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Bernard Tschumi e o Parc de La Villette

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Universidade Presbiteriana Mackenzie
Faculdade de Arquitetura e Urbanismo
Trabalho Final de Graduação
Bernard Tschumi e o Parc de La Villette
Thaís Barrera Simionato
Orietadora: Ana Gabriela Godinho Lima
São Paulo - 2014
“ A arquitetura é o jogo sábio, correto e magnifi co dos volumes dispostos sob a luz.” 
Le Corbusier
“ O jardim é uma natureza organizada pelo homem e para o homem.” 
Roberto Burle Marx
Dedico este trabalho a Deus, que está sempre ao eu lado, ilumi-
nando meu caminho e me dando forças para seguir em frente. 
A minha família, que em todos os momen-
tos me apoiaram e incentivaram, com muito amor.
Aos meus amigos, pelo suporte e ajuda nas horas 
de difi culdades e por toda a diversão e carinho. 
A Professora Ana Gabriela, pela dedicação, atenção.
Ao Professor Cleber Machado, que me acolheu
e orientou sempre com disposição e incentivo.
Ao querido Professor Telles, que será sem-
pre um exemplo de arquiteto e ser humano. 
A todos, Obrigada!
Dedicatória
Sumário
1. Introdução ...................................................................... 09
2. Bernard Tschumi ............................................................11
 2.1 O arquiteto ...........................................................12
 2.2 Projetos de Bernard Tschumi ........................... 16
3. Parc de La Villette .......................................................... 29
 3.1 O concurso .......................................................... 30
 3.2 O projeto de Bernard Tschumi ........................ 32
4. Parque Linear Cultura Esportivo Lins......................... 39
 4.1 O Projeto.............................................................. 40 
 4.2 Desenhos ............................................................. 43
5. Referências Bibliografi cas ............................................ 66
Sumário
 Bernard Tschumi é um grande nome na arquitetura, não apenas por seus projetos, mas também por desen-
volver estudos sobre arquitetura. Segundo Tschumi, arquitetura é uma junção de evento e movimento, e deve ser 
considerara como a mais importante inovação dos tempos atuais. Tschumi defende a ideia de que a arquitetura 
deve ter ligação com as questões e polemicas culturais, portanto em vários de seus estudos o arquiteto baseia-se 
nas artes como cinema, fotografi a e literatura. 
 
 Ganhador de inúmeros prêmios e tema de algumas exposições Bernard Tschumi tem uma série de projetos 
e estudos importantes para a arquitetura contemporânea mundial. Diante deste fato, faço um estudo sobre sua 
técnica de desenvolvimento de projeto, com análise de seus principais projetos, dando destaque e aprofundamento 
ao projeto do Parc de La Villette, em Paris. 
 O projeto do Parc de La Villete, é um projeto com desenvolvido em meados dos anos 90, mas que até hoje 
é considerado um projeto atual, destacando-se no meio arquitetônico. O projeto é elaborado com base em estudos 
do arquitetos sobre desfragmentação e também na sua teoria de que arquitetura é uma forma de arte, como cinema, 
para seu desenvolvimento. 
 A pesquisa empreendida aqui desenvolveu-se no contexto do projeto de pesquisa PRÁTICAS DE PROJE-
TO DE ARQUITETAS, ARQUITETOS E DESIGNERS – ANÁLISE DOS INSTRUMENTOS DE PRÁTICA 
PROJETUAL E POSSÍVEIS EMPREGOS, DE FORMA DIRETA OU NÃO – NA PESQUISA ACADÊMICA 
STRICTO SENSU, coordenado pela Profa. Dra. Ana Gabriela Godinho Lima e fi nanciado pelo Fundo Mackenzie 
de Pesquisa - Mackpesquisa (2013/2014).
1.Introdução
09
Capitulo 2
10
Capitulo 2
Capitulo 1
Bernard Tschumi
1111
Capitulo 2
2.1 O arquiteto
Os dados apresentados no texto abaixo, foram retirados das seguintes 
fontes:
MONTANER, Josep Maria, Depois do Movimento Moderno (2013)
MARTINS, Cláudia Alonso, O desenho como forma de comunicação 
da arquitetura (2012)
CURTIS, William J. R., Arquitetura Moderna: desde 1900 (2008)
http://www.tschumi.com/
http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/entrevista/02.008/3344
http://www.archdaily.com.br/br/01-45675/disjuncoes-ber-
nard-tschumi
 Bernard Tschumi nasceu em 1944, na Suiça e atualmente reside 
nos Estados Unidos. Estudou e se formou em 1969 como arquiteto 
no Instituto Federal de Tecnologia da Suiça, em Zurique. Tschumi é 
atualmente um dos maiores nomes da arquitetura, mas não é conheci-
do apenas como arquiteto mas também educador e escritor.
 
 Entre os anos de 1970 e 1979 lecionou na AA - Architectural 
Association em Londres, a partir de 1976, lecionou simultaneamente 
na Princeton University e no Istitute for Architecture and Urban Stud-
ies, em Nova York. 
 Nos 3 seguintes anos, de 1980 a 1983, lecionou como profes-
sor convidado na Cooper Union School of Architecture, Nova York. 
 
Figura 1: Bernard Tschumi
Figura 1: http://www.tschumi.com/bernard-tschumi/ Acesso: 18/5/2014 10:30
12
Capitulo 2
Figura 2 e 3: http://www.tschumi.com/approach/ Acesso: 20/5/2014 11:30
13
1- http://www.tschumi.com/approach/ Acesso: 20/05/2014
Figura 2: Opções de destribuição genéricas dos espaços programáticos.
Figura 3: Esquema de estudo do envelope do edfício.
 De 1988 a 2003, foi diretor da Escola de Pós-Graduação de 
Arquitetura , Planejamento e Preservação da Universidade de Colum-
bia e e atualmente é professor na Escola de Pós-Graduação em Ar-
quitetura. 
 Tschumi usa teoria como ponto de partida para o desenvolvi-
mento de seus projetos , como por exemplo no projeto para o Parc de 
La Villette que foi desenvolvido a partir da teoria do descostrutivismo. 
Segundo ele, “ a teoria raramente é o ponto de partida de um projeto. 
É, antes, o quadro geral. Prática pode preceder a teoria, por mais que 
a teoria pode preceder a prática.” ¹ 
De acordo com este pensamento, o arquiteto desenvolveu uma teoria 
de abordagem, passo a passo de como iniciar o desenvolvimento de 
um projeto que devem seguir os seguintes passos:
 “ 1. Diagramar rapidamente vários conceitos alternativos, 
confi gurações espaciais, ou estratégias. Em seguida, deixá-los de lado 
imediatamente. Se algum deles são válidos, eles vão reaparecer em um 
estágio posterior.
 2. Pegue o programa. Atribua dimensões, lugares e relaciona-
mentos; distinguir entre espaços programáticas e genéricas; alterna-
tivas de teste. Fazê-lo rapidamente; Ser preciso, mas não necessaria-
mente detalhado. (fi g. 2)
 3. Introduzir circulação ou vetores de movimento , estabelecer 
prioridades na forma como o prédio será usado e experimentado. Mel-
hore seqüências (alternativas de teste) . Estabelecer se o envelope é 
unitária ou dividido em dois ou mais sub- envelopes em relação aos 
Capitulo 2
 4 . Alternativas de teste . Se for o caso , tirar proveito das res-
trições do local: contrastes do local , declividade, limitações de altura 
, materiais potenciais para o clima do local ou da indústria de con-
strução local , mas com uma abordagem ampla . 
 
 5 . Então , só então , começar a trabalhar conceitual. Não 
comece com uma forma. Certifi que-se de expor os conceitos fazendo 
um balanceamento dos passos 1 a 4 . Nenhuma forma , por favor, 
(a menos que ele pode se tornar um conceito de geração ) . O que é 
um conceito? Não há resposta para isso. Não pode haver nenhuma 
restrição para que um conceito ou idéia primordial é . O conceito deve 
permitir a resolução dos passos 1 a 4 . 
 
 6. Então , só então , deixe a imagem ou a arquitetura surgir. 
Selecione materiais fi nais ; arquitetura é a materialização de conceitos. 
A imagem irá surgir com energia e evidências. Às vezes, a imagem não 
é imagem , se o conceito exige nenhuma imagem.
 
 7. Conforme o projeto (conceito) é desenvolvido , tecendo 
nela todas as restrições técnicas e detalhes da construção , manter 
maior clareza na mente. Nunca faça nada por causa do design, tra-
balhar apenas para o conceito. ( Permaneça no conceito, de formaque 
este permanece na mensagem: Repita , repita , repita Editar , editar , 
editar. . . ) Empecidos construtivos ou restrição orçamentária são boas 
maneiras de esclarecer prioridades.
 
 8 . Pode quebrar regras , mas nunca em detrimento do con-
ceito .” ²
 Em 1983, Bernard Tschumi estabeleceu uma comissão em 
Paris para comandar a construção do Parc de La Villette. 
 Em 1988, fundou a sede de seu escritório Bernard Tschumi 
Architects (SBPT) em Nova York e em 2002 criou o Bernard Tschumi 
Urbanistes Architectes (BTuA) em Paris para atuar exclusivamente 
como arquiteto para projetos franceses.
 Tschumi dirige e supervisiona todos os projetos pessoalmente, 
mas em sua equipe tem Véronique Descharrières como Co-Diretora 
e Rémy Cointet e Vicent Prunier como arquitetos colaboradores do 
escritório em Paris e Joel Rutten como Co-Diretor e Cristopher Lee, 
Kate Scott e Paul-Arthur Heller como arquitetos colaboradores no 
escritório em Nova York.
 Bernard Tschumi e seus trabalhos já foi tema de exposições 
individuais na Bienal de Arquitetura de Veneza e em museus e galerias 
de artes da Europa e Estados Unidos como o Centro Pompidou, em 
Paris, o Museu de Arte Moderna de Nova York, o Instituto Holandês 
de Arquitetura em Rotterdam. 
 Os escritórios do arquiteto, já recebeu muitos prêmios como o 
Grand Prix National d’Architecture da França, em 1996, assim como 
inúmeros prêmios do Instituto Americano de Arquitetos e o National 
Endowment for the Arts. Com o Projeto para o Museu da Acrópole, 
ganhou o Prêmio de Honra da AIA, em 2011 e foi homenageado 
como um dos fi nalistas para o European Union Prize for Contempo-
rary Architecture no mesmo ano.
14
2- http://www.tschumi.com/approach/ Acesso: 20/05/2014
Capitulo 2
 É também companheiro internacional do Royal Institute of 
British Architects, na Inglaterra, membro do College of Fellows of 
the American Institute of Architects e do Collège International de 
Philosophie and the Académie d’Architecture na França, onde foi des-
tinatário de honras ilustres que incluem a patente de ofi cial, tanto a 
Légion d’Honneur e o Ordre des Arts et des Lettres.
 Devido a suas soluções de design inovadoras para problemas 
de clientes de diferentes escalas, desde pequenas instalações até pla-
nos diretores de grande escala e com isso estabeleceu uma reputação 
mundial. 
15
Capitulo 2
2.2 Projetos de Bernard Tschumi
Manhattan Transcripts - 1976-1981
 Em 1976-1981, Tschumi publica o Manhattan Transcripts. 
Consiste em um estudo em desenhos que transforma a interpretação 
da realidade em arquitetura. Analisando imagens, o arquiteto faz uma 
releitura e as “transforma” em arquitetura, mas diferente dos desen-
hos arquitetônicos, estes não são projetos reais, mas também não são 
uma completa fantasia, são experimentos de transformar as ações e 
eventos do dia a dia em arquitetura. 
 
Figura 4: Esquemas 
de estudo do Man-
hattan Transcripts.
Figura 5: Esquemas de estudo do Manhattan Transcripts.
Figuras 4 e 5: http://www.moma.org/collection/browse_results.php?criteria=O%3AAD%3AE%3A7056&page_number=3&template_id=1&sort_order=1 Acesso: 19/5/2014 11:30
Figuras 6 e 7: http://www.tschumi.com/projects/26/
Joyce’s Garden, Nova York - 1976
 Em 1976, o arquiteto faz um estudo para o parque London’s 
Covent Garden em Londres. O estudo contou com ajuda de difer-
entes estudantes e foi intitulado como Joyce’s Garden. O projeto 
desenvolve-se como uma grade, que localiza e distancia e distribui os 
edifícios com diferentes usos por toda a extensão do terreno. 
Figura 6: Esquemas de estudo do Joyce’s Garden.
Figura 7: Esquemas de estudo do Joyce’s Garden.
16
Capitulo 2
17
Screenplay, 1976
 No mesmo ano, Tschumi faz o estudo chamado "Screen-
plays". Este estudo é baseado em imagens de cinema, e a partir des-
tas, o arquiteto faz desenhos que proporcionam uma analogia entre 
tempo e espaço naturais da arquitetura, transformando as imagens em 
arquitetura. 
Figuras 8: http://architizer.com/blog/interview-bernard-tschumi-paints-the-town-red/ Acesso: 18/4/2014 14:30
Figura 9: http://www.tschumi.com/projects/50/ Acesso: 18/4/2014 14:30
Figura 10: http://www.tschumi.com/projects/31/Acesso: 18/4/2014 14:30
Figura 11: http://arch1101-2013sw.blogspot.com.br/2013/05/exp-3-bridge.htmlAcesso: 18/4/2014 14:30
Figura 9: Esquemas de estudo do Screenplays.d d d
Figura 8: Esquemas de estudo do Screenplays.
Bridge City, Lausanne - 1988
 Em 1988, em Lausanne, Bernard Tschumi projeta o "Bridge 
City". A cidade de Lausanne é uma cidade particular quanto ao uso 
dos edifícios e pontos devido a sua topografi a. Para vencer a topogra-
fi a, os edifícios são usados como passagens/ligação entre pontos ex-
tremos da topografi a. Ao longo do vale no eixo norte-sul na periferia 
da cidade no século 20, Bernard projeta uma série de pontes, no total 
de 4, que proporcionam o indivíduo a habitar a cidade não apenas no 
nível da cidade histórica e com conexões através de rampas, escadas e 
elevadores, cria um novo uso para o vale, possibilitando apropriação 
deste como uma continuação da cidade histórica. As pontes não tem 
um uso pré-determinado, mas são locais que proporcionam ao usuário 
um ambiente propicio a receber diversas atividades.
Figura 10: Esquemas de estudo do 
projeto “Bridge City”.
Figura 11: Maquete do 
projeto. 
Capitulo 2
18
Figuras 12 e 14: http://www.tschumi.com/projects/14/# Acesso: 20/5/2014 12:30
Figura 13: http://www.pinterest.com/pin/397583473325868444/ Acesso: 20/5/2014 12:30
Figura 15: http://www.pinterest.com/pin/452822937503621773/ Acesso: 20/5/2014 12:30
 
Le Fresnoy, Tourcoing - 1991-1997
 Entre 1991 e 1997, em Tourcoing na França, Tschumi faz o 
projeto do Le Fresnoy, o Estúdio Nacional de Artes Contemporâneas. 
O local não é destinado a apenas um tipo de artista, mas a um artista 
de diversas áreas diz o arquiteto. O local possuia um conjunto de ed-
ifícios de 1920, destinados ao lazer, que inclui dança de salão, cavalga-
da, cinema e patinação.
 Ao invés de demolir todo o conjunto e construir um novo 
complexo, que extrapolava o limite de orçamento, o arquiteto opta 
por manter os edifícios e sobre eles projeta uma enorme cobertura, 
ultra-tecnológica, por onde passa todo o sistema de dutos necessários 
para ventilação, aquecimento e ar condicionado, com rasgos fechados 
por vidros para iluminação, que fazem uma conexão entre o novo e o 
velho.
 O espaço entre a cobertura e os antigos edifícios é preenchido 
por um complexo sistema de rampas, passarelas e escadas, e ainda in-
clui estúdios de som, espaços de exposições e projeções, apartamentos 
para professores e alunos, cinema e biblioteca. 
 As fachadas leste e oeste, permanecem abertas, permitindo ao 
usuário visualizar toda a estrutura do novo telhado, preenchido pelos 
novos espaços, circulação e os sistemas de dutos. Já a fachada norte, é 
fechada por um vedo em aço corrugado, contrastando com a fachada 
sul, a principal do complexo, que é totalmente transparente.
Figura 12: Cortes
Figura 13: Esquemas das circulações.
Figura 15: Esquemas de projeto.
Figura 14: Foto interna do projeto.
Capitulo 2
19
Lerner Hall Student Center, Nova York - 1994-1999
 Entre 1994 e 1999, os escritórios de Paris e Nova York tra-
balharam simultaneamente em dois grandes projetos, o Lerner Hall 
Student Center para a Columbia University, em nova York e a Facul-
dade de Arquitetura Marne- la- Vallé, em Paris. 
 O projeto do Lerner Hall Student Center, foi um grande de-
safi o, pois deveria se encaixar dentro do campus histórico, estilo neo-
clássico do século 19 da Universidade Columbia.
 O projeto consiste dois blocos que abrigam os quartos funcio-
nais necessários do programa, enquanto entre os dois blocos, como 
uma conexão, Tschumi cria em um novo tipo de rampa, e que aolongo desta é organizado o programa que consiste no lobby principa, 
teatro e auditório. 
 Este espaço entre os dois edifícios, onde acontecem as rampas 
de conexões dos diferentes níveis, é totalmente transparente, contra-
stando com os dois blocos adjacentes que são de tijolos e granito, 
acompanhando os demais edifícios do campus.
Figura 18: Foto da fachada.
Figura 18: Foto da fachada que mostra a rampa de distribuição do projeto. Figura 16: Esqueme de 
estudo do projeto.
Figuras 16, 17, 18 e 19: http://www.tschumi.com/projects/13/# Acesso: 20/5/2014 14:30
 
Figura 17: Foto do vazio interno entre os dois blocos.
Capitulo 2
20
Faculdade de Arquitetura Marne- la- Vallée, Paris - 1994 - 1999
 
 O projeto da Faculdade de Arquitetura Marne- la- Vallée, em 
Paris, é um projeto baseado na ideia de que a arquitetura proporciona 
espaços para diferentes usos e dinâmicas. O programa da é todo dis-
tribuído ao redor de um espaço central que terá o seu uso destinado 
conforme os espaços que o rodeia. Este amplo espaço é concebido 
para diversas funções como projeções, debates, festas, exposições e 
gravações. 
 Todo o conteúdo programático da escola se abre para este 
grande espaço aberto, criando uma interação visual entre o interno 
onde acontece as salas de aula e estúdios e este grande espaço de festas 
e acontecimentos rotativos. 
Figura 20: Foto do interior do edifício.
Figura 21: Foto do interior do edifício.Figura 22: Maquete eletrôtnica de separação dos ambientes.
Figuras 20, 21, e 22: http://www.tschumi.com/projects/15/# Acesso: 20/5/2014 14:30
 
Capitulo 2
21
Rouen Concert Hall and Exhibition, Rouen - 1998 - 2001
 Entre 1998 e 2001, com o intuito de promover o desenvolvi-
mento cultural e econômico do distrito de Rouen a 150km de Paris, 
Tschumi foi contratado para projetar o complexo Rouen Concert Hall 
and Exhibition. 
 O complexo conta com salas de exposição, sala de concertos 
além de espaço para espetáculos e eventos ao ar livre. 
 A principal sala de concertos, em formato de semicírculo, tem 
350m de diâmetro e acomoda 8000 pessoas. Esta é coberta por uma 
grande estrutura metálica, que na parte central é sustentada por um 
sistema de tirantes para a diminuição da altura da treliça e seu fecha-
mento perimetral é feito por painéis metálicos. O projeto também 
conta com um fechamento acústico, que funciona como uma pele in-
terior entre a sala e os painéis de fechamento externos. 
 Todo o complexo tem suas entradas, do salão de exposições 
e as salas de concerto, voltadas para uma grande praça pública, um 
espaço generoso que pode recepcionar todos os visitantes em um dia 
de evento com lotação máxima.
Figuras 23, 26 e 27: http://www.tschumi.com/projects/11/# Acesso: 20/5/2014 14:30
Figuras 24 e 25: http://pyramidbeach.com/tag/rouen-concert-hall-and-exhibition-complex/ Acesso: 20/5/2014 14:30 
Figuras 23 e 24: Fotos da fachada do complexo.
Figura 26: Foto do interior da sala 
de concertos. Área de circulação.
Figura 27: Foto da fachada do 
complexo.
Figura 25: Explicação da cobertura.
Capitulo 2
22
Figura 28: http://en.wikipedia.org/wiki/Florida_International_University Acesso: 20/5/2014 14:30
Figuras 29, e 30: http://www.tschumi.com/projects/12/# Acesso: 20/5/2014 14:30
 
 Escola de Arquitetura - FIU, Miami - 1999 - 2003
 No ano seguinte, em 1999 com conclusão em 2003, o arquite-
to projetou para a Universidade Internacional da Flórida, nos Estados 
Unidos, a Escola de Arquitetura. Tschumi tem como conceito, cri-
ar um ambiente que proporcione discussões e interações não apenas 
dentro das salas de aula, portanto o arquiteto propõe um grande pátio, 
com dois edifícios nas pontas. 
 
 Esses edifícios são construídos em concreto pré-moldado 
simples e envoltos por uma pele de painéis metálicos coloridos e se 
interligam por passarelas que cruzam o pátio central. 
Figura 28: Fachada. 
Figura 29: Fachada.
Figura 30: Perspectiva do pátio com os prédios
Capitulo 2
23
Museu do Acrópole, Grécia - 2001-2009
 Em 2001 - 2009, Bernard projetou o Museu da Acrópole. Foi 
um projeto cheio de desafi os pois além de estar ao lado do Parthenon, 
um dos principais edifícios históricos do mundo, está em um local de 
escavações arqueológicas sensíveis, uma região de terremotos e clima.
 
 O arquiteto optou por um projeto simples, segundo os con-
ceitos da arquitetura grega e clareza matemática. Como o solo é um 
local de escavação, o edifício fi ca sobre pilotis, dessa forma deixa o 
térreo livre com as escavações à mostra, com espaços para exposições 
temporárias, um auditório e a circulação. Esta, está disposta em uma 
rampa, ao redor dos campos de escavação e leva às galerias de 
exposição permanente. 
Figura 31: Foto da fachada do complexo.
Figuras 31, 32 e 33 http://www.archdaily.com/61898/new-acropolis-museum-bernard-tschumi-architects/ Acesso: 20/5/2014 14:30
 
Figura 32: Foto da inserção na cidade.
Figura 33: 
Foto da facha-
da.
Capitulo 2
24
Figuras 34, 35, e 36: http://en.wikiarquitectura.com/index.php/Vacheron_%26_Constantin_Watch_Factory Acesso: 21/5/2014 14:30
Figura 37: http://forumcad.com/proje/muze-projesi-alesia-muzesi.html Acesso: 21/5/2014 14:30
Figura 38: http://www.metalocus.es/content/en/blog/bernard-tschumi-barcelona Acesso: 21/5/2014 14:30
Figura 34: Foto da fachada.
Figura 35: Detalhe do fechamento. Figura 36: Corqui.
Figura 37: Foto aérea do conjunto.
Figura 37: Foto da fachada.
Vacheron Constantin Headquarters, Geneva - 2001-2005
 Em 2001-2005, na Suiça, ele projeta a sede administrativa da 
empresa relojoeira mais antiga do país. 
 Com uma chapa metálica envolvendo a estrutura, como um 
envelope fi no e fl exível, o arquiteto projeta uma casca que envolve to-
dos os andares. O “envelope” tem as duas laterais fechadas em vidro, 
permitindo total entrada de luz na fachadas note e é fi ltrada na fachada 
sul. 
Alésia Museum and Archaeological Park, Alésia - 2003-2012
 Em 2003 - 2012, projeta o museu em comemoração à história 
da batalha entre Júlio César e os gauleses em 52 aC, em um sítio ar-
queológico em Alésia, no centro da França.
 Consiste em dois edifícios separados estruturalmente, um 
destinado ao museu e o outro o centro interpretativo.
 Para seguir as construções da cidade, o edifício do museu foi 
construído de pedras, porém com tecnologia contemporânea, já o 
centro interpretativo é construído em madeira como as antigas forti-
fi cações romanas. Como uma forma de camufl agem, o telhado é um 
grande jardim. 
Capitulo 2
25
Figuras 38, 39 e 40 http://www.e-architect.co.uk/new-york/blue-residential-tower Acesso: 20/5/2014 14:30
Fugura 41: http://www.tschumi.com/projects/36/# Acesso: 20/5/2014 15:30
 
Figura 39: Foto da fachada. Figura 40: Croqui. 
Figura 38: Foto da inserção no bairro.
Figura 41: Foto do conjunto.
BLUE Residential Tower, New York - 2004-2007 
 Em 2004-2007, projetou BLUE, uma torre de uso misto resi-
dencial e comercial, em Nova York. 
 O projeto foi um desafi o entre seguir as leis de zoneamento da 
região e ao mesmo tempo criar algo inovador. O térreo, é destinado ao 
uso comercio e os demais andares à moradias. Como um recurso para 
aumentar a metragem quadrada dos ambientes internos, o edifício se 
desdobra, criando um balanço sobre a área comercial.
Cultural Center, Bordeaux Cenon - 2006-2010
 Em 2006 - 2010, projetou para a cidade de Bordeaux, um cen-
tro cultural, no Parque Palmer. Por estar inserido em um parque, o 
maior desafi o do projeto foi criar algo “extrovertido” e que dialogasse 
com o natural do local. O arquiteto propoe um edifício em estrutura 
metálica com fechamentos intercalados entre vidro e painéis metálicos 
e abriga até 2.000 espectadores. 
 O conjunto de 3 volumes, é projetado com geometria e di-
mensões pensadas para o maiorconforto do público e dos artistas, 
se adaptando à topografi a de inclinação suave. As vias de circulação 
e as galerias, tem fechamento de vidro e hora protegida por uma tela 
metálica perfurada hora não, dão ritmo a fachada e à noite, a luz inter-
na brilha e destaca os ambientes do parque. 
Capitulo 2
26
Figuras 42, 43, 44 e 45: http://www.worldarchitecturemap.org/buildings/m2-metro-station Acesso: 21/5/2014 14:30
 
Figura 42: Fachada lateral
Figura 45: Foto do telhado e parede verde.
Figura 44: Foto da fachada.
Figura 43: Foto aérea.
M2 Metro Station, Lausanne - 2006-2008
 Em 2006, foi chamado novamente em Lausenne, dessa vez 
para projetar a bilheteria principal do metro no vale onde projetou a 
“City Bridge”. 
 O projeto consiste em uma aba de concreto, dobrada, que age 
como uma tira do piso da praça que foi elevado e dobrado e no espaço 
entre o térreo e a aba de concreto, ele distribui o escritório da bilhete-
ria e uma rampa de acesso ao subsolo. 
 O teto e a parede oeste do projeto são revestidos com um jar-
dim, já as outras faces são revestidas com pele de vidro, permitindo a 
entrada de luz natural. 
Capitulo 2
27
 Analisando todos os projetos de Bernard Tschumi, nota se um 
linha de raciocínio e uma evolução de sua técnica de projetar. 
 Nos seus primeiros estudos como no Joyce’s Garden e Man-
hattan Transcripts, nota-se que é uma tentativa de aplicar o estudo 
de Screeplays que consiste em transformar imagens do cinema em 
arquitetura através do congelamento de movimento. Posteriormente 
essa linha de raciocínio será aplicada no projeto do Parc de La Villette, 
Tschumi aplica nos jardins a referência ao cinema, com jardins em 
forma de fi ta.
 Em todos os projetos de Bernard Tschumi, é notável a sua for-
ma de raciocínio projetual, que separa o projeto em camadas como no 
Le Fresnoy, e também a intenção de criar espaços através de grandes 
vazios, seja ele em pátios como na Escola de Arquitetura em Miami, 
ou em um grande vazio que liga vários pavimentos como no Lerner 
Hall Student Center em Nova York. 
Capitulo 3
28
Capitulo 3
Capitulo 3 
Parc de La Villette
29
Capitulo 3
3.1 O Concurso
 Os dados apresentados no texto abaixo, foram retirados das 
seguintes fontes:
MONTANER, Josep Maria, Depois do Movimento Moderno (2013)
MARTINS, Cláudia Alonso, O desenho como forma de comunicação 
da arquitetura (2012)
CURTIS, William J. R., Arquitetura Moderna: desde 1900 (2008)
http://www.tschumi.com/
h t t p : / /www. u r b a n i s t i c a . u n i p r . i t / ? op t i o n=com_con -
tent&task=view&id=279
http://www.frac-centre.fr/collection/collection-art-architecture/in-
dex-des-auteurs/auteurs-58.html?authID=192
http://www.archdaily.com.br/br/01-160419/classicos-da-arquitetu-
ra-parc-de-la-villette-bernard-tschumi
http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/entrevista/02.008/3344
 Entre os anos de 1982 e 1983, com o intuído de revi-
talizar a área de 55 hectares do abandonado mercado de carnes 
e matadouro de Paris, lançou-se o primeiro concurso interna-
cional para a criação de um novo parque na capital francesa.
 Situado na periferia de Paris, divisa com o município de Seine 
– Saint – Denis, uma região muito densa, popular e com população de 
grande parte imigrante. Mesmo sendo afastado da cidade, liga-se a ela 
por duas linhas de metro e grande perimetral. O programa deveria conter 
além do parque, a Cidade das Ciências e da Indústria (atualmente local-
izada ao norte), a Cidade da Música e a Grande Halle (localizados ao Sul).
Figura 46: Propostas para o concurso: Bureau Bakker and Bleeker (esquerda) e 
Rem Koolhaas (direita)
Figura 46: http://www.toposmagazine.com/blog/learning-from-la-villette-from-frogs-to-follies.html Acesso: 18/4/2014 14:30
30
Capitulo 3
Figura 47: http://www.studyblue.com/notes/note/n/fi nal-exam-slides-history4/deck/8946157 Acesso: 18/4/2014 14:30
Figura 47: Maquete eletrônica da proposta de Bernard Tschumi para parque com 
os estudos de folies distribuídos pelo parque criando a grade ortogonal.
 Com júri presidido pelo grande paisagista Roberto Burle Marx 
e seguindo as regras da União Internacional dos Arquitetos (UIA) 
e da Federação Internacional dos Arquitetos Paisagistas (IFLA), foi 
o primeiro concurso internacional criado. Dentre as 472 proposta 
inscrita havia grandes nomes da arquitetura como Rem Koolhaas, Zaha 
Hadid, Bureau B+B, Jean Nouvel e Richard Meir e Bernard Tschumi.
 
 Devido ao grande número de concorrentes, tornou-se 
impossível apresentar todas as propostas de uma única vez, por-
tanto as propostas foram classifi cadas por tendências. Com as 
melhores propostas de cada tendência escolhidas, estas foram no-
vamente analisadas em conjunto das demais, para que dessa forma 
todos os projetos inscritos fossem explicados, estudados e julgados.
 Bernard Tschumi, com sua proposta classifi cada desconstru-
tivista, busca criar um local totalmente novo, sem ligações com o antigo 
uso da área. Através de novos percursos e da criação dos objetos chama-
dos de fl oies, o arquiteto cria uma nova dinâmica, sem ligação com o 
passado histórico, proporcionando uma nova paisagem viva e autêntica. 
31
Capitulo 3
Figura 48: http://www.frac-centre.fr/collection/collection-art-architecture/index-des-auteurs/auteurs/projets-64.html?authID=192&ensembleID=599&oeuvreID=3083
Acesso: 18/4/2014 14:30
Figura 49: http://www.toposmagazine.com/blog/learning-from-la-villette-from-frogs-to-follies.html Acesso: 18/4/2014 14:30
Figura 49: Desenho apresentado no concurso explicando as três camadas de sobre-
posição – linhas (caminhos), pontos (folies) e planos (terreno).
Figura 48: Diagrama da desconstrução programática, Tschumi, 1983.
3.2 O Projeto de Bernard Tschumi 
 
O grande desafi o do projeto não era apenas criar uma área verde que 
acomodasse a Cidade das Ciências e da Indústria, a Cidade da Música 
e a Grande Halle, mas sim criar um novo modelo de parque para o sé-
culo XXI. Palavras como “Pluralismo e Inovação”, nortearam a com-
petição pela criação de um grande espaço verde que proporcionasse 
além das atividades culturais, educacionais, esportivas, mas também a 
miscigenação cultural de uma população com ideias do novo século.
 
O projeto de Bernard Tschumi para o Parc de La Villette é consider-
ado por muitos um grande edifício a céu aberto, pois tem distribuídos 
pelos 55 hectares de terreno, vários edifícios que mesmo distanciados, 
ocupam totalmente o terreno.
 Desconstrução Programática é como o arquiteto nomeia seu con-
ceito de distribuição dos usos no parque e o apresenta através de um 
diagrama de três desenhos sequenciais. No primeiro desenho, ele-
expressa, sobreoformato do terreno, a sobreposição de quadrados, 
com dimensões proporcionalmente equivalentes as área destinadas 
a:coberto adjascente (vermelho), coberto (cinza escuro) e espaço ao 
ar livre (cinza claro) que nos segundo desenho sofrem uma desfrag-
mentação e no último desenho esses fragmentos são agrupados, or-
ganizados e distribuídos por todo o terreno obedecendo a uma grade.
32
Capitulo 3
A camada dos pontos 
A camada dos pontos é a única camada que segue uma ordem. Os 
pontos estão dispostos em uma grade ortogonal regular de aproxima-
damente 120 metros. Estes pontos foram nomeados pelo arquiteto 
de folie, que segundo o dicionário Larousse signifi ca loucura, delírio. 
Esse nome, pois são em sua maioria espaços sem função pré-deter-
minada, projetados para permitir que usuário o explore e de acor-
do com a necessidade e imaginação de cada um, cria-se inúmeras 
funções diferentes a cada momento, porém alguns têm funções 
de apoio ao parque como restaurante, café, estação salva vidas.
Cada uma dessas folies tem seu princípio de forma em um cubo 
vermelho de 10 metros de aresta, subdivididos em três partes hor-
izontais everticais. Apesar do mesmo padrão inicial, cada uma 
delas sofre uma variação completamente diferente, criando camin-
hos através de rampas, escadas e espaços internos ou semi-inter-
nos que estimula a imaginação e aguça a curiosidade dos visitantes.
Ao todo são 26, em estruturas em aço ou concreto, todos es-
tes componentes são idêntica e totalmente coloridos na cor ver-
melho e é através desta coloração que mesmo distantes e cerca-
dos de vegetação, as folies criam uma identidade que parecem 
estar ligadas umas às outras mesmo que sem conecção física. 
Figura 50: Localização da camada dos pontos.
Figura50: http://www.urbanistica.unipr.it/components/com_jcustomnews/imgs/279/punti.jpg Acesso: 18/4/2014 14:30
Figura51: http://www.frac-centre.fr/collection/collection-art-architecture/index-des-auteurs/auteurs/projets-64.html?authID=192&ensembleID=599&oeuvreID=3083
Acesso: 18/4/2014 14:30
Figura 51: Corquis de Bernard Tschumi – desenvolvimento das folies.
33
Capitulo 3
Figura 52: http://www.frac-centre.fr/collection/collection-art-architecture/index-des-auteurs/auteurs/projets-64.html?authID=192&ensembleID=599&oeuvreID=3083 Acesso: 
18/4/2014 14:30 
Figuras 53, 54, 55 e 56: http://www.urbanistica.unipr.it/?option=com_content&task=view&id=279 Acesso: 18/4/2014 14:30
Figura 52– Maquetes de algumas folies de Bernard Tschumi. Figura 55 – Folie
Figura 53 – Folie Figura 54 – Imagens de algumas
 folies do parque.
Figura 56 – Folie
34
Capitulo 3
A camada das linhas
Na camada das linhas, onde Bernard desenvolve os principais camin-
hos do parque, é o momento em que o perpendicular se encontra 
com o sinuoso. Tschumi cria caminhos que marquem os eixos Norte-
Sul e Leste-Oeste, e também um caminho sinuoso que passeia pelo 
parque dirigindo o visitante por jardins diferentes. 
Marcando o eixo Norte – Sul, Bernard cria o caminho galerie de 
laVillette. Este caminho liga a CitédesScienceset de l’Industrieao 
Grande Hall e é caracterizado por sua longa extensão e pela cober-
tura ondulada, que protege os visitantes durante todo o seu cumpri-
mento. (fi gura 13)
No eixo Leste-Oeste, ao longo do canall’Ourcq, Bernard cria outro 
caminho, o galerie de l’Ourcq. (fi gura 14)
O terceiro e mais interessante caminho é o chamado “cinématique”. 
Com 3km de cumprimento, Tschumi cria um caminho sinuoso que 
passeia pelo parque como uma alusão a um rolo de fi lme que corre 
e se desenrola pelo gramado. Neste passeio, o arquiteto decide criar 
jardins temáticos que, assim como no cinema, o fi lme passa de cena 
em cena, ao longo do percurso, o visitante passa de jardim em jar-
dim, descobrindo diversos jardins diferentes e divertidos.
Figura 57: Localização da camada das linhas
Figura 59: Localização da camada das 
linhas
Figura 58: Localização da camada das 
linhas
Figura 60: Jardim temático.
Figuras 57, 58 e 59: http://www.urbanistica.unipr.it/?option=com_content&task=view&id=279 Acesso: 18/4/2014 14:30
Figura 60: http://fr.wikipedia.org/wiki/Parc_de_la_Villette Acesso: 18/4/2014 14:30
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Capitulo 3
A camada das superfícies
O parque está repleto de jardins e áreas de lazer, mas dentre todas há 
duas que se destacam pela extensão e pela perspectiva horizontal que 
cria. Entre a CitédesScienceset de l’Industriee o Grande Hall há duas 
áreas de extenso gramado, uma circular (fi g. 17) e outra triangular 
rodeadas por árvores(fi g. 18) e que juntas somam 7 hectares. Este es-
paço é destinado ao público para prática de esporte, lazer, descanso, 
festas, mercados, dentre outras atividades. 
Figura 62: Imagem da área circular do gramado.
Figura 63: Imagem da área triangular do gramado, rodeada por árvores.Figura 61: Imagem de parte do espaço de recreação do parque.
Figuras 61, 62 e 63: http://www.urbanistica.unipr.it/?option=com_content&task=view&id=279 Acesso: 18/4/2014 14:30
36
Capitulo 3
37
38
Capitulo 4
Parque Linear Cultura Esportivo Lins
39
4.1 O projeto
 O meu projeto é um parque linear cultural esportivo na cidade 
de Lins, localizada no noroeste do estado de São Paulo, a 450km da 
capital, a cidade nasceu apartir de um povoado que se estabeleceu às 
margens do Rio Campestre. Com a construção da Estrada de Fer-
ro Noroeste do Brasil muitas estações foram implantadas na região e 
com a construção da estação Albuqerque Lins, nomeada em homena-
gem ao governador, o povoado ali instalado deu origem a cidade de 
Lins. 
 A cidade cresceu e se desenvolveu com ferrovia e posterior-
mente com a ciação da Rodovia estadual Marechal Rondon. Atual-
mente a populaçã varia em cerca de 72mil habitantes. 
 O terreno se localiza no norte da cidade ao lado do Horto 
Floretal e às margens do Rio Campestre que corta toda a cidade. Por 
ser em um locar de periferia da cidade, os bairros de entorno, predom-
inantemente residenciais estão em formação e crescimento e fazendo 
uma análise da área pude verifi car que apesar da existencia do horto, 
a região não conta com equipamento cultural ou espaços públicos de 
lazer para a população. Diante desta constatação e com o intúito de in-
centivar a preservação do leito da rio, motivo do surgimento da cidade, 
dicidi criar um Parque linear cultural esportivo. 
 Ainda analisando a região, percebi que o rio, abandonado e es-
quecido pela cidade, nesta área estava funcionando como uma espécie 
de barreira divisária entre os bairros a leste e oeste do mesmo. A oeste, 
bairros residenciais mais antigos e onde a maior parte das escolas da Figura 66: fotos do local.
Figura 64: fotos do local. Figura 65: fotos do local.
Figura 67: fotos do local.
Figura 63:Mapa de localização
Figura 63: Google Maps Acesso: 18/5/2014 10:30
Figuras 64, 65, 66 e 67: Thaís Siminato
40
41
cidade se encontram, a leste bairros residenciais, em formação, ainda 
muito precários de apoio a população. Para frequentar as escolas, por 
exemplo, os residentes dos bairros a leste do rio tem que deslocar aos 
bairros às margens oeste, criando assim um fl uxo de grande inten-
sidade e cotidiano dos habitantes. 
 Atualmente esta barreira natural, o Campestre, é ultrapassada 
por pontes destinadas aos automóveis, desestimulando assim a pas-
sagem e permanência da população nas emediações deste. 
 De acordo com estas constataçoes, surgem as minhas primei-
ras diretrizes para o projeto do parque: 1- revitalizar o leito do rio; 
2- torna-lo agradável e habitável; 3- criar formas de transposições da 
barreira natural destinadas para os pedestres; 4-criar um ponto de apo-
io à população que possibilite a integração da sociedade com equipa-
mentos de cultura e lazer;
 Com desníveis que varian entre 10 e 15 metros a topografi a do 
terreno foi outro fator formador de conceito para o projeto. 
Buscando uma juntar as diretrizes de criar uma ligação entre os bairros 
a oeste e leste e de criação de um equipamento cultural com o desa-
fi o da topografi a acentuada, optei por propor na porçao central do 
terreno um “edifício - passagem” que além de abrigar equipamentos 
culturais como biblioteca, áreas de estudo, área para jogos, espaço de 
exposição e salas de cinema, cria uma forma de conexão entre os bair-
ros e também com o parque no qual está inserido. 
 O acesso a este edifício pode ser de duas formas, por den-
tro do parque ou pela rua. Quando ingressado pelo lado externo do 
parque, através da Rua Arquiteto Luís Saia, na cota +7,70, proporcio-
nando a conexão entre a calçada e o edifício, proponho uma laje, que 
junto a cobertura do edifício criam uma praça ao ar livre, com vista 
para todo o parque, para o rio e cria uma conexão visual com o bairro 
a leste do Campestre. Na parte central desta grande praça, cobertos 
por uma cobertura em concreto, há 3 pontos de circulação vertical. O 
primeiro é uma escadaria, localizada na laje de conexão entre o edifício 
e a calçada,e que chega ao pavimento térreo do edifício, proporcio-
nando dessa forma o ingresso direto às salas de cinema, área de ex-
posição e também com o parque. As outras duas formas de circulação 
localizam-se no centro do edifício, em um grande vazio há um eleva-
dor e uma escadaria, que conecta a cobertura com o 1° pavimento e o 
térreo, onde é o acesso também ao parque.
 
 No primeiro pavimento que também pode ser chamado de 
mezanino, à esquerda do vazio central de circulação, loquei um espaço 
para mesas de jogos de cartas e tabuleiro, espaços de permanência 
com sofás e também jogos in-door como pebolim e ping pong. À di-
reita, antecedido por um local para guardar volumes, faz-se o ingresso 
ao mezanino da biblioteca. 
 Dentro da biblioteca, há várias opções de espaço para estudo, 
mesas com computadores para pesquisa e desenvolvimento de tra-
balhos, além de um grande acervo, divididos em dois pavimentos. A 
conexão entre esses pavimentos pode ser feita por uma escadaria den-
tro da biblioteca, ou externamente pela circulação central do edifício. 
 Na porção direita do pavimento térreo, está um grande es-
paço para exposição, que também funciona como foyer para as duas 
salas de cinema. Como apoio ao cinema e às exposições, criei uma 
ilha quadrada na qual em uma lateral funciona a bilheteria e na lateral 
oposta um café/bar e no meio entre as duas extremidades, existe san-
itários masculino e feminino. 
 A fachada principal do edifício que dá para o parque e a facha-
da do fundo que dá para um jardim interno, são fechadas por uma 
caixilharia tradicional com desenhos desencontrados e que possibilita 
total visibilidade total entre o interno com o parque ao externo, dessa 
forma o usuário está sempre em contato com a natureza. Já as outras 
duas laterais, são fechadas e funcionam como muro de arrimo com o 
terreno. 
 Para criar uma conexão do edifício com o parque e os outros 
equipamentos esportivos, proponho uma rua central de distribuição 
do parque, que começa na esquina da Rua Arquiteto Luís Saia com 
a Rua Engenheiro Condé de Frontin, na cota média de +3,00 e que 
corta todo o parque longitudinalmente terminando em uma passarela 
que sobrepõe o Rio Campestre criando conexão com o bairro a leste e 
também um portão de entrada para o parque. Esta rua de distribuição 
serve como pista de cooper, ciclovia ou apenas um local de passeio e 
ao longo dela existem locais de permanência. Logo no seu começo, 
junto à esquina do terreno, existe uma praça com alguns brinquedos 
infantis. Um pouco mais a frente, conecta-se com o complexo de 
quadras poliesportivas à direita e a um skate park à esquerda. Mais a 
frente, chega a uma praça, que antecede o edifício principal. Passando 
por este, e quase ao seu fi m, chega a um teatro de arena, que também 
tem conexão com a Rua Arquiteto Saia e está em meio a um bosque, 
que faz a integração com o horto fl orestal na sua divisa. 
 Nesta divisa entre o horto e o parque, como no terreno do 
horto atualmente é uma área de preservação ambiental, resolvi fazer a 
continuidade desta grande bosque, chegando ao teatro de arena e a rua 
de distribuição do parque. 
 Na porção inferior do terreno, entre o leito do rio e a rua 
de distribuição do parque, criei um grande gramado com algumas ar-
vores, intercalado com algumas praças, que leva até a margem do rio. 
Este gramado é destinado à piqueniques e serve também como grande 
campo para soltar pipa. 
 Ao longo deste gramado, proponho três passarelas de madei-
ra, que fazer a conexão entre a rua de distribuição do parque com a rua 
do outro lado do Rio Campestre, criando entradas para o parque para 
os moradores do bairro a leste do rio. 
42
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4.2 Desenhos
Vista aérea quadras e Skate Park
44
Vista do skate park para acesso das quadras
45
Vista da calçada na Rua Arquiteto Luiz Saia para acesso principal do edifício 
46
Fachada do edifício para o parque
47
Vista do edifício no parque.
48
Acesso principal do edifício
49
Vista da cobertura para o parque
50
Vista da cobertura para o acesso ao térreo
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Jardim interno do edifício
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Vista interna do café e área de exposição
53
circulação no mezanino
54
Entrada para Biblioteca no térreo
55
Vista interna do mezanino da biblioteca
56
Implantação N
Corte B
Térreo N
1º Pavimento N
Cobertura N
Cortes
Elevação
64
65
66
Referências Bibliográfi cas
67
68
Livros: 
CURTIS, William J. R., Arquitetura Moderna: desde 1900. Editora Bookman Companhia.Porto Alegre, 2008.
MARTINS, Cláudia Alonso. O desenho como forma de comunicação da arquitetu-
ra. Dissertação de Mestrado, Universidade Presbiteriana Mackenzie. São Paulo, 2012.
MONTANER, Josep Maria. Depois do Movimento Moderno. Editora G. Gili. Barcelona, 2013.
Sites:
http://www.tschumi.com/
http://www.urbanistica.unipr.it/?option=com_content&task=view&id=279
http://www.frac-centre.fr/collection/collection-art-architecture/index-des-auteurs/auteurs-58.html?auth-
ID=192
http://www.archdaily.com.br/br/01-160419/classicos-da-arquitetura-parc-de-la-villette-bernard-tschumi
http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/entrevista/02.008/3344
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	capitulo2 final
	capitulo3 final

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