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APOSTILA TREINAMENTO DE IFRS 1eba0

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IFRS: Contabilidade para Pequenas e 
Médias Empresas. 
Aplicável a: 
- Pequenas e Médias Empresas. (NBC TG 1000) 
- Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (ITG 1000) 
- Entidades sem finalidade de lucros (ITG 2002) 
 
 
 
 
 
 
 
 
LAUDELINO JOCHEM
IFRS: CONTABILIDADE PARA PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS 
________________________________________________________________________________________________________ 
2
 
SUMÁRIO 
INTRODUÇÃO ........................................................................................................................................5 
1. PRINCÍPIOS CONTÁBEIS E CARACTERÍSTICAS QUALITATIVAS ..................................................6 
1.2.1 Compreensibilidade:. ..................................................................................................................6 
1.2.2 Relevância:. ................................................................................................................................6 
1.2.3 Materialidade:. ............................................................................................................................6 
1.2.4 Confiabilidade: ............................................................................................................................6 
1.2.5 Primazia da essência sobre a forma:. ..........................................................................................6 
1.2.6 Prudência: s. ...............................................................................................................................6 
1.2.7 Integralidade:. .............................................................................................................................6 
1.2.8 Comparabilidade:. .......................................................................................................................6 
1.2.9 Tempestividade:. .........................................................................................................................6 
1.2.10 Equilíbrio entre custo e benefício:. .............................................................................................6 
2. DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS OBRIGATÓRIAS .........................................................................7 
2.1 Balanço Patrimonial .......................................................................................................................7 
Estrutura Básica do Balanço Patrimonial..............................................................................................7 
2.2 Demonstração do Resultado - DR ..................................................................................................7 
2.3 Demonstração do Resultado Abrangente - DRA .............................................................................8 
2.4 Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido - DMPL ....................................................... 10 
2.5 Demonstração de Lucros e Prejuízos Acumulados - DLPA ........................................................... 11 
3. NOTAS EXPLICATIVAS PARA PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS .............................................. 15 
Demonstrações Contábeis Exigidas para Pequenas e Médias Empresas ........................................... 18 
4. REDUÇÃO AO VALOR RECUPERÁVEL DE ATIVOS ...................................................................... 19 
5. TESTE DE RECUPERABILIDADE – Impairment .............................................................................. 20 
5.1 Caso prático de teste de recuperabilidade - Impairment ............................................................... 20 
6. INTRUMENTOS FINANCEIROS BÁSICOS ....................................................................................... 21 
7. ESTOQUES ....................................................................................................................................... 25 
7.1 Avaliação dos estoques ............................................................................................................... 25 
7.2 Redução ao valor recuperável de estoques .................................................................................. 26 
7.3 Aquisição de Produtos ou Mercadorias a Prazo ........................................................................... 26 
8. IMOBILIZADO ................................................................................................................................... 27 
8.1 Inspeção regular Importante ........................................................................................................ 28 
8.2 Teste de Recuperabilidade – Impairment ..................................................................................... 28 
8.3 Custo atribuído na Adoção Inicial ................................................................................................. 29 
9. ATIVO INTANGÍVEL ......................................................................................................................... 30 
9.1 Teste de Recuperabilidade – Impairment ..................................................................................... 31 
10. ARRENDAMENTO MERCANTIL ..................................................................................................... 32 
10.1 Contabilização do arrendamento mercantil financeiro – Arrendatário .......................................... 33 
10.2 Contabilização do arrendamento mercantil operacional – Arrendatário ....................................... 34 
10.3 Arrendamento mercantil feito pelo próprio fabricante ou comerciante ......................................... 34 
IFRS: CONTABILIDADE PARA PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS 
________________________________________________________________________________________________________ 
3
 
10.4 Transação de venda e Leaseback .............................................................................................. 34 
11. RECEITAS....................................................................................................................................... 35 
12. ASPECTOS TRIBUTÁRIOS ........................................................................................................... 37 
12.1. Lalur Digital .............................................................................................................................. 37 
12.1.1. Multa por atraso ou não entrega do Lalur Digital ......................................................................... 37 
12.2. Receita Bruta ............................................................................................................................ 38 
12.3. Receita Líquida ........................................................................................................................ 38 
12.4. Custo de Aquisição de Mercadorias .......................................................................................... 38 
12.5. Custo de Aquisição de Imobilizado e Intangível ......................................................................... 39 
12.6. Despesas Financeiras ............................................................................................................... 39 
12.7. Ajuste a Valor Presente............................................................................................................. 39 
12.7.1. Variação Cambial - Ajuste a Valor Presente ............................................................................... 40 
12.8. Base de Cálculo do Lucro Presumido ........................................................................................ 40 
12.9. Juros sobre o Capital Próprio .................................................................................................... 40 
12.10. Vedações de deduções no Lalur .............................................................................................40 
12.11. Despesas Pré-Operacionais ou Pré-Industriais........................................................................ 41 
12.12. Avaliação a Valor Justo ........................................................................................................... 41 
12.13. Incorporação, Fusão ou Cisão................................................................................................. 43 
12.13.1. Mais-Valia ................................................................................................................................ 43 
12.13.2. Menos-Valia ............................................................................................................................. 44 
12.13.3. Goodwill ................................................................................................................................... 44 
12.13.4. Ganho por Compra Vantajosa .................................................................................................. 44 
12.14. Avaliação com Base no Valor Justo na Sucedida Transferido para a Sucessora ..................... 45 
12.15. Ganho por Compra Vantajosa ................................................................................................. 45 
12.16. Tratamento Tributário do Goodwill ........................................................................................... 45 
12.17. Subvenções Para Investimento ............................................................................................... 45 
12.18. Prêmio na Emissão de Debêntures ......................................................................................... 45 
12.19. Teste de Recuperabilidade ...................................................................................................... 46 
12.20. Pagamento Baseado em Ações .............................................................................................. 46 
12.21. Contratos de Concessão ......................................................................................................... 46 
12.22. Depreciação - Exclusão no e-Lalur .......................................................................................... 47 
12.23. Amortização do Intangível ....................................................................................................... 48 
12.24. Prejuízos Não Operacionais .................................................................................................... 48 
12.25. Contrato de Concessão - Lucro Presumido ............................................................................. 48 
13.26. Custos Estimados de Desmontagens ...................................................................................... 48 
12.27. Arrendamento Mercantil .......................................................................................................... 49 
12.27.1. Arrendador ............................................................................................................................... 49 
12.27.2. Arrrendatária ............................................................................................................................ 49 
12.28. Da contribuição para o PIS/PASEP e a COFINS ..................................................................... 49 
12.28.1. Do crédito................................................................................................................................. 50 
IFRS: CONTABILIDADE PARA PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS 
________________________________________________________________________________________________________ 
4
 
12.29. Das demais disposições relativas à legislação tributária .......................................................... 51 
12.30. Avaliação a Valor Justo ........................................................................................................... 52 
12.31. Da adoção inicial ..................................................................................................................... 52 
12.32. Das disposições relativas ao regime de tributação transitório .................................................. 53 
EXERCÍCIOS PRÁTICOS...................................................................................................................... 54 
ANEXOS ............................................................................................................................................... 62 
REFERÊNCIAS ..................................................................................................................................... 80 
 
IFRS: CONTABILIDADE PARA PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS 
________________________________________________________________________________________________________ 
5
 
INTRODUÇÃO 
Com o advento do Capitalismo como sistema econômico e político foi introduzida uma radical 
mudança na maneira de organização da sociedade: passou-se do coletivismo ao individualismo, da 
economia de subsistência ao acúmulo de capital e do teocentrismo ao antropocentrismo. Estas 
mudanças aceleraram o desenvolvimento do comércio e da indústria, onde as fronteiras geográficas 
foram sendo rompidas dentro do cenário histórico, especialmente após o Renascimento. 
Gradativamente foi-se percebendo que para dar sustentáculo à tamanha expansão tornar-se-ia 
indispensável uma ferramenta de controle do patrimônio que estava para ser gerado pelas companhias 
cada vez maiores. Neste momento que efetivamente a Contabilidade atinge a sua maior relevância 
dentro do contexto da humanidade. As multinacionais rompem todas as barreiras e limites e buscam 
seus consumidores em todas as partes do planeta. Nasce aqui à necessidade de uma linguagem 
padrão, única e compreensível a todos. 
Com as companhias cada vez maiores e presentes em muitos países, com necessidade de 
reportar suas demonstrações contábeis às suas matrizes, tornou-se quase que uma missão impossível 
fazer tudo isso dentro de realidades totalmente distintas entre si. 
Foi com o Acordo de Capitais de Basiléia II que se deu o primeiro passo rumo a uma 
harmonização de normas internacionais. Percebe-se aqui a força do sistema financeiro internacional, 
que por sua vez, dá o passo decisivo na concretização de algo em comum, uma maneira única, uma 
linguagem universal. 
Neste material serão abordados os principais temas relativos à contabilidade para Pequenas e 
Médias Empresas, abrangidas pela NBC TG 1000, microempresas e empresas de pequeno porte 
regulamentadas pela ITG 1000 e ainda as entidades sem finalidade de lucros, descritas pela ITG 2002. 
Diante da complexidade dos assuntos abordados serão desenvolvidos exemplos práticos dos principais 
tópicos analisados. 
Caro leitor, você perceberá no transcorrer desta apostila que as mudanças provocadas pela 
convergência às normas internacionais de contabilidade representam uma verdadeira mudança nas 
práticas aplicadas até então, trata-se de quebra de paradigma. 
Vale ressaltar que ainda existe impregnado na classe empresaria a cultura de que não é preciso 
contabilidade para empresas pequenas. Isso aos poucos está mudando e com definição por parte do 
Conselho Federal de Contabilidade, onde se estabelecem claramente os critérios a serem aplicados a 
cada categoria de empresa, marcou uma nova era à contabilidade. 
O desafio é grande para o contabilista, porém a convergência seguramente representa um 
enorme avanço e valorização à classe contábil. O IFRS representa á contabilidade o que o Rio Nilo 
representou aos povos do Egito antigo: uma grande oportunidade. 
 
O autor. 
IFRS: CONTABILIDADE PARA PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS 
________________________________________________________________________________________________________ 
6
 
1. PRINCÍPIOS CONTÁBEIS E CARACTERÍSTICAS QUALITATIVAS 
 
1.2.1 Compreensibilidade:está preocupado em tornar a informação clara, para que o usuário tenha 
condições de compreendê-la. 
1.2.2 Relevância: como estabelecer se a informação é relevante? O critério mais coerente é avaliar se 
ela é capaz de influenciar nas decisões econômicas dos usuários. 
1.2.3 Materialidade: o principal critério para avaliar a materialidade é quando a omissão ou erro puder 
influenciar as decisões econômicas dos usuários nas tomadas de decisões com base nas 
demonstrações contábeis. 
1.2.4 Confiabilidade: o principal critério das demonstrações contábeis e que precisa estar presente a 
todo instante por parte de quem as elabora ou produz é que elas precisão ser confiáveis. Elas são 
confiáveis quando estão livres de desvio substancial e viés, e assim representam adequadamente aquilo 
que se pretende demonstrar. É possível afirmar que as demonstrações contábeis não estão livres de 
desvio quando por meio da seleção ou apresentação da informação, elas são destinadas a influenciar 
uma decisão ou um julgamento visando um resultado previamente definido ou pré-determinado. 
1.2.5 Primazia da essência sobre a forma: este conceito busca estabelecer que a contabilidade 
precisa valorizar a essência de cada operação, ou de cada fato contábil. Assim nem sempre o que está 
descrito em algum documento, nota fiscal ou contrato representa a essência. Desta maneira é preciso 
que o registro contábil seja realizado pela essência, ou seja: aquilo que realmente é. 
1.2.6 Prudência: a aplicação do princípio da prudência busca estabelecer um fator de ponderação 
quando outros princípios não conseguem atingir o fato por completo. Isto significa que é necessário um 
grau de precaução no exercício ou no julgamento nas estimativas, fato este que se torna necessário em 
função de alguma incerteza. A principal cautela ou prudência é para que os ativos ou as receitas não 
sejam superestimados e que os passivos e despesas não sejam subestimados. 
1.2.7 Integralidade: trata-se de garantir que as demonstrações contábeis sejam completas, claro que 
dentro dos limites da materialidade e do custo. Lembrando que uma omissão pode tornar a informação 
falsa, enganosa ou deficitária e logo não merendo confiança. 
1.2.8 Comparabilidade: as demonstrações contábeis precisam ser realizadas de tal forma que possam 
ser comparadas ao longo do tempo. Outro aspecto a ser considerado quanto à comparabilidade, é que 
os usuários precisam ter condições de comparar as demonstrações contábeis de diferentes entidades. É 
importante para tornar possível a comparabilidade que as políticas contábeis sejam claras e informadas 
aos usuários. 
1.2.9 Tempestividade: a informação contábil precisa ser oferecida dentro do tempo de execução da 
decisão. Se a informação chegar após o tempo execução da decisão e ela pode perder a relevância. 
1.2.10 Equilíbrio entre custo e benefício: via de regra, os benefícios sempre precisam ser maiores que 
o custo para produzir a informação. Aqui se percebe que se está diante de uma situação de julgamento. 
Vale ponderar que os custos não recaem necessariamente sobre os usuários que usufruem a 
informação. 
 
 
IFRS: CONTABILIDADE PARA PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS 
________________________________________________________________________________________________________ 
7
 
2. DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS OBRIGATÓRIAS 
 
2.1 Balanço Patrimonial 
O balanço patrimonial representa a posição estática da entidade em um determinado momento. 
Trata-se de uma fotografia da posição patrimonial. 
 ATIVOS PASSIVOS 
Circulante Até doze meses após a data das demonstrações contábeis. 
Até doze meses após a data das 
demonstrações contábeis. 
Não circulante Após doze meses da data das demonstrações contábeis. 
Após doze meses da data das 
demonstrações contábeis. 
 
Estrutura Básica do Balanço Patrimonial 
 
 
Exemplo de Balanço Patrimonial com duas Colunas2 
 2014 2013 
ATIVO 
CIRCULANTE 
 CAIXA E EQUIVALENTE DE CAIXA 
 CAIXA 
2.765.311,21 
2.179.301,92 
11.754,16 
10.546,98 
2.366.905,94 
2.057.481,00 
21.962,42 
7.877,09 
 
 BANCOS CONTAS CORRENTES 
 C. E. F. 
 BANCO DO BRASIL S/A 
0,00 
0,00 
0,00 
12.878,15 
10.903,47 
1.974,68 
 APLICAÇÕES DE LIQ. IM. 
 C. E. F. 
1.207,18 
1.207,18 
1.207,18 
1.207,18 
 
2.2 Demonstração do Resultado - DR 
A demonstração do resultado deve atender, além da legislação vigente, os seguintes critérios 
mínimos: 
Receita líquida de vendas 
(-) Custo das Mercadorias/Serviços Vendidos 
Lucro Bruto 
Despesas/Receitas Operacionais 
 
1 As empresas regidas pela Lei n. 6.404/76 estão impedidas da utilização da conta Lucros Acumulados, conforme Art. 178, 
parágrafo 2º. III, porém a NBC TG 1000, Item, 4.11, letra “f” permite tal utilização. 
2 Foi demonstrado somente uma parte do balanço patrimonial a titulo de exemplificação. 
ATIVO PASSIVO 
Ativo circulante 
Ativo não circulante 
 Realizável a longo prazo 
 Investimento 
 Imobilizado 
 Intangível 
Passivo circulante 
Passivo não circulante 
PATRIMÔNIO LÍQUIDO 
Capital Social 
Reservas de Capital 
Ajuste de Avaliação Patrimonial 
Reservas de Lucro 
Ações em Tesouraria 
Lucros ou Prejuízos Acumulados1 
IFRS: CONTABILIDADE PARA PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS 
________________________________________________________________________________________________________ 
8
 
(-) Despesas com vendas 
(-) Despesas administrativas 
(-) Despesas tributárias 
(-) Despesas Gerais 
(-) Despesas com investimentos em outras sociedades 
(+) Receitas com investimentos em outras sociedades 
(+) Outras Receitas Operacionais 
Resultado antes do resultado financeiro líquido 
(-) Despesas Financeiras 
(+) Receitas Financeiras 
Resultado antes dos tributos sobre o lucro 
(-) Provisão para CSLL 
(-) Provisão para IRPJ 
Resultado líquido das operações continuadas 
(+) Venda do ativo não circulante 
(-) Custo do ativo não circulante vendido 
(+) Resultado do ajuste a valor justo 
Resultado das operações descontinuadas3 
(-) Provisão para CSLL - Operações descontinuadas 
(-) Provisão para IRPJ - Operações descontinuadas 
Resultado líquido das operações descontinuadas 
Resultado líquido do exercício 
Exemplo de Demonstração do Resultado - DR4 
 
 
RECEITA LIQUIDA DE VENDAS 
 
RECEITA COM VENDAS E SERVIÇOS 
 VENDAS DE MERCADORIAS 
 PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS 
 
 CUSTO DAS MERCADORIAS/SERVIÇOS 
 
 CUSTO DOS SERVIÇOS 
 CUSTO DAS MERCADORIAS VENDIDAS 
2014 
 
860.773,00 
 
860.773,00 
212.407,38 
648.365,62 
 
(83.415,60) 
 
(2.012,00) 
(81.403,60) 
2013 
 
1.139.223,72 
 
1.139.223,72 
189.968,03 
949.255,69 
 
(149.712,97) 
 
0,00 
(149.712,97) 
 
 
2.3 Demonstração do Resultado Abrangente - DRA5 
A demonstração do resultado abrangente inicia com a última linha da demonstração do resultado 
conforme a seguir: 
 
3 A DR também pode apresentar as operações descontinuadas após as provisões para o IR e CSLL, porém o mais coerente é ser 
apresentadas antes, até porque muitas operações descontinuadas há a incidência de tais tributos. 
4 Foi demonstrado somente uma parte da demonstração do resultado a titulo de exemplificação. 
5 Quando a entidade não possui nenhum item de outro resultado abrangente em nenhum dos períodos para os quais as 
demonstrações contábeis são apresentadas, ela pode apresentar apenas a demonstração do resultado. (NBC TG 1000, item 3.19). 
IFRS: CONTABILIDADE PARA PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS 
________________________________________________________________________________________________________9
 
Lucro Líquido ou Prejuízo do Exercício 
(+ -) Efeitos da correção de erros e mudanças de políticas contábeis; 
(+ -) Ganhos ou perdas da conversão de operações no exterior; 
(+ -) Ganhos e perdas atuariais; 
(+ -) Mudanças nos valores justos de instrumentos de hedge. 
Ainda será necessário divulgar separadamente da demonstração do resultado abrangente os 
itens a seguir: 
Resultado do período, atribuível: 
- à participação de acionistas ou sócios não controladores; 
- aos proprietários da entidade controladora. 
Resultado abrangente total do período, atribuível: 
- à participação de acionistas ou sócios não controladores; 
- aos proprietários da entidade controladora. 
Esta demonstração tem como objetivo evidenciar a mutação ocorrida no Patrimônio Líquido 
durante um período que resulta de transações e outros eventos que não são derivados de transações 
com sócios ou acionistas na qualidade de proprietários. São valores que ainda não passaram por conta 
do resultado, e que enquanto não realizados permanecem em alguma conta do Patrimônio Líquido. 
Ela inicia com o término da Demonstração do Resultado e passa a considerar os ganhos e 
perdas provenientes da conversão de demonstrações contábeis de operações no exterior, alterações no 
valor justo de instrumento de hedge, ganhos e perdas atuariais. 
A seguir será apresentado um modelo simplificado da Demonstração do Resultado Abrangente. 
 
Demonstração do Resultado Abrangente – DRA 
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO ABRANGENTE 2014 2013 
Resultado Líquido do Período. 
(+-) Outros Resultados Abrangentes. 
Ajuste de Avaliação Patrimonial ativos financeiros.6 
Ajuste de Avaliação Patrimonial inst. de Hedge.7 
Conversão de Demonstrações Contábeis Op. Exterior8 
Planos de Pensão com Benefício Definido Reconhecidos.9 
(+-) Resultado abrangente em empresas investidas – MEP 
(=) Resultado Abrangente do Período 
Resultado Abrangente Atribuível aos Acionistas Controladores 
Resultado Abrangente Atribuível aos Acionistas não Controladores 
(minoritários) 
 
6 Valores relativos aos ganhos e perdas na remensuração de ativos financeiros disponíveis para venda. (NBC TG 38, itens 55 e 
67). 
7 Valores relativos à efetiva parcela de ganhos e perdas de instrumentos de hedge em hedge de fluxo de caixa. (NBC TG 38, itens 
95 e 96). 
8 NBC TG 02. 
9 NBC TG 33. 
IFRS: CONTABILIDADE PARA PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS 
________________________________________________________________________________________________________ 
10
 
 
 
2.4 Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido - DMPL 
A demonstração das mutações do patrimônio líquido busca apresentar ao usuário da informação 
contábil as receitas e despesas que foram reconhecidas diretamente dentro do patrimônio líquido, os 
efeitos das mudanças nas práticas contábeis, correções de erros reconhecidos no período, valores 
investidos pelos proprietários, dividendos e outras distribuições. 
Os principais tópicos que a demonstração das mutações do patrimônio líquido deve apresentar 
são: 
- o resultado e o resultado abrangente do período de maneira separada o que for destinado aos 
proprietários da entidade controladora e a participação dos não controladores; 
- cada uma das rubricas que compõem esta demonstração será necessária demonstrar os 
efeitos da aplicação retrospectiva ou correção retrospectiva; 
- também será necessário que as contas sejam apresentadas com o saldo do início e do final do 
período, demonstrando as alterações decorrentes do: 
a) resultado do período; 
b) resultado abrangente; 
c) valor dos investimentos realizados pelos proprietários, dividendos e outras distribuições, 
emissão de ações ou quotas, ações ou quotas em tesouraria, alterações societárias. 
É importante lembrar que assim como as demais Demonstrações, a DMPL, deve ser 
apresentada no mínimo com dois exercícios, permitindo assim a comparabilidade. 
A Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido é exigida pela NBC TG 1000 às empresas 
enquadradas contabilmente como Pequenas e Médias Empresas, sendo possível substituí-la em alguns 
casos pela Demonstração dos Lucros e Prejuízos Acumulados (DLPA) conforme será apresentado na 
sequência. 
EVENTOS 
CAPITAL 
SOCIAL 
RESERVAS 
DE 
CAPITAL 
AJUSTES DE 
AV. 
PATRIMONIAL 
LUCROS 
ACUMULADOS 
 
TOTAIS 
SALFOS Saldos em 31.12.2012 23.000.000 56.456 -53.961 - 23.002.495 
Aumento de Capital por 
Incorporação de Ações 
1.368.183 - - - 1.368.183 
Aumento de Capital com Reservas 131.817 - - - 131.817 
Aumento de Capital com Reservas – 
Bonif. de ações 
2.000.000 - - - 2.000.000 
Ajustes de Avaliação Patrimonial - - 61.882 - 61.882 
Lucro Líquido - - - 8.012.282 8.012.282 
Destinações: - Reservas - - - -5.294.200 -5.294.200 
- Juros sobre o Capital Próprio 
Pagos 
- - - - 2.133.269 -2.133.269 
- Dividendos Pagos - - - -584.813 -584.813 
Saldos em 31.12.2013 26.500.000 56.456 7.921 - 26.564.377 
IFRS: CONTABILIDADE PARA PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS 
________________________________________________________________________________________________________ 
11
 
Aumento de Capital com Reservas 2.000.000 - - - 2.000.000 
Aumento de Capital por subscrição 
de ações 
1.500.00 - - - 1.500.000 
Ajustes de Avaliação Patrimonial - - 164.373 - 164.373 
Lucro Líquido - - - 10.021.673 10.021.673 
Destinações: - Reservas - - - -6.652.930 -6.652.930 
-Juros sobre o Capital Próprio Pagos 
e/ou Provisionados 
- - - -2.464.538 -2.464.538 
- Dividendos Pagos e/ou 
Provisionados 
- - - -904.205 -904.205 
Saldos em 31.12.2014 30.000.000 56.456 172.294 - 30.228.750 
 
2.5 Demonstração de Lucros e Prejuízos Acumulados - DLPA 
Esta demonstração apresenta o resultado da entidade e a partir deste demonstra as alterações 
nos lucros ou prejuízos acumulados. 
Esta demonstração substitui para todos os efeitos a Demonstração do Resultado Abrangente e a 
Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido, desde que as únicas alterações no patrimônio 
líquido sejam oriundas do resultado, do pagamento de dividendos ou distribuição de lucros, correção de 
erros de períodos anteriores e de mudanças de políticas contábeis. 
A estrutura mínima da demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados deverá ser: 
= lucros ou prejuízos acumulados no início do período contábil; 
( - ) dividendos ou lucros distribuídos; 
(+ -) ajustes nos lucros ou prejuízos acumulados em função de erros de períodos anteriores; 
(+ -) ajustes nos lucros ou prejuízos acumulados em função de mudanças de práticas contábeis; 
= lucro ou prejuízo acumulado no final do período contábil. 
DEMONSTRAÇÃO DOS LUCROS OU PREJUÍZOS ACUMULADOS 
 2014 2013 
Saldo Inicial de lucros acumulados 718.801,67 791.335,94 
Ajuste de exercícios anteriores 
Saldo Ajustado 718.801,67 791.335,94 
Prejuízo líquido do exercício - 221.970,94 - 72.534,27 
Destinação do lucro - 45.000,00 
 Lucros distribuídos - 45.000,00 
Saldo final de lucros acumulados 451.830,73 718.801,67 
 
2.6 Demonstração dos Fluxos de Caixa - DFC 
Esta demonstração apresenta ao usuário informações sobre as alterações no caixa e 
equivalentes de caixa de um período contábil. 
IFRS: CONTABILIDADE PARA PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS 
________________________________________________________________________________________________________ 
12
 
Equivalente de caixa são as aplicações financeiras de curto prazo, de alta liquidez e apresentam 
insignificante risco de mudança de valor. Assim, via de regra, um investimento que possui liquidez e que 
esteja aplicado com vencimento não superior a 90 dias pode ser considerado como equivalente de caixa. 
A demonstração dos fluxos de caixaé dividida em três partes distintas, conforme a seguir: 
a) Atividades Operacionais: são aquelas ligadas a operação da entidade, ou seja, as principais 
atividades geradoras de receitas e despesas. 
A apresentação do fluxo de caixa operacional deverá ser utilizada a partir de um dos métodos a 
seguir: direto ou indireto. 
O método indireto é realizado a partir dos elementos que não afetam o caixa, fato este que 
justifica o seu nome. Assim o resultado é ajustado levando-se em conta os seguintes itens: mudanças 
nos estoques e contas operacionais a receber e a pagar durante o período, depreciação, provisões, 
tributos diferidos, receitas e despesas contabilizados pelo regime de competência e que ainda não foram 
pagas ou recebidas, variações cambiais não realizadas, lucros de coligadas e controladas não 
distribuídos, participação de não controladores, enfim itens que não afetam o caixa, e ainda, todos os 
demais itens cujos efeitos sobre o caixa sejam decorrentes das atividades de investimento ou de 
financiamento. 
O método direto utiliza-se do princípio de demonstrar o fluxo de caixa líquido das atividades 
operacionais a partir dos recebimentos e pagamentos de caixa, obtidos a partir dos: registros contábeis, 
ajustado as vendas, os custos dos produtos e serviços vendidos e demais itens da demonstração do 
resultado e do resultado abrangente referente a: mudanças ocorridas nos estoques, contas operacionais 
a receber e a pagar e todos os outros itens que envolvem caixa e ainda as contas que possuem efeitos 
no caixa e que sejam decorrentes dos fluxos de caixa para financiamentos ou investimentos. 
b) Atividades de Investimento: aqui são registradas as aquisições ou alienações de 
investimentos de ativos de longo prazo, ou seja, investimentos não inclusos nos equivalentes de caixa. 
Os principais exemplos são os pagamentos para: compra de imobilizado, intangível, instrumentos da 
dívida ou patrimoniais de outras entidades, empréstimos concedidos a terceiros, contratos de swap10 e 
outros. Também da mesma maneira os recebimentos de longo prazo ou não ligados a operação como: 
imobilizado, instrumentos da dívida ou patrimoniais de outras entidades, swap e outros recebimentos. 
c) Atividades de Financiamento: estas produzem alterações no tamanho no montante ou na 
composição do patrimônio líquido e dos empréstimos da sociedade, entre eles os principais são: 
recebimentos de caixa por emissão de ações ou quotas ou por instrumentos patrimoniais, emissão de 
debêntures, empréstimos recebidos, títulos da dívida, hipotecas e outros similares. Também fazem parte 
das atividades de financiamento os pagamentos realizados para: adquirir ações ou quotas, amortização 
de empréstimo, de leasing financeiro entre outros. 
DFC – MÉTODO DIRETO11 
 
 
10 Swap são operações financeiras em que há troca de posições quanto ao risco e rentabilidade. Exemplos mais comuns: swap de 
taxa de juros, onde acontece a troca da taxa de juros prefixados por juros pós-fixados ou o inverso, para quem quer evitar o risco 
de uma alta nos juros. 
11 Modelo adequado ao NBC TG 03. 
IFRS: CONTABILIDADE PARA PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS 
________________________________________________________________________________________________________ 
13
 
Atividades Operacionais 2014 2013 Comentários12 
Recebimento de Clientes 220.000 Ver o total recebido na 
ficha razão da conta. 
Recebimento de Juros 500 Idem. 
Duplicatas Descontadas Idem. 
Pagamentos13 Idem. 
(-) Fornecedores de mercadorias (100.00
0) 
(22.000) Idem. 
(-) Aluguel (3.000) (3.000) Idem. 
(-) Salários (15.000) (10.000) Idem. 
(-) Juros (800) Idem. 
(-) Pis (495) Idem. 
(-) Cofins (2.280) Idem. 
(-) ICMS (5.400) Idem. 
(-) IPI (3.000) Idem. 
(-) IR e CSLL (2.010) Idem. 
Caixa Líquido Consumido nas Atividades 
Operacionais 
88.815 (35.300) 
Atividades de Investimento 
Pagamento pela compra de imobilizado (20.000) Ver na ficha razão da 
conta. 
Pagamento pela compra de investimento (5.000) Idem. 
Pagamento pela compra de intangível (5.000) Idem. 
Caixa Líquido Consumido nas Atividades de 
Investimento 
(20.000) (10.000) 
Atividades de Financiamento 
Aumento de capital 50.000 Ver na ficha razão da 
conta. 
Distribuição de lucros (50.000) Idem. 
Caixa Liquido Gerado nas Atividades de 
Financiamento 
(50.000) 50.000 
Aumento Líquido no Caixa e Equivalente de 
Caixa 
18.815 4.700 
Saldo de Caixa + Equivalente de Caixa no ano 
anterior 
4.700 0 
 
12 Os comentários visam orientar o leitor sobre a origem dos valores: DR (Demonstração do Resultado), diferença entre o saldo do 
ano anterior e o atual, ou da ficha razão. O modelo apresentado é bem simplificado, mas vale lembrar que a DFC precisa 
contemplar todas as contas do Balanço Patrimonial que tiveram variação de saldo do ano anterior comparado com o ano atual e 
ainda alguns dados são extraídos diretamente da ficha razão da conta. 
13 Todos os valores de pagamentos devem ser deduzidos da DFC. 
IFRS: CONTABILIDADE PARA PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS 
________________________________________________________________________________________________________ 
14
 
Saldo de Caixa + Equivalente de Caixa do ano 
atual 
23.515 4.700 
 
 
DFC –MÉTODO INDIRETO14 
 
Atividades Operacionais 2014 2013 Comentários15 
Lucro líquido do período 49.660 6.365 DR do Período. 
( + ) Depreciação 1.000 2.500 DR como despesa. 
( - ) Lucro na venda de imobilizado 500 
DR, se for ganho diminuir se for 
perda aumentar. 
Lucro Ajustado 51.160 8.865 
Aumento em clientes (55.000) 
Diferença entre saldo da conta no 
Balanço Patrimonial do ano anterior e 
atual.16 
Aumento em PECLD 500 200 Idem. 
Aumento nos estoques (12.750) (2.550) 
Diferença entre saldo da conta no 
Balanço Patrimonial do ano anterior e 
atual.17 
Aumento em fornecedores 10.000 
Diferença entre o saldo da conta no 
Balanço Patrimonial do ano anterior e 
atual. 
Aumento em ICMS a pagar 12.600 5.400 Idem. 
Aumento em IPI a pagar 7.000 3.000 Idem. 
Aumento em IR e CSLL a pagar 13.830 2.010 Idem. 
Aumento em COFINS a pagar 5.320 2.280 Idem. 
Aumento em PIS a pagar 1.155 495 Idem. 
Caixa Líquido Consumido nas 
Atividades Operacionais 
88.815 (35.300) 
Atividades de Investimento 
Pagamento pela compra de 
imobilizado 
(20.000) Ver na ficha razão. 
Pagamento pela compra de softwares (5.000) Idem. 
Pagamento pela compra de (5.000) Idem. 
 
14 Modelo adequado ao NBC TG 03. 
15 Os comentários visam orientar o leitor sobre a origem dos valores: DR (Demonstração do Resultado), diferença entre o saldo do 
ano anterior e o atual, ou da ficha razão. O modelo apresentado é bem simplificado, mas vale lembrar que a DFC precisa 
contemplar todas as contas do Balanço Patrimonial que tiveram variação de saldo do ano anterior comparado com o ano atual e 
ainda alguns dados são extraídos diretamente da ficha razão da conta. 
16 Se o saldo aumentar será necessário diminuir do fluxo de caixa. Se o saldo diminuiu será necessário aumentar do fluxo de caixa. 
17 Se o saldo aumentar será necessário diminuir do fluxo de caixa. Se o saldo diminuiu será necessário aumentar do fluxo de caixa. 
IFRS: CONTABILIDADE PARA PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS 
________________________________________________________________________________________________________ 
15
 
Investimentos 
Caixa Líquido Consumido nas 
Atividades de Investimento 
(20.000) (10.000) 
Atividades de Financiamento 
Aumento de Capital 50.000 
Diferença entre o saldo da conta no 
Balanço Patrimonial do ano anterior e 
atual. 
Distribuiçãode lucros (50.000) Ver na ficha razão da conta. 
Caixa Líquido Gerado nas 
Atividades de Financiamento 
(50.000) 50.000 
Aumento Líquido das 
Disponibilidades 
18.815 4.700 
Saldo de Caixa + Equivalência de 
Caixa ano anterior 
4.700 0 
Saldo de Caixa + Equivalente de 
Caixa do ano atual 
23.515 4.700 
 
Importante: ao preencher as ATIVIDADES OPERACIONAIS, método indireto seguir a seguinte 
lógica: 
 
CONTAS18 AUMENTA19 DIMINUI20 
Ativo Reduzir na DFC Aumentar na DFC 
Passivo Aumentar na DFC Reduzir na DFC 
 
3. NOTAS EXPLICATIVAS PARA PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS 
As notas explicativas são informações complementares as demonstrações contábeis e que visam 
auxiliar o usuário das informações contábeis no sentido de facilitar o entendimento e a tomada de 
decisão. 
A comparabilidade exigida pela doutrina contábil obriga além das demonstrações comparativas de 
no mínimo dois períodos, também a comparabilidade das notas explicativas. Geralmente as notas 
explicativas do ano (s) anterior (es) não são publicadas integralmente, mas através de quadros e 
comentários comparativos.21 
De modo prático é preciso que cada nota faça referência a qual item da demonstração se refere. 
Via de regra isto é realizado através de nota indicativa ao lado da conta a qual a nota faz referência. 
A seguir serão apresentados os principais itens que precisam fazer parte das notas explicativas, 
porém tal rol não pretende esgotar o assunto, servindo apenas de ilustração: 
 
18 Devem ser listadas todas as contas do Balanço Patrimonial, exceto caixa e equivalente de caixa. 
19 Quando a diferença aumenta quando os saldos são comparados entre o ano anterior e o ano atual. 
20 Quando a diferença diminui quando os saldos são comparados entre o ano anterior e o ano atual. 
21 Ver NBC TG 1000, item 3.20. 
IFRS: CONTABILIDADE PARA PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS 
________________________________________________________________________________________________________ 
16
 
01 
Identificação da empresa, descrevendo o segmento de atuação, contexto operacional e 
informações relevantes ao usuários da informação contábil. 
02 
Declaração que as demonstrações contábeis foram elaboradas em conformidade com o 
Pronunciamento Técnico PME Contabilidade para Pequenas e Médias Empresas. Quando 
não for possível aplicar parte do PME tal fato deverá ser explicado. 
03 
Descrever as principais práticas e políticas contábeis utilizadas para elaboração das 
demonstrações contábeis. 
04 Informações explicativas dos principais itens das demonstrações contábeis. 
05 Fontes de incertezas e sobre os pressupostos relativos ao futuro da entidade. 
06 Dúvidas sobre a continuidade da entidade nos próximos doze meses. 
07 Periodicidade das demonstrações contábeis quando diferente de um ano. 
08 
Demonstrar os procedimentos de ajustes realizados para permitir a uniformidade das 
demonstrações contábeis. 
09 
Nas sociedades por ações divulgar quantidade autorizada, subscrita, valor nominal, direitos 
preferenciais e outra informações relevantes. 
10 No caso de consolidação informar a data focal das demonstrações que foram consolidadas. 
11 Mudanças nas políticas contábeis e demonstrar seus reflexos nas demonstrações contábeis. 
12 Mudanças nas estimativas contábeis e os reflexos nas demonstrações contábeis. 
13 
Erros, omissões, falhas de exercícios anteriores, demonstrando a natureza, valores antes e 
depois da correção. 
14 
Os ativos e passivos financeiros, especialmente os ativos financeiros a valor justo no 
resultado, demonstrando os critérios aplicados. 
15 Ativos avaliados pelo custo amortizado. 
16 Instrumentos patrimoniais avaliados pelo custo menos redução ao valor recuperável. 
17 Passivos financeiros avaliados pelo custo amortizado. 
18 Empréstimos avaliados pelo custo menos redução recuperável. 
19 
Empréstimos e financiamentos: as condições contratuais, taxas de juros, prazos, garantias e 
demais cláusulas relevantes. 
20 Desreconhecimento e baixa de ativos. 
21 Quebra de contratos. 
22 Receitas e despesas por mudanças de critérios de avaliação. 
23 Contratos de seguros: os principais fatos relevantes. 
24 Contratos de arrendamento mercantil: cláusulas relevantes. 
25 
Segregação dos estoques: matéria-prima, produtos em elaboração, produtos acabados, 
mercadorias, e outros que existirem. 
26 Critério de avaliação dos estoques. 
27 Perdas de valor dos estoques por redução ao valor recuperável e reversões. 
28 Garantias e penhoras de estoques e outros ativos. 
IFRS: CONTABILIDADE PARA PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS 
________________________________________________________________________________________________________ 
17
 
29 
Relações com controladas e coligadas, divulgando a política contábil, valor contábil dos 
investimentos e condições relevantes. 
30 Valor dos dividendos e lucros recebidos. 
31 
Para Joint Venture divulgar política contábil, investimentos, total dos compromissos 
financeiros quando avaliados pela equivalência patrimonial e se valor justo a base de cálculo 
e técnica de avaliação. 
32 
Propriedade para Investimento: o método de avaliação e pressupostos significativos, 
restrições, obrigações contratuais, ganhos, perdas e alienações. 
33 
Imobilizado: para cada classe de ativos as bases de mensuração para determinar o valor 
contábil, depreciação, vida útil, comparando os dados do início e do final do período, baixas, 
reversões e alienações. 
34 
Intangível: vida útil, taxa e método de amortização, conciliação entre valor contábil e 
amortização no início e do final do período, adições, baixas e demais alterações relevantes. 
35 
Combinação de negócios: nome e descrição das entidades ou negócios combinados, data, 
percentual com direito a voto, custo e seus componentes, valores ativados, passivos e 
passivos contingentes da entidade adquirida, ágio por expectativa de rentabilidade futura, 
excessos reconhecidos no resultado, mudanças provocadas pela combinação de negócios, 
perdas por impairment. 
36 
Arrendamento Mercantil Financeiro (Arrendatário): valor contábil líquido ao final dos 
períodos de cada classe, total dos pagamentos futuros mínimos, segregados por períodos 
de até um ano, mais de um até três, mais de três até cinco e mais de cinco anos e descrição 
geral do arrendamento. 
37 
Arrendamento Mercantil Operacional (Arrendatário): total dos pagamentos futuros mínimos 
até um ano, mais de um até três, mais de três até cinco e mais de cinco anos, total pago 
reconhecido como despesa e descrição geral do acordo. 
38 
Arrendamento Mercantil Financeiro (Arrendador): conciliação entre investimento bruto no 
final do período e o valor presente do pagamentos mínimos de até um ano, mais de um e 
até três, mais de três e até cinco e mais de cinco anos, receita financeira que não foi 
apropriada, valores residuais, provisão acumulada para recebíveis incobráveis, pagamentos 
contingentes reconhecidos como receitas e descrição geral. 
38 
Arrendamento Mercantil Operacional (Arrendador): pagamentos mínimos futuros até um 
ano, mais de um até três anos, mais de três e até cinco anos e mais de cinco anos, total 
contingente reconhecido como receita, informações gerais relevantes. 
40 
Leaseback: tanto para arrendatários como para arrendadores a descrição geral dos pontos 
relevantes do arrendamento. 
41 
Provisões Ativas: conciliar o valor contábil dos início e do final do período, adições, 
reversões, natureza do direito, incertezas e reembolso especial. 
42 
Provisões Passivas: estimativa do seu efeito financeiro, incertezas, momento da ocorrência, 
possibilidade de reembolso. 
IFRS: CONTABILIDADE PARA PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS 
________________________________________________________________________________________________________18
 
43 Receitas: políticas contábeis de reconhecimento, valor de cada categoria de receita. 
44 Subvenções: natureza, valores recebidos, situações e condições e demais fatos relevantes. 
45 Tributos: segregar os tributos demonstrando os aspectos relevantes de cada um. 
46 
Câmbio: conversões e suas bases, mudança na moeda funcional, variações cambiais que 
transitaram pelo resultado e moeda funcional. 
47 
Evento Subsequente: os efeitos financeiros de combinações de negócios, alienação de 
controlada, descontinuidade, aquisições importantes, evento fortuito relevante, 
reestruturação importante, emissões e recompras de investimentos da dívida ou títulos 
patrimoniais, alterações grandes nos preços dos ativos ou na taxa de câmbio, alterações de 
alíquotas de tributos, contingência passiva, início de litígio após o encerramento do período. 
48 
Partes Relacionadas: remuneração dos administradores, transações com partes 
relacionadas. 
 
DEMONSTRAÇÕES OBRIGATÓRIAS PARA MICROEMPRESAS E EMPRESAS DE PEQUENO 
PORTE 
 
Tipo de demonstração contábil ME e EPP 
Balanço Patrimonial ou Posição Patrimonial e 
Financeira 
Obrigatório 
Demonstração do Resultado - DR Obrigatória 
Demonstração do Resultado Abrangente – DRA Incentivada a fazer 
Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido – 
DMPL 
Incentivada a fazer 
Demonstração dos Fluxos de Caixa – DFC Incentivada a fazer 
Demonstração dos Lucros e Prejuízos Acumulados - 
DLPA 
Não exigida 
Demonstração do Valor Adicionado – DVA Não exigida 
Notas Explicativas Obrigatórias 
 
DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS EXIGIDAS PARA PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS 
 
DEMONSTRAÇÃO CONTÁBIL PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS 
Balanço Patrimonial ou Posição Patrimonial e 
Financeira 
Obrigatório 
Demonstração do Resultado - DR Obrigatória 
Demonstração do Resultado Abrangente – DRA Pode ser inserida na DMPL 
Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido – Pode ser substituída pela DLPA 
IFRS: CONTABILIDADE PARA PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS 
________________________________________________________________________________________________________ 
19
 
DMPL 
Demonstração dos Fluxos de Caixa – DFC Obrigatória 
Demonstração dos Lucros e Prejuízos Acumulados - 
DLPA 
Opção para substituir DRA e DMPL 
Demonstração do Valor Adicionado – DVA Facultativa 
Notas Explicativas Obrigatórias 
 
4. REDUÇÃO AO VALOR RECUPERÁVEL DE ATIVOS 
 
A redução ao valor recuperável de ativos deve ser aplicada a todos os ativos exceto: 
a) Tributos diferidos ativos; 
b) Ativos provenientes de benefícios a empregados; 
c) Ativos financeiros tratados como Instrumentos Financeiros; 
d) Propriedade para Investimento mensurada pelo valor justo; 
e) Ativos biológicos e produtos agrícolas avaliados pelo valor justo. 
Os principais ativos submetidos à redução ao valor recuperável são: 
 
Estoques: os estoques precisam ser avaliados quando a sua desvalorização a cada data de 
publicação. Assim será necessário comparar cada um dos itens que compõem os estoques para avaliar 
se o seu valor contábil com o preço de venda menos os custos para completar e vender. Percebendo-se 
que algum item está com o valor desvalorizado será necessário reduzi-lo até o valor de venda menos os 
custos para completar e vender, valor este que deverá ser reconhecido no resultado. 
Outros ativos: Se, e apenas se, o valor recuperável do ativo for menor que seu valor contábil, a 
entidade deve reduzir o valor contábil do ativo para seu valor recuperável. Esta perda por desvalorização 
dever ser reconhecida imediatamente no resultado a cada divulgação. 
 
Indicadores de desvalorização 
a) Redução sensível, além do esperado, no valor de mercado do ativo; 
b) O valor contábil do ativo líquido é maior que o valor justo estimado; 
c) Obsolescência ou dano físico de ativo; 
d) Mudanças significativas que afetam o ativo; 
e) Informações internas (entidade) que espelhem desempenho econômico pior que o esperado. 
O valor recuperável de um ativo ou de uma unidade geradora de caixa é o maior valor entre o 
valor justo menos despesas para vender (valor líquido de venda)22 e o seu valor de uso23. Se qualquer 
um destes valores exceder o valor contábil, o ativo não sofre desvalorização e, portanto, não é 
necessário estimar o outro valor. 
 
22 O valor líquido de venda deve ser considerado entre partes conhecedoras e interessadas. 
23 O valor de uso é o valor presente dos fluxos de caixa futuros que se espera obter de ativo. 
IFRS: CONTABILIDADE PARA PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS 
________________________________________________________________________________________________________ 
20
 
O reconhecimento da perda por desvalorização para uma unidade geradora de caixa deve ser 
realizada apenas se o valor recuperável da unidade for menor que o valor contábil da unidade. A ordem 
para alocar a redução dos valores contábeis de diversos elementos pertencentes a uma unidade 
geradora de caixa é: ágio por expectativa de rentabilidade futura (goodwill) e em seguida proporcional 
para os demais itens pertencentes à unidade. 
A perda por desvalorização reconhecida como ágio advindo de expectativa de rentabilidade 
futura não deve ser revertida, para os demais ativos é possível à reversão em períodos subsequentes. 
 
5. TESTE DE RECUPERABILIDADE – Impairment 
 
A NBC TG 01 – Redução ao Valor Recuperável de Ativos – o qual se tornou obrigatório através 
da Resolução CFC n. 1.110/07 determina que se os ativos estiverem avaliados por valor superior ao 
valor recuperável por meio do uso ou da venda, será necessário reduzir esses ativos ao valor 
recuperável através do reconhecimento de uma perda por desvalorização no resultado. 
A NBC TG 01 deixa claro que as entidades precisam avaliar pelo menos no final de cada 
exercício ou período contábil se existe alguma indicação de que um ativo tenha perdido valor. Esta 
máxima aplica-se também para os ativos reavaliados que foram por algum motivo mantido no balanço 
patrimonial, porém neste caso a perda por desvalorização deve ser lançada diretamente na reserva de 
reavaliação mantida no patrimônio líquido. Ainda segundo a NBC TG 01 inclusive os impostos a 
compensar ou recuperar estão sujeitos ao teste de impairment. 
Sempre que um ativo não puder ser avaliado isoladamente, por não possuir vida própria, será 
necessário avaliá-lo dentro de uma unidade geradora de caixa24. 
O reconhecimento de uma perda por desvalorização deve reduzir o valor contábil dos ativos que 
compõem uma unidade geradora de caixa dentro da seguinte ordem: 
a) Ágio alocado a unidade geradora de caixa; 
b) Redução proporcional dos demais ativos que compõem a unidade geradora de caixa. 
É possível fazer a reversão da perda por desvalorização tanto das situações individuais de ativos 
como para os casos das unidades geradoras de caixa. 
Se a reversão for realmente necessária dentro do parâmetro anteriormente citado, o lançamento 
contábil será realizado no resultado como ganho (Crédito) e na conta redutora do bem como aumento do 
valor (Débito), como uma espécie de estorno do todo ou de uma parte do lançamento realizado em 
período anterior, assim também por analogia é possível concluir que em se tratando de bem reavaliado o 
valor da reversão deverá ser realizada na conta que outrora suportou a perda, via de regra a conta de 
reavaliação do patrimônio líquido. 
 
5.1 Caso prático de teste de recuperabilidade - Impairment 
A seguir será apresentado um exemplo prático o qual ilustrará principalmente os lançamentos a 
serem realizados: reconhecimento inicial do ativo R$ 30.000,00, depreciação acumulada R$ 10.000,00 e 
 
24 Unidade Geradora de Caixa é o menor grupo identificávelde ativos que gera as entradas de caixa que são em grande parte 
independentes das entradas de caixa provenientes de outros ativos ou de grupos de ativos. 
IFRS: CONTABILIDADE PARA PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS 
________________________________________________________________________________________________________ 
21
 
valor contábil R$ 20.000,00. A entidade percebeu que o valor de mercado deste ativo diminuiu 
consideravelmente e assim irá fazer o teste de impairment. 
Laudo de avaliação de recuperabilidade – impairment 
 
IMPAIRMENT DOS FLUXOS DE CAIXA FUTUROS 
Períodos futuros25 Fluxos Caixa estimado Valor presente26 
X1 7.500,00 6.696,43 
X2 4.000,00 3.188,78 
X3 2.700,00 1.921,80 
X4 1.200,00 762,62 
X5 900,00 510,68 
Total 13.080,31 
 
Aqui a entidade deve utilizar o laudo de maior valor que neste caso é o valor de venda que 
resultou em R$ 14.000,00, sendo assim contabilizado: 
 
6. INTRUMENTOS FINANCEIROS BÁSICOS 
Os principais exemplos de instrumentos financeiros são: caixa, depósitos à vista, títulos, 
duplicatas, letras negociáveis, títulos a receber, empréstimos a receber e a pagar, títulos da dívida, 
investimentos em ações preferenciais não conversíveis e em ações ordinárias e ações preferências não 
resgatáveis e compromissos para receber empréstimo se o compromisso não puder ser quitado em 
caixa. 
Quando um ativo ou passivo financeiro é reconhecido a entidade deve avaliá-lo pelo custo da 
operação. (NBC TG 1000, item 11.13). 
As transações financeiras como empréstimos de longo prazo são avaliadas com base no valor 
presente dos pagamentos futuros, utilizando a taxa efetiva de juros. 
 
25 O teste realizado revelou que a vida útil do ativo será de 5 anos, assim os fluxos de caixa serão projetados dentro deste tempo. 
26 Foi considerada uma taxa de juros de 12% a.a. 
IMPAIRMENT PELO VALOR DE VENDA 
Valor de venda do ativo R$ 15.000,00 
Custo de venda (1.000,00) 
Valor líquido de venda do ativo 14.000,00 
CONTABILIZAÇÃO 
Valor contábil do ativo 20.000,00 
Valor máximo recuperável 14.000,00 
Perda por desvalorização 6.000,00 
D = Perda por desvalorização (Resultado) 6.000,00 
C = Perdas estimadas por valor não recuperável (Redutora do ativo) 6.000,00 
IFRS: CONTABILIDADE PARA PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS 
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22
 
O reconhecimento e a mensuração inicial de ativos e passivos financeiros deve ser feito pelo 
valor justo através do resultado, exceto quando se tratar de transação financeira quando a entidade 
avalia seus ativos e passivos financeiros com base no valor presente de pagamentos futuros, 
descontados pela taxa de juros de mercado para instrumentos da dívida semelhante. 
Para os valores a receber de um cliente resultante de vendas a curto prazo o reconhecimento se 
dá pelo valor total da transação, que via de regra é o valor da nota fiscal. 
Já os passivos financeiros, como empréstimos contratados ou conta a pagar, são reconhecidos 
pelo valor presente, incluindo juros e amortização do principal. 
As compras realizadas a crédito de curto prazo são reconhecidas com base no valor total, ou 
seja: pelo valor da nota fiscal. 
 
Reconhecimento 
TIPO DE INSTRUMENTO FINANCEIRO FORMA DE AVALIAÇÃO 
Vendas a crédito curto prazo. Valor a vista, ou da nota fiscal. 
Vendas parceladas sem juros. Preço de venda corrente à vista.27 
Compra de ações ordinárias a vista. Valor pago. 
Pagamento de empréstimos e contas. Valor presente a ser pago. (juros + amortização) 
Fornecedores a curto prazo. Valor da nota fiscal. 
 
Ao final de cada exercício a entidade avalia os instrumentos financeiros conforme a seguir: 
TIPO DE INSTRUMENTO FINANCEIRO FORMA DE AVALIAÇÃO 
Instrumentos da dívida não circulantes. Custo amortizado.28 
Instrumentos da dívida circulantes. Valor não descontado de caixa. 
Transação financeira. Valor presente dos pagamentos futuros.29 
Recebimento de empréstimos. Valor de custo menos reduções ao valor 
recuperável. 
Ações negociadas publicamente. Valor justo.30 
 
Custo amortizado é = 
( + ) Valor do Reconhecimento Inicial. 
( - ) Amortização do valor principal. 
(+ -) Amortização cumulativa (diferença entre valor inicial e o valor no vencimento). 
( - ) Provisões para redução a valor presente ou perdas. 
Todos os ajustes posteriores ao reconhecimento inicial de ativos e passivos financeiros serão 
realizados através do resultado, como receita ou despesas do período. 
 
27 Quando não se conhece o preço de venda a vista é possível estimar com base no valor presente dos recebíveis descontado pela 
taxa de juros de mercado. 
28 Neste caso será utilizado como método a taxa efetiva de juros. 
29 Para esta situação os valores serão líquidos da taxa de juros praticada pelo mercado. 
30 Critérios para estimar o valor justo: a) preço cotado para ativo idêntico em mercado ativo, ou seja, o preço corrente. b) preço de 
transação recente para ativo idêntico. c) por técnicas de avaliação. 
IFRS: CONTABILIDADE PARA PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS 
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23
 
Para ilustrar a determinação do custo amortizado de um empréstimo através da aplicação da taxa 
efetiva de juros será apresentado a seguir um exemplo: 
Dados do contrato de empréstimo: 
a) Valor da operação R$ 900,00; 
b) Serviço de intermediação bancária R$ 50,00; 
c) Juros recebidos a cada ano no final do período R$ 40,00; 
d) Prazo do contrato: 05 anos; 
e) Valor do Resgate após cinco anos: R$ 1.100,00. 
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01 950,0032 66,10 (40,00) 976,11 
02 976,11 67,92 (40,00) 1.004,03 
03 1.004,03 69,86 (40,00) 1.033,89 
04 1.033,89 71,94 (40,00) 1.065,83 
05 1.065,83 74,16 (40,00) 1.100,00 
 (1.100,00) 0,00 
Modelo e exemplo adaptados pelo autor a partir do Pronunciamento Técnico PME – 
Contabilidade para Pequenas e Médias Empresas. 
Partindo do pressuposto que um ativo financeiro teve seu valor recuperável reduzido em um 
período, porém no período seguinte o valor da perda no valor recuperável diminuiu, a entidade deve 
reverter a perda reconhecida anteriormente de forma direta ou através de provisão, tendo, portanto 
reflexo imediato no resultado. 
As principais evidências que um ativo financeiro sofreu redução estão ligadas a dificuldade 
financeiras do emissor ou devedor, quebra de contrato, inadimplência, provável falência do credor, 
redução provável nos fluxos de caixa estimados, sem contar com situações gerais como: economia, 
tecnologia entre outros. 
Um ativo financeiro precisa ser baixado quando for liquidado, quando forem transferidos os 
benefícios e riscos da propriedade, ou ainda quando embora a entidade ainda possua alguns riscos ou 
benefícios, porém a mesma não tem mais o controle sobre o ativo. 
Um exemplo clássico de transferência de riscos e benefícios futuros pode acontecer quando uma 
entidade faz a transferência de suas duplicatas ao banco, onde este assume o risco pelo recebimento 
das referidas duplicas. Neste caso é necessário baixar imediatamente o valor transferido, pois a entidade 
não possui mais expectativa de benefícios e nem tampouco de riscos futuros. Porém se ainda existir a 
responsabilidade solidária da entidade em honrar os pagamentos de possíveis clientes inadimplentes é 
preciso registrar o valor recebido do banco como empréstimo garantido pelos recebíveis.31 A taxa de juros é determinada pelo mercado, podendo assim ser comparada ao custo de oportunidade, onde a princípio o valor 
pré-estabelecido é de R$ 40,00, porém o mercado comportou-se diferentemente e tal diferencial está sendo demonstrado neste 
quadro. Aqui aleatoriamente atribuído o percentual de 6,9583%. 
32 O valor do empréstimo de R$ 900,00 acrescido do serviço de intermediação no valor de R$ 50,00. 
IFRS: CONTABILIDADE PARA PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS 
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24
 
Exemplo de Contabilização de Duplicatas Descontadas 
Quando o Banco assume o risco: 
D = Bancos C/C (AC)..................................................... R$ 18.000,00 
D = Despesas com Juros (DR)…......…......................… R$ 2.000,00 
C = Duplicas a Receber (AC)......…............................... R$ 20.000,00 
 
Posição patrimonial antes da operação de desconto 
ATIVO PASSIVO 
Circulante Circulante 
Bancos 0,00 
Duplicatas a Receber 20.000,00 
 
 
 
Posição patrimonial após a operação de desconto 
ATIVO PASSIVO 
Circulante Circulante 
Bancos 18.000,00 
Duplicatas a Receber 0,00 
 
 
Quando o Banco não assume o risco: 
D = Bancos C/C (AC)…......……………..…………....…..R$ 18.000,00 
D = Despesa com Juros (DR)…….......................……...R$ 2.000,00 
C = Desconto de Duplicatas (PC)…...…....................….R$ 20.000,00 
 
 
Posição patrimonial antes da operação de desconto 
ATIVO PASSIVO 
Circulante Circulante 
Bancos 0,00 
Duplicatas a Receber 20.000,00 
 
 
Posição patrimonial após a operação de desconto 
ATIVO PASSIVO 
Circulante Circulante 
Bancos 18.000,00 
Duplicatas a Receber 20.000,00 
Duplicatas Descontadas 20.000,00 
 
IFRS: CONTABILIDADE PARA PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS 
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25
 
Neste caso percebe-se que o banco na realidade efetuou um empréstimo, porém as duplicatas 
servirão de garantia, porém se a duplicata descontada não for quitada o cliente terá que fazer o 
pagamento ao banco. 
 
7. ESTOQUES 
 
São considerados estoques os ativos que a entidade manter para venda no curso normal dos 
negócios, no processo de produção para venda ou na forma de materiais ou suprimentos para serem 
utilizados no processo de industrialização ou na prestação de serviços. 
Não serão aqui tratados os estoques de produtos agrícolas e florestais, minerais e imóveis. 
Os estoque são avaliados (mensurados) pelo menor valor entre o CUSTO ou pelo VALOR 
REALIZÁVEL LÍQUIDO, dos dois o menor.33 
O custo dos estoques é formado por todos os custos de compra, transformação e outros 
incorridos até o momento do produto ou mercadoria ser colocado no depósito ou no local onde será 
vendido, inclusive tributos não recuperáveis, transporte, manuseio e outros necessários como: mão-de-
obra de transformação tanto a direta quanto a indireta. 
Os custos indiretos fixos devem ser alocados com base na capacidade normal das instalações 
de produção. Em situações consideradas anormais os custos precisam ser reconhecidos como despesas 
no período em que serão incorridos. Já os custos indiretos variáveis devem ser alocados com base no 
uso real das instalações de produção. 
Os custos indiretos de matérias-primas que não puderem ser alocados aos produtos de maneira 
direta deverão ser alocados de maneira racional e consciente. 
Sempre que ficar evidenciado que a aquisição dos estoques está sendo realizada com custo 
financeiro pela dilação do pagamento será necessário reconhecer estes valores como juros durante o 
período de financiamento. 
Também não serão tratados como custos dos estoques a quantidade anormal de mão-de-obra, 
material ou outros desperdícios, estocagem após o produto estar pronto, despesas administrativas e 
despesas de venda. 
O custo do serviço, via de regra, é formado pela mão-de-obra de pessoal direta ou indiretamente 
envolvidas com o serviço. 
 
7.1 Avaliação dos estoques 
A entidade pode valer-se das técnicas do método de custo-padrão, método de varejo ou preço 
de compra mais recente. Assim são válidos como métodos de avaliação do custo dos estoques o PEPS 
(Primeiro a Entrar Primeiro a Sair) ou o Custo Médio Ponderado.34 
Será necessário adotar o mesmo critério para itens de mesma natureza e uso similar, porém 
para itens de natureza diferentes podem ser aplicados métodos diferentes. 
 
33 Resolução CFC n. 1.170/2009, Item 09. O valor realizável líquido é a quantia líquida que uma entidade espera realizar com a 
venda do estoque no curso normal dos negócios, neste caso do valor líquido já estão deduzidos os custos estimados para a 
conclusão do produto e também os gastos necessários para a venda. 
34 Resolução CFC n. 1.170/2009, item 25. 
IFRS: CONTABILIDADE PARA PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS 
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26
 
 
7.2 Redução ao valor recuperável de estoques 
Ao final de cada exercício a entidade deverá fazer uma análise dos estoques para ver se existe a 
necessidade de reduzir o seu valor recuperável. Sempre que um item ou um grupo precise ser reduzido 
ao valor recuperável, onde o preço de venda menos custos para completar a produção e vender 
indiquem tal razão, será necessário reconhecer tal perda por redução ao valor recuperável. Se em 
períodos posteriores ficar constatado que tal perda deixou de existir será necessário revertê-la. 
Para avaliar se existe necessidade de realizar a redução dos estoques ao valor realizável 
diversos são os indicadores, porém as principais evidências, entre elas: variação dos preços e nos 
custos diretos, materiais entre outros. 
O custo de reposição dos materiais pode ser a melhor medida disponível do seu valor realizável 
líquido.35 
 
7.3 Aquisição de Produtos ou Mercadorias a Prazo36 
Sempre que existir financiamento é necessário avaliar o valor do preço em condições de 
pagamento a vista e o valor que efetivamente está sendo cobrado. Os juros não fazem parte dos 
estoques e precisam ser reconhecidos como despesa de juros durante o período do financiamento.37 
Exemplo prático compra a prazo: 
Descrição Preço a vista Preço a prazo Juros 
Produto x 20.000,00 22.000,00 2.000,00 
 
Contabilização: 
D = Estoques (AC)...........................................R$ 20.000,00 
D = Juros a Transcorrer (conta redutora PC)...R$ 2.000,00 
C = Fornecedor (PC)........................................R$ 22.000,00 
 
Representação no Balanço Patrimonial: 
ATIVO 20.000,00 PASSIVO 20.000,00 
CIRCULANTE 20.000,00 CIRCULANTE 20.000,00 
Estoques 20.000,00 
 
Fornecedores 22.000,00 
Juros a Transcorrer (2.000,00) 
 
Nos casos em que o Estoque for tido como Ativo Qualificável38 os custos de empréstimos são 
atribuíveis aos produtos adquiridos, portanto fazem parte do custo de tal produto. Lembrando que este 
critério não se aplica aos estoques que são manufaturados ou produzidos em larga escala e em bases 
repetitivas.35 Base legal: Resolução CFC n. 1.170/2009, item 32. 
36 Neste caso será necessário fazer o Ajuste a Valor Presente, conforme NBC TG 12). 
37 Resolução CFC n. 1.170/2009, item 18. 
38 Ativo Qualificável é um ativo que, necessariamente, demanda um período de tempo substancial para ficar pronto para seu uso ou 
venda. Exemplos: construções de barcos, aviões, etc. (Base Legal: NBC TG 20, Resolução CFC n. 1.171/2009). 
IFRS: CONTABILIDADE PARA PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS 
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27
 
8. IMOBILIZADO 
 
Imobilizados são ativos tangíveis, corpóreos, que a entidade mantém para uso na produção, ou 
fornecimento de bens ou serviços para aluguel a terceiros ou para fins administrativos e que espera que 
sejam utilizados durante mais de um período. Também são considerados como imobilizados as 
propriedades para investimento cujo valor não pode ser mensurado de maneira confiável sem custo ou 
esforço excessivo pelo valor justo. 
O reconhecimento de um imobilizado somente deve ser feito quando for provável que algum 
benefício econômico futuro flua para entidade e tiver um custo ou valor que possa ser medido em bases 
confiáveis, ou seja: quando a entidade assume os RISCOS, BENEFÍCIOS e o CONTROLE do 
imobilizado, com ou sem a transferência de titularidade.39 
Os bens adquiridos com vida útil inferior a um período contábil, geralmente um ano, não devem 
ser ativados. 
No caso de manutenção, ou reparos em imobilizado, como máquinas, é importante lembrar que 
tais gastos são considerados despesas do exercício, porém a reposição de peças ou partes defeituosas, 
quando relevantes podem ser consideradas como custo do imobilizado, porém vale lembrar que a peça 
ou parte defeituoso precisa ser baixada para assim considerar a nova peça como custo.40 
No tocante a terrenos e edificações eles precisam ser contabilizados em separado, mesmo 
quando adquiridos conjuntamente. 
O imobilizado quando adquirido deve ser mensurado inicialmente pelo seu custo, aqui 
compreendidos: preço de compra, taxas legais incidentes, corretagem, tributos não recuperáveis, todos 
os custos diretos necessários para colocar o bem em condições de uso. Lembrando que a aquisição a 
prazo com pagamento de juros, estes não podem ser tratados como custos, assim o custo é o preço à 
vista. 
Exemplo prático: aquisição de uma máquina financiada, com prazo de carência de 24 meses 
para pagamento. 
Descrição Preço a vista Preço a prazo Juros 
Máquina Industrial 200.000,00 280.000,00 80.000,00 
Contabilização:41 
D = Máquinas e Equipamentos (ANC...........................R$ 200.000,00 
D = Juros a Transcorrer (conta redutora PNC).............R$ 80.000,00 
C = Contas a Pagar (PNC)...........................................R$ 280.000,00 
 
ATIVO 200.000,00 PASSIVO 200.000,00 
 
39 O CFC ainda não se manifestou sobre a possibilidade de reconhecer como Imobilizado os bens corpóreos que estão de posse 
da entidade, sobre os quais ela possui os risco, benéficos e o controle, porém atendendo princípio da essência sobre a forma seria 
possível reconhecer tais bens no ativo não circulante, imobilizado, com uma conta redutora no mesmo imobilizado ou como 
passivo. 
40 Base legal: Resolução CFC n. 1.177/2009, itens 67/72. 
41 Neste caso foi aplicado o Ajuste a Valor Presente, NBC TG 12. Aqui é preciso atentar para ver se não se trata de ativo 
qualificável, previsto na NBC TG 20. 
IFRS: CONTABILIDADE PARA PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS 
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28
 
NÃO CIRCULANTE 200.000,00 NÃO CIRCULANTE 200.000,00 
IMOBILIZADO Contas a Pagas 280.000,00 
Juros a Transcorrer (80.000,00) Máquinas e Equipamentos 200.000,00 
 
8.1 Inspeção regular Importante42 
Quando um imobilizado exigir uma inspeção regular para continuar funcionando, o valor deste 
procedimento será reconhecido diretamente no valor contábil do item inspecionado, porém o valor do 
custo de inspeção anterior será baixado. O simples reparo e manutenção são considerados como 
despesas do exercício. (Resolução n. 1.177/2009, item 12) 
A mensuração após o reconhecimento inicial deve ser realizada pelo custo menos a depreciação 
acumulada e possíveis perdas por redução ao valor recuperável. 
A depreciação do imobilizado se inicia quando o ativo está em condições de uso e termina 
quando ele é baixado, lembrando que o fato de o ativo não estar em uso ou ocioso não paralisa a 
depreciação. 
Quando for determinada a vida útil do ativo é preciso considerar todos os itens a seguir: 
a) Uso esperado do ativo; 
b) Desgaste e quebra física esperada do ativo, aqui sendo necessário levar em conta números 
de turnos em que o mesmo for utilizado, manutenção, reparo e cuidados específicos; 
c) Obsolescência técnica ou comercial advinda de progresso tecnológico ou demanda de 
mercado; 
d) Limites legais ou semelhantes no uso do ativo, como término de contrato de arrendamento 
mercantil ou outros. 
O método da depreciação deve espelhar o padrão pelo qual se espera consumir os benefícios 
econômicos futuros do ativo, entre os principais métodos estão: linha reta, saldos decrescentes, baseado 
no uso e unidades produzidas.43 
 
8.2 Teste de Recuperabilidade – Impairment44 
A cada divulgação a entidade deve aplicar a Redução Valor Recuperável de Ativos, ou seja, 
deve avaliar sobre a recuperabilidade. 
Trata-se de uma avaliação que deverá ser realizada por profissional qualificado com 
conhecimento técnico para tal, tanto profissionais internos quanto externos.45 
 
Laudo de avaliação de recuperabilidade – impairment 
 
42 Resolução CFC n. 1.177/2009, item 14. 
43 De acordo com o Pronunciamento Técnico PME, o valor residual, a vida útil e o método de depreciação necessitam ser revistos 
apenas quando existir uma indicação relevante de alteração, isto é, não precisam ser revistos anualmente como determina 
a NBC TG 27 – Ativo Imobilizado. 
44 O teste de Impairment está previsto no CPC e também na Lei n. 6.404/76, parágrafo 3º. art. 183. 
45 ITG 10/2009, item 13. 
IFRS: CONTABILIDADE PARA PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS 
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29
 
 
Aqui a entidade deve utilizar o laudo de maior valor que neste caso é o valor de venda que 
resultou em R$ 14.000,00, sendo assim contabilizado: 
 
 
 
 
 
8.3 Custo atribuído na Adoção Inicial48 
Na adoção inicial da NBC TG 27 a entidade pode identificar bens ou conjunto de bens de valores 
relevantes ainda em operação, mas que possuem seus valores contábeis substancialmente inferiores ou 
superiores ao seu valor justo, sendo neste caso possível fazer os ajustes nos saldos iniciais. O valor 
justo é o mais recomendado para ser utilizado como novo valor. Esta adoção não resulta em mudança 
de prática contábil, nem tão pouco se trata de uma reavaliação. 
 
46 O teste realizado revelou que a vida útil do ativo será de 5 anos, assim os fluxos de caixa serão projetados dentro deste tempo. 
47 Foi considerada uma taxa de juros de 12% a.a. 
48 O Custo Atribuído somente poderá ser aplicado ao Imobilizado e as Propriedades para Investimento, sendo vedado para as 
demais contas. 
IMPAIRMENT PELO VALOR DE VENDA 
Valor de venda do ativo R$ 15.000,00 
Custo de venda (1.000,00) 
Valor líquido de venda do ativo 14.000,00

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