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0 Estagio Supervisionado Ambulatorial em Fisioterapia Professora Regina Coeli Vieira Gomes FUNDAÇÃO EDSON QUEIROZ UNIVERSIDADE DE FORTALEZA Graduação em Fisioterapia GUIA PRÁTICO DE TESTES ESPECÍFICOS Estágio Supervisionado Ambulatorial em Fisioterapia Organizadores: Professora Regina Coeli Vieira Gomes Ana Flávia Vieira Barbosa Anna Carolline Pinheiro Carioca Élida Lorena Gomes dos Santos Isaac Martins de Oliveira Holanda Viviane Lopes da Cunha 2013.2 1 Estagio Supervisionado Ambulatorial em Fisioterapia Professora Regina Coeli Vieira Gomes COLUNA VERTEBRAL Teste de Adson Objetivo: Determinar a permeabilidade da artéria subclávia. Procedimento: Examinador palpará o pulso radial do paciente, que deverá estar com o membro superior estendido, abduzido e rodado externamente. Em seguida, o paciente deve prender a respiração e mover a cabeça em direção ao membro examinado. Avaliação: Qualquer compressão da artéria será percebida como uma diminuição ou desaparecimento do pulso. Teste de Distração Objetivo: Avaliar a radiculopatia cervical. Procedimento: Paciente sentado, o examinador com contatos no queixo e na região sub-occipital da cabeça e realiza uma tração da cervical. Avaliação: A distração das vértebras cervicais, ao abrir os forames neurais, provoca um alívio da dor consequente à compressão radicular nesse nível. Sinal de Ott Objetivo: Avaliar a flexibilidade das vértebras torácicas. Procedimento: Paciente em pé o examinador localiza o processo espinhoso de C7 e determina um ponto a 30 cm caudal. Paciente é solicitado a inclinar-se para frente e, em seguida, para trás. Avaliação: Na inclinação para frente essa distância deve aumentar de 2 a 4 cm e diminuir de 1 a 2 cm na inclinação para trás. 2 Estagio Supervisionado Ambulatorial em Fisioterapia Professora Regina Coeli Vieira Gomes Teste de Schober Objetivo: Determinar flexibilidade das vértebras lombares. Procedimento: Paciente em pé o examinador localiza o processo espinhoso de S1 e determina um ponto a 10 cm cranial. Paciente é solicitado a inclinar-se para frente e, em seguida, para trás. Avaliação: Com a inclinação para frente, à distância entre essas marcas deve aumentar em torno de 5 cm e diminuir para 1 a 2 cm na inclinação para trás. Teste da Prega de Kibler Objetivos: Avaliar a elasticidade e a consistência da dobra da pele. Procedimento: Paciente em decúbito ventral com braços relaxados ao longo do corpo. O fisioterapeuta pinça uma prega de pele entre os polegares e indicadores e faz um rolamento ao longo do tronco do paciente. Avaliação: Através da palpação pode diagnosticar disfunções vegetativas e contraturas musculares localizadas superficial e profundamente. Teste de Patrick Objetivo: Avaliar disfunção da articulação sacroilíaca, quadril ou espasmo do iliopsoas. Procedimento: Paciente em decúbito dorsal com o joelho do lado afetado flexionado a 90º e o maléolo lateral apoiado sobre o joelho não afetado. O examinador segura a pelve do paciente firmemente contra a mesa e com a outra mão, empurra o joelho afetado em direção à mesa. Avaliação: Um teste positivo resulta em dor e/ou perda de amplitude movimento quando comparado com o lado não envolvido. Comprometimento do quadril, dor referida na virilha ou para sacroilíaca quando a dor for sobre a sacroilíaca contralateral. 3 Estagio Supervisionado Ambulatorial em Fisioterapia Professora Regina Coeli Vieira Gomes MEMBROS SUPERIORES Teste de Jobe Objetivo: Detectar comprometimento do músculo supraespinhal. Procedimento: Paciente em pé ou sentado, com o cotovelo estendido, mantém o ombro em abdução de 90º, flexão de 30º e rotação interna. Examinador resiste aos movimentos. Avaliação: Teste positivo se o paciente referir dor ou não conseguir realizar o movimento. Teste do alcance de Apley Objetivo: Detectar comprometimento do manguito rotador, principalmente do supraespinal. Procedimento: O paciente em pé ou sentado deve tentar alcançar o ângulo superior medial da escápula oposta. Avaliação: Teste é positivo quando paciente refere dor que irradia sobre o manguito rotador, acompanhada da impossibilidade de alcançar a escápula e restrição na rotação externa e abdução. Teste de Neer Objetivo: Indicar síndrome do impacto. Procedimento: Mão do examinador fixa a escápula do paciente, e a outra mão segura seu braço pelo lado e levanta-o de trás para frente, no plano adutor e escapular, em direção horizontal. Avaliação: Se o teste for positivo a dor de movimento se propaga devido ao estreitamento subacromial. 4 Estagio Supervisionado Ambulatorial em Fisioterapia Professora Regina Coeli Vieira Gomes Teste de Hawkins e Kennedy Objetivo: Indicar a síndrome do impacto. Procedimento: Com uma das mãos o examinador fixa e escápula do paciente, com a outra, aduz seu braço, que está antevertido em rotação interna 90º. Avaliação: Caso de síndrome de impacto positiva, as dores de movimento propagam-se, devido ao choque do tendão do músculo supraespinal, contra o ligamento coracoacromial ou a compressão deste tendão entre este ligamento. Teste de Gerber Objetivo: Avaliar se há ruptura do subescapular. Procedimento: Com o braço em rotação interna, o paciente encosta o dorso da mão sobre suas costas e depois tenta afastá-lo das costas e/ou exercendo uma pressão contra a mão do examinador. Avaliação: Em casos de ruptura subescapular, o paciente não consegue opor resistência à mão do terapeuta. Teste do impacto de Yocum Objetivo: Indicar a síndrome do impacto. Procedimento: Paciente coloca a mão sobre o ombro oposto e procura fletir o braço elevando ativamente o cotovelo, sem elevar o cíngulo escapular. Avaliação: Paciente refere dor, nesse movimento, o tubérculo maior desloca-se não só sob o ligamento coracoacromial, mas também sob a articulação acromioclavicular. 5 Estagio Supervisionado Ambulatorial em Fisioterapia Professora Regina Coeli Vieira Gomes MEMBROS INFERIORES Manobra de Thomas Objetivos: Avaliar a contratura em flexão do quadril e extensão de joelho. Procedimento: Paciente em decúbito dorsal na ponta da mesa, pede-se para ele abraçar os membros inferiores, mantendo-os junto ao tronco, em seguida deixa um dos membros cair. Avaliação: Em casos de contratura de psoas o paciente não consegue estender totalmente a perna; e de contratura de reto femoral o paciente realiza extensão de joelho. Teste do Piriforme Teste de Ober Objetivo: Avaliar contratura do músculo tensor da fáscia lata. Procedimento: Paciente em decúbito lateral sobre o lado não afetado. Examinador segura a perna afetada com uma das mãos, e com a outra, estabiliza a pelve. Realiza-se uma extensão do quadril e, em seguida uma adução. Avaliação: Teste positivo, se a perna não cair em uma posição de adução. Objetivo: Avaliar contratura do músculo piriforme. Procedimento: Paciente em decúbito ventral, com os joelhos flexionados a 90°, deixa cair as pernas lateralmente. Avaliação: Teste positivo, se a perna do paciente não cair lateralmente (fazer rotação interna). 6 Estagio Supervisionado Ambulatorial em Fisioterapia Professora Regina Coeli Vieira Gomes Teste paraIsquiostibiais Objetivo: Avaliar o encurtamento dos músculos posteriores da coxa (semimembranoso, semitendinoso e bíceps femoral) Procedimento: Paciente em decúbito dorsal examinador irá realizar uma flexão de quadril estendendo o joelho do paciente até o seu limite. Avaliação: Em casos de encurtamento paciente não irá conseguir realizar a extensão normal do joelho. Teste de Trendelenburg Objetivo: Avaliar o músculo glúteo médio. Procedimento: Paciente em pé, examinador posiciona-se atrás do paciente e palpa as cristas ilíacas posteriores. Solicita ao paciente que flexione um dos joelhos, mantendo o quadril em extensão. Avaliação: Se houver insuficiência do músculo glúteo médio, observa-se a queda da crista ilíaca desse mesmo lado por incapacidade do glúteo contralateral em se contrair e elevar a pelve. Sinal de Zohlen Objetivo: Identificar lesões retropatelares. Procedimento: O paciente fica em decúbito dorsal, com a perna estendida. O examinador pressiona a patela com os polegares a partir das direções proximal, medial e lateral e pede ao paciente que estenda ainda mais a perna e tensione o músculo quadríceps. Avaliação: Em casos de lesões retropatelares do tendão ocorrem dores retropatelares e/ou parapatelares. 7 Estagio Supervisionado Ambulatorial em Fisioterapia Professora Regina Coeli Vieira Gomes Teste de Compressão de Apley Objetivo: Identificar lesão meniscal. Procedimento: Paciente em decúbito ventral com joelho a ser avaliado flexionado a 90°. Examinador gira o joelho do paciente associando a uma pressão axial. Avaliação: Teste positivo, paciente refere dor durante a rotação interna (sinal de lesão no menisco lateral); dor durante a rotação externa (sinal de lesão do menisco medial). Teste de Distração de Apley Objetivo: Identificar lesão da cápsula articular e dos ligamentos. Procedimento: Paciente em decúbito ventral com joelho a ser avaliado flexionado a 90°. Examinador fixa a coxa do paciente com o joelho, gira o joelho do paciente associando a uma tração. Avaliação: Teste positivo, paciente refere dor durante a rotação interna (lesão da cápsula e dos ligamentos laterais); dor durante a rotação externa (lesão da cápsula e ligamentos mediais). Teste de Steinmann Objetivo: Identificar lesão meniscal. Procedimento: Com o paciente sentado sobre a mesa, com os joelhos flexionados a 90° e pendentes, o examinador faz uma rotação externa e interna da perna do paciente, segurando pelo pé. Avaliação: A presença de dor ou estalido na interlinha articular é sinal de lesão meniscal. 8 Estagio Supervisionado Ambulatorial em Fisioterapia Professora Regina Coeli Vieira Gomes Teste de McMurray Objetivo: Identificar lesão meniscal Procedimento: Paciente em decúbito dorsal, com flexão máxima de joelho e quadril. Examinador segura o joelho do paciente com uma das mãos e o pé com a outra, mantendo a perna em rotação externa ou interna. Em seguida, realiza extensão da perna até a flexão de 90°. Avaliação: Paciente refere dor durante a rotação externa (lesão do menisco medial); dor durante a rotação interna (lesão do menisco lateral). Teste de Lachmann Objetivo: Identificar ruptura do ligamento cruzado anterior nos casos de lesões recentes. Procedimento: Paciente em decúbito dorsal, com articulação do joelho flexionada entre 15° e 30°. O examinador, com uma das mãos, segura o fêmur do paciente e com a outra, puxa a tíbia para frente. Avaliação: Resultado positivo se houver um deslocamento perceptível da tíbia em direção ao fêmur. Teste de Gaveta Anterior Objetivo: Testar a instabilidade do ligamento cruzado anterior. Procedimento: Paciente em decúbito dorsal com quadril em 45° de flexão e joelho em 90°. Examinador fixa o pé do paciente. Utiliza as duas mãos para segurar a cabeça da tíbia e puxá-la no sentido de anteriorização da mesma. Avaliação: Caso seja observado um deslocamento anterior da tíbia pode-se constatar uma gaveta anterior positiva. 9 Estagio Supervisionado Ambulatorial em Fisioterapia Professora Regina Coeli Vieira Gomes Teste da Gaveta Posterior Objetivo: Verificar se há instabilidade posterior da tíbia em relação ao fêmur. Procedimento: Terapeuta mantém a mesma posição para verificação da gaveta anterior, porém executa a ação de empurrar a tíbia na direção posterior verificando se esta de desloca posteriormente. Avaliação: Caso haja um deslocamento da tíbia na direção posterior é característico de lesão do ligamento cruzado posterior. Teste de Estresse em Varo Objetivo: Verificar a integridade do ligamento colateral lateral. Procedimento: Examinador segura a perna do paciente na região distal com a mão podálica e apoia na região medial da coxa com a mão cefálica. Empurra a mão que está na perna em direção ao centro da maca, ocasionando um estresse em varo. Avaliação: Instabilidade durante o movimento é sinal de lesão do ligamento colateral lateral. Teste de Estresse em Valgo Objetivo: Verificar a integridade do ligamento colateral medial. Procedimento: Examinador põe a mão cefálica em região lateral da coxa do paciente e mão podálica na região proximal da tíbia. O estresse é realizado no sentido oposto ao do teste anterior. Ocasionando um estresse em valgo. Avaliação: Instabilidade no joelho é um sinal positivo de lesão do ligamento colateral medial. 10 Estagio Supervisionado Ambulatorial em Fisioterapia Professora Regina Coeli Vieira Gomes QUADRO 1 – Principais raízes medulares Raiz Reflexo Músculos Sensibilidade C5 Bicipital Deltoide Bíceps Face lateral do braço C6 Braquiorradial Extensor radial do carpo Bíceps Face lateral do antebraço, mão e polegar C7 Tricipital Flexores do punho Extensores dos dedos Dedo médio C8 - Flexores dos dedos Interósseos Face medial do antebraço e dedos anular e mínimo T1 - Interósseos Face medial do braço T4 - - Mamilos T7 - - Apêndice xifoide T10 - - Cicatriz umbilical T12 - - Dobra inguinal L4 Patelar Tibial anterior Face medial da perna L5 - Extensor do hálux Face lateral da perna e dorso do pé S1 Aquileu Fibulares Gastrocnêmios Face lateral e planta do pé 11 Estagio Supervisionado Ambulatorial em Fisioterapia Professora Regina Coeli Vieira Gomes REFERÊNCIAS BUCKUP, Klaus. Testes clínicos para patologia óssea, articular e muscular. 2 ed. Barueri: Manole, 2002. BARROS FILHO, Tarcísio Eloy Pessoa de; LECH, Osvandré. Exame físico em ortopedia. 2 ed. São Paulo: Sarvier, 2002. GUSMÃO, Sebastião Silva; CAMPOS, Gilberto Belisário; TEIXEIRA, Antônio Lúcio. Exame neurológico: bases anatomofuncionais. 2 ed. Rio de Janeiro: Revinter, 2007.
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