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Tratamento Resíduos Industriais Profa. Fabiana V. da Fonseca fabiana@eq.ufrj.br Tratamento Primário – Parte 1 Tratamento Preliminar ou pré-tratamento à Métodos físicos Tratamento Primário à Métodos físicos e químicos Tratamento Secundário à Métodos biológicos (aeróbios e anaeróbios) Tratamento Terciário à Métodos físicos e químicos e técnicas avançadas TRATAMENTO DE EFLUENTES Tratamento primário de efluentes • Equalização • Neutralização (correção do pH) • Coagulação e Floculação • Sedimentação • Precipitação química • Flotação Clarificação química. Tratamento Preliminar Gradeamento • Unidades que retém sólidos grosseiros tais como, galhos, cascas, plásticos, etc. • Todo o material retido nas grades é removido manualmente ou mecanicamente. 4 Tratamento Preliminar Tratamento Preliminar Peneira giratória Objetivo: Minimizar ou controlar flutuações das vazões, características físicas ou composição das águas residuárias, de modo a obter condições uniformes na entrada das operações unitárias da ETE • Amortecer as flutuações na carga orgânica biodegradável de modo a evitar sobrecargas súbitas dos sistemas de tratamento biológico; • Proporcionar um controle adequado de pH; • Minimizar as variações súbitas de vazão na entrada do tratamento físico- químico para proporcionar taxas de alimentação química compatíveis com a capacidade de processamento do equipamento; • Prover uma capacidade adequada para descargas controladas de despejos nos sistemas municipais, de modo a obter uma distribuição mais uniforme das descargas, evitando surtos; • Evitar que concentrações elevadas de materiais tóxicos entrem na planta de tratamento biológico EQUALIZAÇÃO Objetivos da equalização " Evitar variações na carga orgânica Variações na carga orgânica iriam afetar a atividade microbiológica, quer limitando-a e inibindo-a se em excesso. " Controlar o pH do efluente Permitir, por exemplo, a minimização das flutuações na quantidade de neutralizantes necessária ou aproximação das condições ótimas de pH para os tratamentos químicos ou biológicos. " Ter capacidade de armazenamento Com a capacidade de armazenamento atingida com a equalização é possível evitar as variações no efluente. Permite também a minimização dos impactos das descargas no meio receptor. " Evitar elevadas concentrações de substâncias tóxicas A estabilização das quantidades de tóxicos introduzidos no sistema, assim como a redução da sua concentração, ajuda a minimizar o impacto dessas substâncias nos sistemas biológicos. Objetivos da Equalização Fonte: Eckenfelder, Barbosa F. Nesta etapa, o efluente é misturado em tanques de equalização, por agitação mecânica vigorosa, de forma a garantir uma uniformidade para alimentar as unidades subsequentes. Tratamento Preliminar Equalização Potencia do agitador- regime turbulento " Muitos efluentes industriais contêm elevadas cargas ácidas ou alcalinas que requerem neutralização antes de serem submetidas a tratamento químico ou biológico, ou antes de serem descarregadas. " Para tratamentos biológicos, o pH deverá estar entre 6.5 e 8.5, de modo a garantir uma atividade microbiana ótima. NEUTRALIZAÇÃO Mistura de duas correntes com níveis de pH opostos Se duas correntes a tratar tiverem pH oposto, pode obter-se a neutralização pela sua mistura. Este processo requer uma capacidade de equalização que permita a obtenção do resultado desejado. Neutralização de correntes ácidas A neutralização de correntes ácidas pode ser obtida fazendo-as passar por um leito de carbonato de cálcio ou pela mistura de cal ao efluente. NEUTRALIZAÇÃO Neutralização de correntes alcalinas A neutralização de efluentes alcalinos pode ser obtida pela adição de ácidos fortes. No entanto, por razões de custo, a escolha destes fica muitas vezes reduzida ao ácido sulfúrico. Um outro neutralizante usual no tratamento de efluentes é o CO2, produto secundário de muitos processos industriais. NEUTRALIZAÇÃO Remoção de óleos de efluentes • Separadores API (American Petroleum Institute) • Se caracterizam por serem grandes tanques onde o efluente escoa horizontalmente e óleo livre é separado da fase aquosa; • As gotículas de óleo devem percorrer grandes distâncias para ascenderem e serem coletadas; • Equipamentos grandes; • Remoção da fração de óleo livre do efluente Separadores API (American Petroleum Institute) 18 CLARIFICAÇÃO FÍS ICO-‐QUÍMICA (FLOTAÇÃO) TANQUE DE EQUALIZAÇÃO MM FLOCULADOR FLOTADOR RECEPTOR CORPO DE VAZÃO MEDIÇÃO MM PRODUTO QUÍMICO PRODUTO QUÍMICO EFLUENTE TRATADO LO D O C ENTRÍFUGA EJETORENTRADA DE AR TELES CÓPICA VÁLVULA DOS ADORA BOMBA Bolha de ar Partícula Flocos formado por um conjunto de partículas, em cujos interstícios as bolhas de ar ficam retidas. FLOTAÇÃO Este processo é utilizado na remoção de óleos, gorduras e sólidos suspensos e na separação e concentração de lodos Remoção de lodos Os flocos, os sólidos suspensos e as partículas de óleos são flutuados a estas bolha de ar, que se agregam nas partículas. A mistura ar/sólidos sobe à superfície, onde é removida. O efluente limpo é removido pelo fundo da unidade de flutuação. Nesta fase, uma nova porção de efluente pode ser re- pressurizada e re-introduzida na unidade. Flotação PRINCÍPIO • É um processo de separação de partículas sólidas e/ou líquidas em um meio líquido. • Quando a mistura ar/líquido passa pela câmara de flotação, o ar forma microbolhas. • Estas microbolhas aderem-se às partículas em suspensão, diminuindo sua densidade, sendo assim irão para a superfície onde são removidas. Efluente bruto Efluente floculado Início da Flotação Flotação: 15s Flotação: 30s Flotação: 3min Flotação: 4min(Efluente tratado) Flotação por ar dissolvido • O ar é injetado na unidade sob pressão de modo à dissolvê-lo na água; • Quando a água está saturada, é injetada na câmara de flotação; • Nesse momento a pressão cai e o ar é impossibilitado de permanecer na solução, criando microbolhas; • Os flocos se aderem as bolhas sendo transportados até a superficie das câmaras. C=KH * P Flotação Por Ar Dissolvido • Parâmetro A/S = é a relação entre a quantidade de ar utilizado (liberado por despressurização) e a quantidade de sólidos suspensos alimentada no efluente. A= kg/d de ar liberado por despressurização S Kg/dia SS presentes no efluente Flotação por ar dissolvido FAD Flotação por ar induzido (FAI) • O ar é introduzido diretamente no fundo do tanque; • Baixa eficiência de remoção de sólidos e óleos; recomendado para espumas; Flotação por ar induzido (FAI) Flotação por ar induzido (FAI) Flotação • A separação das gotas de óleo da água é regida pela lei de Stokes Onde: ƿA e ƿo = densidade da fase contínua (água) e da fase particulada (óleo), respectivamente; g= aceleração devido a existência de uma força de campo (gravidade, elétrica ou centrífuga); dGrepresenta o diâmetro médio da fase particulada (gotícula de óleo); µ =viscosidade da fase contínua; Vt = velocidade terminal da partícula ou gotícula que se deseja separar. Flotação: Mecanismo Lei de Henry: C=KHP KH= constantede henry C=ρa.Sa C (mgar/Lagua) ρa densidade do ar Sa solubilidade do ar P2= Patm P1= P (câmara de saturação) f= fator de saturação incompleta 0,5<f<0,8 C2=ρa.Sa A = Kg/d de ar liberado por despressurização S kg/d de sólidos no efluente Sistemas com e sem reciclo como estimar A/S???
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