe, necessariamente, com as consulares. É discricionário. ● Funções variadas: atividades administrativas (retirada de passaportes, registro de crianças) e promoções comerciais. ● Repartição Consular: 1) Consulado e vice consulado: representações autônomas e com pessoal administrativo próprios e dirigidos por um cônsul que pode ser honorário ou de carreira 2) Posto Consular: vinculado a um consulado ou embaixada 3) Seção Consular: sem autonomia é um órgão próprio da embaixada. 7.5 Consulados ● Pessoal da repartição consular: 1) chefe indicado pelo Estado de origem e aceito pelo Estado de acolhimento (exequatur) 2) funcionário consular: funções próprias dos consulados 3) empregado consular: serviços administrativos ou técnicos (secretários, assistentes) 4) membros do pessoal de serviço: serviços domésticos (nacional ou estr) 5) membros do pessoal de serviço privado (nacional ou estr.) > Os membros podem ser de carreira ou honorários ● Funções: art. 5º CVRC ○ administrativas: passaportes, vistos, registros de nascimento, óbito, execução de cartas rogatórias… ● Privilégios e imunidades: ○ Tributárias: não são automáticas. dependem de acordos entre os Estados ○ Trabalhistas: não há necessidade de visto de permanência ○ Inviolabilidade: relativa, ○ Jurisdição: podem ser presos em casos de crimes graves - art. 41 CVRC > não se aplica aos familiares 8. Ruptura de relações diplomáticas: - Situação de conflito entre dois países Significado político: diálogo interrompido. Estado de acolhimento: expulsa Estado de origem: retirada ou fechamentto. > em casos de guerra a ruptura é automática. > nem sempre que uma relação diplomática é interrompida a consular é também, porque os consulados estão ali para atender à população. > Organização Internacional diz que o rompimento é uma sanção do direito internacional violado. 9. Carreira Diplomática no Brasil: - Brasileiros natos (art. 12, $ 3, V - CF) - Carreira de Estado, de status, de alta relevancia - Brasil possui 227 postos em 138 países, 158 missões diplomáticas e 72 consulares. - o ingresso na carreira se dá pelo Instituto Rio Branco - Regido pela lei 11.140-2006 - nomeação pelo presidente - Progressão: antiguidade e mérito. 10. Sucessão de Estados 10.1 Modalidades: ● aquisição de territórios (res nullis ): ocupação de coisa de ninguém (ex: colonização da américa) - ocupação efetiva ● conquista: o domínio de um Estado sobreo outro ou pelo outro, através de uma guerra ● transferência ou fusão: dois Estados resolvem criar um Estado novo ou transfiro parte de um território para outro. ● decisão unilateral: quando uma organização internacional, um corte ou comissão arbitral decidem algum conflito de fronteira ● descolonização: processo de independência ● perda de território: perda de parte do território é a criação de um Estado novo (Sudão do Sul) ● dissolução de um Estado para formação de 1 ou mais: Secessão ex: URSS > Ondas de sucessões: (i) Independência das Amérias, (ii) pós-1GM (novos países europeus), (iii) pós-2GM (independência africana e asiática), (iv) dissolução da URSS e junção das Alemanhas 10.2 Princípio Norteador: ● Continuidade do Estado: e você já tem um Estado consolidado, a ideia é que aquele Estado continue e as relações que foram estabelecidas com ele também. 10.3 Tratados: ● Princípio da manutenção seletiva dos tratados: o Estado, quando ele nasce, seja qual for dessas três maneiras que colocamos aqui, ele vai poder escolher quais tratados são interessantes para ele ou não. Então, se existe uma fusão dos Estados em relação aos tratados, a priori, esse novo Estado que se fusionou – ou seja, eu tinha Estado A, tinha Estado B, A+B = C -, ele vai participar de todos os tratados que tinha A e que tinha B, exceto se houver desinteresse desse novo governo ou se ele não for aceito pelas demais partes ou se houver incompatibilidade com esse novo governo. Exemplo: A Finlândia foi um Estado que surgiu após a 1ª GM e foi condicionada a ela, para que ela pudesse ser reconhecida na ordem internacional, que ela mantivesse um acordo de não proliferação de armas nucleares e questões bélicas. Porque como ela era uma base militar e tinha uma localização específica, ela deveria se comprometer a não continuar questões bélicas no seu território. E foi o que ela fez e foi reconhecida no âmbito internacional. Se existe uma fusão, a nova nacionalidade é atribuída a todos. Se existe uma dissolução, existe uma livre escolha se a pessoa quer ser considerada pelo local de nascimento ou de residência. 11. Solução de Controvérsias Internacionais A primeira coisa que precisamos falar sobre isso é que o direito internacional começa a surgir mais pelas brigas do que pelas questões de comércio. Essa necessidade de normatizar o comércio, que seria o princípio fundador do direito internacional, surge pela existência de conflitos, a necessidade de normatizar os costumes para evitar conflitos, controvérsias. A partir do momento que passamos a ter uma maior cooperação entre os Estados, começa a surgir as questões das controvérsias. A responsabilidade internacional vai surgir por violação do direito internacional ou por danos provocados ou por Estados ou particulares . Não se sabe ao certo qual é essa responsabilidade intrnacional > A regra geral é de uma responsabilidade subjetiva do Estado: comprovação do dano causado. Não tem nenhuma legislação que fala sobre isso então muitas normas estão nos costumes, muitas soluções de controvérsias ainda são baseadas nos costumes. 11.1 Natureza do dano: ● Moral: agride a honra, a reputação daquele país. exemplo - causado de um Estado para o outro seria quando dentro de um país divulga-se uma notícia caluniosa. REPARAÇÃO: se dá por um pedido de desculpas formal, através de uma nota, ou das redes sociais, entrevistas, através da empresa, geralmente através de nota. ● Material: é a restauração ao estado anterior ou o pagamento de uma adequada compensação. Pode se dar através de acordo ou através de sentenças em Tribunais Internacionais 11.2 Direito Internacional Costumeiro ● Responsabilidade internacional Nesse direito costumeiro, nessa responsabilidade internacional ainda não existe um tratado ou uma convenção que trate especificamente de responsabilidade internacional. Então muitos dos direitos relativos à responsabilidade internacional vai vir no direito costumeiro e esse direito costumeiro, mesmo em relação ao dano material trabalha com acordo mútuo ou mediação de um outro Estado. Existe a responsabilidade civil do Estado, que é uma responsabilidade internacional, que vai gerar uma indenização de um Estado para outro Estado. E também existe uma responsabilidade civil de empresas que são internacionais. No último caso, já é outro tipo de legislação, que também será julgado por tribunais internacionais, porque vai entrar na questão de jurisdição internacional, mas é julgada especificamente a empresa que causou o dano. 11.3 Requisitos: ● ato passível de responsabilização (ação ou omissão) ○ Obrigatoriedade de procedimentos para evitar o dano. ○ Princípio da prevenção probabilidade do dano: assume o risco de que aquilo pode acontecer ○ Princípio da precaução: suspeita de dano que é negligenciada pelo Estado ● ato ilícito ou não proibido (atividade potencialmente danosa) ○ dever geral de vigilância para que não ocorra danos a outro Estado - dano transfronteiriço. ○ atos de particulares só serão casos de responsabilidade internacional quando agir em nome do Estado. ○ dever de vigilância ou não cooperação internacional para evitar o dano ou punir os responsáveis > exemplo: 11.09 - EUA X Afeganistão ● dano grave ○ tem que ser concreto: valor do bem. ● nexo de causalidade e imputabilidade entre ato e dano ○ são vedados os danos indiretos, porque esses danos não tem como saber quem provocou, logo não são passíveis de reconhecimento. Formas de reparação de danos: 1) desculpas formais e assunção da culpa pelo dano 2) implementação de medidas preventivas 3) compensação financeira Causas de exclusão da ilicitude: 1) consentimento da vítima 2) contramedidas lícitas: retorção (tratamento descortês) e represália mais forte: embargos; retenção de ativos bancários; recuperação de testemunhas a força. 3) Estado de necessidade: evitar dano maior; perigo grave e iminente; reação proporcional. i) Exemplo: Reino Unido - navio de petróleo 4) força maior: eventos naturais 5) prescrição liberatória: prazos suficientes para liberar o Estado 6) Agressões mútuas. 11.4 Atos particulares 11.5 Soluções pacíficas de controvérsias Os instrumentos vão ser não-militares , ou seja, sem o uso da força, porque obviamente são soluções pacíficas. Vão ser um acordo no litígio que tá acontecendo; e jurisdicionais e não-jurisdicionais. 11.6 Meios jurisdicionais e não jurisdicionais ● Não-jurisdicionais: são as soluções diplomáticas ou as negociações diplomáticas. 1) Resolvem de comum acordo entre os dois países e nenhum mediador. 2) Investigação internacional: formada a comissão internacional para que seja investigado a questão do dano 3) Bons ofícios: reestabelecer relações diplomáticas proporcionadas por um influenciador político (ONU, por ex.) 4) Mediação: um terceiro estado (não taxativo) que vai mediar esse conflito entre esses dois Estados a) em casos de segurança, obrigatoriamente a ONU 5) Conciliação: feita por uma comissãoformada também por dois conciliadores de cada país, sendo que há um terceiro neutro, necessário para que faça a composição. ● Jurisdicionais: 1) Arbitragem: os dois Estados acordam em que haja uma decisão de um terceiro, o um árbitro, para resolver essa controvérsia internacional. Só pode recorrer no tribunal internacional quando uma cláusula prever isso. Decisões arbitrais sem efeito: possibilidade de recorrer ao tribunal ou corte internacional i) quando existe fraude ou deslealdade de algum dos árbitros que está julgando aquela demanda. ii) sentença julgada por algum árbitro incapaz, seja incapacidade de estar julgando porque não tem competência para aquele ato. iii) violação de princípios processuais iv) árbitro excedeu seus poderes 2) Cortes internacionais: função jurisdicional, indica o direito aplicável ao caso concreto. Os Estados não têm o direito de aceitar ou não aceitar; se eles são citados, eles já tem que responder perante aquele tribunal específico. não existe hierarquia entre as cortes internacionais e cada uma tem uma função diferente. a) Pressupostos processuais comuns: quem pode entrar, que tipo de matéria poderá ser apreciada, quando, se existe alguma preliminar, se existe causa de exclusão, etc. i) legitimidade das partes (regra geral): sujeitos de direito internacional e empresas e ONGs (amicus curiae) pode entrar como parte em qualquer tribunal, exceto em casos de direitos humanos que qualquer um que represente os direitos humanos pode. ii) Interesse de agir: aquele Estado, que tá entrando na corte tem o interesse de agir naquele caso específico. Interesses materiais, econômicos, financeiros e de Direitos Humanos - locus stande ● Órgão de solução de controvérsias OMC ou OSC: 1995 Ratione personal: 150 membros Ratione material: dano ou anulação de ganhos de previsão > Procedimentos: 1) Consulta (acordo): negociação prévia - 30 a 60 dias 2) Painel (contencioso): 3 painelistas sorteados entre 200 - 6 meses para o relatório final. entrada de recurso. Unanimidade ● Corte Internacional de Justiça (CIJ): - foro de solução de controvérsias pela paz - ONU: 15 juízes (mandato de 9 anos + 9 anos) - 3 África, 3 Am. Latica e Caribe, 3 Asia, 2 Euro. Oriental, 5 Euro Ocidental e demais Estados. - Ratione Personae: Estados que ratificaram o Estatudo da CIJ anexo à carta da ONU (OI parecer consultivo) - Ratione materiae: 1) tratados que prevêem competência da CIJ 2) aceitação 3) competência genérica (internacionalização de tratados) - aspectos processuais contencioso (2 + Estados: parecer consultivo não cabe recurso) ● Corte Internacional de DH - Contencioso e parecer consultivo - 7 juízes (assembleia geral OEA) - Ratione personae: estados que ratificaram o pacto - Ratione materiae: qualquer violação aos DH - Requisitos processuais: 1) esgotar recursos salvo violação do devido processo legal, julgamento longo ou impedimento de recurso 2) denúncia de até 6 meses 11.7 Mecanismos de pressão e uso da força Em regra, os mecanismos de pressão e uso da força são proibidos. ● Retorsão:medida de reação não armada contra ato de Estado. ○ Ex: Rompimento de relações diplomáticas, deportações de ilegais, não concessão de vistos - tratamento descortês) ● Represália: medidas de pressão com objetivo de fazer o Estado voltar à licitude (armada ou não). ○ Ex: bloqueio de ativos. a) ser dirigido pelo ao Estado responsável pelo ato ilícito b) Resposta proporcional ao dano sofrido c) aplicar após tentativa de negociação. 11.8 Legítima defesa (PREVENTIVA???) ONU: casos excepcionais. A legítima defesa pode ser individual (agressão própria) ou coletiva (2 ou + Estados em defesa de um 3º) Art. 51: Pressupostos. 1) agressão atual ou iminente 2) resposta proporcional ao ataque 3) comunicação ao CSONU 4) limitação da resposta até que o conselho tome medidas efetivas para o restabelecimento da paz e segurança nacional. > PREVENTIVA? O que tem de ser avaliado é a questão da manutenção da paz. A ONU sempre vai prezar pela manutenção da paz, por isso que ela pede que seja comunicado ao Conselho de Segurança, para que o Conselho diga se aquilo é uma legítima defesa atual ou iminente, para que seja avaliado pelo Conselho se aquilo realmente é uma legítima defesa de uma agressão atual ou iminente. Deve ser pensado no uso da legitima defesa antes e depois da Guerra Fria. ● Segurança coletiva: preservar o direito humano e combater o terrorismo CSONU: MANUTENÇÃO - RESTAURAÇÃO E RECONSTRUÇÃO DA PAZ Existe uma crítica muito grande nesse sentindo de que é muito complicado outro país ficar responsável pelo reestabelecimento ou a reconstrução da paz em outro Estado até porque talvez aquele estado queira fazer com que existam instituições que naquele Estado não existia. 11.9 Gradação das sanções ● Processo de negociação: ● Medidas de pressão: isolamento do Estado - comitê de sanções) ● envio de tropas: missão de observação - agir em legitima defesa) - Capacetes Azuis. > Coreia do Norte: ruptura ou ameaça de paz? > Sanções: embargos e proibições 11.10 Direito de Ingerência Assistência humanitária, ou seja, socorro à população civil em casos de guerra ou desastres naturais a qual deve seguir as ordens e comandos do Estado assistido uma vez que este determina as regras. É um direito garantido pelo direito internacional. Todo o Estado tem o direito (de limitar) ou o dever (de aceitar) da assistência humanitária > Corredor de Assistência Humanitária 11.11 Direito Humanitário Ramo do direito que cria as regras e princípios relativos aos limites e formas admitidos nas guerras, isso porque não existe guerra sem lei, até mesmo nas guerras existem leis, e isso quem vai trabalhar é o direito humanitário, principalmente no que diz respeito aos direitos humanos, ao respeito aos direitos humanos nas guerras, principalmente na população civil, o que é ou não militar
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