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Universidade Federal do Espírito Santo Prova Final de Cálculo I Data: 13/11/2012 Prof. Lúcio Fassarella DMA/CEUNES/UFES Aluno:___________________________Matrícula:______Nota: 1. (1; 5 ponto) Calcule os limites: i) lim x!2 2x2 � 3x� 2 x2 � 4 ii) limx!1 p x ln (x2) iii) lim x!1 cos � � 2x � x� 1 2. (1; 5 ponto) Um copo de papel tem a forma de um cone circular reto com 10 cm de altura e 3 cm de raio no topo. Se for colocada água dentro do copo à taxa de 2 cm3= s, com que rapidez o nível da água se elevará quando ela estiver a 5 cm de profundidade? 3. (1; 5 ponto) Determine as retas que contêm o ponto (1; 12) e são tangentes à curva y = 9� x2 4. (1; 5 ponto) Determine o triângulo isóceles de menor área que pode ser circunscrito à uma circunferência de raio r. 5. (2 pontos) Calcule as integrais: i) Z x cos (�x) dx ii) Z 5 �5 1p 25� x2 dx 6. (2 pontos) Em cada item, calcule a área da região limitada pelas curvas i) � y = x2 y2 = x ii) � y = x3 � x y = 3x Boa Prova! 1 Chave de Respostas Serão penalizados com redução de pontos (variando de 0; 1 a 0; 3) as seguintes situações: - Desorganização; - Notação/terminologia incorreta ou inadequada; - Introdução de variáveis ou símbolos sem de nição explícita; - Respostas ou expressões intermediárias sem as devidas justi cativas. Questão 1 (todos os ítens) - Aplicação da Regra de LHopital com cálculo correto das derivadas das funções envolvidas = 0; 25 - Conclusão do cálculo do limite: = 0; 25 > O item (i) pode ser resolvido usando fatoração! Questão 2 - Expressão correta do volume de água em função da profundidade = 0; 2 - Relação correta entre a profundidade e o raio da superfície da água = 0; 3 - Cálculo correto da derivada do volume de água em função do tempo = 0; 5 - Substituição correta de valores na expressão da derivada da profundidade em relação ao tempo = 0; 5 - Registro da resposta. Questão 3 - De nição de uma extratégia correta para resolução do problema = 0; 5 - Expressão genérica das retas tangentes à curva = 0; 3 - Dedução da equação do segundo grau que caracteriza os pontos da curva que resolvem o problema = 0; 3 - Resolução da equação do segundo grau = 0; 2 - Registro da resposta (determinação das expressões das retas que resolvem o problema) = 0; 2 Questão 4 - Expressão correta da área de um triângulo isóceles circunscrito na circun- ferência em função de um único parâmetro, digamos a altura = 0; 2 - De nição de uma extratégia correta para resolução do problema (técnica dos pontos críticos) = 0; 3 - Cálculo correto da derivada da área em função da altura = 0; 5 - Determinação do ponto crítico da função área = 0; 3 - Conclusão do problema e registro da resposta = 0; 2 2 Questão 5 Item (i) - Integração por partes, com escolha correta das variáveis auxiliares = 0; 2 - Cálculos intermediários corretos = 0; 5 - Cálculo correto da integral intermediária = 0; 3 - Registro da resposta correta. Item (ii) - Substituição trigonométrica, com escolha correta da variável auxiliar = 0; 2 - Cálculo correto do novo integrando = 0; 2 - Resolução da nova integral = 0; 2 - Retorno à variável original (ou cálculo dos novos limites de integração) = 0; 2 - Cálculo da primitiva nos limites de integração = 0; 2 - Registro da resposta correta. Questão 6 Item (i) - Determinação da região limitada em questão (desenho e/ou intervalo de integração) = 0; 3 - Determinação correta dos integrandos = 0; 3 - Cálculo da integral de nida = 0; 4 Item (ii) - Determinação da região limitada em questão (desenho e/ou intervalo de integração) = 0; 3 - Determinação correta dos integrandos = 0; 3 - Cálculo da integral de nida = 0; 4 3 Resolução Questão 1: (i) Resolvemos a indeterminação 0=0 fatorando os polinômios (mas ela pode também ser resolvida usando LHopital): i) lim x!2 2x2 � 3x� 2 x2 � 4 = limx!2 (x� 2) (2x+ 1) (x� 2) (x+ 2) = limx!2 2x+ 1 x+ 2 = 2� 2 + 1 2 + 2 = 5 4 (Resposta) (ii) Resolvemos a indeterminação 1=1 usando a regra de LHopital: ii) lim x!1 p x ln (x2) = lim x!1 d dx p x d dx ln (x 2) = lim x!1 1 2 p x 2 x = lim x!1 p x 4 =1 (Resposta) (iii) Resolvemos a indeterminação 0=0 usando a regra de LHopital: iii) lim x!1 cos � � 2x � x� 1 = limx!1 d dx cos � � 2x � d dx (x� 1) = lim x!1 ��2 sin � � 2x � 1 = �� 2 sin �� 2 � = �� 2 (Resposta) 4 Questão 2: De nimos as seguintes variáveis: t : = tempo transcorrido desde que o copo começou a receber água y : = altura da água no copo no instante t x : = raio do disco de nido pela superfície da água no copo no instante t Como o copo tem formato de cone circular reto invertido, seções retas contendo o eixo central de nem um triângulo retângulo cujos catetos medem 10 cm e 3 cm; por semelhança de triângulos, segue a seguinte relação entre as variáveis x e y (válida em qualquer instante de tempo t): y 10 = x 3 x = 3 10 y Quando a altura da água no copo é y, o volume de água é dado por: V = 1 3 �x2y V = 3 100 �y3 Portanto, a relação entre a taxa de variação do volume e a taxa de variação da altura de água em relação ao tempo é dada por: dV dt = 9 100 �y2 dy dt dy dt = 100 9�y2 dV dt Finalmente, considerando dV=dt = 2 cm3= s segue que a taxa com que o nível de água se eleva quando y = 5 cm é dada por: dy dt ���� (y=5 cm; dV=dt=2 cm3= s) = 100 9�52 � 2 = 8 9� (Resposta) 5 Questão 3: A reta tangente ao grá co de uma função derivável f (x) num ponto (x0; y0) é dada pela equação y = f 0 (x0) (x� x0) + y0 ; y0 = f (x0) No caso da curva y = 9 � x2, a reta tangente no ponto (x0; y0) é dada pela seguinte equação y = �2x0 (x� x0) + 9� x20 (�) A condição de que essa reta contenha o ponto (1; 12) determina a seguinte equação na variável x0,: 12 = �2x0 (1� x0) + 9� x20 ou seja x20 � 2x0 � 3 = 0 Resolvendo essa equação do segundo grau obtemos x0 = �1 ou x0 = 3 Substituindo esses valores na equação (�) acima, obtemos duas retas satisfazendo as condições do problema: fy = 2x+ 10 e fy = �6x+ 18 (Resposta) Addendum à resolução O seguinte grá co con rma a solução do problema: 52.50-2.5-5 12.5 10 7.5 5 2.5 0 x y x y y = 9� x2 (azul), y = 2x+ 10 (vemelho claro) e y = �6x+ 18 (vermelho escuro) 6 Questão 4: De nimos as seguintes variáveis: b : = base do triângulo isóceles h : = altura do triângulo isóceles � : = ângulo do vértice oposto à base do triângulo isóceles Usando geometria elementar, deduzimos as seguintes relações: tan (�=2) = b=2 h ; sin (�=2) = r h� r Podemos exprimir tan (�=2) e b em função de h: tan (�=2) = sin (�=2) cos (�=2) = sin (�=2)q 1� sin2 (�=2) = r h�rr 1� � r h�r �2 = rph2 � 2hr e b = 2h tan (�=2) b = 2rhp h2 � 2rh A área do triângulo isóceles é dada por A = 1 2 bh A (h) = rh 2 p h2 � 2rh Observamos a condição que de ne o domínio de A (h), coerente com a geome- tria do problema: h > 2r! O valor de h que minimiza a área deve ser um ponto crítico de A (h), i.e., uma raiz de sua derivada.1 A derivada de A (h): dA dh = r d dh � h2p h2 � 2hr � = r 2h p h2 � 2hr � h2 2h�2r 2 p h2�2hr h2 � 2hr Efetuando cálculos aritméticos, obtemos: dA dh = rh2 (h� 3r) (h2 � 2hr)3=2 Concluimos que A (h) possui um único ponto crítico: dA dh = 0 () h0 = 3r 1Os seguintes limites nos permitem concluir que A (h) deve possuir ponto de mínimo global no interior do seu domínio (portanto, ele deve ser um ponto crítico): lim h!2r+ A (h) =1 = lim h!+1 A (h) 7 Substituindo esse valor na expressão para a base, obtemos:b0 = 2r (3r)q (3r) 2 � 2r (3r) = 2 p 3r Resposta: o triângulo isóceles circunscrito à circunferência de raio r > 0 que possui área mínima tem altura h0 = 3r e base b0 = 2 p 3r. Calculando o ângulo oposto à base desse triângulo, podemos concluir que esse triângulo é equilátero (todos os seus ângulos medem 600): �0 = 2arcsin � r 3r � r � = 2arcsin � 1 2 � | {z } �=6 = � 3 Addendum à Resolução O seguinte grá co da função A (h) no caso r = 1, con rma a solução do problema ou seja, que o triângulo isóceles de menor área deve ter altura h = 3. 6543 10 7.5 5 2.5 0 h A(h) h A(h) 8 Questão 5: i) A integral R x cos (�x) dx pode ser resolvida por partes com as seguintes de nições: � u = x dv = cos (�x) dx � du = dx v = 1� sin (�x) dx Assim:Z x cos (�x) dx = Z udv = uv � Z vdu = 1 � x sin (�x)� 1 � Z sin (�x)xd = 1 � x sin (�x) + 1 �2 cos (�x) + c (Resposta) ii) A integral R 5 �5 1p 25�x2 dx pod ser resolvida por substituição: x = 5 sin (�) � dx = 5 cos (�) d�p 25� x2 = 5 cos (�) Assim: Z 1p 25� x2 dx = Z 1 5 cos (�) 5 cos (�) d� = Z d� = � + c Retornando à variável original, obtemos:Z 1p 25� x2 dx = arcsin �x 5 � + c Pelo Teorema Fundamental do Cálculo:Z 5 �5 1p 25� x2 dx = arcsin �x 5 ����5 �5 = arcsin (1)� arcsin (�1) = � 2 � � �� 2 � = � Em síntese: Z 5 �5 1p 25� x2 dx = � (Resposta) 9 Questão 6 i) Fazemos um esboço das curvas para visualizar a região limitada: 21.510.50-0.5-1 2 1.5 1 0.5 0 -0.5 -1 x y x y y = x2 (azul), y2 = x (vermelho) Os pontos de interseção das curvas são soluções do seguinte sistema� y = x2 y2 = x (x; y) = (0; 0) ou (x; y) = (1; 1) Portanto, a área limitada pelas curvas é dada pela seguinte integral em x (o que requer exprimir as curvas na região de integração como grá cos de funções de x): A = Z 1 0 �p x� x2� dx = �2 3 x3=2 � 1 3 x3 �1 0 = 2 3 � 1 3 = 1 3 (Resposta) 10 ii) Fazemos um esboço das curvas para visualizar a região limitada: 2.51.250-1.25-2.5 7.5 5 2.5 0 -2.5 -5 -7.5 x y x y y = x3 � x (azul), y = 3x (vermelho) Os pontos de interseção das curvas são soluções do seguinte sistema� y = x3 � x y = 3x x3 � 4x = 0 x 2 f�2; 0; 2g Assim, os pontos de interseção são: (�2;�6) ; (0; 0) ; (2; 6) Portanto, a área limitada pelas curvas é dada pela seguinte integral em x (o que requer exprimir as curvas na região de integração como grá cos de funções de x): A = Z 0 �2 �� x3 � x�� 3x dx+ Z 2 0 � 3x� �x3 � x� dx = Z 0 �2 � x3 � 4x� dx+ Z 2 0 � 4x� x3� dx = � 1 4 x4 � 2x2 �0 �2 + � 2x2 � 1 4 x4 �2 0 = 8 (Resposta) 11
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