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Alongamento neural

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ROTEIRO
DE
ESTUDO
Alongamento Neural
AUTORES:
Alaíde Chaves Aragão
Thiago Guedes Teles
Setembro 2006
ALONGAMENTO NEURAL – MOBILIZAÇÃO DO SISTEMA NERVOSO
A mobilização do sistema nervoso consiste em uma técnica de tratamento dos distúrbios neuro-ortopédicos. Procura restaurar o movimento e a elasticidade do sistema nervoso (SN), o que promove o retorno a suas funções normais. Todas as estruturas estão conectadas de alguma maneira com o SN e este possui uma biomecânica complexa, assim como todas as estruturas que ele inerva. Por tanto, a técnica parte do princípio que se houver um comprometimento da mecânica/fisiologia do SN (movimento, elasticidade, condução, fluxo axoplasmático) isso pode resultar em outras disfunções no próprio SN ou em estruturas músculo-esqueléticas que recebem sua inervação.
Na busca por melhores resultados e respostas relativas a mecanismos de sinais e sintomas e por melhores respostas ao tratamento, muitos fisioterapeutas dirigiram a atenção para o SN.
NEUROBIOMECÂNICA
A técnica de Alongamento Neural está baseada em alguns princípios fisiológicos e biomecânicos do sistema nervoso. Assim como a pele, a fáscia e o sistema vascular o sistema nervoso é um tecido contínuo, constituindo uma unidade. Essa unidade se dá em três dimensões:
Mecânica: o SN é contínuo mecanicamente, pois os envoltórios conjuntivos das células nervosas transmitem forças e movimentos. Isto já é conhecido há bastante tempo, pelo princípio empregado pelo teste de Laségue.
Elétrica: a continuidade do SN assegura que haja a transmissão de um impulso gerado em um ponto extremo até outro, como por exemplo, um sinal vindo do pé chegará ao cérebro.
Química: as substâncias neurotransmissoras que existem na periferia são as mesmas que encontradas no SN central. Além disso, existe o fluxo axoplasmático, através do qual substâncias são transportadas dentro do axônio. Isto faz com que o SN não possa ser considerado somente como um transmissor de impulsos, mas também de substâncias. E, por conseqüência, a sua disfunção causará prejuízo da circulação destas substâncias. 
Uma outra característica do SN é a capacidade de se adaptar aos movimentos corporais através de movimentos relativos às estruturas que o envolvem. Movimentos em uma parte podem ser transmitidos para outro local. 
Possui também propriedades elásticas podendo se encurtar ou alongar em resposta a movimentos dos segmentos corporais. 
PROCESSO LESIONAL
	Quando ocorre compressão, há deformação mecânica das fibras nervosas e isquemia local. A deformação mecânica e a isquemia levam à perda das propriedades mecânicas e funcionais das fibras nervosas devido a vários mecanismos: obstrução local do movimento, inflamação e fibrose, contratura muscular reflexa, excesso de tensão ao longo de um trajeto da fibra nervosa, além de outros. Uma lesão local em um nervo afeta todo o nervo, provavelmente pela diminuição do fluxo axoplamático. O nervo fica susceptível a lesões em outros locais e isso implica em alterações das funções nervosas. A alteração da condução elétrica implica em distúrbio sensoriais, motores e autonômicos, bem como a alteração do fluxo axoplasmático implica em disfunções tróficas e inflamação dos tecidos inervados pelo nervo.
	Portanto, uma lesão nervosa implica em alterações de suas propriedades mecânicas e fisiológicas que por sua vez sustentam ou agravam a lesão. Tais lesões podem resultar em disfunções nas estruturas que recebem sua inervação. Como conseqüência estruturas músculo-esqueléticas podem estar comprometidas numa disfunção de origem neural. 
AVALIAÇÃO
	Durante a avaliação são realizados os testes específicos de acordo com a sintomatologia detectada no paciente. O resultado positivo do teste é representado por uma sensação dolorosa de tensionamento ou parestesia no trajeto nervoso. Deve-se, ainda, avaliar o paciente de forma global, a fim de encontrar possíveis pontos de compressão nervosa que favoreçam os distúrbios neuro-ortopédicos. Sendo eles mm. Escalenos, 1ª costela, clavícula, m. Peitoral Menor, m. Pronador Redondo e ossos do Carpo (plexo cervico-braquial) e m. Psoas, m. Piramidal, cabeça da Fíbula e ossos do tarso (plexo lombo-sacro).
Testes para MMSS
ULTT1 (Upper Limb Tesion Test): mais específico para o nervo Mediano. 
Paciente em decúbito dorsal, ombro abduzido a 90°, cotovelo fletido a 90° com extensão de punho e dedos. Fazer rotação externa de ombro e extensão de cotovelo.
 
ULTT2: Mais específico para o nervo Radial.
Paciente em decúbito dorsal, ombro abduzido a 45° com flexão e pronação de cotovelo, polegar flexionado e flexão dos dedos sobrepostos ao polegar. Fazer a extensão de cotovelo com o punho flexionado. 
 
ULTT3: Mais específico para o nervo Ulnar.
Paciente em decúbito dorsal, ombro abduzido a 90°, fazer rotação externa de ombro, com extensão dos dedos e punho. Fazer flexão de cotovelo levando à orelha do paciente.
 
Obs.: Para gerar um tensionamento individualizado no sistema nervoso, deve-se realizar uma flexão contra-lateral do pescoço ao lado testado, juntamente com uma depressão do ombro homolateral.
Testes para MMII
SLR (Straight Leg Raise - Elevação da Perna Estendida): Tensionamento de todo neuroeixo.
Paciente em decúbito dorsal com flexão de cervical e quadril, extensão de joelho e dorso-flexão do tornozelo.
 
PKB (Prone Knee Bend - Flexão do Joelho na Posição Pronada): Mais específico para o nervo Femoral.
Paciente em decúbito ventral, fazer flexão de joelho.
Slump Test (Teste da Inclinação Anterior): Tensionamento de todo neuroeixo.
Paciente sentado realiza flexão total do pescoço, flexão parcial de tronco, dorso-flexão de tornozelo mantém os parâmetros e realiza extensão do joelho.
 
TRATAMENTO
As técnicas de tratamento são realizadas na mesma posição em que se aplicam os testes, geralmente os mais usados são o ULTT1 e o SLR, pois são os mais confortáveis. De acordo com a fase em que se encontra o distúrbio neuro-orptopédico, existem duas modalidades de tratamento a serem utilizadas.
A mobilização do sistema nervoso é uma técnica do tipo Estrutural, ou seja, vai no sentido oposto ao da restrição da mobilidade. Sua aplicação pode se dar de duas formas: Técnica Rítmica ou Oscilatória e técnica de Tensão Sustentada.
- Técnica Rítmica ou Oscilatória => Fase aguda 
Deve-se fazer oscilações à “distância” do membro a ser tratado.
- Técnica de Tensão Sustentada => Fase crônica
Deve-se fazer mantido à distância ou no próprio membro a ser tratado.
AUTO ALONGAMENTO NEURAL
Nervo Mediano
 	 
 
Nervo Radial
 
CONTRA INDICAÇÕES:
Problemas agudos com agravamento recente dos sinais neurológicos;
Lesões da cauda eqüina;
Lesões do sistema nervoso central;
Lesões medulares;
Tumores;
Grandes hérnias discais.
PRECAUÇÕES:
Situações de irritabilidade importantes;
Deteriorização rápida de um problema;
Presença de patologias associadas (AIDS, Diabetes);
Vertigens;
Problemas circulatórios.
BIBLIOGRAFIA:
	
BUTLER, David S. Mobilização do Sistema Nervoso, Ed. Manole 2003, Barueri - SP
FRANÇOIS, Ricard; SALLÉ, Jean-Luc. Tratado de Osteopatia: Teórico e prático, Ed. Robe, 2002 São Paulo - SP
COHEN, Helen. Neurociência para Fisioterapeutas, Ed. Monole, 2001, São Paulo – SP
Apostila do módulo de Neuromenígea da Escola de Terapia Manual e Postural – Afonso Shiguemi Inoue Salgado.
* Thiago Guedes Teles – Aluno do 8º semestre do Curso de Fisioterapia da Universidade de Fortaleza.
Ex-monitor das disciplinas de Cinesioterapia e Reeducação Funcional e Cinesiologia.
* Alaíde Chaves Aragão – Aluna do 8º semestre do Curso de Fisioterapia da Universidade de Fortaleza. Monitora da disciplina de Cinesioterapia e Reeducação Funcional.

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