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APS Avaliação e a Pratica Docente

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A Avaliação e a Prática docente
A avaliação não tem um fim em si mesma, mas é uma forma de avaliar o processo de ensino-aprendizagem do professor e do aluno. Segundo Haydt (1994) atualmente a avaliação assume uma função diagnóstica e orientadora, pois ajuda o aluno a progredir na aprendizagem e o professor a reorganizar sua ação pedagógica.
Por isso, o processo de avaliação se torna uma constante, uma vez que o professor e o aluno passam frequentemente por esse processo. Para avaliar as várias dimensões de seu comportamento, é necessário o uso combinado de técnicas e instrumentos de avaliação, que devem ser elaborados diante dos objetivos proposto
O presente projeto visa subsidiar a formação de futuros professores do ponto de vista teórico e prático para que eles possam contribuir para a melhoria do processo avaliativo e minimizar as dificuldades encontradas no processo de ensino-aprendizagem na comunidade escolar com relação aos instrumentos de avaliação, por entendermos que eles interferem na vida cotidiana da escola e de todos os atores envolvidos (educadores, pais e comunidade).
Conforme Haydt (1994), a avaliação deve ser um instrumento para estimular o interesse e motivar o aluno a maior esforço e aproveitamento e não uma arma de tortura e punição. Desempenha também a função de permitir que o aluno conheça seus avanços ou dificuldades.
Os mais tradicionais métodos de avaliação são os registros de observação (fichas, caderno), e registros de auto avaliação (prova oral, prova escrita). 
Para professora Renata do Ensino Fundamental, a avaliação é uma tarefa que faz parte do cotidiano do professor como forma de avaliar o ensino aprendizagem do aluno, é através deste veículo que encontramos as dificuldades apresentadas por cada aluno e assim temos oportunidade de auxiliá-los.
Lógico que esta não é a única forma avaliativa considerável, vale lembrar que a forma com que o aluno se desenvolve em sala também é avaliada, como um dos principais métodos avaliatórios.
As vezes o aluno possui diversas outras habilidades, como vocabulário, pronúncia, forma com a qual se desenvolve em outras atividades fora da sala de aula, mas o pedagógico precisa de complementos para serem alcançados, você consegue notar quais as crianças que apresentam uma real dificuldade preocupante, e aquelas que são totalmente capazes de alcançar os resultados esperados, mas que necessita de emprenho e participação ativa dos professores e familiares.
Vale destacar que cada criança tem o seu tempo, a escola determina um resultado a ser alcançado mais isso tem que ocorrer de acordo aos avanços e desenvolvimento que cada aluno possui. Acho importante comentar que dentro da minha sala de aula tenho uma aluna com Síndrome de Down, e as suas verificações são adaptadas, de acordo com seus resultados e avanços, hoje ela se encontra no 3º ano do Ensino Fundamental, porém isso não é utilizado como parâmetro, é realizado uma observação constante e de acordo com os seus resultados naquele bimestre eu avalio o que posso começar aplicar como novo aprendizado, ela ainda não é alfabetizada como os demais alunos, porém teve avanços importantes e de extrema importância, e isso é o que basta.
Nota-se que a professora não utiliza apenas um método de avaliação, pois, segundo ela, cada aluno tem seu tempo de desenvolvimento e a sala também tem aluno de inclusão o que faz com que ela utilize de diferentes tipos de avaliação.
Gatti (2003) nos diz que:
Para ter sentido, a avaliação em sala de aula deve ser bem fundamentada quanto a uma filosofia de ensino que o professor espose. A partir dessa premissa, o professor pode acumular dados sobre alguns tipos de atividades, provas, questões ou itens ao longo do seu trabalho, criando um acervo de referência para suas atividades de avaliação dentro de seu processo de ensino.
A professora Renata baseia-se na teoria de Vygotsky, que diz que “o sujeito deve ser avaliado através do que ele sabe fazer sozinho e aquilo que ele faz com mediação de outros”. A chamada zona de desenvolvimento proximal, que de acordo com as diversidades, os conhecimentos que o sujeito já possui junto aquilo que ele herdará conhecimento determinará o seu potencial atingido, o que determina uma oportunidade maior de herança de conhecimentos.
Quando um professor tem um aluno como ser integral, não avalia apenas a aquisição de conhecimentos ou aspectos cognitivos, mas também os hábitos e habilidades de convívio social analisando outras dimensões do comportamento. A observação permite avaliar outros objetivos educacionais que técnicas nem sempre possuem a mesma eficiência. 
Para avaliar o aluno existem algumas técnicas e grandes instrumentos de avaliação como a observação que seus registros são feitos em fichas, cadernos; verifica o desenvolvimento cognitivo, afetivo e psicossocial do educando, em decorrência das experiências vivenciadas; a auto avaliação tem como técnica a aplicação de provas, seja elas, oral, escrita descritiva ou escrita objetiva; ela determina o aproveitamento cognitivo do aluno em decorrência da aprendizagem.
Devem ser utilizadas técnicas variadas e instrumentos diversos de avaliação, sempre com base no planejamento de ensino e com as necessidades e desenvolvimento dos alunos. Quanto mais dados o professor puder colher na avaliação, utilizando instrumentos variados e adequados aos objetivos propostos, terá mais informações para replanejar seu trabalho e ajudar seus alunos. 
A avaliação deve ser uma constante toca ente quem avalia e quem é avaliado, isso em todas as etapas do ensino, Barretto (agosto/2001): 
A avaliação deve ter um caráter contínuo, que supõe trocas constantes entre avaliador e avaliado, o que pode implicar, dependendo do nível de ensino, maior interação com as próprias famílias dos educandos, especialmente no caso das crianças menores. As mudanças em relação ao indivíduo apontam na direção da autonomia e, em relação ao social, na direção de uma ordenação democrática e, portanto, mais justa da sociedade
Nossa entrevistada, a professora Renata, avalia seus alunos do ensino fundamental, elaborando em parceria com a professora do período da tarde, baseiam-se em atividades que foram desenvolvidas durante o bimestre em sala de aula, optam por textos curtos para que não dispersem a atenção, e por imagens de atividades que já haviam trabalhado anteriormente, mas com os exercícios modificados. Elaboram exercícios que envolva o seu cotidiano. Como procedimento ou instrumento de avaliação ela se utiliza de situações diárias de seus cotidianos, procura por assuntos que estão sendo comentados no momento. Segundo sua percepção, isso prende a atenção dos alunos de uma forma mais participativa, e os mostram que a prova está ao alcance deles, estimulando a leitura.
Por exemplo: Em uma prova, ela abordou a história do spinner, aproveitou o momento e colocou a história da criadora do spinner.
Podemos observar com base nos autores e na entrevista realizada, que a avaliação é realizada de diferentes formas, cada professor possui em mãos um contexto social, um planejamento diferente. Gatti (20013):
A diversidade de opiniões sobre as avaliações que se processam em sala de aula, tanto entre os professores, como entre os alunos, e ainda entre alunos e professores, fica patente. O único ponto comum é a visão de que a avaliação dos alunos é uma parte esperada e essencial do processo de educação. Como esta avaliação deve ser realizada é uma questão aberta para debate. Debate que pode ser realizado em sala de aula entre professores e alunos na busca de maior transparência desse processo e de melhor utilização dos vários meios possíveis de serem utilizados ou criados para alimentar relevantemente os processos de ensino do professor e os de aprendizagem dos alunos.
O professor avaliador pode se utilizar daquilo que os alunos estão vivenciando no momento para embasamento de suas avaliações, tirando dos alunos o fantasma da avaliação que para muitos deles remete a algo estressante e desgastante, mesmosabendo que isso é necessário dentro do contexto escolar.
 Na opinião da professora Renata, alguns alunos não apresentam bons resultados na avaliação escolar porque acabam ficando nervosos com o fato de ouvir a palavra “prova” e o seu desenvolvimento acaba sendo prejudicado, por isso é importante o “avaliar” de uma forma geral, mas hoje em dia nessa faixa etária (educação fundamental), a maior dificuldade encontrada é a concentração, diversos alunos acabam respondendo de forma incompleta ou incorreta por não prestarem atenção no enunciado do exercício, por isso antes de dar início no exercício Renata faz uma previa leitura, e percebeu que isso os ajuda muito.
Existem alunos que tem facilidades em lidar com estes momentos de “avaliação” e “aprendizado” e atingem melhores resultados. As habilidades de cada aluno são aprimoradas de acordo com o decorrer dos anos. A professora tem alunos que odeiam matemática, e quando começa os exercícios percebe que o aluno tem dificuldade em desenvolver porque ele já criou uma barreira referente aquilo, não há empenho e vontade de aprender com erros, ele tenta uma, duas, na terceira já se encontra frustrado e se nega a novas tentativas.
Seus alunos com excelência de resultado na grande maioria, são aqueles que são participativos na aula, realizam os exercícios de casa, estuda no dia anterior a atividade avaliativa, e há uma grande participação familiar na vida do estudante. Lógico que existem casos de exceções mais é esporádico e isso é de facilidade em aprender e desenvolver do próprio aluno, que se identifica com o conteúdo e desenvolve com facilidade. 
Os pais são grandes aliados para a educação, o incentivo dentro de casa, a participação dos mesmos em atividades escolares, isso ajuda e muito para o bom desempenho dos alunos. 
A forma de avaliar o aluno não se aplica apenas através de provas bimestrais, a observação com registro também é muito utilizada. Nem sempre o aluno consegue numa prova mostrar o seu conhecimento, principalmente aqueles que se sentem pressionados e ficam nervosos no dia da avaliação.
Através da avaliação por observação o professor pode ter uma outra visão do aluno na aprendizagem do conteúdo exposto em sala. Como explica Haydt (1994):
“A observação é uma técnica que o professor dispõe para melhor conhecer seus alunos, identificando suas dificuldades e avaliando seus avanços nas várias atividades realizadas e seu processo na aprendizagem. Através da observação direta dos alunos no contexto das atividades cotidianas de sala de aula, onde eles agem espontaneamente...”
A observação é uma forma avaliativa de complementar as provas e testes realizados em sala de aula.
Quando perguntado a professora sobre quais mudanças poderiam ser feitas para uma avaliação de qualidade, relatou que é necessário deixar claro aos estudantes que a forma avaliativa de provas, é apenas uma das metodologias de verificação de aprendizagem, não devemos cobrar os resultados como aquilo fosse a única fonte de avaliar o ensino aprendizagem de cada aluno. Devemos valorizar as particularidades de cada aluno, e ao decorrer do ano letivo contribuir com os resultados de cada aluno, se as dificuldades forem notadas o quanto antes possível, e trabalhada de uma forma especifica de acordo com as dificuldades isso pode colaborar em novos resultados.
O professor após fazer a avalição usando a metodologia das provas bimestrais, não deve apenas mostrar as notas, as provas devem ser mostradas e feito uma correção coletiva, explicando cada questão e os alunos tirando suas dúvidas quando houver. A avaliação deve ser feita para incentivar o aluno, algo que ele tenha prazer em realizar para avaliar seus conhecimentos, não deve ser vista como um método de tortura ou classificação.
Na visão da professora Renata não devemos educar os nossos jovens somente para as salas de aula e reuniões de família, não devemos ensinar os nossos educandos somente para provas e excelentes resultados, devemos ter contribuição contínua e ativa de forma colaborativa para a vida.
No processo de avaliação não é só o aluno que é avaliado, o professor também tem seu trabalho avaliado, embora nem todos aceitem ou admitam isso. O bom desenvolvimento do aluno também é um estimulo para o trabalho docente.

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