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Reflexões Teóricas

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FACULDADES INTEGRADAS HÉLIO ALONSO 
COMUNICAÇÃO SOCIAL 
 
 
 
 
REFLEXÕES TEÓRICAS 
MARINA CARNEIRO E RENATO BRITO 
 
 
 
TRABALHO FINAL DE TEORIA DA COMUNICAÇÃO I 
APRESENTANDO AO PROFESSOR IVO LUCCHESI 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Rio de Janeiro 
2017 
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Reflexões Teóricas 
“Espaciando o Pós-moderno” 
A autora teoriza sobre o conceito de pós-moderno sob o ponto de vista da arte. Conceito 
este muito discutido e por vezes utilizado erroneamente para definir quaisquer manifestações 
atuais. Para isso, utiliza tanto argumentos históricos como filosóficos. 
Para melhor entender o pós-moderno na arte, cria-se um contraste com o a arte 
moderna, que visava à superação do passado. Já no pós-moderno observa-se uma forte 
inclinação a uma tentativa de resgate do passado que manifesta em vestígios estéticos. Tal fator 
se deve a ausência de perspectiva trazida pela hipermodernidade. 
Outra característica observada é a individualização das tendências, ao invés de 
organização de movimentos artísticos, caracterizada como “vale-tudo”. Ao mesmo tempo a arte 
se desvincula da obrigação de ser eficiente e funcional e espera-se mais eficácia, algo mais 
momentâneo e voltado para a cultura de massa, este contexto os teóricos denominam de “arte 
pela arte”. 
A arte pós-moderna não necessita representar qualquer ideologia. Ela representa a si 
mesma. Não nega o passado nem o futura, mas permanece espacial no infinito do tempo. Por 
todos esses fatores podemos afirmar que a arte pós-moderna é uma tendência com aspectos e 
características e não basta ser atual para ser pós-moderno. 
 
“O Discurso Publicitário” 
No primeiro momento do ensaio em estudo, Gilda Korff Dieguez analisa o discurso 
publicitário em seu aspecto mítico, segundo Roland Barthes, “uma fala roubada”, no sentido de 
anular nossas motivações de conquistar um ideal, resumindo o ideal, ou valor a um produto, ou 
objeto empírico e limitado, possuído por ideias abstratas e abrangentes, a exemplo da calça 
jeans que, como objeto, um corte de lona de caminhão e, como ideia, liberdade. 
REFLEXÕES TEÓRICAS 
Curso: Comunicação Social – Jornalismo Turno: Noite 
Disciplina: Teoria da Comunicação I Professora: Ivo Lucchesi 
Unidade: FACHA – Botafogo Data: 30/11/2017 
Alunos: Marina Carneiro e Renato Brito Matrículas: 
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O discurso publicitário acontece na leitura do contexto social, analisando suas carências 
de valores universais (que abrangem o maior número de pessoas possíveis). Da mesma forma, 
quanto maior a carência de valores como liberdade, segurança, sensualidade, maior a 
possibilidade de sucesso do discurso publicitário associados a estes valores e do consumo dos 
produtos resumidos a eles. 
A autora contextualiza o projeto da felicidade idealizado por Louis Leon de Saint-
Justque, ao final da Idade Média, tornando-se ideal jamais alcançado, cada vez mais distante, 
mas não menos buscado. Neste ponto cabe à publicidade alimentar a ilusão de proporcionar tal 
felicidade, se não no campo coletivo, mas no individual, mensurável ao quanto se pague pela 
fantasia. 
Tendo a publicidade caráter imediatista, está diretamente ligada ao contexto social atual, 
portanto, ao jornalismo, fazendo este parte do discurso publicitário, seja na forma de matérias 
sugestivas de produtos, ou a circulação sequencial intencionada de notícias negativas, 
fragilizando o telespectador de forma a deixá-lo suscetível às fantasias a seguir oferecidas pelos 
comerciais. 
Por se tratar o discurso publicitário de uma significância altamente perecível e 
oportunista, a qualidade de “criação” usualmente empregada não se aplica, sendo ela restrita 
somente a arte. A publicidade é feita para o agora, ausente de neutralidade e com efeito 
limitado, ao contrário da arte que pode ser interpretada abertamente e perpetuar ao longo dos 
séculos, se transforma, mas jamais envelhece. 
No aspecto narrativo, tem-se como característica a concisão e não se aprofunda em 
nenhum assunto, mas há uma continuidade baseada na eficácia de cada ação, o discurso termina 
a cada efeito que provoca já a narrativa se estende à imagem que é formada de cada marca ou 
produto. 
Fosse à publicidade somente uma oferta de soluções, em um formato específico e 
formas criativas, esgotariam as reflexões sobre sua natureza. O discurso visa a sedução do 
consumidor, de modo a fugir da realidade e não lhe restar escolha a não ser aderir à mensagem. 
Retomando a citação de Roland Barthes, “uma fala roubada”. 
 Temos na publicidade, o mito tomando de assalto as escolhas do cotidiano da vida do 
consumidor, tornando-o cada vez mais infantil, no sentido de não comandar suas próprias ações. 
Não seria menos opressor, se a conjuntura do discurso não se encarregasse de fazê-lo parecer 
normal. 
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Não cabe nesta breve resenha chegar perto de desvendar todas as artimanhas da sedução 
publicitária expostas pela autora, mas sim tomar conhecimento delas a fim de se fazer mais 
consciente de si e da sociedade em que vivemos. 
 
“O Poder Midiático” - Ignácio Ramonet 
Em seu artigo, Ignácio Ramonet desperta a reflexão da comunicação atual, globalizada e 
pós-moderna: 
Com a revolução digital, as fronteiras que distinguiam as três culturas da comunicação, 
sendo elas a da informação, publicitária e cultura de massa, se fundiram dando origem a uma 
comunicação globalizada, que possibilitou o surgimento de grandes corporações multimídia 
como Warner, Universal e, em âmbito nacional, podemos citar o Grupo Globo. O sistema 
midiático tem cada vez mais se imponderado e se sobrepondo a outros poderes na medida em 
que influi no modo de se comportar da massa consumidora. 
A massa se transformou na principal moeda da comunicação. Não é exagero a reflexão 
de estarmos sendo vendidos à publicidade a cada lugar, físico ou não, por que passamos, a todo 
tempo e, devemos sim nos incomodar com este fato pois é um contrato que não assinamos e 
permitimos que aconteça sem sequer nos darmos conta. 
O discurso infantilizante da mídia faz parte do jogo. Superficialidade, concisão e 
espetacularização da informação são usadas de modo a atingir o maior número de pessoas 
possível por fins comerciais e não mais para simplesmente informar a verdade. O fato perde o 
protagonismo para emoção que, nunca antes foi tão relevante para o sistema. 
Contudo, para muitos de nós o que temos como comunicação de massa não é suficiente 
nem interessante, gerando espaço para que se desenvolva uma contracultura da comunicação 
que podemos observar em jornais como Le Monde Dipomatiqueainda praticam jornalismo sério 
com base nos fatos a cima de qualquer ideologia. 
 
“A cultura da Internet” – Manuel Castells 
“A cultura da Internet”, por Manuel Castells apresenta e discute quatro culturas que 
fundaram a Internet: cultura tecnomeritocrática (acadêmica), cultura hacker, cultura empresarial 
e contracultura libertária. Hoje em dia é possível identificar características dessas culturas nas 
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práticas vinculadas à Internet e também nos discursos que, ao circularem socialmente, ajudam a 
construir o que imaginamos e nossa visão sobre a tecnologia no mundo atual. 
Castells retoma a história da Internet desde a formação da Arpanet no final de 1960, 
mostrando como ela surge de um projeto do Departamento de Defesa norte-americano que, com 
o objetivo de superar a tecnologia soviética, criou, em 1958, a Advanced Research Projects 
Agency (ARPA) para desenvolver uma rede interativa de computadores. De acordo com 
Castells, “a cultura hacker […] diz respeito ao conjunto de valores e crenças que emergiu das 
redes de programadores de computador que interagiam online […]” na modificação 
do software, aprimorando o sistema operacional da Internet. A cultura hacker tem como base 
uma concepção “tecnomeritocrática” fundada na busca por excelência e melhoria do 
desempenho tecnológico. 
É preciso ter liberdade para criar, se apropriar do conhecimento e redistribuí-lo na rede. 
Sendo assim, a liberdade constitui um valor fundamental para a cultura hacker. A formação de 
redes iria se tornar um padrão de comportamento habitual na Internet, e que vem sendo 
disseminado em diversos setores da sociedade. Há ainda uma análise acerca da cultura 
empresarial que se difunde na Internet, na qual ideias inovadoras e criatividade aparecem como 
valores essenciais. 
Castells analisa a cultura da Internet ressaltando a importância da abertura do código-
fonte para o aperfeiçoamento dos softwares da Internet, além de tratar da cultura hacker, 
evidenciando que, apesar de ter influenciado valores e hábitos da cultura da Internet, a tradição 
acadêmica, baseada na busca por prestígio e reconhecimento dos pares, foi aliada aos valores 
dos hackers, especialistas na programação e interconexão de computadores que desempenharam 
um papel relevante no desenvolvimento da Internet. o autor retoma a problemática da criação da 
Internet, mas numa perspectiva cultural, relacionada com os produtores e utilizadores da 
Internet, esclarecendo que, a cultura da Internet encontra-se diretamente relacionada com o seu 
desenvolvimento tecnológico. 
O autor deixa claro que a Internet não é uma simples tecnologia de comunicação, mas o 
centro de muitas áreas da atividade social, econômica e política. Por este motivo, a Internet se 
torna um grande instrumento de exclusão social, reforçando a divisão entre pobres e ricos, 
existente na maior parte do mundo. Mas, por outro lado, a Internet, funciona como um meio 
onde as pessoas podem expressar e partilhar as suas preocupações e esperanças. Desta forma a 
Internet tem potencialidades quando implica e responsabiliza os cidadãos informados e 
conscientes dos problemas existentes na sociedade, na construção de Estados mais 
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democráticos, levando a uma sociedade mais humana e menos voltada à desigualdade e à 
exclusão social. 
Manuel Castells conclui que a Era da Internet traz novos desafios para a humanidade. 
Desafios que estão relacionados com a instabilidade no emprego, a deterioração do meio 
ambiente, a necessidade de regulação dos mercados e direcionamento da tecnologia, as 
desigualdades, a exclusão social e a educação. Castells critica o sistema educacional atual, 
sustentando que, na sociedade em rede, seria preciso instituir uma nova pedagogia, fundada na 
interatividade e no aprimoramento da capacidade de aprender e pensar. Contudo, apesar de ser 
visualizada como um desafio para a sociedade em rede, a questão da educação não é um tema 
central do livro, como o próprio autor reconhece na introdução. Esta lacuna não chega a atingir 
a riqueza de dados históricos e informações acerca da Era da Internet, fundamentais para as 
áreas da Sociologia, da Economia, da Administração, da Política e das Ciências da Computação. 
 
“A arquitetura da inteligência: interfaces do corpo, da mente e do mundo” 
O autor trata da dominação das mídias sobre a mente humana, correlacionando aspectos 
tecnológicos com a psique humana. Aborda a subjetividade da tela física e mental, seja no plano 
individual ou coletivo. 
Até que ponto temos o controle e somos controlados pelas mídias as quais operamos? 
Poderia a mídia resolver o que pensamos e como funcionamos? 
A “telalogia”, como define o autor, estuda o fato de a tela ter se tornado tão necessária 
para a assimilação de informações e estabelecimento de novas conexões mentais, seja nas telas 
analógicas, digitais ou até mesmo mentais, a exemplo de quando se lê um livro. De uma forma 
ou de outra estamos sempre frente a uma tela, imaginária ou real. 
Através da tela organizamos o ambiente físico do objeto a ser mostrado, podendo 
modificar o tempo, espaço, forma, etc. Em contrapartida esta mesma tela nos define, pois limita 
as ações em possibilidades pré-definidas, inclusive quando se trata da tela mental. 
 Não controlamos a tela. Nos identificamos com o conteúdo mas experiência que 
teremos é algo imprevisível. Podemos determinar por exemplo que ficaremos uma hora frente a 
uma tela física com um certo objetivo, mas podemos ser influenciados por ela por mio de 
propagandas e terminar por ficar o dobro do tempo e realizar outras tarefas que na verdade não 
pretendíamos realizar. 
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 As mídias administram as respostas sensórias do usuário por meio da interação com o 
mesmo. Quanto mais cedo for influenciado pela mídia, mais adepto às interações ficará. 
 Através da TV, por exemplo, podemos ser influenciados a ver sempre o mesmo 
programa no mesmo horário e no mesmo canal, acabando por ficar dependente deste programa. 
 A influência exercida pela tela pode assumir tal dimensão que passamos a viver em uma 
realidade virtual, onde tempo e espaço são elementos imaginários. Tal fenômeno tem por 
consequência uma certa anestesia social que pode trazer prejuízos incalculáveis ao indivíduo e à 
sociedade. 
 
“Cultura e tecnologias da informação na vida urbana: um conflito interessante” 
É inegável que a tecnologia da informação agrega ferramentas produtivas à vida 
cotidiana. No entanto, o curto espaço de tempo em que somos expostos a uma grande 
quantidade de informação traz a problemática da dispersão. 
 A palavra tecnologia,se deriva da palavra técnica, que compreende 
um método para fazer o objeto, um conceito associado a um modo de realização de 
procedimentos. Entende-se um método científico de produção de saber embasado no 
conhecimento. É fruto de ideias oriundas do passado dos anos foram sendo modificados e 
aprimoradas. 
A possibilidade de tantas novas combinações e codificações, gerou um efeito inibi
dor nas pessoas, pois com a invasão da tecnologia no campo das linguagens, não se det
ecta mais, um alto nível de inventividade, como era constatado em sociedades regidas a
o domínio da técnica. 
Em outros tempos, as técnicas eram elevadas ao máximo e cada 
descoberta era intensamente explorada, diferente do que ocorre atualmente. Ao mesmo tempo 
que a tecnologia facilita os caminhos, bloqueia outros. Ela trás recursos que aceleram a 
produção e conferem aos bens culturais melhor padrão qualidade. 
 
“O Império da imagem: do thélos às telas” 
“Uma imagem vale mais do que mil palavras”, é o que se repete frequentemente no 
senso comum. A problemática colocada pelo autor consiste na incapacidade de se ler e 
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interpretar criticamente as imagens as quais somos expostos. Tal incapacidade ocorre devido ao 
acelerado ritmo hipermoderno em que vivemos em que tudo é condicionado ao efêmero. 
Em outros tempos, temos o exemplo de Mona Lisa, quadro de Leonardo da Vinci, cujo 
olhar acompanha quem o observa de todos os ângulos e parece ocultar uma outra face 
encoberta. É provável que grande parte das pessoas já teve algum contato com esta obra, porém 
não se permitiu contemplá-la de modo a sequer perceber o óbvio, a este o autor classifica como 
“voyeur”. Já o leitor crítico, que se permite interpretar a imagem por um olhar crítico, 
denomina-se “flâneur”. 
“A primeira impressão é a que fica”, outro ditado popular que se torna cada vez mais 
atual, dito que a primeira impressão, tende também a ser a única no olhar do voyeur, que pensa 
conhecer o que viu, quando na verdade apenas viu e não leu a imagem. 
A telas da atualidade emitem tamanha quantidade de informação e um ritmo tão voraz, 
que o conteúdo fica condenado a dispersão, tornando o indivíduo cada vez mais alienado da 
realidade. 
 A luta pelos segundos de atenção do indivíduo alvo da imagem tende a uma 
espécie de imagofrenia, que é uma alteração na consciência do indivíduo causado pela imagem, 
algo bastante comparável ao entorpecimento causado por drogas. A artista espanhola Maria 
Urrutia, aborda e ilustra o tema no seguinte ensaio fotográfico: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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“A cultura e a história de um duplo golpe – Ivo Lucchesi” 
A partir de um grande fato social que ocorreu no Brasil o qual podemos percebe seus 
reflexos na história do país, na cultura e sociedade, sobretudo, na política. O golpe militar de 
1964 que teve importante papel na história da política do nosso país. A partir deste artigo 
apresentado, seu autor Ivo Lucchesi estabelece três momentos importantes na linha do tempo, 
sendo estes: “1) um olhar retroativo: a cultura em estado de coma; 2) um olhar presente: a 
falência da cultura; 3) um olhar prospectivo: o perfil da nova geração”. 
As duas primeiras etapas dizem a respeito a estratégias de uma política cruel (ditadura) 
e perversa (democracia), por fim a obsolescência da ação política, em favor das novas 
tecnologias da informação, cujo efeito tem criado uma espécie de “poder paralelo”, mediante a 
velocidade das organização e atuação das redes sociais, sejam estas suas intervenções para bem 
e para mal. 
Um olhar retroativo, a partir do contexto social e político impulsionado pelos 
acontecidos durante a ditadura, em que em tempos de democracia, agora mais uma vez era trava 
novos dilemas a partir das “diretas já” entre 1964 e 1984. Ao mesmo tempo em cultura é tudo 
aquilo que o engenho humano produz, sendo essencialmente a maneira de pensa, sentir, agir de 
um povo. Deu-se a construção de paradigmas que nortearam a conduta e valores, engajando 
novas aspirações e construções sendo estes em atos individuais e coletivos. 
Após estes acontecimentos que marcaram a nossa cultura, desde de Getúlio Vargas, 
passando pelo desenvolvimento industrial, nas artes, literatura, na música, no cinema, no teatro 
e na mídia que por sua vez legitimada pelo poder faz do regime apenas “uma exceção”. 
O olhar presente, a história de qualquer nação se constrói pela soma dos 
acontecimentos. Visivelmente se olharmos o contexto social, de lá pra cá, analisando as causas e 
consequências do nosso povo de hoje, de nossa cultura ou até mesmo da ética que não vemos na 
política. 
O olhar perspectivo, a partir do século XXI a geração caminha para o novo, inesperado 
e abre um novo “portal” com infinitas possibilidades. Impulsionando assim a mudança da 
historia da humanidade, as relações de poder, estabelecidos pela relação de poder e capital. 
Agora o conhecimento é uma ferramenta essencial para a geração de riquezas e lucros, através 
da expansão e desenvolvimento. 
+ I + D = - R + D: +D – L 
Onde: 
I: Informação; 
D: Difusão; 
R: Retenção; 
D: Dispersão. 
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Na equação apresentada acima, podemos verificar o esquema a respeito da difusão de 
informações que é visto como de maneira positiva. Torna-se cada vez mais intensa a circulação 
de informações, sendo esta através de uma imensa rede de difusão. Trazendo benefícios e ao 
mesmo tempo malefícios. 
Pois, cada vez mais as novas tecnologias da informação romperam fronteiras de espaço 
e tempo, e todo momento somos bombardeados de informações. Das quais muitas das vezes nãoconseguimos consumir da melhor forma, sem saber diferenciar o que de fato nos trará 
benefícios e realmente é uma fonte verdadeira e confiável. 
 
“Perversões da Modernidade II” 
Cap. III: A Subjetividade na Cultura e Violência 
Evidente que todas as perversões que através do contexto histórico e social de nossa 
sociedade evidencia o que vivemos hoje. De modo, “mais uma vez, não sabemos aonde estes 
desenvolvimento podem nos conduzir, mas sabemos, ou deveríamos, que cada diminuição no 
poder é um convite à violência”. 
Sabemos que nem sempre o individuo controla suas ações, pensamentos e 
comportamento, seu modo de bem-estar de ser o que condiz com sua natureza a prática da 
violência, antes seja de propósito ou por motivações variadas. Considerado um “mal-estar na 
civilização”, ou seja, a inserção de violência na cultura através de inevitáveis tensões cujo ações 
já não podem ser definidas. 
Para isso, é considerado não apenas o contexto social, históricos, e outras conjunturas 
que se forja a cultura da violência, que em sua mais contemporânea versão, não constitui apenas 
os horrores de seus noticiários ou especulações sensacionalistas. Que por sua vez, só aumenta 
e este crescimento ou até mesmo concentrado em determinadas áreas, favorecendo o aumentos 
de conflitos. 
Saiamos de casa, mas muitas das vezes, não sabemos se realmente vamos voltar, seja do 
trabalho, escola, faculdade, uma coisa é certa, ou melhor, incerta nunca sabemos se realmente 
estamos de fato segurados na rua, até mesmo numa simples caminhada. Esta sensação de 
insegurança acaba nos limitando, sejam até mesmo, para realizar as nossas necessidades básicas. 
Uma das consequências desta sensação é de que caímos nas mãos daqueles que não 
sabemos o que fazer ou não fazem nada para termos o direito de ir e vir. O modelo de estado, de 
administração falho, criando por sua vez, uma violência sistemática, descontrolada e fora de 
série. Que para alguns a única solução é migra dos grandes centros em busca de qualidade de 
vida e segurança em outro lugar. 
Esse quadro tornou-se a realidade em que vivemos. A violência segue apenas cada vez 
mais articulada de forma cruel e banal tirando a vida até mesmo daqueles que servem para nos 
proteger. O Estado, já não é mais considerado o “poder maior”, outrora, por aqui já se dizem 
“terras de ninguém”, talvez, esta seja a pior realidade aquele que poucos querem ver ou até 
mesmo admitir da realidade dos fatos. 
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“Perversões da Modernidade III” 
Cap. I: Redefinições acerca do poder 
 
O poder nem sempre nos trás o melhor das coisas ou nos fazer ter elas, afinal, o ego por 
si já se dizia a frase “o bem e o mal não são verdades”, que por sua vez são apenas exigências da 
sociedade e sobrevivem nesta selva aqueles que os têm. 
Por trás de seu contexto, o poder, o sigilo, o discurso e seus respectivos signos a fim de 
serem decifrados e conhecidos, compreendendo suas formas, analisando sua ideologia, sua 
forma de agir na sociedade. Tem como sua principal base o sigilo, bem como de forma a não se 
promover apenas na consciência de existir. 
“A riqueza é honrosa porque é poder”, tendo a força afirmada pela ação, tento em sua 
natureza autojustificativa de razão cínica, bem como a arrogância, egoísmo em não ter rivais, 
mas permanece intacto mesmo que seja despercebido. 
Já é da natureza humana a sede e o desejo, essas duas palavras juntas têm um grande 
potencial. E aqueles que as tem, é considerado em sua maioria os que podem viver ou ter tudo 
aquilo que desejarem ter. Não há limitações para o poder, tenho logo posso. 
Muitas das vezes, por trás dessas escolhas de poder que geram consequências boas e 
ruins ao mesmo tempo, que em sua maioria não geram arrependimentos naqueles que detém o 
poder. Está feito, não podemos voltar atrás este é o seu lema. 
Talvez, o poder não seja algo que podemos controlar ou existir uma política de alcance, 
ou até mesmo de limitação, impedimento, para aqueles que querem agir, o poder pode comprar 
até em suas mais abrangentes e distintas possibilidades quase tudo, ou seja, “quem têm poder 
tem tudo”. Ou talvez, que os tenha simplesmente ao mesmo tempo não tenham nada. 
 
“O declínio da heroicização no Ocidente: uma escrita de 26 fragmentos” – Ivo 
Luchesi 
Trata-se da forma de tentativa de revermos os sentidos e formas que envolvem o mito 
do herói, à luz das transformações pelas quais passou na cultura do Ocidente. Ao bem da 
verdade, a reflexão é essencial num olhar dedicado à vida. Nem sempre o ponto de partida é em 
si o ponto de chegada. O foco principal aqui é a vida, que em sua forma e extensão pode incluir 
a literatura. 
Cada fragmento apresentado trata da escrita de uma característica ou até mesmo 
autorretratos da figura de “herói”, que em sua essência, deve ser capaz de iluminar a vida. 
Sendo este o seu paradigma de modo a mudar o comportamento do homem. 
Pode-se dizer que ao mesmo tempo é algo fictício apenas criado na imaginação do 
homem ou até mesmo através da literatura. É um ato de atitude que o faz existir fazendo assim 
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sua história no mundo. Esta figura pode ser em sua mais variada forma, fazer aquilo que alguém 
jamais faria, ou simplesmente pelo simples fato de se colocar no lugar outro. 
Não apenas a grandeza sua grandeza que o torna o gesto como tal. Mas, sua magnitude 
em verdade, ou seja, o reconhecimento de um simples ato seja singular, ou coletivo. Capaz de 
transformar a vida de forma tocante ou até mesmo para transformar a figura humana. Em sua 
metamorfose, o herói perde ingenuidade a cerca do mundo do qual o mesmo habita. 
 Talvez, o que torna o fato de simplesmente ser um herói é o ato de fazer o que ninguém 
mais faz. Sem esperar nada em troca, ou reconhecimentos apenas o seu agir de maneira 
individual ou até mesmo sem rever sua real identidade. Mas, na realidade dos fatos, o ser 
humano em si existir na condição de um herói. Seja sem glorias, ou fracassos, sem esperar do 
reconhecimento é evidente que sua essência é de apenas agir, fazer sem ser “celebridade”, 
apenas por ser ele mesmo. 
 
“O sistema midiático e o real” 
Vivemos cercados 24h por dia de informações, a todo mundo, surge algo novo e o novo 
de repente se torna obsoleto, mas para o sistema ele sempre se reinventa, criando novas formas 
de agir, contribuindo na maior parte do tempo de forma intensa a todo custo e a qualquer 
momento como forma de emprestar seus serviços. 
Nem sempre nossas ideias e interesses são considerados pelo mesmo, já que ele 
costuma decidir o que de fato veremos. Afinal, seu maior objetivo é a promoção dos 
acontecimentos e fatos sociais. O que nos direciona a variados focos, que em sua maioria acaba 
não fazendo o seu real papel. E promover o fortalecimento da democracia. 
Seduzir, como não se deixar levar por aquilo que parece ser irresistível de controlar, a 
mídia por sua vez, tem este poder, de controlar. E através do encantamento sua intenção é clarae objetiva. Ela conhece bem seu território e sabe onde anda, assim como, onde pisa. 
A linguagem por sua vez, como forma de expressão é utilizada a serviço de forma 
intensa e determinante para o sucesso das atividades comerciais. Seja através da publicidade, ou 
até mesmo conhecendo bem o público alvo. A mídia possui variadas formas, seja ela falada, 
escrita, eletrônica, sua capacidade de atingir a todos é certeira e objetiva. 
 
 
 
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Auto avaliação 
 
A disciplina de Teoria da Comunicação I foi um grande desafio para mim. Tive a 
oportunidade de entrar em contato com assuntos diversificados e desenvolver certo senso crítico 
sobre eles. Porém meu despreparo acadêmico e falta de introdução à matéria me impediram de 
me aprofundar em qualquer assunto. A dificuldade de relacionamento em sala de aula me 
causou grande desconforto em cursar esta disciplina. 
Como todo e qualquer desafio, foi válido. Acrescentou-me vocabulário, massa crítica e 
exercitei faculdades importantes para o profissional na comunicação, como leitura e 
interpretação de texto. 
 
 
MARINA PAULA CARNEIRO BARBOSA, MATRÍCULA: 20172047 
Comunicação Social / Relações Públicas – FACHA – Prof. Ivo Lucchesi 
 
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Auto avaliação por Renato Brito 
 
 Cursa a disciplina de Teoria da Comunicação I com o Prof. Ivo, foi grande desafio e ao 
mesmo tempo tenho feitas grandes descobertas a respeito do universo jornalístico, pelo qual 
escolhi como profissão. A disciplina exige um olhar crítico sobre os diversos meios de 
comunicação em massa, bem como a evolução mídia, os avanços tecnológicos até os fatos que 
acarretaram na sociedade atual. 
 O que por sua vez, fez com que lêssemos mais sobre a disciplina, os diversos artigos, 
textos, no sentido de enriquecimento culturalmente e profissionalmente até porque buscamos ser 
reconhecidos naquilo que escolhemos ser. 
 Por fim, concluo que o Prof. Ivo, ao longo de suas publicações, artigos e toda 
convivência acadêmica é um dos profissionais mais ilustres que já tivemos, ora sendo tão 
importante no campo da comunicação para todos nós. Deixando, seu legado, história e sendo 
um exemplo para qualquer um.

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